Um Ser mutante escrita por Tabatta Darrow


Capítulo 16
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eu estou de volta o/
E posso com muita felicidade afirmar que consegui entregar todos os meus trabalhos e passei em todas as matérias *0*
Vocês sabem que eu sempre procuro agradecer por vocês por lerem, acompanharem, favoritarem, me apoiarem e tudo mais porque isso significa muito para mim (eu sei que pareço um disco quebrado assim, mas é a verdade ><) então eu peço desculpas se na minha confusão e loucura esqueci de agradecer alguém. o.o Enfim, muito obrigada Alisc por favoritar e acompanhar a história ♥
Aproveitem a história e boa leitura ;3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/700469/chapter/16

Acordo nas nuvens, super animada me levanto da cama e já vou me vestir. Que dia que foi ontem! Lembrando, diversas emoções passam pelo meu corpo me fazendo tremer. Aquele homem… Estou louca para vê-lo de novo. Não tenho mais trabalho de manhã então vou direto para lá. Paro por um segundo, no meio do processo de colocar a blusa. Me sinto culpada, a Fabrina desaparecida e eu aqui curtindo a minha felicidade… Suspiro. Queria poder fazer algo. Fecho os olhos. Sinto uma movimentação dentro de mim. Algo além do meu poder mutante. Algo que eu estive à procura durante todas as últimas sessões de meditação. É difícil explicar, é como se cada poder que eu tivesse copiado estivesse em forma de um… fio e eles estão emaranhados um no outro e no meu poder. Imagino algo como uma mão mover em direção aos fios, me foco em um e procuro “tocá-lo” ele é um cinza cintilante, quase prata, assim que “encosto” nele me assusto com o baixo rosnado que sai pela minha boca, abro os olhos a tempo de ver minha mão semi transformada retornar ao normal. Nem senti ela mudar. ...Interessante… e estranho. Depois vou ver isso melhor. Agora eu quero muito ver o James. Não consigo resistir à curiosidade de ver como ele reagirá quando nos encontrarmos. É sempre tão deliciosamente imprevisível. Sigo rapidamente em direção à floresta. Quando chego à caverna escuto uma voz estranha junto a de James.

— Mas está tudo bem agora! Você pode voltar. – Escuto a nova voz dizer. Está falando sobre a alcateia? Sem perceber diminuo meu passo. – Por favor… Eu estou com saudades. – Eu congelo parada em frente a porta ao ver um Ser que nunca vi na vida beijando James.

Ele fica um tempo parado na mesma posição, os olhos arregalados mas logo se mexe para empurrar o Ser que provavelmente é um lobo da sua alcatéia. Não me mexo da posição, apenas pisco várias vezes. Nada. Nada é o que eu sinto após ver aquela cena. Suspiro baixo e James se vira rapidamente para mim, os olhos assustados. Continuo não sentindo nada. Não sei o que significa. Não sei se minhas emoções congelaram por choque ou sei lá ou se confio o suficiente na minha ligação com o James para não me preocupar com aquilo. Afinal, se fosse eu a beijá-lo ele não seria capaz de ficar parado ou me empurrar daquela forma. Eu sei disso em primeira mão. Essa pessoa à frente, tenho certeza, nunca vai fazê-lo reagir como reage a mim. Meus olhos se semisseram. Ainda assim, não me sinto tranquila. Não sinto nada. Entro um pouco mais no local só para me encostar no batente. James ainda olha para mim sem reação e o outro Ser olha dele para mim, confuso.

— Eu sou azarada o suficiente para você virar para mim agora e dizer que esta é a sua noiva? – Digo, minha voz saindo fria e dura como nunca ouvi antes.

— Eu sou mesmo. Algum problema com isso? – Meus olhos se viram para encará-la e ela se encolhe levemente.

—Hummmmm – Nem ao menos esse som parece ter muita emoção. Se meus olhos estão como minha voz, explica o porquê de ela ter se encolhido. Meus olhos dourados frios e duros... Deve ser um contraste interessante. Ela pega no braço do James e se aperta alí. Levanto uma sobrancelha para a cena, ainda sem sentir nada.

— Tecnicamente. – A voz de James chama a minha atenção. Ele se solta da Loba e eu espero ele continuar. – Ela é minha noiva. – A Loba sorri triunfante para mim. – Mas é um casamento arranjado de seu pai e ele só quer que aconteça se eu me tornar Alfa…

— Ah meu amor. – Meus músculos se tensionam. Hum, uma reação. – Você sabe que eu não me importo com isso, é coisa do meu pai… E eu sei que você não vai perder. – Ele a olha com raiva nos olhos se afastando novamente e depois volta a me encarar.

— Mas eu nunca aceitei essa “proposta”. – Ele começa a lentamente se movimentar na minha direção. – Na verdade eu a neguei várias vezes. – Eu espremo os meus olhos para ele quando se prepara para dar mais um passo e assim ele desiste e se mantém parado. – Só ainda é “tecnicamente” porque eles são uma família muito influente… E muito teimosos. Mas eu não tenho intenção nenhuma de me casar com ela. E nós nunca tivemos nada, eu juro. – Eu elevo o queixo e fico observando-o. Eu acredito nele. E o olhar rabugento e bravo da Loba quase me faz sentir algo, mas é só quase. – Eu… Eu quero você. – Isso me faz piscar os olhos e arregala-los um pouco, um pequeno calor se faz no meu peito.

Eu me desencosto e ando em sua direção, meu olhar nunca se desviando do seu. Paro a poucos centímetros e ele estremece. Viro o meu olhar para ela que está com o queixo levemente caído e parece completamente perdida na situação. Ao ver que eu lhe olho se ajeita e me encara. Inclino minha cabeça. De canto de olho vejo James levantar a mão em minha direção, desvio meu olhar da Loba e encaro sua mão. Ele a recolhe se encolhendo e abaixa a cabeça como se não conseguisse me encarar. Meus lábios se puxam levemente para cima. Quanta submissão. Nem parece o  James que conheço. O olho por um tempo e depois desvio meu olhar para a Loba novamente. Estou confusa. O que eu quero desta situação? Parece que todos só estão esperando eu agir, mas ainda não sei o que quero. Lembro do James dizendo que queria a mim e sinto o calor no meu peito novamente, se espalhando um pouco mais, me descongelando de leve e logo já sei o que eu quero. Quero me reassegurar disso e quero provar isso para a Loba. Mas como?

Respiro fundo e fecho os olhos por um breve momento. A melhor forma é provavelmente a Loba, mas o que um Lobo faria? Tento ativar minha memória ao mesmo tempo que procuro pelos meus instintos de Lobo no fio prata. Abro os olhos. Seu pescoço, uma forma de marcar e clamar é morder ou deixar marcas no pescoço. Lembro de sua sensibilidade e dou um meio sorriso. isso vai ser divertido. Levando seu rosto para mim e o olho no fundo de seus olhos, ele estremece. Dou um meio sorriso e inclino seu rosto para o lado, expondo seu pescoço para mim. Me aproximo e encosto meu nariz. Inspiro profundamente sentindo seu cheiro doce, cítrico e picante, quase deixo um grunhido escapar, o cheiro é delicioso e impregnante. Levemente esfrego meu nariz sobre sua pele exposta e escuto um baixo gemido. Começo a esfregar minha boca, dando pequeno beijos ao longo do pescoço, sem deixar marcas. Elevo meus olhos para a loba e raspo de leve meus dentes como um pedido de permissão. Ele solta um pequeno ganido. Que fofo. Raspo mais uma vez e me afasto de leve, só respirando sob o pescoço, sua pele arrepiada onde minha respiração toca. Aguardo. Espero sua permissão sem desviar os olhos da loba. Logo sinto sua mão tremendo em minha cabeça que levemente preciona meu rosto em seu pescoço. Ela espreme o olho em descrença.

— Você sabe o que eu estou te pedindo aqui? O que está me permitindo? – Minha voz ainda está dura e um pouco gelada mas também está rouca agora.

— Sim. Eu quero que me marque. Já falei antes. Eu quero você. – Sorrio para Loba e dou mais alguns beijos em seu pescoço como recompensa.

— Mas por que não me marca então, ao invés do contrário? – Pergunto mais para mim do que para provar algo para a Loba agora. Quero garantir que estou fazendo o certo. Que é realmente isso que ele quer.

— Não vejo necessidade de marcar. Nossa conexão é prova suficiente para mim. Sei que você não sente que precisa me marcar também, senão já tinha feito isso ontem. – Vejo os olhos da Loba se arregalando e incomodada com a sua presença, fecho os olhos deixando-a de fora. Me encosto em seu ombro ouvindo suas palavras. – Mas meu lobo quer… Eu quero que me marque, quero andar por aí com todos sabendo que você me clamou e quero que saibam que você sendo você, essa mutante incrível, livre, poderosa… Quis, me clamar. – ele segura os meus braços fortemente. – …É o que você quer, não é? – Ele diz de forma mansa e Um rosnado sai da minha boca e logo eu ataco todo seu pescoço com pequenas mordiscadas, lambendo e sugando cada uma até focar na região que parece ser a mais sensível, no centro de seu pescoço logo na pulsação. Seus pequenos ganidos e gemidos preenchem o local assim como o seu cheiro. Inspirando fundo, novamente sinto um rosnado no fundo de minha garganta. – Katia! – Ele chama em alerta ao apertar  meus ombros. Eu me afasto e o olho. Ele está respirando rapidamente como se tentasse recuperar o ar, o rosto completamente corado e os olhos estão semicerrados e… quentes. Eu coro, minha cabeça retornando para o lugar e solto o fio prateado que nem percebi que ainda estava “segurando”. Limpo a garganta e sorrio para ele. – O que aconteceu? Você estava rosnando e seu cheiro estava especialmente impregnante. – ELe fecha os olhos e treme um pouco como que lembrando. Eu sorrio carinhosa para ele.

— Digamos que estou aprendendo a acessar minhas cópias – Ele me olha levantando uma sobrancelha e eu coro. – Eu queria fazer isso certo. – Ele começa a rir e para com um largo sorriso. Coloca uma mão em meu rosto e me olha no fundo dos olhos.

— Não tinha como você errar. – Os olhos brilhando em carinho ele se inclina e encosta seus lábios em um longo selinho. Ao nos afastarmos dou um suspiro e encosto minha cabeça em seu ombro. Ele coloca um dos braços atrás da minha cintura me abraçando e faz carinho no meu cabelo.

— Isso vai provavelmente trazer problemas para nós, certo? – Pergunto falando da situação com a Loba. Ele suspira.

— Sim. Ela não vai saber ficar de boca fechada e logo todos vão saber onde eu estou, até o Kalie. – Eu suspiro também me aconchegando melhor. – Mas vamos ver o lado positivo. – Eu me afasto e o olho sorrindo com uma sobrancelha levantada. “lado positivo”? – Sim. Significa que eu não preciso mais me esconder. – Ele pega na minha mão e me puxa para fora da caverna e do túnel. – Ahhhh. Ar fresco. – Eu olho para ele sem saber quem parecia mais bobo. Eu ali olhando para ele sorrindo ou ele inspirando loucamente para o céu com um sorriso largo no rosto. Ele para e olha para mim, ainda sorrindo. – Vamos? – eu rio e nós seguimos pela floresta em direção a escola para passear um pouco, só porque podíamos.

xxx

O alguém está de volta à escola Mikaelon. Está na mesma sala de sua última visita mas não parece tão vingativo e confiante como na outra vez. Parece confuso e perdido.

— O que eu estou fazendo? – Este alguém se deixa escorregar na parede e cai sentado no chão, as mãos no rosto e um frasco de energia no colo. Suspira cruzando as pernas e observa o frasco. – Como eu cheguei aqui?  – Retira uma seringa já preparada com a energia colorida da bolsa e a levanta em direção a luz.  – À isso?  – Sua expressão escurece, seus olhos se tornam pequenas fendas e brilham com ódio, seu corpo inteiro treme e sua mão segura a seringa firmemente.  – Eu sei como. Aqueles monstros acabaram com a minha vida e destruiram a da minha família. E como se não fosse suficiente, acharam que seria interessante brincar comigo depois de todo aquele tempo. Devo admitir. – O alguém se levanta devagar, ameaçadoramente.  – Foi bem planejado, quase desisti dos meus planos. Mas não sou tão fácil de dobrar.  E não vou desistir.  – O alguém faz um aceno de afirmativo com a cabeça e confiante guarda o frasco na mochila. Antes de guardar a seringa ele para, é possível ouvir barulhos no corredor. No mesmo instante injeta o líquido na veia e com o maxilar travado e suor escorrendo de seus poros, se move em direção a porta e espera.

— Caramba! Você sabe mesmo se comportar como um Lobo. – O alguém tenciona ao lado da porta e pega um dos seus dois últimos sacos de borracha – Capaz de você conseguir se transformar completamente em poucos meses se continuar treinando. Você é tão incrível, Katia. – O alguém abre a porta com toda a força batendo-a na parede chamando a atenção dos dois que ali passeavam.

— Você! Você é a última que eu esperava que se deixaria manchar. – O alguém diz de forma ameaçadora e obscura apontando para a Katia. Seus olhos se movimentam para as mãos dadas com James e seus olhos se tornam fendas. – É VOCÊ! SEU LOBO IMUNDO. O QUE FEZ COM ELA, MONSTRO?! – Sem fôlego, seus olhos em chamas cobertos por ódio e repugnância o alguém se posiciona ameaçadoramente. Se prepara para atacar o saco quando houve a voz de Katia e hesita.

— Fabrina?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mas gente... O-O
E aí quem já suspeitava da Fabrina? Quais das minhas pequenas dicas levaram a essa conclusão? Me contem ♥
Ou então tinham outras suspeitas? Quem e por quê? *~*
Então meus amores, eu vou tentar postar mais um capítulo na semana que vem porque eu ainda vou estar de férias da facul e porque vocês foram maravilhosos e me esperaram até agora. ♥ Mas não vou dar certeza de nada porque não sei como vai ser a semana, ok? Depois disso retorno a rotina normal de postagem, um capítulo à cada duas semanas ;)
Vejo vocês de novo no dia 23.07 ou 30.07 ^~^
Beijão *3*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Ser mutante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.