Meu Amor (I)mortal escrita por Rosecchi


Capítulo 18
Os Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Hellou!! E... Bem, só vou dizer que tem mais uma surpresinha que só conto no outro cap. Que vai ser amanhã! Esse só foi pra compensar. A semana passada foi dureza: prova surpresa e tals...



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Não demorou muito para Edward entrar no quarto e encontrá-lo totalmente revirado. Estava irado, mas não podia acusar ninguém, já que não tinha provas de quem entrara ali, uma vez que acreditou ter trancado mais cedo, e não tinha sinal nenhum de arrombamento nela. Mesmo assim, começou a reorganizar suas coisas, resmungando. Algumas coisas foram perdidas, como por exemplo a lâmpada do seu abajur, já outras ainda conseguia recuperar, como os livros e alguns enfeites que estavam ora amassados, ora com pequenas rachaduras. De repente, sentiu sua porta mexer, e quando olhou para trás, esta fechou bruscamente, com um barulho que, por instinto, o fez piscar fortemente os olhos. Ele andou a passos largos e rápidos até a entrada do seu quarto e olhou para os lados, mas não viu ninguém. Deveria ser brincadeiras de alguns alunos sem nada para fazer. Ele não iria deixar isso passar despercebido! Com certeza tomaria providências sobre!

Então, fechou a porta e voltou com a organização do seu quarto. Nesse momento de distração, um discreto "clack" foi ouvido, trancando o homem lá dentro. Logo, um livro de capa grossa, atrás dele, caiu do nada, fazendo um estalo ao bater no chão. Quase num pulo, Edward olhou de onde o barulho veio, e foi em direção ao objeto recém-caído. Mas antes que pudesse sequer tocá-lo, repentinamente voou até a parede do quarto; literalmente. Atordoado pelo que acabou de acontecer, ele apenas sentiu sua nuca latejar e assim que começou a tentar raciocinar, viu as luzes piscar sem parar por quase um minuto, além de jurar ter notado um vulto alto na sua frente durante o intervalo que as luzes ficaram acesas. Esse vulto se aproximava e sumia — ou se camuflava — na sombra do quarto quando estava totalmente escuro. Tudo isso em poucos segundos.

Edward estava apavorado com o que acontecia na sua frente; tanto que não conseguia gritar, ou mesmo se mover! Sem contar nas pulsações da sua nuca dolorida. Quando a "sombra" a sua frente estava menos de centímetros dele, em certo piscar de luz, parou e definitivamente sumiu do seu campo de visão.

Quando as luzes pararam de piscar, e a claridade do quarto voltou a se normalizar, Edward pensou que estava tudo bem. Mas isso foi antes de sentir uma pressão nas suas costas, pressão cuja o fez sair do chão, quase parando no teto, porém não chegou a bater ali, uma vez que seu corpo foi levado brutalmente ao chão. Antes que entrasse em contato com o solo, foi "empurrado" pela tal pressão em direção à parede; e ficou quase dez minutos sendo chacoalhado como um boneco de pano nas mãos de um bebê. Nesse tempo, começou a sentir sua dor na nuca piorar e espalhar por toda sua cabeça, fazendo sua vista ficar turva e escurecendo a cada segundo. Ele não aguentou aquela adrenalina por mais um minuto sequer, então seu corpo ficou mole e como seus olhos se fecharam, não sentiu mais nada, nem quando, logo em seguida, foi jogado no chão, com a cabeça deitada num livro.

O vulto estava mais do que satisfeito com o resultado que fizera àquele que ousara levantar a mão a sua amada. Falando nela, ele voltou ao quarto de Viviane, encontrando-a na cama, com os cabelos espalhados no travesseiro. Seu rosto estava úmido pelas lágrimas que ainda escorriam, e seu olhar fitava a bela rosa vermelha.

A garota sentou-se, assim que sentiu uma pressão entre seus cabelos. Sabendo exatamente quem estava ali, do seu lado. Em seguida, sentiu os dedos carinhosos do fantasma deslizarem pelas suas bochechas, secando as lágrimas.

— Dói-me muito vê-la nesse estado. — Disse ele. — Não tem mais nada com o que se preocupar. Eu estou aqui.

Ao ouvir aquilo, Viviane sorriu, fechando os olhos olhos para aproveitar cada milésimo de segundo do toque daquele ser que despertava os mais estranhos sentimentos, mas que ainda assim faziam-na querer experimentar cada um, portanto que ele estivesse por perto. Tantas palavras surgiram na sua mente, tantas que diria a ele naquele momento... Infelizmente, nada saiu, a não ser um tímido sussurro:

— Obrigada. — Seu sorriso contagiou o fantasma. Que a tocou com a outra mão. Viviane abriu os olhos encontrando-o no seu "modo" visível; ambos sorriram abertamente. A garota aproveitou o momento para tentar tocar no rosto dele. Tocá-lo foi totalmente diferente do que esperou: ao invés de atravessá-lo, sentiu como se encostasse em algo espesso. Não era como o ar, mas sua "pele" era como uma barreira do corpo que ele não tinha, tornando-o mais... Palpável. E foi a vez do fantasma fechar os olhos e saborear o momento.

Edward, por sua vez, acordou, poucos minutos depois, completamente desnorteado, com a cabeça ainda latejando. Sua visão ainda estava turva, mas melhorava, depois de quase um minuto sem enxergar um palmo a sua frente. Ele olhou para onde estava deitado, vendo um livro seu aberto em certa página, deixando mais assustado e confuso do que já estava, pois algumas palavras estavam destacadas com um pequeno rasgo abaixo delas, como se estivessem sublinhadas; um pequeno texto que estava escrito:

"— Considere isso como um aviso. — Disse ele, sorrindo satisfeito com o que tinha feito."

Edward engoliu em seco e então, sentiu seu corpo pesado e dolorido com o que aconteceu minutos antes. Ele forçou-se a ficar de pé, por sorte, a enfermaria era na esquina do corredor. Estava completamente desabilitado para andar: estava exausto, sua cabeça doía, bem como todo seu corpo. Ele gemia a cada passo, e respirava pesadamente. Antes que pudesse chegar na porta da enfermaria, sentiu uma latejada mais aguda, que o fez fechar os olhos da breve tontura. Enfim, chegou na sala e por sorte, a enfermeira não estava com nenhum paciente.

Ela se surpreendeu ao ver o professor ofegante e suado na sua frente, e perguntou:

— Senhor Drick? Mas o que aconteceu? Parece que correu uma maratona.

— Eu... E-Eu... — Edward falou pesadamente, e a enfermeira andou em sua direção puxando-o pelo braço, e isso o fez sentir uma dor muito forte e urrar de dor.

— Nossa! Calma, nem o puxei tão forte! — Apesar da preocupação, Marina começou a ficar impaciente. Se ganhasse uma moeda a cada vez que tentavam enganá-la com falsas dores... Mas não esperava isso de um professor. — Venha, deixe eu ver essas dores...

Com uma dificuldade que a enfermeira não conseguia entender, Edward sentou-se na cama no centro da sala. A mulher pegou seus equipamentos para o check-up, examinando os olhos, orelhas, os reflexos... O coração dele batia num ritmo acelerado, mas isso, ela considerou que fosse pelo cansaço. Seus reflexos estavam ótimos, embora o professor sentisse uma dor tremenda com o martelo no seu joelho. Por fim, tocou nos músculos dos braços, das pernas, das costas e do tórax; todos relaxados, porém Edward ainda sentiu fortes dores no menor encoste.

A enfermeira estranhou, pois estava aparentemente bem e todos os exames concluíam que ele estava saudável fora um galo, já roxo, na sua nuca. Ela pôs o punho abaixo do queixo, pensativa e após respirar fundo, disse ao paciente que não havia nada de errado e que podia se retirar. Porém Edward insistiu que sentia várias dores, além de dizer do momento estranho que teve. E depois de muito conversar, Marina decidiu que era melhor ele andar com muletas, já que essa tal dor insistia. O homem aceitou sem hesitar e voltou ao quarto.

De volta a Viviane, esta ainda segurava a rosa, fitando o mascarado que acariciava seu rosto, tocando com cuidado na área rosa na parte inferior da bochecha dela, que ainda doía. O fantasma olhava para sua amada profundamente, atrevendo-se a tirar um cacho dos cabelos que cobria o rosto da jovem.

Viviane sentiu seu coração pulsar cada vez mais forte por conta do toque, que acabou por admitir a si mesma, que amava. Sim, amava com todo seu coração. A garota jurou a si própria que nunca iria cometer qualquer loucura, mas já mantinha um relacionamento escondido com um fantasma; o que é mais louco do que isso? Ela o analisou cima a baixo, percebendo o quão humano ele era, apesar de não ser; não mais. Percebendo também que o queria tanto! Estava cega para o mundo, e apenas o queria!

Mas no que estava pensando?! Não poderia... Ou poderia? Estava com a cabeça tão confusa! Seu coração nunca bateu tão rápido e nunca respirou tão profundamente assim, nem em todas as vezes que correu ou se cansou! Seu coração parecia um zumbido de tão rápido que batia. E quando voltou o olhar para o E.D., este continuava com o mesmo semblante, enquanto acariciava seus cabelos por detrás da orelha.

No momento em que os olhos de ambos estavam alinhados, um de frente ao outro, o coração da moça quase saiu do peito pelo que aconteceu em seguida: com ambas as mãos, o fantasma segurou o rosto da garota com firmeza antes de encostar os lábios nos dela. Que sentiu uma sensação tão boa de paz e tranquilidade com aquela ação, fora os sentimentos profundos que se manifestaram, fazendo-a se entregar àquilo. Na escuridão do quarto, estavam uma mulher apaixonada e um fantasma que compartilhou os sentimentos a esta, que estava sentada na cama, segurando a bela rosa vermelha numa das mãos.


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Notas finais do capítulo

Pelo que disse nas notas iniciais, ainda tem outro cap! Não vá ficar achando que acabou não, hein? E com quem que eu tô falando? Tá óbvio que gritou tanto com esse final que ó... Bem... Pais ou resposáveis que está vendo esse cap... Meus pêsames!



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