A Fera escrita por Ciin Smoak


Capítulo 5
A rosa em meio aos espinhos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui estou com mais um capitulo e hoje eu fiz um POV Oliver , o próximo será somente narrado Felicity.
As coisas estão começando a mudar pro nosso playboy favorito em...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/700892/chapter/5

Oliver

—Bom, aqui é bem aconchegante, tenho certeza que você vai se acostumar.

É, aqui estava eu na minha “nova casa”, meu pai disse que era pra evitar que as pessoas me vissem, ela era grande e era até bonita, mas era vazia sabe, talvez eu me sentisse assim em relação a ela porque era um lugar aonde eu estava indo pra me esconder, faltava algo nela.

Dizendo isso ele foi embora com a promessa de que voltaria, mas eu sabia que ele não ia voltar, meu pai pelo menos não foi um completo bastardo e deixou Nyssa cuidando de mim, ela era a nossa empregada, achei que quando ela visse meu rosto ela surtaria, mas não, ela me olhou como se aquela fosse a coisa mais natural do mundo e disse que iria pra onde eu precisasse, ela disse que cuidaria de mim. Agiu como uma verdadeira mãe, mas é claro que eu não sabia agradecer.

Assim, os dias foram se passando e eu nem tinha noção de quantos, eu ficava ali jogado, comia, dormia, jogava videogame, eu já estava conformado, quer dizer, alguém tinha que falar que me amava, mas quem amaria um cara com a aparência de um monstro?

—Oliver, chega, pega sua moto e vai passear, você não pode ficar trancado aqui até não sei quando.

—Não enche Nyssa.

—Oliver, isso está te fazendo mal, você precisa fazer al...

—Eu já disse, não enche Nyssa, eu tô legal, aonde você quer que eu vá? Ir ver os meus antigos amigos que provavelmente vão sair correndo quando me virem? Não valeu, agora você poderia me deixar sozinho?

Ela saiu, mas não sem antes me lançar um olhar reprovador, continuei deitado encarando o teto, mas eu estava tão entediado que a ideia dela ate que não me parecia tão má assim, peguei as chaves da moto e fui pra garagem, saí pelas ruas de Nova York e fui parar na escola, estava tendo uma festa lá, entrei puxando o capuz do moletom pra cobrir meu rosto  e me vi andando no meio daquelas pessoas que até um tempo atrás me veneravam e agora nem percebiam a minha existência.

Andei até uma parte do salão que estava mais vazia, queria me sentar e ficar sozinho, tinha sido uma má ideia vir aqui, estava quase lá, quando vi a Laurel e o Tommy se beijando, estaquei na hora, serio isso? Eu mal sumo e já sou traído, tá legal, supera Oliver, supera...

Vi que eles estavam conversando e me aproximei pra poder ouvir.

—Sabe de certa forma eu tô aliviada que o Oliver tenha ido pra essa clinica de reabilitação, eu não suportava mais ele, o ego dele tava me matando.

—Nem me fala, não dava mais pra aturar aquelas idiotices dele, acho que ele nem sequer percebia que existia alguém além dele no mundo.

Tá já chega, eu não tinha que ouvir aquilo, quando me virei pra ir embora, dei de cara com Felicity lançando um olhar repulsivo pros dois, de repente ela me olhou e franziu o cenho, devia ser por que ela não conseguia me ver devido ao capuz, eu pigarreei e voltei a minha atenção pro casal.

—Dá pra acreditar naquilo, aqueles dois se merecem.

Me assustei com a raiva na voz dela e decidi investigar um pouco pra saber como aquilo tinha acontecido.

—Ela não tem namorado?

—Tem, isso que torna a situação tão ridícula, o cara vai pra uma reabilitação e ela se joga nos braços do amigo dele, nem esperou o cara esfriar, quer dizer, Oliver Queen não me parecia o tipo de cara que usava drogas, não é como se eu fosse intima dele, eu só tô falando o que eu acho, não que eu tenha reparado nele ou feito alguma teoria mirabolante de pra onde ele foi e quando ele vai voltar, quer dizer, a gente só se falou uma vez, não é como se eu ficasse relembrando isso todo dia desde o dia da maldita festa e tá, agora eu vou parar de falar.

—É deu pra entender, o babaca saiu de cena e a namorada se pegou com o amigo falso.

—Você está errado sabe, eles também estão, ele não era um babaca completo, tinha algo nele, não sei, que era motivador.

Dito isso ela saiu e me deixou lá com um sorriso no rosto, parece que pelo menos alguém aqui gostava um pouquinho de mim, eu sempre achei que tinha tudo, mas agora eu não tinha mais tanta certeza assim, quer dizer, ninguém aqui parece gostar de mim, eles só me bajulavam porque eu era poderoso de certa forma. Quem diria, Oliver Queen, se sentindo mal pelo que as pessoas pensavam dele.

Voltei pra casa e quando cheguei dei de cara com um homem negro, alto, de óculos escuros, conversando animadamente com a Nyssa.

—Aaaaan, Nyssa, o que tá acontecendo?

—Ah Oliver, esse é o senhor John Diggle, ele vai ser o seu professor, o seu pai mandou ele.

—Ah é serio, bem vindo ao inferno.

—Oliver!

Nyssa me olhou reprovando a minha atitude grosseira, a qual é, um professor? Confesso que estava achando estranho que o cara ainda não tinha surtado com a minha aparência, reparei os óculos escuros e achei mais estranho ainda. Não, meu pai não seria babaca o suficiente ao ponto de fazer isso, seria?

—Ah, você deve ser o Oliver, é um prazer, mas sinto muito, se eu tô no inferno eu não vi, na verdade eu não consigo ver nada a muito tempo.

—Ok entendi, fica a vontade cara, a Nyssa te mostra as coisas e eu tô saindo de novo tá legal gente, tchau.

Saí de casa rapidamente. Cego? Sério? tá legal, Robert Queen era um babaca mesmo, um completo idiota.

Eu não estava acreditando que ele tinha feito isso, precisava me acalmar e incrivelmente a única coisa que me vinha na cabeça  era certa loirinha, entrei na rede social dela e lá estava o endereço, dá pra acreditar? Quem é que colocava o endereço em uma rede social? Definitivamente, Felicity Smoak era estranha.

Não sei por que, mas peguei o endereço e quando dei por mim já estava parada nas sombras de um beco olhando pra janela da casa dela, ela estava lá, lendo um livro toda concentrada, sorri com aquela cena, ela parecia tão em paz e paz era tudo o que eu não estava tendo.

De repente, ela olhou pela janela na minha direção, mas é claro, não conseguiu me ver devido ao local em que eu me encontrava, ela balançou a cabeça e voltou pra sua leitura e foi estranho, era como se ela tivesse me sentido, fiquei observando Felicity por mais um tempo e fui pra casa.

Estranhamente, desde que saí da casa dela eu não me lembrei nenhuma vez do meu pai, do professor cego ou da estupida maldição que a bruxa tinha me lançado, eu só lembrava daquela garota e dela falando que eu era motivador.

Quando me deitei, peguei no sono imediatamente e sonhei com um certo par de olhos azuis.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gente, o que acharam, será que o Oliver está começando a gostar da nossa loirinha??
Bom, estamos com 29 acompanhamentos, eeeeeeeeeeba, então eu espero um numero considerável de comentários né gente.
Beijooos...