Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 16
Secret Love Song


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem-vindos a mais um capítulo de MnF! Espero que gostem, beijos!



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Why can't I say that I'm in love?

I wanna shout it from the rooftops

I wish that it could be like that (I wish)

Why can't we be like that?

Cause I'm yours

Por que eu não posso dizer que estou apaixonada?

Eu quero gritar para todo mundo escutar

Eu queria que pudesse ser assim (eu queria)

Por que não podemos ser assim?

Pois eu sou sua

Secret Love Song — Little Mix

Dulce foi para o Salão Comunal sentindo-se ligeiramente perturbada. Acabou nem pensando em como contaria para os amigos. Pelo visto dependeria da sorte, mais uma vez. E ela já sabia que a sorte não estava a favor daquele grupo ultimamente.

O cômodo estava quase vazio, pois boa parte das pessoas havia ido almoçar. Todos os seus amigos se encontravam ali.

Assim que entrou pelo quadro da mulher gorda, Elizabeth veio em sua direção, e se fosse possível, estaria lançando feitiços pelos olhos. Dulce fez a cara mais seria que podia.

— Vamos subir, antes de qualquer coisa — mandou, impedindo a amiga de falar. Não queria que ela tivesse um ataque ali.

E pela primeira vez em muito tempo, ela foi obedecida sem questionamentos. Talvez devesse fazer a cara seria mais vez, pensou enquanto subiam as escadas. Entraram no quarto dos meninos. Aquele cômodo estava ficando estranhamente familiar.

— Então... quais são as novidades? — perguntou Alice, sentando-se na cama ao lado da que Dulce estava. Todos arrumaram um jeito de ficar ao redor da menina, observando suas expressões. Ela se sentia ligeiramente incomodada com toda aquela atenção.

— Bem, — começou e olhou para Liz. — descobri quem é o pai da Destiny. E ele está aqui nesse quarto — falou, fazendo um pouco de surpresa. Tentando enrola-los um pouco, enquanto pensava em como contaria o resto.

— Nem olhem para mim — brincou James levantando as mãos. — Ainda não pratico incesto. E acho que é bem fácil saber quem é — falou olhando para Sirius.

— Acho que é a única opção plausível — concordou Remus, seguindo o olhar do amigo.

— Poderia ser o Frank! — disse Sirius, mas sem realmente acreditar em suas palavras. Por um lado, estava feliz com a notícia, por outro, era muito estranho saber que teria uma filha. Com a sua melhor amiga!

— Sem querer ofender, Effy. Mas eu não imagino nada disso rolando entre nós dois — discordou Frank.

Liz assentiu. — Não ofendeu, Frank. Você é gato e tudo mais, porém, não vai rolar. Até porque, não gosto de machucar as pessoas — ela soltou, olhando bem diretamente para Alice, que sentiu vontade de sufocar a amiga com um travesseiro, enquanto corava. Frank olhou para ela e riu levemente. Liz sufocou o riso, enquanto olhava a expressão da amiga.

— Certo, voltando para o assunto principal. Então Sirius é o pai da Dest. E o que foi mais que você descobriu, Dul? Por que pela a sua cara, tem alguma merda no meio disso —  Lily falou e Dulce segurou-se para não apertar o pescoço da amiga. Havia conseguido um tempo, que Lily fez questão de perder.

— É docinho, quem foi que morreu? — Sirius perguntou e ela sentiu as lágrimas chegando. Era um tanto irônico que ele perguntasse isso.

— Usted — murmurou em espanhol nervosamente. Mas logo se corrigiu. — Você — sussurrou, mas sabia que os amigos haviam conseguido escutar, devido ao silêncio do quarto.

— Ele? — perguntou Liz já com os olhos lagrimejando, num fio de voz. Dul balançou a cabeça positivamente.

Elizabeth enterrou a cabeça no peito do menino, que estava sentando ao seu lado. Ele estava perplexo, mas não tanto quanto ao saber da morte de Lily e James.

— Como? — questionou Sirius.

— Sua prima, Bellatriz, lhe matou. Durante uma invasão ao Ministério da Magia. Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado enganou Harry, fazendo o achar que estava com você. Ele conseguiu fugir para lhe encontrar. Porém era uma mentira. Você foi atrás dele e acabou morrendo — ela contou o que sabia. — Eu não sei tudo. Foi isso que consegui que Charlie me contasse — explicou.

Sirius abriu um sorriso triste. — Bem, pelo menos sabemos que o Harry me conheceu. E que gostava de mim a ponto de se arriscar.

— Claro que ele gosta de você. Você é o padrinho dele! — exclamou Lily.

— Achei que não concordasse com isso, ruiva — lembrou Sirius. Lily deu de ombros.

— Não tenho o que concordar. É a opção mais acertada. Sei que você faria tudo por ele — Lily falou, fazendo Sirius abrir um sorriso enorme e James adorar a cena que via.

— Nós vamos mudar todas essas coisas ruins — prometeu James, com a voz meio embargada.

...

Após se recuperarem, foram almoçar, enquanto ainda tinha comida.

— Certo. Já enrolamos demais. Depois do almoço falaremos com eles — sentenciou Lily, ao entrarem no Salão Principal.

— Acho que é bom antes passarmos a tarde esfriando a cabeça e pensar em como vamos falar com eles. Não podemos colocar a carruagem antes dos testrálios — falou James, sentando-se a mesa da Grifinória. Os lábios de Lily se comprimiram em desaprovação.

— Já enrolamos demais! — ela quase gritou, atraindo alguns olhares.

— Ly, calma — pediu Dulce.

— Falaremos hoje. Antes do jantar. Só temos que pensar em como falaremos — insistiu Remus. Vendo-se vencida pela maioria, Lily concordou.

— Mas de hoje não passa.

— Não vai passar, Ly — assegurou Alice.

— É, agora só temos que arrumar um jeito de falar para dois adolescentes desconhecidos que somos os pais deles. Facilíssimo — ironizou Sirius.

— Sempre tão positivo... — comentou Liz.

— Porém ele não está errado. A coisa será complicada — concordou Frank. — Vamos descansar umas duas horas e depois nos encontramos para resolver isso — sugeriu.  

...

James estava extremamente cansado e esgotado. Aquela aventura estava sendo mais difícil do que ele imaginara. Não sabia mais o quanto poderia suportar sem finalmente enlouquecer.

Tentava se manter são pela sua irmã e pelo seu melhor amigo, que igual a ele, já haviam enfrentando meses difíceis durante as férias, com a piora da saúde do senhor Fleamont Potter. Graças a esses últimos meses, James tivera que amadurecer as duras custas. Gostaria que as últimas lembranças que seu pai tivesse dele fosse de alguém maduro, bom, integro... E estava se esforçando para ser essa pessoa.

Sem falar, que mesmo sem querer, todos acabavam contando com ele. Sua mãe, a senhora Euphemia Potter, se apoiava no filho para conseguir superar a doença do marido. Liz, por mais forte que parecesse ser, estava muito fragilizada com tudo aquilo, seu pai era seu herói. Eles tinham uma relação maravilhosa, melhor até que a do filho com ele, James admitia. Sempre fora mais apegado a mãe, que o tratava como um pequeno rei.

E Sirius... Sirius só soubera o que era uma família de verdade quando conseguir fugir d’A Mui Antiga e Nobre Casa dos Black, e idolatrava o senhor Fleamont Potter. Desejando que seu pai fosse metade do homem que o outro era. 

E em meio a tudo isso, estava ele, James, tentando apoiar a todos.

Então ele fez o que sempre fazia quando se sentia esgotado. Foi ao campo de quadribol para pensar melhor. Mesmo sem voar, só de estar ali, ele sentia-se melhor. Mais perto do pai, que havia lhe apresentado o jogo. O time da Grifinória estava treinando, e James sentiu-se imensamente feliz ao ver o filho voando.

— Ele voa bem, não? — Lily perguntou o surpreendendo. Não havia reparado que a ruiva havia sentado ao seu lado.

— Ele é maravilhoso. Tem os seus olhos.

— Eu notei. Mas o resto é todo seu — ela admitiu.

— Talvez — James respondeu dando de ombros. — O que faz aqui? Até onde eu sei, você não gosta de quadribol.

— Queria falar um pouco com você... isso é, se você quiser.

— Eu sempre irei querer falar com você. O estranho é você querer falar comigo.

— Bem, as coisas mudam — ela disse. — Acho que fui bem injusta com você nesses últimos dias...

— Acho que mereci um pouco, levando em conta meus antecedestes — James falou sorrindo para a ruiva, que sentiu-se mais confiante em levar a conversa adiante.

— É. Você era meio que muito idiota, azarando o Severo em qualquer oportunidade, sem chances dele se defender e ...

— Ei, — falou, sinalizando para que ela parasse de falar. — seu amigo não é nenhum santo. Eu o atacava sim, mas de frente, como um bom grifinório deve fazer, já ele fazia jus a sua casa, e sempre que eu estava distraído e preferencialmente de costas, ele revidava. Sem contar as milhares de vezes que ele pegou o Peter sozinho e o azarou. Então, senhorita Evagon, não venha só me culpar por isso. Sim, fui errado em começar isso no trem, mas Snape não é nenhum herói trágico, que só sofreu. Ele revidou várias vezes, dos jeitos mais traiçoeiros possíveis.

Lily ficou abatida. Tudo que pensava sobre o antigo amigo...  ele havia a enganado completamente. Talvez tudo que pensasse sobre James também fosse errado. É claro, ele era mimado e na maior parte das vezes, inconsequente. Mas havia admitido o erro, era mais do que Severo já havia feito boa parte das vezes. — Eu não sabia disso. Ele nunca lhe atacava na minha frente!

James sorriu como se aquilo fosse obvio. — É claro que não. Senão você pensaria que ele não era nenhum inocente.

— Certo, acho que precisamos reiniciar nosso relacionamento, não? — e estendeu a mão. — Prazer, sou Lyanna Evagon — falou sorrindo docemente.

— Prazer, senhorita Evagon. Sou Jace Pontes — pegou a mão da ruiva e a beijou levemente. — Será que aceita sair comigo qualquer dia desses?

Lily soltou uma gargalhada. James não podia perder a oportunidade de chama-la para sair. Porém, pela primeira vez, ela estava tentada a aceitar.

— Talvez num futuro próximo... — respondeu misteriosamente. Ainda precisava avaliar seus pensamentos e como ele havia falado mais cedo, não se pode colocar a carruagem na frente dos testrálios.

...

Elizabeth e Sirius decidiram passar as duas horas que tinham antes de encontrar a filha, juntos. Pensando em como aquela situação aconteceria. Estavam procurando um lugar em que pudessem ficar sozinhos, o que eles descobriram ser bem difíceis num final de semana sem passeio para Hogsmeade.

Andavam distraidamente, conversando banalidades, em vez do que realmente queriam falar. Até que Liz parou sem avisar, em frente a uma sala trancada.

— O que foi? — Sirius perguntou, indo para o lado da menina, que havia colado seu ouvido na porta.

— Shiii — ela mandou, sem falar mais nada.

— O que foi?! — ele repetiu impaciente.

— Acho que escutei a voz da Dul — ela respondeu tirando o ouvido da porta.

— Sim, e o que que tem?

— Ela não está só! — Liz exclamou, o mais baixo que podia. — Tem alguém com ela. E eu acho que sei quem é — falou puxando a varinha e apontando para a porta.  — Alohomora — a porta fez um suave clique. — Vai querer descobrir comigo?

Não precisou perguntar pela segunda vez, pois Sirius já estava abrindo a porta.

— Eu sabia! — gritou Elizabeth, separando o casal que ali se encontrava.

— Liz? Sirius? — Dulce perguntou chocada, olhando assustada para Remus.

— Eu não acredito que você escondeu isso de nós, Remus — falou Sirius levemente magoado com o amigo, que o olhava sem saber o que dizer.

— Não escondi nada, Sirius — tentou Remus, sem saber bem o que fazer.

— Há quanto tempo isso vem acontecendo?

— Não tem nada acontecendo, Liz — respondeu Dulce, mesmo que fosse bem obvio que estava mentindo.

— Vocês sinceramente acham que somos idiotas, né? — esbravejou Sirius. Dulce e Remus se entreolharam, suspirando em conjunto.

— Entrem e fechem a porta, por favor — pediu Remus. Liz e Sirius fizeram o que o amigo pediu e sentaram-se, esperando uma explicação.

— Por favor, vocês não podem contar o que viram aqui para ninguém...

— Por que não, Remus? — interrompeu Dulce. — Estou cansada de viver escondendo as coisas dos meus amigos. Não é justo!

— Dul, já discutimos isso milhares de vezes!

— E você nunca escuta o que digo! Por que não posso dizer que estou apaixonada? Tudo que eu gostaria é de gritar para o mundo que sou sua. Por que não podemos ser assim? — apontou para Sirius e Liz, que não estavam entendo é nada.

— Eu quero, Dul — falou Remus triste.

— Então por que não podemos, Rem? Eu sou sua e quero que todos saibam disso — ela disse pegando a mão dele.

— Dul, por favor, falamos sobre isso depois. Agora acho que temos que explicar a situação para esses dois.


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Notas finais do capítulo

E o desafio continua! Seis das oito pessoas que comentaram capitulo retrassado, comentaram no passado. Mas não desanimem! Todos ainda tem chances! Lembrando que cada comentario vale cinco pontos e as perguntas no tumblr valem 2 cada, podendo fazer três perguntas por semana. Ou seja, se você fizer as três perguntas na mesma semana, recuperara o tempo perdido! Então não percam as esperanças, até porque, posso fazer mais questionários aqui. Como o de agora.
Pergunta valendo um ponto (é curtinha, por isso vale pouco kk): https://66.media.tumblr.com/119bb6d558c0ec93c7a9caf7b8e4d8fa/tumblr_oeav7pEfmU1va6m4no5_r1_500.gif
O que vocês acham do Richard Madden como Sirius? E acham que rola química com a Katie McGrath? É muito importante que role, já que ela fará a versão mais velha de uma certa personagem...
Por hoje, é isso. Espero que tenham gostado do capítulo e conversem comigo ♥.



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