Yuni Cards escrita por L Lawliet Não Morreu


Capítulo 3
O livro




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Fiquei encarando aquele bichinho de pelúcia por alguns segundos enquanto sentia a presença de Kerberos. Aquilo era muito estranho. Se o guardião do sol estava lá... Aonde estava se escondendo?

— Kurenai, vamos lá...-Sakura me chamou e olhou para o bichinho.- Ah, você achou o Kero!

— Kero? Esse bichinho aqui se chama Kero? 

— Eu sempre o achei estranho.- Touya disse da cozinha.

— Hmmm... Posso pegá-lo um pouquinho?

— Hã...Claro, claro! Fique a vontade!

 

Segurei a pequena criaturinha e fiquei a encarando, confusa. "Kerberos não pode ser isso aqui.", pensei. Fiquei pensando enquanto tomava um chá com Sakura, Touya, Yukito e o senhor Kinomoto e enquanto caminhava para casa, sozinha. Perdida em meus pensamentos, acabei esbarrando em um garoto de óculos que por lá passava. 

— Ah, me perdoe por...- Olhei para o garoto e me assustei. Ele era idêntico ao Clow. Ele sorriu e me disse:

— Ora, ora... Já faz muito tempo, não é mesmo, Yuni?

— Como...

— Eu sou Eriol Hiiragizawa. Muito prazer, embora já nos conheçamos.

— Você? Clow? O que aconteceu?

— Acredito que aqui não seja o lugar mais adequado para conversarmos sobre isso. Vamos para a minha casa?

— Mas tem pessoas me esperando em casa...

— Pessoas? Isso é novidade...

"Burra! Burra! Burra! Ele sabe! Não adianta tentar inventar história!"

— Ah... Esqueci. Nem adianta, não é mesmo?

— Vamos?

— Com prazer!

Andamos até a casa do menino. Era um casarão bem antigo, com grades de ferro e um estilo meio... Incomum. Mas eu gostei do lugar.

— Bem vinda à minha casa. Aqui você pode assumir sua verdadeira forma, ok?

— Obrigada, mas eu prefiro ficar na minha forma disfarçada, se não se importa.

— Imagine. Eu vou te apresentar aos dois guardiões que eu criei para enfrentar Kerberos e Yue. Spinel? Ruby Moon?

Uma garota com uniforme da mesma faculdade que eu frequentava e um gatinho preto com asinhas entraram na sala em que nos encontrávamos. 

— Yuni, essa é Ruby Moon e esse é Spinel Sun.

A garota chegou pulando em minha direção e disse, apertando minha mão e sacudindo-a loucamente:

— Prazer, Yuni-chan! Me chame de Nakuruzinha!

— Não seria... Nakuruzinho?- O gatinho de asas perguntou.

— Ah, Suppy, não tem nada a ver! Nessa forma eu sou Na-ku-ru-zin-ha!

 

— Vocês poderiam trazer chá e doces para nós dois, por gentileza?

— Claro!- os dois saíram da sala e Eriol começou:

— Primeiramente, tem uma coisa que eu preciso de dizer, Yuni. Apesar de eu ter as memórias do Clow, eu não sou ele.

Ri, nervosa, e disse:

— Como assim? Que história é essa? - me levantei da poltrona aonde eu estava sentada.

— O mago Clow... Ele morreu, Yuni.

Arregalei os olhos e parei de respirar por um momento. Caí de joelhos no chão encarpetado e comecei a chorar. Por isso ele estava tão jovem... Eriol se aproximou e me deu um abraço consolador.

— Eu sinto muito por isso. Preciso te avisar de um último pedido deixado pelo Clow para você.

— Do... do que você está falando?

— Ele pediu para você soltar o livro.


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