A Fera escrita por Ciin Smoak


Capítulo 6
O aroma da rosa


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente...Eu to tão feliz, a fic tá com 35 acompanhamentos, eu tipo amo vocês pessoinhas lindas e maravilhosas. Aqui está o capitulo pelo ponto de vista da Felicity como eu havia prometido, até la em baixo...



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Felicity

Depois daquele dia da festa nunca mais tinha visto Sara, ela me disse que logo eu iria saber onde Oliver estava e ela tinha acertado, dois dias depois havia saído a noticia de que ele estava em uma clínica de reabilitação fora da cidade, o que era estranho, pois Nova York possuía as melhores clínicas, outra coisa estranha era o fato de que eu não acreditava naquilo, eu não sei o porquê, eu só sentia que as palavras de Sara eram pra outro momento, que eu ainda descobriria onde ele estava de verdade.

Três semanas haviam se passado e não tive mais nenhuma noticia, continuei com minha rotina e quase nem me lembrava de Oliver Queen, mas algo no fundo, bem no fundo insistia em seguir pensando nele, não me pergunte o por que. Eu estava em uma festa da escola quando me deparei com aquele estranho e falei de Oliver pra ele, estava nervosa, achava um absurdo a Laurel e o Tommy ficarem se pegando quando o cara mal tinha sumido e achava um absurdo maior ainda que eles não conhecessem o Oliver de verdade, eles viviam com ele.

De alguma forma a conversa com aquele cara do capuz havia despertado algo em mim, durante o caminho pra casa a minha própria frase não saía da minha cabeça.

“Você tá errado sabe, eles também estão, ele não era um babaca completo, tinha algo nele, não sei, que era motivador.”

Eu achava Oliver Queen motivador? Pode- se dizer que sim, não que eu tenha reparado muito, ok, talvez eu tenha reparado um pouco, mas eu não ficava secando ele, nem aquele corpo maravilhoso que ele tinha, eu só olhava, tá legal, por que eu tô me justificando pra mim mesma? A questão é que, por de baixo de toda aquela arrogância eu realmente acreditava que existia um cara que valesse a pena.

Quando cheguei em casa, meu pai não estava lá e isso não era nenhuma novidade, ele provavelmente estava em alguma boca de fumo, é eu sei, ter um pai viciado te deixa sarcástica mesmo. Subi pro meu quarto e fui olhar o site da escola, fiquei surpresa quando vi uma foto minha e de Oliver conversando naquele dia no bar da festa, eu nem tinha reparado que nós estávamos tão próximos. Quem visse até pensaria que erámos um casal.

Fechei o notebook e peguei um livro, pois estava sem sono, me sentei na janela do meu quarto e comecei a ler “Caçadores de Trolls”, o livro era realmente muito bom e eu me vi totalmente envolvida pela leitura, estava lá a não sei quanto tempo quando senti uma sensação esquisita e escutei a voz de Sara na minha cabeça.

“Tenho a sensação de que logo você vai saber Felicity.”

Automaticamente eu olhei pro beco que ficava em frente a minha janela, eu não sei porque fiz isso, mas eu me senti sendo observada, me senti impelida pra lá, como se alguém me esperasse, tá legal, talvez eu devesse dormir um pouco, ri de mim mesma e voltei pra minha leitura, terminaria aquele capitulo e iria dormir, eu já estava alucinando e isso devia ser devido ao sono.

Acordei no outro dia e fui pra escola, pra minha surpresa Sara estava lá e olhava diretamente pra mim, ela sorriu e entrou na sala de aula e tirando aquilo o dia foi normal, na verdade os dias que se passaram foram normais, tudo corria tranquilamente, exceto a noite, quando eu sempre tinha a sensação de que estava sendo observada, mas o engraçado é que aquilo não me assustava, pelo contrario, me passava uma sensação de segurança.

Estava no meu quarto instalando uns aplicativos novos no meu notebook quando escutei uma gritaria vinda da porta da minha casa, droga, só podia ser meu pai em mais alguma confusão, saí correndo e quando cheguei lá fora me deparei com uns dois caras dando uma surra no meu pai.

—Pague o que deve seu velhote, viciado de merda, ou se não morre.

—Deixem ele paz.

—Felicity não, entra filha.

—Ah, então a filhinha quer defender o papai, talvez seja bom, mais diversão pra gente.

O cara veio pra cima de mim e eu tentei me defender, mas ele era mais forte e me jogou contra a parede, eu senti tudo ficar escuro e depois silencioso, quando acordei estava deitada na minha cama, minha cabeça doía muito e meu pai estava sentado na poltrona, olhando pra mim preocupado. Estranho, meu pai não conseguiria me trazer aqui pra cima estando machucado desse jeito, não sozinho.

—Que bom que acordou querida, estava tão preocupado.

—Pai, o que aconteceu, aqueles caras foram embora?

—De certa forma querida, um amigo me ajudou.

—Amigo?

Até onde eu sabia meu pai não tinha amigos e se esse cara era mesmo amigo dele, por que ele parecia tão desconfortável?

—Sim um amigo, ele me ajudou com aqueles homens e agora quer ajudar você querida, eles vão voltar e não quero que você esteja aqui quando isso acontecer, então ele vai cuidar de você enquanto as coisas não se resolvem. Você vai pra casa dele, amanha de noite.

—O que? Como assim? Ir pra casa de um completo estranho e deixar você sozinho? Você tá louco? Se aqueles caras voltarem quem é que vai te ajudar? Além do mais, eu nem sei quem é esse seu amigo e eu tenho a escola, não posso ir pra qualquer lugar assim sem mais nem menos.

—Felicity, é pro seu bem e você vai, será por pouco tempo e sobre a escola, você não vai pra escola, mas será por um curto período, logo as coisas vão se resolver.

—Mas...

—Sem mas Felicity, você vai gostar dele, ele é um cara legal.

—Pelo menos me fala o nome dele. Pai!

Ele me ignorou e saiu, me deixando sozinha, chocada e confusa, por que será que eu não acreditava nele? Ah é, deve ser pelo fato de que ele estava mentindo, ele disse que seria bom e que esse cara era legal, mas a cara de desgosto dele dizia outra coisa.

Minha cabeça começou a doer mais ainda e eu me deitei novamente, mas não consegui dormir, meu deus como assim, minha vida tinha dado uma volta de 360º graus em menos de 5 horas? Quando o dia amanheceu meu pai apareceu no meu quarto e disse que ele tinha que sair, mandou-me tomar café e ir arrumar as minhas coisas, eu tentei argumentar com ele de novo, mas não tive sucesso. Então, fiz o que ele mandou.

O dia passou voando, ele chegou e me entregou um endereço, falou que o taxi já estava me esperando lá fora, me abraçou e disse que sentia muito, eu não consegui falar nada, estava me sentindo abandonada. Entrei no taxi e comecei a chorar, logo o motorista pareceu comovido com as minhas lágrimas e me estendeu uma rosa.

—Uma moça tão bonita assim não devia estar chorando tanto, o que quer que esteja te afligindo, vai passar querida. Espero que essa rosa alegre o seu dia.

Era uma rosa branca igual a que o Oliver havia colocado no meu vestido naquela festa e eu não sei o porquê, mas o aroma daquela delicada flor me lembrou dele e de repente eu já não estava mais tão triste, assustada é claro, mas definitivamente melhor.

Fiquei respirando fundo por todo o caminho e me preparei mentalmente pro que estava por vir.

Agora aqui estava eu, prestes a tocar a campainha de um completo estranho.


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Notas finais do capítulo

E ai gente, quem será esse estranho em? Assim que tiver um numero relevante de comentarios posto o proximo capitulo, que promete muitas emoções...
Estou muito feliz com o retorno que estou tendo dessa fic, ficaria mais feliz ainda se ganhasse uma recomendação em? kkkkkkk
Beijooos...