I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 12
Capítulo 12 - Meu autor favorito.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!

Hoje o dia foi tão corrido que quase não tive tempo de passar aqui. Esses dias eu estava meia desconectada do mundo da tecnologia. Tudo resolveu não funcionar, meu cel quebrou, meu pc não queria ligar.... então só hoje eu consegui me reconectar, e vi que essa fic ganhou sua primeira recomendação *---------*

Meu coração parou e quase chorei. É enorme a alegria que sinto vendo o carinho de vocês pela fic, seja nos comentários, favoritando (OBRIGADA ALESSANDRA E KATIC QUE FAVORITARAM ESSA SEMANA ♥) ou nessa recomendação linda que ganhei (OBRIGA MAIRA ♥). Eu gosto de ver que vocês continuam aqui mesmo com o fim da série. Eu não quero sair daqui tão cedo. Enquanto eu puder escrever, eu escreverei. E espero que todos continuem aqui. ♥

MUITO OBRIGADA POR TUDO.

E foi por isso, que mesmo num dia corrido, eu vim postar um cap para vocês, em forma de agradecimento por tudo que vocês fazem por mim, ou pela fic huashuas.
Aproveitem, esse cap é todo de vocês ♥

Boa leitura :)



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Eu deixo ele ir. Aos poucos eu vejo Castle se perder no meio da escuridão. Meu coração se aperta a cada passo que ele dá, e eu tento me controlar para não explodir com o Espo. Não acredito no que ele fez! Eu sei que ele ficou chateado, que ele só queria me defender, assim como fazia quando nós erámos pequenos, mas eu não sou mais uma menina. Eu sou uma mulher. Eu sei cuidar de mim. Eu sei o que é melhor para mim. O que ele fez foi baixo. O Castle não merecia isso. Escutar ele se gabando deve ter sido complicado. Eu queria ir lá conversar com ele, mas antes eu tinha que falar com o Espo.

Me viro e ando em direção a casa dos funcionários. Chego a parte de trás da casa e vejo todos sorrindo, já falando sobre outro assunto. Ryan segura um violão nas mãos, Ana dorme nos braços de Jenny, e Jolie brinca perto dali. Espero vira para me olhar, e abre um sorriso simpático.

— Finalmente. – ele diz levantando e me convidando para sentar ao seu lado.

— Como você pôde fazer aquilo? Você derrubou o Castle de propósito. Você é maluco! – ele desfaz o sorriso e me olha feio, mas não me intimida. – ele poderia ter se machucado feio, você tem noção disso?

— O cara está bem. Uma quedinha vai fazer bem ao ego dele. Vai fazer ele baixar a bola com todo mundo aqui, inclusive com você.

— Não me venha com desculpas, Espo.

— Eu não te entendo, Kate. Aquele cara te destrata, grita com você, te demite e você ainda defende ele? Você está apaixonada por ele? – meu corpo gela quando ele fala nessa possibilidade. Eu nunca parei para pensar no que eu sentia pelo Castle, mas paixão? Eu acho que não. – meu Deus. – ele rir. – você está gostando desse cara?

— Não fala besteira, Espo. Eu goste dele sim, ele é meu amigo.

— Um amigo que te trata muito mal por sinal.

— Da minha relação com o Castle cuido eu. Por favor não se meta mais. – viro e começo a andar, mas paro para dar um ultimo aviso. – Aliás, reze para ainda ter emprego amanhã. Ele escutou tudo. – Espo arregala um pouco os olhos e olha para Ryan, que dá os ombros como de dissesse “eu avisei”.

Dou alguns passos e sinto uma mão segurar firme o meu braço.

— Kate o que você está fazendo? – Espo pergunta com a voz pesada de raiva. – Você vai mesmo dar mole para aquele cara? Vai deixar tudo o que temos para trás?

— Pelo amor de Deus Espo, nós não temos nada. Você criou essa paixão por que nunca foi correspondida. – respiro fundo e solto meu braço dele. – você é apenas um amigo para mim. Nunca será mais que isso.

— Eu gosto de você, e você sabe disso.

— Não, eu não sei. Espo eu nunca te dei motivos para você pensar que teríamos mais que apenas amizade. Acho melhor você procurar outra, e esquecer essa ideia idiota de que um dia eu ainda vou ficar com você.

Encaro ele por mais um segundo e volto a caminhar em direção a meu carro. Passo pela casa principal olhando para cada janela do andar superior, procurando por qualquer sinal de vida dele. Eu queria tanto entrar e conversar com ele, mas eu já entendi que quando ele está chateado, tudo o que ele precisa é ficar sozinho. Caminho até meu carro e, assim que entro, olho novamente para a casa, eu o vejo. Ele estava parado na janela do quarto. Não consigo ver nada além de sua sombra.

Fico o olhando por um tempo, perdida, imaginando os olhos dele em minha direção. Querendo adivinhar o que ele poderia me dizer nesse momento. Penso em descer e ir falar com ele, mas antes que eu possa fazer qualquer movimento, ele sai da janela, e eu penso que é melhor eu ir mesmo embora. Dou a ré e saio de lá. Mas a imagem dele me observando não sai da minha cabeça. Com certeza eu sonharia com ele hoje.

Chego em casa e jogo minhas coisas no sofá. Vou até a cozinha e me sirvo de uma boa taça de vinho. Nada melhor que um vinho no fim de um dia cansativo. Eu ainda não consigo deixar de pensar em como Castle deve estar. Se o braço dele está doendo. Se ele ainda está acordado. Se ele ficou tão chateado quanto pareceu quando escutou a conversa do Espo. Eu só queria saber se ele estava bem. Tivemos um dia tão bom hoje. Mesmo com a queda dele, o dia foi bom. Castle estava diferente. Ele estava mais brincalhão, parecia um menino medroso quando segurou minha mão para o médico examinar seu braço. Era apenas uma torção, mas teria que ficar alguns dias imobilizado. Eu queria poder cuidar dele nesse meio tempo, só espero que ele deixe.

Sorrio ao lembrar da sua cara de menino quando eu paguei um sorvete para ele. Ele era uma criança feliz, e confesso que gostei de conhecer esse lado dele. Acho que no dia que ele tiver um filho, ele será um pai fantástico. Eu só tenho pena da mãe da criança, porque ela vai ter que cuidar de duas. Do filho e do Castle.

Pego meu celular e desbloqueio. Olho fixamente para o contato “SENHOR CASTLE” na tela do celular e penso se ligo ou não. Acabo desistindo e bloqueio o aparelho. Melhor eu parar de beber, uma taça e eu quase caio na tentação de ligar. Esse processo se repetiu algumas vezes. Algumas taças depois eu resolvo ir me deitar. Coloco meu celular na mesinha ao lado e não resisto. Tenho vinte segundos de coragem e ligo para ele. Castle atente no primeiro toque, não tive tempo nem de desistir.

— Castle. – ele atende sério e formal. Fico alguns segundos em silencio, não sei bem o que falar.

— Oi... sou eu. Kate. – digo me sentindo um pouco envergonhada depois que olho a hora e já passa das dez da noite.

— Oi, Kate. Já está tarde... está tudo bem?

— Sim, desculpa. Te acordei?

— Não. Mas pensei que já estivesse dormindo.

— Não consegui. — porque estava pensando em você. Essa seria a resposta completa.

— Nem eu... – ele diz baixinho, e eu fico me perguntando se ele também estava pensando em mim.

— Sentindo muita dor?

— Sim. Mas não no meu braço. – ele diz, insistindo em falar baixo, como se eu não pudesse escutar.

— Olha, desculpa pelo Espo. Ele nunca foi assim... ele acha que eu ainda preciso da proteção dele, igual quando erámos crianças.

— Não se desculpe por algo que você não tem culpa. Ele queria defender alguém que.. alguém que ele gosta muito. Eu faria o mesmo. Ou até pior.

— Castle, eu não sei o que você pensa de nós, mas... ele não passa de um amigo para mim. Nós nunca... você sabe.

— Mas ele gosta de você. – ele afirma. E disso, eu não poderia descordar.

— Mas eu não gosto dele. – afirmo séria. Não sei porque, mas eu sinto vontade de dizer isso até que ele acredite em mim.

Nós ficamos em silencio, mas não desligamos a chamada.

— Vamos esquecer isso, ok? Eu só liguei para saber como você estava, e para saber se ficou chateado com o que ouviu.

— Ah, você sabe. – ele para um segundo. – pelo menos você cuidou de mim. Acho que o plano dele não deu muito certo, né? – eu rio.

— Foi um prazer cuidar de você, Senhor Castle. – agora ele rir. Como era bom escutar ele rindo.

— Te vejo amanhã?

— Amanhã. – Digo e finalizo a ligação.

Sim, com certeza eu iria sonhar com ele hoje. Como ele consegue transformar qualquer momento ruim em algo não tão ruim assim? Suspiro e a imagem dele na janela de seu quarto me vem à cabeça. Naquele momento eu podia sentir os olhos azuis cor de mar em mim. Castle realmente mexeu comigo. Eu não posso fazer nada com isso. Ele acabou de perder a mulher. Não deve me ver da mesma forma que eu vejo ele. Ele, com certeza, não sente as mesmas coisas que eu sinto quando o vejo. Aquele frio na barriga, aquela ansiedade por saber que vou encontra-lo, aquela falta de ar quando ele se aproxima, sem falar naquele desejo louco dentro de mim quando o vejo sorrir, olhar ou apena falar comigo. Isso tudo é uma loucura.

Ele parecia ser forte, mas não do tipo malhado com músculos definidos. Ele era apenas... forte. Quase definido. Ele era o homem que qualquer mulher mataria para ter. o pouco que conheço dele, eu sei que Castle não é uma má pessoa. E o fato dele ser divertido, brincalhão e inteligente ao mesmo tempo, o deixa ainda mais atraente.

Coloco meu celular na mesinha ao lado da minha cama e vejo um cartão. Richard Castle, escritor. Ele havia me dado aquele cartão no bar. Eu nunca li um livro dele antes. Pelo menos eu acho que não. Eu lembraria dele, certo? Ou pelo menos do nome dele. Eu amo ler, e sei os nomes dos meus autores favoritos. Se ele fosse bom, eu já teria lido algum livro dele. Bom, se eu li, não foi bom o suficiente para me fazer lembrar.

Para tirar essa dúvida maldita, eu vou até o meu escritório improvisado na minha sala e pesquiso na internet por livros de Richard Castle. Jogo o nome dele no Google e logo aparecem fotos dele. Sempre lindo e com um sorriso misterioso nos lábios. Era bom admirar ele sem ser notada e nem parecer uma boba na frente dele. Pessoalmente eu não podia notar os detalhes em seu rosto. Eu não podia ver o quanto os seus olhos ficavam pequenos quando ele sorria, o quanto eles poderiam ser mais azuis do que no dia a dia. Me perco em várias imagens dele, uma mais linda que a outra. Amplio uma a uma, me perdendo naqueles olhos hipnotizantes que pareciam querer me penetrar mesmo da tela do computador.

Clico na próxima foto, e nessa ele está acompanhado. Uma mulher loira e muito bonita. Um pouco mais baixa que ele, mas ainda assim eles ficavam lindos juntos. O sorriso dos dois dizia tudo. Eles estavam apaixonados. Lembro do que ele me falou sobre a esposa, mas nunca me disse o quanto ela era bonita.  Abro uma nova aba com a notícia que a foto ilustrava. Era sobre a morte da esposa dele. Não tem muitos detalhes sobre a morte dela, apenas dia, motivo e especulações sobre como o Castle estaria. E, claro, um link para uma enquete onde Castle era apontado como o viúvo mais bonito de Nova Iorque.

Procuro mais notícias sobre o assunto, até chegar a uma galeria sobre cheia de fotos do velório da Gina. Sinto um nó se formar na minha garganta quando vejo algumas fotos de Castle chegando ao velório. Ele parecia acabado. Tinha a mesma expressão vazia de quando chegou aqui, de quando gritou comigo pela primeira vez, de quando nós brigamos, e quando jogou aquelas palavras em mim. “ELA MORREU!”. Era triste demais vê-lo daquele jeito. Fecho aquela aba, mas não é suficiente. Eu queria poder abraçar ele. Pedir desculpas de novo por ter me metido onde não devia. Dizer que sentia muito por tudo isso. Tentar fazer alguma coisa para que nunca mais precisasse vê-lo dessa forma.

Fecho todas as abas abertas. Eu não precisava saber mais nada. Tudo o que eu tinha que saber, eu já sabia. E foi ele mesmo quem contou, e eu estou feliz com isso. Eu sei mais do que qualquer jornal pode publicar. Abro uma nova aba e começo a procurar por seus livros. Logo aparecem todos os livros publicados pelo autor. É, eu nunca tinha lido nenhum desses livros, mas isso não ficaria assim por muito tempo. Baixo uma versão em pdf de um livro, apenas para saber se é realmente bom quanto dizem nos comentários. Se eu realmente gostasse, compraria todos depois.

A forma como Castle escreve é completamente fascinante. A escrita dele me fazia lembrar do meu autor favorito. Eu nunca encontrei um autor tão bom quanto ele, mas agora, Castle com certeza dividia o posto de meu autor favorito. Eu li Flowers For Your Grave várias vezes, e foi esse livro que me ajudou quando meus pais morreram. Quando eu lia esse livro era o único momento que eu não pensava na morte dos meus pais, que eu não conseguia ver o carro deles caindo pelo abismo, e a pior parte de todas, eles sendo colocados em um saco preto no meio do asfalto no meio da chuva depois de resgatarem eles, já sem vida.

Aquele foi o pior momento da minha vida. O mais difícil. E eu nunca iria esquecer. Mas o autor desconhecido que escreveu esse livro, fez toda essa dor ficar suportável. A delicadeza, a sensibilidade e a precisão que ele descrevia os detalhes eram incríveis. Castle pode ser comparado a ele facilmente, são quase idênticos.

Castle realmente tinha o dom da escrita. E isso me impressionou bastante. Passei a noite inteira lendo os livros dele. Consegui terminar dois, e já comecei o terceiro. Era impossível parar, e as horas pareciam passar mais rápido que o normal. Só interrompo a leitura quando o sol começa a invadir meu quarto. Hoje eu não dormi, mas não me sinto nem um pouco cansada.

Pulo da cama e tomo um banho rápido. Eu preciso ir ao rancho e falar com ele sobre seus livros. Eu preciso dizer que amei cada palavra que ele escreveu, mesmo sabendo que isso vai aumentar o ego dele. Ele já era o meu autor favorito. Não mais que o Autor Desconhecido. Mas ainda assim, favorito. Pego o meu carro e sigo em direção ao rancho. Contando os segundos para poder vê-lo.


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Notas finais do capítulo

Kate é uma verdadeira fã do menino escritor *-*



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