Trocando Passados escrita por Ginnyweas


Capítulo 10
Fim


Notas iniciais do capítulo

Hey, angels!
Sejam bem-vindas ao último capítulo de TP! É triste, mas infelizmente, nem tudo dura pra sempre. Eu AMEI escrever essa short, e essa experiência me fez querer escrever muitas outras! Espero poder voltar logo com um novo projeto/short pra vocês.
Obrigada a cada uma de vocês que acompanharam cada capítulo da fic até aqui, vocês são umas lindas! ❤
E obrigada a minha beta, que mais uma vez me apoiou como sempre. (TE AMO SIS ❤)
Sem mais delongas, vamos ao capítulo.
Desculpem-me os erros ortográficos.
Apaixonem-se!



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Há dois meses meu pai faleceu. Há dois meses eu fico pensando numa maneira de voltar no tempo e fazê-lo permanecer aqui comigo, mas nada além do tempo me ensinou que existem coisas que você não pode mudar. E esta infelizmente era uma delas.

Meu pai foi o homem mais brilhante que eu conheci, o mais inteligente, o mais sábio, o mais bondoso, o mais paciente, o melhor homem que eu conheci. Era difícil viver num mundo do qual ele não fazia parte, viver em um mundo em que quando eu fosse pra casa em que cresci ele não estaria lá. Mas assim como o tempo me ensinou que existem coisas que não podem ser mudadas, também me ensinou que ele é o melhor remédio.

Me levantei e ajeitei minha gravata e logo depois ajeitei a gravatinha do Hugo. Hugo é meu segundo filho, ele ainda tem nove meses mas já é enorme. É um rapazinho adorável, e também é ruivo. Se já consideram Rose muito parecida comigo fisicamente, Hugo consegue ser mais absurdamente parecido comigo, o que deixa Hermione irritada, já que ela acha uma injustiça ter carregado duas crianças no ventre para nenhuma das duas parecer-se com ela. Mas é o que eu sempre digo: a aparência é minha, o jeito é o dela.

Peguei Hugo no colo, — ele estava uma graça de terninho — e fui para o quarto de Rose.

— Já está pronta, filha? — perguntei.

Rose já tem quatro anos e está cada vez mais linda. Modéstia a parte ela é muito inteligente e é a cópia perfeita de Hermione, chega a ser engraçado ver as duas juntas pois o jeito delas é igualzinho. Agora que ela ganhara uns batons de Gina — que ela vivia me corrigindo dizendo que era gloss — que deixavam os lábios dela brilhando, ela sempre passava aquilo antes de sair de casa e ela tinha me pedido pra esperar ela passá-lo antes de sairmos.

— Estou sim, papai! — ela disse vindo segurar minha mão.

Já que eu e Hugo estávamos de terno, Rose tinha que estar mais elegante que nós. Ela usava um vestido vermelho rodado e um arco no cabelo, parecendo uma bonequinha como sempre.

— Então vamos logo, sua mãe não vai gostar que a gente se atrase!

Nós descemos e fomos para o carro. Acomodei os dois devidamente em suas cadeirinhas e antes de dar a partida no carro eu coloquei o CD de músicas infantis de Rose para tocar e ela fora cantarolando o caminho inteiro enquanto Hugo apenas mexia as mãozinhas tentando acompanhar a irmã.

Aqueles duas pessoinhas animadas no banco de trás do carro eram tudo o que eu tinha de mais valioso na minha vida. Eu daria minha vida por eles, e faço o possível e o impossível para vê-los felizes. O maior aprendizado que tive com o meu pai foi este, ele é, foi e sempre será o meu maior exemplo de como ser um homem e obviamente de ser um bom pai, e eu espero poder ser um dia para esses dois aquilo que meu pai foi e ainda é pra mim. Eu queria poder voltar no tempo pra poder dizer isso a ele...

— Já chegamos, papai? — Rose perguntou.

— Já sim, filha!

Nós descemos do carro, Hugo no meu colo e Rose de mãos dadas comigo. Mesmo tendo entrado pelo estacionamento nós voltamos a pé e usamos a porta da frente para entrar na livraria, apenas para ver o tremendo sucesso que minha mulher estava fazendo. Havia uma fila enorme que estava até ao lado de fora e sabe lá até onde ia. Todos ali para vê-la e pegarem um autógrafo dela, Hermione Granger.

Depois de tanto batalhar Hermione finalmente conseguira publicar seu livro, e o sucesso que fizera deixou o chefe dela — aquele tal de Severo, lembram? — muito arrependido por não tê-lo publicado antes.

Apesar de já estar casada comigo quando o publicou ela manteve o sobrenome Granger em seu nome artístico, mas aquilo não me incomodou, era em homenagem ao pai dela, sua grande inspiração e influência no mundo literário. Estávamos no lançamento do segundo livro da saga de Hermione, após A Pedra Filosofal ter feito um grande sucesso e ter seus direitos vendidos para uma produção cinematográfica, ela estava lançando agora A Câmara Secreta que estava sendo aguardado pelo mundo inteiro.

Por sorte nós éramos a família da autora mais cobiçada do mundo atualmente, então não precisávamos pegar a fila para receber um autógrafo dela. Entramos e lá encontramos alguns de nossos parentes e amigos que já estavam lá dentro acompanhando o evento, eu iria esperar até o intervalo dos autógrafos para ir parabenizar minha esposa, mas isso não significava que Rose queria esperar também. O enorme grude que ela tinha com a mãe fez com que ela se metesse no meio dos seguranças, fotógrafos e fãs — a pequena além de esperta era ágil — e pular no colo de Hermione.

Eu sabia que depois daquilo aquela cena se tornaria um viral na internet: "A filha de Hermione Granger correndo para o colo da mãe no lançamento de A Câmara Secreta." Mas acho que Hermione não se importaria com aquilo, muito menos eu, a cumplicidade daquelas duas não era segredo pra ninguém!

Ainda bem que quando chegamos faltavam vinte minutos para o intervalo de Hermione, já que Rose fizera questão de ficar os vinte minutos lá sentada no colo dela enquanto ela autografava. Assim que o intervalo começara Hermione viera com Rose no colo ao meu encontro, depositou um beijo na bochecha de Hugo que ainda estava comigo e depois me beijou.

— Atrasados! — ela disse.

— Não culpe a mim, sua filha não saí de casa sem passar gloss! — eu disse imitando Rose falando e ela fez cara de brava.

— Só sou vaidosa, papai!

Logo Gina veio chamar Rose para ir comer bolo na cafeteria da livraria, e obviamente, — sendo uma boa Weasley — por se tratar de comida ela foi e minha irmã acabou por levar Hugo também, deixando eu e Hermione sozinhos. Como sempre ela passou os braços no meu pescoço e eu a envolvi pela cintura.

— Você está bem? — ela perguntou.

— Estou, estou muito orgulho de você...

— Você sabe que não foi isso o que eu perguntei.

— Estou, ainda dói, mas estou aprendendo a lidar com isso com o tempo.

— Eu queria poder ter adiado o lançamento...

— Não, não, não. Não se preocupe com isso! Acho que o lançamento foi até bom, pra poder distrair um pouquinho a família. Está todo mundo muito deprê, então acho que foi bom. E o mundo todo está esperando por isso, se adiasse todos iriam enlouquecer.

— A fila lá fora está enorme, né?

— Está sim! Não consegui nem ver o fim.

— Estou tão feliz. Obrigada por ter acreditado em mim!

— Você é talentosa demais, só um idiota teria duvidado de você.

— Mesmo assim, obrigada!

— Eu me orgulho muito de você, e se tem alguém aqui que deve agradecer esse alguém sou eu. Agradecer por ter você na minha vida! Você me faz o homem mais feliz do mundo.

— E você me faz a mulher mais feliz do mundo! Eu te amo tanto, Ron.

— Eu te amo mais!

Então eu a beijei. Eu perdi o meu pai, mas eu ainda tinha motivos pela qual viver e ali estava o maior deles: Hermione. A mulher que me fez crescer como ser humano, que me faz querer ser uma pessoa cada vez melhor. A mulher que me deu minhas duas maiores joias: meus filhos. A mulher que faz com que cada segundo que eu esteja ao lado dela seja único e especial, que me mostra que não há necessidade de voltar no tempo para revivê-los porque eles se eternizarão nas nossas mentes e nos nossos corações com a certeza de que os próximos segundos também serão brilhantes. Eu nunca mais troquei meu passado, pois estava ocupado demais com meu presente.


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Notas finais do capítulo

Fimmmmmm! Agora é o momento que eu começo a me debruçar em lágrimas... É sempre difícil terminar uma fic, mas estou feliz que essa tenha terminado assim.
Espero que tenham gostado de Trocando Passados, pois eu amei escrevê-la! ❤