(N.A.: Gente, nessa fic a Ludmila é irmã do Leon ok?)

POV. Violetta

09h30min da manhã. 19 de Dezembro. É agora.

Arrumei meus cachos, fazendo uma lista para ter certeza que não esqueci nada. Peguei a caixa na minha frente e me virei para o quarto, respirando fundo e tomando coragem.

Leon parecia um anjinho quando dormia, com os cabelos bagunçados jogados no travesseiro e a cara amassada. Sentei-me ao seu lado, deixando a caixa no criado mudo e pegando o cupcake com a vela no topo que tinha trazido antes. Inclinei-me sobre ele e comecei a cantar em seu ouvido.

—Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida...

—Babe... – Leon grunhiu, esfregando seus olhos e se virando na minha direção.

—Feliz aniversário, meu amor – o beijei, arrancando-lhe um sorriso.

—Isso não é desculpa pra me acordar cedo – reclamou sentando na cama – Cupcake!

Ri de sua reação entregando-lhe o cupcake. Leon sempre amou cupcakes, então assim que começamos a sair, aprendi a fazer cupcakes. Conquista-se um homem pelo estômago, era o que minha mãe dizia.

—Faça um pedido – falei lhe entregando o bolinho.

—Já tenho tudo o que posso pedir – ele disse assoprando a vela. Peguei a caixa e lhe entreguei, tremendo.

—Espero que goste.

Ele abriu a caixa devagar, para meu pânico. Com a tampa retirada, ele ficou olhando para o conteúdo por alguns segundos.

—Vilu?  É o que estou pensando? – seus olhos começaram a marejar.

Dentro da caixa, havia a imagem de um ultra-som feito no dia anterior, um par de vans para bebê e o resultado de um exame de sangue.

—Quando o amor entre duas pessoas é muito, ele transborda e cria uma nova vida – eu chorava também – Nós seremos pais, Lê.

Leon me abraçou, chorando. Beijou meu rosto várias vezes, logo baixando as mãos para minha cintura, acariciando meu ventre.

—Meu Deus Vilu! Que coisa incrível, meu amor! Você... Eu vou ser pai – ele gritou, me fazendo rir – Desde quando você sabe?

—Desde que Fran veio visitar, semana passada. Ela meio que me obrigou a fazer uns testes depois que eu passei mal no shopping.

—Então Fran sabia antes de mim? – ele perguntou, olhando bobo para o ultra-som.

—Não, me recusei a fazer o teste. Essa foto foi tirada ontem, na primeira consulta. – expliquei o vendo mexer nos mini vans. – A médica disse que estou de seis semanas.

—Seis... É muita coisa para assimilar, amor... Eu vou ser pai, caramba... Vilu! Nós vamos ter um filho, babe! – ele me abraçou de novo.

Quando nos separamos, subi minha camiseta e deixei o pequeno volume em meu ventre a mostra.

—Hey pequeno – Leon falou para ele sorrindo. – Não faz nem dez minutos que sei da sua existência, mas já te amo muito. Você só perde para sua mãe, bebê.

Deitamos lado a lado, eu aninhado em seu peito e ele mexendo em meus cachos.

—Gostou do seu presente? – pedi.

—Como não gostar? É o melhor presente que eu poderia ganhar na vida! – Leon respondeu beijando minha cabeça.

—Que bom... Fiquei com medo – admiti.

—Sweetheart, você acabou de realizar um dos meus maiores sonhos! Não posso pedir nada mais que isso. Eu te amo, Vilu.

—Nós também te amamos te amamos papai – falei me enroscando nele.

^*^

24 de Dezembro, 19h24m

—Vilu? Onde você está? – ouvi Leon gritar da escada.

—Na cozinha, babe! – respondi entregando a vasilha de chocolate para minha mãe. Logo Leon e Daniela (sua irmã) entraram na cozinha, ela sentando na bancada e ele veio em minha direção, me abraçando por trás.

 -Babe, eu preciso cozinhar – ri com a sua respiração fazendo cócegas em meu pescoço.

—Não basta me acordar cedo no meu aniversário, agora você me rejeita também. Ok né – ele disse revirando os olhos verdes.

—Só não aperto suas bochechas porque minhas mãos estão sujas – falei o vendo sentar ao lado de Dani.

—Vocês dois vão sujar toda a roupa! – ouvi minha sogra ralhando com os dois.

—Mãe! Pare de me tratar como um bebê! – Lê falou enquanto sua mãe limpava suas mãos no avental.

—É mãe, deixe o menino, ele já tem 24! – Dani provocou.

—Tem um cabelinho branco bem aqui – Fran, também na cozinha, apontou para o cabelo de Louis. Ri junto com todos, o vendo fazer um biquinho e cruzar os braços.

—Nem pra você me defender, né Violetta Castillo! – ele disse irritado

—Futuramente Castillo Vargas! – o lembrei.

—Ok, vocês – minha mãe foi ao seu socorro. – Deixem meu genro fora disso. Vamos pra sala, temos presentes para abrir!

—Melhor sogra! – Leon gritou, indo até a sala e me puxando com ele.

A troca de presentes foi feita e logo a sala estava cheia de papel para embrulhos rasgados. Cami, Diego e Fran estavam presentes também na casa de minha sogra, já que eles eram praticamente parte da família também. Em uma parte da cerimônia, eu e Leon nos levantamos e esperamos que o silêncio se instalasse.

—Antes de entregar seus presentes, temos um anúncio a fazer – Leon falou olhando para mim, sorrindo.

—É algo meio inesperado – completei.

—Ok, agora eu to curiosa, conta logo! – foi Fran quem se pronunciou, recebendo aprovação de todos.

—Ok... – olhei diretamente para minha mãe – Mãe, eu...