Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 17
Secret Love Song: Part II


Notas iniciais do capítulo

Olá e LEIAM AS NOTAS FINAIS, obrigada.
SÉRIO, LEIAM AS NOTAS FINAIS. Se vocês gostam da fic, LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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It's obvious you're meant for me
Every piece of you, it just fits perfectly
Every second, every thought, I'm in so deep
But I'll never show it on my face

É óbvio que você está destinado para mim
Cada pedaço seu atrai completamente
Cada segundo, cada pensamento
Eu estou tão envolvida
Mas eu nunca demonstrarei

Little Mix  — Secret Love Song: Part II

 

— Tudo começou há quase um ano... — iniciou Remus.

— Vocês vêm escondendo isso de nós há um ano?! — gritou Sirius com raiva. Remus o olhou severamente.

— Por favor, faça silêncio, senão não falarei mais nada.

Sirius calou-se a contragosto.

— A Dul precisou de ajuda para melhor em Defesa Contra as Artes da Trevas e eu me ofereci para ajudar — ele lembrou. 

— É impossível, Remus! Nunca vou conseguir! — esbravejou Dulce após uma azaração ineficaz.

— Você só precisa de um pouco mais de prática, Dul — Remus a encorajou. Eles se encontravam numa sala vazia e Dulce tentava atingir um pequeno rato que Remus surrupiara de uma das aulas de Transfiguração para isso.

— Um pouco mais de prática... só se passarmos a morar aqui! É só que... não consigo machucar esse animalzinho — falou desanimadamente, sentando-se. Dulce era apaixonada por animais, tanto que pretendia seguir por essa profissão.

Remus sentou-se ao seu lado. — Eu te entendo, Dul. Mas você precisa deixar isso um pouco de lado, se quiser continuar cursando DCAT.

— Eu tenho que continuar cursando! Essa matéria é de total importância. A qualquer momento podemos ser atacados.

— Eu sei — ele suspirou. — Quer descansar um pouco e depois tentamos mais? — perguntou gentilmente. Mas não recebeu resposta. Só agora Dulce notará o quão perto estava do maroto.

— Eu... — ela balbuciou e sem pensar o beijou.

— Então quer dizer que você o beijou?! — exclamou uma Liz empolgada, esquecendo momentaneamente sua irritação com os amigos. — Mas eu não entendo porque vocês esconderam isso — completou.

Dulce e Remus se entreolharam. — Se você nos deixar continuar... — disse Dulce e Liz sinalizou como se estivesse trancando a boca.

— Durante as próximas semanas nos encontramos algumas vezes, as escondidas, tentando descobrir o que sentíamos...

— Na verdade, eu já sabia, Remus. Eu já gostava de você fazia um tempo — Dulce falou corando.

— Ah, bem... — Remus ficou sem palavras. — Continuando — tentou retomar à explicação.  Dulce então assumiu o controle da história.

Os encontros continuaram a acontecer atrás de portas fechadas. E Dulce sentia que cada vez que o via, morria um pouquinho mais. Só tinham momentos roubados que escondiam. Isso não era e nunca foi o suficiente.

— Eu não entendo, Remus — ela falou durante um dos encontros. — Por que não posso te abraçar na rua? Por que não posso te beijar lá fora?

— Dul, você precisa entender — ele pedia pacificamente, mesmo sabendo que era um pedido sem cabimento, ao menos para quem não tinha todas as informações.

— Você não me explica o porquê preciso entender, Remus! É obvio que estamos destinados. Cada pedaço seu me atrai completamente. E a cada segundo, a cada pensamento que tenho com você, estou mais envolvida. Mas você não permite que eu demostre! — Dulce choramingou. — Não concorda nem em falar para nossos amigos!

— Dul, por favor — Remus pediu, a abraçando. — Eu preciso de um tempo. Um dia talvez você entenda, mas agora você precisa acreditar em mim. É melhor que ninguém saiba do nosso envolvimento — gaguejou. Sabia que assim que revelasse para os amigos, não demoraria que todos acabassem sabendo, pois eles se tornariam mais descuidados.

Doía vê-la naquele estado. Porém sabia que um dia todos irão descobrir sobre a sua verdadeira natureza, vivia com medo que isso acontecesse. E sabia que todos não seriam tão compreensíveis quanto os marotos. Tinha medo que quando a verdade fosse revelada, as pessoas julgassem Dulce por namorar um lobisomem... namorar... não havia a pedido ainda. Nem sabia se ela iria aceitar, mas isso era coisa para pensar depois.

— Você espera demais de mim, Lupin — ela falou magoada. Não entendia nada, mas sabia que ele escondia algo dela.

Remus suspirou, triste com o que teria que fazer.

— Então acho melhor paramos de nós ver, Dulce — a menina levou um susto com as palavras dele. Tudo que queria era poder amar abertamente, e agora ele queria acabar com tudo que eles tinham.

— Você endoidou?! — rugiu. — Não vamos parar com nada. Se você precisa de um tempo, tudo bem. Lhe darei. Mas você não pode terminar isso que nós temos.

— E o que é que nós temos?

— Isso só depende de você — ela respondeu sinceramente. — Mas se vamos viver esse amor, não quero esconde-lo para sempre. E eu vou viver pelo dia que isso irá mudar.

Ele então tomou a coragem necessária. E em meio a aquela sala poeirenta, com as lágrimas silenciosas da menina ainda rolando, ele pediu.

— Dulce Valentine, você aceita ser a minha namorada secreta?

— Então mantivemos o segredo. Sinto muito — terminou Dulce.

Sirius olhou para o amigo, entendendo o porquê ele preferia daquele jeito. Ele teria uma seria conversa com o senhor Lupin depois.

— Vocês sabem que não podem mais esconder isso dos outros, não é? — perguntou Sirius.

— Sabemos. Porém, espero que vocês esperem as coisas se acalmarem um pouco antes de saírem falando. Até porque, hoje vamos falar com sua filha e o Harry. Não precisamos dar mais motivos para os outros enlouquecerem — argumentou Remus.

— Não pense que vai enrolar por mais muito tempo, senhor Lupin. E não seremos nós a contar. Já podem ir pensando em como vão falar para seus melhores amigos que vocês esconderam uma coisa assim deles — mandou Liz, levantando-se e sendo seguida por Sirius. — Vamos Sirius, ainda temos que pensar no que falaremos para a Destiny — disse puxando o maroto.

— Nos encontramos mais tarde. Juízo, Remus. Não faça nada do que eu não faria.

Elizabeth já havia saído da sala, quando se lembrou de algo e voltou colocando só a cabeça na porta.

— Ah, falem mais baixo, se não quiserem que ninguém mais descubra sobre vocês. Ou melhor, não falem — e saiu de vez. Ainda tinha algumas coisas para resolver.

...

Finalmente, os dois conseguiram encontrar um lugar em que pudessem conversar em paz. Pois sempre que encontravam alguma sala que poderiam usar, havia alunos passando ao redor.

— Quando eu acho que as coisas não podem ficar mais loucas, elas vão e ficam — comentou Sirius, sentando-se no chão, na parede oposto a porta, que estava fechada.

— Quem imaginaria os dois, hein? Logo os dois! — exclamou Liz, sentada ao lado dele, ainda não recuperada do choque. — Ainda não entendo como eles conseguiram esconder isso por tanto tempo!

— Não entendo é como não conseguimos ver isso antes! 

— Fomos realmente cegos — concordou Liz.  — Outra coisa que me surpreendeu foi descobrir que Sirius Black teve uma filha.

— Não esqueça com quem eu tive essa filha. Influência muito as coisas — ele confessou a encarando. Liz corou levemente.

— Bem, é surpreendente do mesmo jeito. Não imagino você tendo uma filha, ou filho, ou qualquer coisa do tipo. Você mesmo me disse milhares de vezes que não quer formar uma família. Acho bem mais provável que tenha sido apenas um mero acidente... sabe, é bem fácil que não tenhamos nos protegido — falou dando de ombro, tentando fingir indiferença.

— Talvez. Ou talvez você tenha me feito mudar de ideia, Lizzie. Porque eu acho que se tem alguém capaz de me dar vontade de formar uma família, essa pessoa é você. Você sabe que só não quero ter filhos, por medo de cometer os mesmos erros dos meus pais. Afinal, sou um Black no final de tudo. E Black’s não nasceram para formar uma família feliz.

Elizabeth estava bem surpresa com o caminho que a conversa seguia. Sim, Sirius era seu melhor amigo, porém ele nunca havia falado tão abertamente do que sentia em relação a ela.

A menina pensava que o que eles tinham era apenas uma relação de melhores amigos coloridos. Ela amava o Black, sim, muito. Muitas das suas primeiras experiências tinham sido com ele. No entanto, nunca tinha pensando que seguiriam um rumo mais romântico. Já entrara naquele relacionamento imaginando que eles não teriam um longo futuro, pois conhecia a personalidade do amigo.

— Você pode ser um Black, mas você não é seus pais! E nunca será. Você é bom, e nunca poderá fazer com um filho o que eles fizeram com você — falou convicta. Sabia o que Sirius sofrera até fugir daquela casa. Desde que ele voltara do primeiro ano, após ter sido escolhido para a Grifinória, ele fora torturado das mais diversas formas. Ela conhecia as várias cicatrizes que ele tinha, tanto as pelo corpo, quanto as psicológicas. E sabia que ele nunca seria capaz de repetir aquilo com outra pessoa.

— Você tem fé de mais em mim, Elizabeth.

— Eu não tenho fé, Sirius. Eu sei a verdade. Conheço meu melhor amigo, e acredito que você seria o melhor pai possível. Incapaz de repetir o mal que sua família lhe fez. E respeitando as decisões dos seus filhos, como um verdadeiro pai deve fazer.

— Se você diz... — respondeu com um meio sorriso. Liz era sua melhor amiga, e sempre estava lá para colocá-lo de volta ao rumo. E por isso era tão fácil imaginar um futuro com a garota.

— É, bem, eu disse, e como sabemos, estou sempre certa — disse tentando quebrar o clima. — Agora vamos voltar ao foco inicial. Nós dois temos uma filha, o quão louco isso é?!

— O muito louco. Eu gostaria de saber quem foi o maluco que deixou dois irresponsáveis como nós tremos uma criança! — ela soltou uma sonora gargalhada com o comentário dele. Não se imaginava mãe e morria de pena do que a criança teria que passar em suas mãos. Talvez ainda desse tempo de aprender um pouco com Euphemia Potter como ser uma boa mãe, já que a sua mãe era o melhor exemplo de mãe.

Eles passaram algum tempo em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos sobre o futuro. Liz deitada no peito de Sirius, enquanto ele fazia carinho em seus cabelos.

— Será que casamos? — ele perguntou do nada.

— Sinceramente, não sei. O que você acha?

— Há uma chance. Afinal, já tinha prometido casar com você de todo jeito — Sirius respondeu, e ela segurou o riso.

— Certo, precisamos descobrir o que há entre a gente. Não podemos deixar essa informação bagunçar tudo — Liz falou afastando-se ligeiramente e começando a enrolar o cabelo.

— Sim. Acho que podemos aproveitar esse tempo aqui para resolvermos isso. Já que não poderemos ficar com outras pessoas, pela chance de ser um filho perdido, sem falar no fato de ser uma enorme pedofilia. Então viveremos quase numa relação monogâmica. Vamos aproveitar essa oportunidade e descobrir o que realmente sentimos. De acordo?

— Totalmente. É o jeito mesmo. Estou presa a você pelo resto do nosso período aqui — ela caçoou, e Sirius começou a fazer cosquinha nela como vingança.

...

Destiny Black havia passado a tarde observando a superfície lisa do lago. E uma vez ou outra, jogava uma pedrinha lá para se distrair. Pensava na vida e em como fora estúpida essas últimas semanas. As fichas finalmente caiam, e a raiva que antes era a sua legal companheira, diminuía gradativamente. E para não ter a tristeza, sua velha companheira de volta, ela tentava pensar nas coisas boas que ainda tinha.

É, seu pai havia morrido; havia levado um lindo de um pé da bunda, porém, a vida poderia ser pior. Seu primo havia aceitado seu perdão; ela tinha um ótimo melhor amigo; sua irmã postiça era demais, apesar dos pequenos problemas noturnos...; sua tia de criação era a melhor, havia cuidado dela quando mais ninguém pode. É, definitivamente, a vida poderia ser pior. É claro, não era uma das melhores do mundo, porém ela tinha gente que gostava dela, de verdade.

Ela não estava sozinha.

Agora ela só tinha que compensar com essas pessoas as últimas semanas. Ainda pensando nisso, ela seguiu para o Salão Comunal, onde iria encontrar seus amigos, começando a operação que ela gostava de chamar como “Deixando de ser uma vadia total”.

Esperava que voltando ao normal com os amigos, o tamanho do buraco em seu peito diminuísse. Ela não era muito de acreditar em um Deus, porém, se isso fizesse sua vida voltar ao normal — um normal que nunca realmente fora normal —, ela prometia acreditar em algo. Qualquer ser que fosse. Só queria... não era um só queria. Mas por agora, ela se contentaria com a normalidade. E não ter mais dor. Já havia passado boa parte da vida em companhia da dor, agora só queria ser normal.

Assim que passou pelo quadro, seu caminho foi interrompido pelos novatos. Ah, Morgana, ela pensou, agora eles irão querer gritar comigo. Então resolveu se adiantar e pedir desculpas. Não deveria ter gritado com eles daquele jeito, mesmo sendo muito incomodo que total estranhos a seguissem por aí, sem nenhuma explicação.

— Certo, me desculpem. Não deveria ter gritado com vocês. Mas também, queriam o que?! Vocês estavam me seguindo, e isso é totalmente estranho. E até agora não entendi o porquê desse comportamento — ela soltou, esperando que assim eles a desculpassem e saíssem de seu caminho.

— Precisamos falar com você. E seu primo — falou uma das meninas, a que possuía mechas coloridas por todo o cabelo. Dest ficou surpresa por ser completamente ignorada.

— O que vocês querem conosco? — perguntou desconfiada. Tudo estava muito estranho e qualquer precaução era pouca, principalmente levando a atual situação.

— Não podemos falar aqui, vá para o nosso quarto daqui a dez minutos, com o Harry — mandou um dos meninos. Olhos azuis, cabelo preto, e o rosto levemente parecido com o da primeira menina.

— Olha, não é assim que as coisas funcionam, vocês precisam me dar mais informações que isso...

— Por favor, só vá. É do seu interesse, e envolve seus pais e os dele — insistiu a garota de cabelos claros e cacheados. Então eles subiram as escadas e Destiny ficou completamente perdida. Mas a curiosidade falava mais forte, mais agora que sabia que envolvia seus pais, mesmo não entendendo o que completos estranhos poderiam saber dos seus pais. Correu para procurar Harry, que com sorte, estaria a caminho do Salão Principal. Soltando uma rápida explicação para os amigos, saiu.


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Notas finais do capítulo

LEIA AQUI! LEIA AQUI! E LEIA AQUI!
Antes de tudo, gostaria agradecer a: msnakegawa, Tchug, Popcorn, Rainha da Noite e CassyDeschamps pelos comentários regulares. Muito obrigada mesmo.
Agora gostaria de perguntar uma coisa para os mais de 110 leitores (113, para ser mais especifica), vocês não estão gostando da fic, é isso? Porque gente, tenho mais de cem leitores que não aparecem! Qual é o problema, sinceramente? Me digam, para que possa resolver. Eu preciso que vocês falem comigo! É importante para o decorrer da fic. Sério, as perguntas que faço aqui não são sem motivos. Eu preciso que vocês respondam, mesmo não participando do desafio, mesmo que apareçam só para responder. O futuro da fic pode depender até da mais simples pergunta. E sinceramente, quanto mais comentários eu tiver, mais me inspiro para escrever. E já estou escrevendo uma parte bem importante, então preciso de muita inspiração! Eu entendo que nem todos tem tempo para super comentarios. Mas até um: "oi, gostei", já tá valendo. Se eu consigo tempo para revisar o texto, corrigir, acrescentar coisas, procurar um titulo, fazer o gif, escrever as notas e postar, vocês podem arrumar 30 segundos para falar um "gostei", não? Por favor, é uma autora desesperada que pede.
E repetindo a pergunta do capítulo passado, valendo um ponto no desafio: https://66.media.tumblr.com/119bb6d558c0ec93c7a9caf7b8e4d8fa/tumblr_oeav7pEfmU1va6m4no5_r1_500.gif
O que vocês acham do Richard Madden como Sirius? E acham que rola química com a Katie McGrath? É muito importante que role, já que ela fará a versão mais velha de uma certa personagem...
Sério, RESPONDAM. Por favor.
E de novo, muito obrigada aqueles que comentam regulamente, vocês não sabem o quanto feliz me fazem!
Beijos e até a próxima.