Floresta Negra escrita por Luh Costa


Capítulo 2
2. Emilly - Descobertas




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Quanto mais perto eu fui chegando da sala, mais eu fui diminuindo a velocidade, e não era de propósito.

Da janela pude ver a Luma de costas pra porta perto da mesa da professora, só umas duas carteiras atrás. Ela estava conversando com o Woozi, de novo, pelo visto eles são inseparáveis. Eu estava na porta quando senti toda aquela onda de terror voltar assim que pus os pés pra dentro da sala, então eu vi aquele garoto de novo e mais todos os outros que estava antes dele na fila. De alguma forma eu soube que eles eram um grupo.

Engoli em seco e entrei na sala. Luma nem me notou, mas também ela estava de costas pra porta, fora que ela provavelmente achava que eu estava em outra sala.

Sentei bem no fundo, bem longe dos garotos, principalmente dele. Me encolhi e fiquei ali, sozinha, sem sequer pensar em chamar a Luma pra perto de mim ou ir falar com ela. 

Era meio estranho mas a maioria das meninas estava na direção da porta, se aglomeraram ali, umas poucas estavam no meio e com elas havia o único menino da sala fora aqueles garotos. Eles e a Luma ocupavam o resto já que com ela eles eram em 14.

Pra minha sorte, ou azar, ninguém veio conversar comigo, então eu esperei. Esperei, e esperei. Pela entrada de um professor? Talvez, mas nada aconteceu. Se passou uma hora e nada, o sinal tocou mais uma vez e novamente nem sinal de professor algum. Da minha bolha de confinamento eu podia ouvir a Luma rindo como quando éramos só nós duas, sinal de que ela estava feliz, sinal, de que ela tinha arranjado um novo melhor amigo. E eu podia jurar que tinha alguém me observando sem parar. Eu não me sentia corajosa o bastante pra olhar, por isso só fiquei ali, imóvel, como se não existisse ou estivesse dormindo.

Mais uma hora se passou, mais um sinal tocou e dessa vez ouvi rangidos de cadeiras, levantei a cabeça e fiquei de pé. Nesse momento ouvi alguém me chamar.

— Milles! Caramba. Você chegou rápido aqui. - Ela realmente não notou nem por um segundo que eu estava ali, saber daquilo me magoou, mas eu sabia que a culpa também era minha por não dar sinal de vida. Sorri pra ela. - Você tá meio pálida. Você tá bem? - Assenti.

— Porque não chegou nenhum professor? - Questionei.

— Ah, é que no primeiro dia de aula, não tem aula.

— Quê? Então pra que ela mandou a gente pra sala? - Ela deu de ombros.

— Pensando bem... acabei de perceber que a sua mãe fez a gente de trouxa.

— Por quê?!?

— Hoje é sábado. Não tem aula no sábado! Aff...! - De surpresa ela mudou pra raivosa, e então pra risonha. - É, ela trollou todo mundo. - Chegando a essa conclusão ela caiu na risada.

— Nossa, verdade... - Wonwoo surgiu atrás dela todo pensativo.

— Luh, agora eu é que te pergunto, você tá bem? - Questionei a ela, ela estava quase entrando em uma crise de risos.

— Tô. Vamos comer, eu ainda quero te mostrar mais algumas partes da escola e te explicar umas coisas.

— Ok. - Deixei ela ir na frente com o Woozi, até porque eu já tinha esquecido completamente onde era o refeitório.

— Ah, nein... Eu tenho planos, sabia? - Wonwoo resmungou do meu lado, me fazendo rir.

— Won, fica tranquilo, ok? Pode ir, eu te libero.

— E quem disse que você pode fazer isso, hein, Luma?

— Eu. Sou quase tão veterana quanto vocês.

— Então larga o Woozi. - Ele rebateu.

— Fora de cogitação. - Dizendo isso ela agarrou o braço dele e puxou ele pra mais perto enquanto andavam, só pra provocar o Wonwoo. - Olha. Você disse que tem mais o que fazer. Eu te dei a solução. Se não a quer então também não reclame, ok? - Vi-o suspirar.

— Você é muito chata, sabia?

— Também te amo. - Ri, ela fazia exatamente o mesmo comigo quando eu xingava ela.

Fomos todos juntos pro refeitório, o almoço foi muito bom, foi lasanha com suco de caju e não tem como lasanha ser ruim. Eu já falei do quanto amo lasanha? Então, eu amo, e muito.

Depois disso nós ficamos todos vegetando um pouco no segundo pátio da escola que é cheio de mesas e é bem arejado, tem até uma árvore lá, já até coloquei na lista dos meus locais favoritos. Acho que ficaríamos por lá por mais um bom tempo, mas então eu senti que alguém estava me observando novamente e dessa vez eu não precisei nem olhar pra conferir quem era. 

Para a minha surpresa, Luma dispensou o Woozi quando eu disse que já estava pronta pra conhecer mais um pedaço da escola, não entendi o porque daquilo mas também não discuti.

— Nossa, será que só eu percebi que tua mãe trollou todo mundo? Não é possível!

— Talvez eles só estejam com medo dela aparecer no caminho deles quando eles tiverem fazendo sei lá o quê pela escola. Falando nisso, o que vocês fazem aqui no final de semana?

— Podemos ficar esparramados pela escola, jogar basquete, futebol, vôlei, alguma oficina de artes, ter reforço com qualquer professor... são muitas opções. É complicado até de dizer.

— A gente pode sair?

— Se seus pais autorizarem, sim. - Bati nela. - Ai! O que foi?

— Vaca, você poderia ter me visitado esse tempo todo e não disse nada!

— Alô-ô! Emilly, desde quando meus pais são tão legais assim comigo?

— Você poderia ter tentado!

— Ia é gastar saliva atoa. Mas e você? Porque não surgiu aqui também, hein? - Rebateu erguendo as sobrancelhas.

— Meu padrasto não deixou. - Eu suspirei sem querer.

— Por quê?

— Ele disse que era porque ele brigou com a minha mãe, mas eu sei muito bem que é porque ele acredita nas besteiras que dizem sobre esse lugar.

— Idiota. - Negou desacreditando com a cabeça. - Bobagens mesmo. Poderia dizer que aqui é mais tranquilo que um convento. A única coisa meio estranha por aqui é aquilo. - Apontou pra portaria logo à nossa frente.

— Wow!

— Pois é. Essa é a Floresta Negra. Ninguém entra lá. E não se sabe o motivo também.

— Quem deu esse nome? - Perguntei enquanto ela caminhava a minha frente na direção da enorme portaria dourada.

— Clichê, né? Mas esse nome vem do primeiro pessoal que estudou aqui, então é realmente antigo.

— Isso tá trancado? - Não vi nenhum cadeado, nem fechadura, mas mesmo assim achei que estivesse.

— Que nada. - Ela riu. - É por isso que eu acho estranho. Não é proibido ir até lá, porém, ninguém vai. Acho que o pessoal é muito frouxo pra ir. Eu até iria, mas não tenho motivos pra isso. Pra mim é só uma floresta enorme comum que as pessoas vêem e já se assustam. Também acho que é daí que vem as historinhas ridículas. - Dizendo isso ela revirou os olhos.

A Floresta era realmente grande, e linda. Me dava vontade de ultrapassar a portaria ao mesmo tempo que não dava. Era intrigante.

Passeamos por mais um longo tempo até que cansamos de tanto caminhar.

— Sério mesmo que você não terminou de ver essa escola? - Questionei desconfiada. Conhecia-a bem o bastante pra saber o quanto ela era curiosa, provavelmente tentou ir por essa escola toda no primeiro dia.

— Sim. Aqui é realmente grande demais e eu acabo andando em círculos. Acredita que no meu primeiro dia eu me perdi quando fui ao bebedouro? Se não fosse pelo Woozi eu estaria perdida!

— Vocês são realmente bem amigos, hein?

— Nada que se compare com a amizade que a gente tem. - Ela piscou pra mim.

— Ah, é? Então como você não me viu na sala? - Tentei esconder o sorriso enquanto falava.

— Mas eu te vi! Você estava lá assim que bateu o si...

— Não, Luma. Eu cheguei naquela sala minutos depois que a minha mãe dispensou todo mundo. - A boca dela se abriu num "o" quase perfeito.

— Ah... me... me desculpe eu... - Ergui a mão e fiz que não.

— Tudo bem. Eu sei que você estava distraída. - Ela não ficou feliz com isso, era verdade, mas ela também não quis discutir.

— Ei, vamos, eu tenho que te levar até onde fica a sala de artes, no laboratório e.. ah! A diretoria! - Nisso ela já foi me puxando completamente, ela estava mais agitada do que nunca, deve mesmo gostar daqui...

 

À noite eu estava exausta, e era mesmo verdade, eu ainda não tinha conhecido toda a escola. Inclusive nós fomos em lugares que nem a ela tinha visto ainda e ela está aqui há um ano.

O fim de semana passou rápido, logo eu recebi meus horários - o que não queria dizer nada, era só um presságio de quem poderia aparecer na sala. Todo o material já ficava na sala, a única coisa que carregávamos eram nossos fichários.

A escola era linda, os professores eram maravilhosos - com exceção de Mateus. No meu primeiro dia Luma me alertou sobre ele. Ele pode ser puxa saco, mas se isso acontecer contigo: cuidado! Você será sua melhor marionete. Ele adora pregar peças nos escolhidos e dá prova mais difícil do que para os outros, sua vida vira um inferno! Luma me disse isso por experiência própria, mas ele logo desistiu dela. Por incrível que pareça ela sempre descobria todas as brincadeiras que ele aprontava antes de cair nelas e nas provas ela acabava tirando as melhores notas, há! há! há!, foi uma decepção pra ele... Sorte que ele nem sequer olhou pra mim quando veio pra nossa sala. Dessa vez ele tinha decidido acabar com a vida do Wonwoo, coitado -, a comida, também era ótima, mas mesmo assim eu não estava feliz.

Em um dia desse me vi com raiva até mesmo do Woozi e do Wonwoo. Não sei o que está acontecendo, no primeiro momento em que os vi gostei deles, mas agora...

 

Hoje, no terceiro horário, eu tinha aula livre - ou seja, nada pra fazer.

Eu não troquei de lugar, continuava no fundo e ela mais pra perto da mesa do professor e como das outras vezes ela me chamou pra perto deles pra conversarmos mas eu dispensei dessa vez, fiquei ali observando eles, me sentindo oprimida. Então, num impulso inexplicável eu me levante e fui até ela, sem dizer nada puxei ela pra longe deles.

— Ei! Emilly, o que foi? - Ela estava irritada pela forma que a peguei e os meninos nos olhavam claramente sem entender nada.

— Fica-longe-deles.

— O quê? - Nem eu sabia o que eu estava dizendo.

— Fica longe deles! Eles... eles não são do bem.

— Que merda é essa que você tá falando?!? - Ok, agora ela estava muito irritada. 

— É sério, me escuta, Luh! - Ela balançou a cabeça e revirou os olhos, e assim ela me deixou ali pra falar com as paredes.

Minha vontade foi de pegar ela pelos cabelos e puxar pra longe, mas ignorei isso completamente e decidi me acalmar um pouco. Saí da sala e fui até os bebedouros. Enquanto eu bebia água senti alguém pegar o meu pulso. Quando me virei pra ver quem era eu congelei.

— J-Jeonghan?! - Como ele tinha parado ali sem que eu percebesse?

Eu não consegui fazer mais nada além de gaguejar debilmente o nome dele e não conseguia desviar o olhar do seu. Senti meu pulso se erguendo e vi pela visão periférica ele o levar até a boca. Então tudo fez sentido.

Aquele instinto maluco que eu tinha, aquele medo, aquela vontade doida de ficar longe dele era porque ele era... um vampiro.

Enquanto ele sugava meu pulso eu não consegui fazer nada, fiquei mais paralisada ainda se é que era possível. Eu estava em um estado de choque completo.

— Hum... Bom. - Ele disse depois que largou meu pulso e sorriu. - Depois vou pegar mais.

Foi nisso que eu tive um surto de adrenalina e saí correndo pra sala. Puxei bastante a manga da minha blusa de frio - que já era grande - e só parei quando cheguei na porta da sala.

Meus pulmões ardiam, por isso parei um pouco e escorei na parede ao lado da porta e sequei meus olhos que estavam transbordando as lágrimas que eu nem havia notado antes. Respirei fundo, sequei bem o rosto e decidi entrar. 

Quando pus o pé pra dentro Jeonghan já estava ao meu lado. Woozi surgiu porta afora empurrado Jeonghan pra fora e pra longe da porta com o braço no ar, então vi ele limpando o canto da boca dele, que ainda estava com um rastro de sangue. 

— Ficou maluco, Jeonghan?!? -  Woozi sabia? Como?

Entrei pra sala, não quis ouvido resto. Fui pra minha carteira segurando muito pra não sair correndo. Eu estava a mil, meus pensamentos, meu pulso, meu sangue...

— Milles? - Ergui a cabeça mais rápido do que pretendia, o que fez meu pescoço doer levemente. Era só a Luma. Agora que o Woozi não estava mais ali é que ela me dava atenção. - Você tá bem? Você está muito branca. - Nisso ela se ajoelhou ao meu lado e pôs a mão na minha testa pra ver a minha temperatura. Uma pequena parte de mim ficou feliz em ver que ela ainda se preocupava comigo como sempre.

— Estou. - Ergui a mão pra tirar a dela da minha testa, e nisso eu não pensei direito. Ergui justamente a do lado que eu tinha sido mordida, a blusa escorregou pra baixo deixando à mostra a marca da mordida ainda saindo um pouco de sangue. Desci o braço com força e cobri o pulso, mas já era tarde demais.

— O que é isso?

— Nada.

— Emilly Gabrielle, que porra é essa?! Deixa eu ver.

— Não! Eu... - Ela pegou meu pulso e descobriu antes que eu pudesse detê-la. - Ah... Quê?... - Puxei meu pulso de volta e me encolhi. - Quem fez isso? - De uma hora pra outra ela estava possessa. Nunca vi o humor dela circular tão rápido.

— Foi... foi o Jeonghan mas...

— Argh!... - Rosnou e se levantou, felizmente consegui segurá-la antes que ela pudesse dar mais um passo.

— Onde você vai?

— O que você acha? Não posso deixar isso assim. Quem ele pensa que é pra sair por aí mordendo minhas amigas?

— Tá maluca? Você não pode brigar com um vampiro! - Eu estava pouco me lixando pro pessoal a nossa volta, eles olhavam pra gente, mas não vi o que eu esperava. Ninguém me olhava como se eu fosse maluca. O que diabos estava acontecendo?

— Olha aqui eu vou...! O-o quê? - Ela finalmente parou.

— Luh, é sério que você não notou?

— Ele... - De novo oscilação de humor... Ela voltou a ficar "P da vida" e saiu da sala puxando o braço forte e pisando duro. 

Não consegui impedi-la, só pude ir atrás dela enquanto ela peitava o Jeonghan. Ele ainda estava lá fora com o Woozi, foi como se a nossa conversa tivesse durado míseros segundos.

— Quem merda você tem na cabeça? Quem disse que você poderia morder a minha amiga? Ficou maluco?! - Eu poderia até rir, tipo, a Luma parecia minúscula perto dele, ela olhava pra cima toda brava, ela estava realmente fula da vida. Tão brava que o tamanho não fez a menor diferença, qualquer um ficaria com medo se a visse falando consigo naquele estado.

— Se eu marquei ela é da minha conta, e não da sua. - Falando isso ele sorriu hipocritamente.

— É claro que é da minha conta. - Ela disse entre os dentes.

— Jeonghan, para! Luh, se acalma! - Woozi tentou entrar no meio. Eu só conseguia ver a coisa toda acontecendo da porta, assim como o resto do pessoal que estava olhando com os olhos esbugalhados por ela e pela janela.

— CALMA O CARALHO, WOOZI! ELE... ELE... ESSE FILHA DA PUTA MARCOU A MINHA MELHOR AMIGA!- Ela parecia estar prestes a explodir, juro que podia até ouvi-la respirando de tão intenso que estava.

— E marcaria de novo. - Woozi pegou o pulso dela no meio do caminho, ela ia mesmo bater no Jeonghan.

— Olha aqui seu sangue suga do cara-

Eu sou sangue suga? - Ele a interrompeu. Agora ele também estava começando a ficar muito puto com ela. - Em vez de me xingar porque não xinga o Woozi. Afinal, ele também te marcou. - Woozi soltou-a no mesmo instante. A única reação que eu tive foi por a mão na frente da boca, chocada. - Quem sabe ele não te explica que merda eu tenho na cabeça, ahn?

— Jeonghan... - Ele fuzilando ele quase com tanta raiva quanto a Luma estava naquele momento.

— O quê? Ela pode me chamar de sangue suga e eu não posso falar nada pra sua protegida que confia tanto em você? - Desdenhou.

— Do que você...? - Ela recuou alguns passos. Ele foi atrás dela, estendeu a mão e puxou a gola do lado direito do pescoço dela.

— Vai me dizer que você nunca notou isso? - Ela parou. Pareceu perdida por um tempo e então levou lentamente a mão até o pescoço. Vi seus olhos se encherem de lágrimas e os meus também se encheram só de ver, instantaneamente.

— Luh, eu...

— Cala-a-boca. Woozi. - Ela estava olhando fixamente pro chão enquanto as lágrimas só desciam pela sua bochecha.

— Mas, Luh...

— Eu não quero mais olhar na sua cara. Nunca mais. - Sussurrou.

Não foi comigo, mas as palavras saíram com tanta leveza que foi como se fosse pra mim. Me atingiu e acho que a todos ao meu redor como um enorme soco no estômago. Se ela tivesse gritado aquilo, com certeza não teria atingido com tanta potência.

Dito isso ela deu meia volta e saiu andando em direção ao que parecia ser do nosso quarto.

— SEU FILHO DA PUTA! - Woozi pulo em cima do Jeonghan e eles começaram a se bater pra valer, mas eu não vi muita coisa. Fui atrás da minha amiga que naquele momento precisava mais de mim do que eu jamais precisei dela. 

Ela leva amizade muito a sério, se tinha uma coisa que pra ela era sagrada, era isso. Quebrar a amizade, ou mentir pra ela quando ela realmente confia, era a pior traição.


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