Anjo Caído escrita por darling violetta


Capítulo 3
Colheita


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capítulo!!!



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Inês chutou o vampiro no peito e ele recuou. Ela ouviu os amigos gritarem e correu para salvá-los. Chutou um vampiro fora das meninas e viu quando Xander era arrastado. Ela pulou no vampiro e usou sua estaca para perfurar seu coração. Ajudou o rapaz a ficar de pé.

─Onde está Jesse? ─Indagou.

A garota olhou ao redor. Sem sinal do outro garoto. Também não sentia sua presença em parte alguma. Voltou sua atenção para o trio presente, e decidiu que o melhor seria tirá-los dali. A segurança deles era mais importante.

 

*****

 

No dia seguinte, Inês teve de se reunir na biblioteca com Xander, Willow e Buffy. Giles também estava lá, como deveria explicar aos jovens o ocorrido na outra noite. Eles mereciam uma explicação.

─O mundo é muito mais antigo do que as pessoas sabem. ─Giles começou. ─Demônios conhecidos como os Antigos andaram por eras sobre este mundo. Mas, nos tempos atuais, estes Antigos não podem ser encontrados. Exceto em certas magias, relíquias...

─Vampiros. ─Inês adicionou.

─Ok. ─Xander se intrometeu. ─Estamos falando sobre vampiros. Isto não parece real.

─Mas isso não foi o que vimos ontem? ─Willow perguntou ficando irritada com o amigo.

─Então vampiros são demônios?

Inês deu de ombros, olhando para o rapaz.

─Apenas os mato. Giles é o homem com as respostas.

Giles tirou os óculos para limpá-los, fazendo uma pausa. Quando se deu por satisfeito, continuou.

─Os livros dizem que o último demônio ao se alimentar de um ser humano, seus sangues se misturaram. Sua forma humana foi possuída, infectada pelo demônio. Aos poucos, eles foram aumentando de número, e hoje são milhares a espera do retorno dos antigos.

─Grande. ─Xander brincou.

Giles, não se abalando, voltou a seu relato.

─Para combater o mal crescente, nasceu a caçadora. Uma menina dotada dos poderes demoníacos. Quando uma delas... sucumbe, outra é chamada em seu lugar. ─Engoliu em seco. ─A identidade da caçadora é mantida em segredo para o bem maior. E isto é resume nossa história.

─Claro, apenas quero saber como matá-los. ─Inês olhou para o rapaz e balançou a cabeça.

─Eu os mato. Você apenas fica fora do meu caminho.

─Jesse é minha responsabilidade.

─Todos são minha responsabilidade como caçadora. ─Afirmou. ─Deveria tê-lo procurado antes.

─Isso não é verdade e sabemos que não tem culpa.

Inês ficou de pé, balançando a cabeça.

─Vou procurar Jesse, isto não significa que ele continue o amigo de vocês. E eu tenho de fazer meu trabalho, então esqueçam esta conversa. ─E para Giles. ─Precisamos ainda descobrir sobre a colheita.

Quando seu observador assentiu, ela saiu deixando o grupo para trás. Inês encontrou uma passagem pelo cemitério, indo parar nos esgotos. Encontrou Jesse, e, para seu desgosto, suas suspeitas estavam certas. Desgosto maior foi descobrir, ainda nos esgotos, a figura sinistra que assombrava seus sonhos. Deu um jeito de sair, voltando às pressas para a biblioteca.

Atravessando as portas, viu como Giles e Willow e Xander ainda estavam no local. A menina loira não estava mais com eles.

─E Jesse? ─Xander perguntou quando noto Inês, mas o olhar em seu rosto indicou que Jesse estava morto. Não havia nada que ela poderia fazer.

─Não gosto disso. ─Ela disse, pensando no vampiro que ela viu.

─Temo que gostará menos ainda. ─Giles trouxe um livro para ela. ─A colheita é hoje a noite. um antigo muito antigo e poderoso atende pelo nome de Mestre. Ele veio aqui para se alimentar. Os espanhóis chamam este lugar de Boca del infierno, ou boca do inferno. É um portal para outra dimensão e este Mestre pretendia abri-la.

─E ele precisa se alimentar para isso? ─Giles a encarou. Ela desviou o olhar. ─Palpite...

─O Mestre não teve sucesso quando um terremoto o parou. Ele está preso, mas há uma noite a cada século onde ele pode escapar. Se ele conseguir...

─Fim do mundo. ─Inês terminou por ele. ─Grande. E isto é hoje?

─Sim. ─Disse. ─Ele precisa de um tipo de sacerdote. Você precisa apenas detê-lo.

Inês revirou os olhos.

─Falando você faz parecer tão fácil...

─Nós sabemos quando, agora precisamos descobrir o lugar e parar com isso.

─Não há essa história de nós. ─Exigiu. ─Sou eu e apenas eu. Vocês ficam de fora.

Willow tentou protestar, mas sabia que seu argumento seria inválido. Inês correu para o armário de armas, pronta para parar os vampiros. Giles foi até ela.

─Não pode simplesmente vagar por aí esperando encontrá-los.

Inês parou e se voltou para o observador.

─Eles vão para o Bronze. Nenhum outro lugar hoje será tão movimentado.

Ele assentiu segurando seu ombro.

─Confio em você, mas tome cuidado.

A garota balançou a cabeça e foi embora. O sol se punha no horizonte e ela sabia que seu tempo estava acabando.

 

*****

 

Os vampiros andaram em direção ao Bronze. Luke, orgulhoso como sacerdote do Mestre, liderava o grupo. Ângelus vinha um pouco mais atrás, de braços cruzados. Sentado à mão direita do Mestre, deveria ser ele o único a fazê-lo subir. Mas matar Luke não ajudaria em nada.

Parou de andar quando o cheiro característico de alguém atingiu suas narinas. Aspirou o ar, apenas para se descobrir certo. Ela não poderia estar naquele lugar. Não deveria. Amaldiçoou-se mentalmente como a idéia de tirá-la lhe ocorreu. Era insano comprometer a ascensão do Mestre por uma garota que viu apenas uma vez. E que, para ele, deveria ser apenas diversão e alimentação.

Ouviu os gritos dos humanos presentes no Bronze e soube que tinha começado. Levou menos de um segundo para se decidir. Correu para o local dos gritos.

Buffy se encolheu num canto. Ela se perguntava onde estava a garota da outra noite como outra menina foi levada até Luke. Fechou os olhos não querendo ver a cena, e esperando por sua vez. Sentiu uma mão fria em seu ombro e abriu os olhos. Soltou a respiração que havia prendido quando reconheceu o rosto familiar. Era Angelus.

Abriu a boca para falar, mas ele a interrompeu.

─Shii, não fale. ─Sussurrou. ─Apenas venha comigo, sim?

Buffy olhou para trás, na direção do palco e do vampiro, e viu quando Cordélia era levada.

Mesmo não gostando da morena, não poderia deixá-la. Tentou protestar, no entanto Angelus começou a puxá-la pelo braço. Ele era forte demais para ela se soltar, então apenas deixou-se ser levada.

Inês pulou do telhado para dentro do prédio e viu quando Cordélia era levada ao palco. Ela pulou e atirou na direção dele com a besta. O vampiro que segurava Cordélia era poeira e Inês teve a atenção de Luke.

─Desculpe interromper. ─Disse. ─Mas este é o meu trabalho.

Luke jogou a garota em seus braços para o chão.

─A caçadora? ─Riu. ─Seu sangue será mais valioso para o Mestre que qualquer outro humano. Traga-a a mim.

Dois vampiros seguraram Inês, mas ela foi mais rápida e em questão de segundos as criaturas viraram pó. Inês em seguida pulou para o palco para enfrentar Luke. O vampiro era enorme e avançou para ela. Teve uma dura luta, mas por fim, conseguiu cravar uma estaca em seu coração. O vampiro era poeira. Inês conseguiu para a colheita, mas foi por pouco.

Sentou-se no palco, respirando aliviada, enquanto assistia a saída assustada das pessoas. Eles não entendiam o que houve, mas no dia seguinte já teriam esquecido. Inês era apenas uma sombra para eles.

 

 

*****

 

Angelus parou de correr ainda segurando a mão de Buffy apenas quando estavam longe o bastante do Bronze. Sua vontade era escondê-la o resto da noite, apenas por precaução. Entretanto, teve de parar como sentia a menina cansada pela corrida. Ela o encarou, tremendo um pouco.

─O que foi aquilo? ─Indagou.

─Não é necessário me agradecer, realmente.

Buffy sentiu as bochechas corarem um pouco e ele tinha razão.

─Me desculpe e obrigada por me salvar.

─Não foi nada. ─Disse.

Ela assentiu, percebendo o aperto dele em sua mão. Angelus a soltou devagar, enquanto olhava ao redor.

─Pode me dizer o que houve lá?

Mas ele balançou a cabeça.

─Talvez o melhor seja mantê-la na ignorância, Buffy. Se há algo para você descobrir, saberá amanhã. No momento, dê-se por satisfeita por estar com vida.

Mesmo não convencida, Buffy concordou com ele. Então se lembrou de Cordélia.

─O que vai acontecer com os outros?

Angelus não respondeu. Ao invés, agarrou novamente a mão de Buffy e voltou a andar com ela, desta vez em passos mais tranqüilos. Ela o seguiu se relutar, sabendo que devia sua vida a ele. Tentou não pensar nos outros, embora sua mente a levasse de volta ao lugar.

Pararam na porta da casa dela. Angelus ficou feliz em perceber que a garota jamais se perderia pela cidade. Sem motivos para se preocupar com ela indo parar no cemitério sem querer.

─Obrigada. ─Repetiu.

Esboçou um leve sorriso para ele. O vampiro também sorriu para ela, perguntando-se o motivo de deixá-la viver. Sentiu um súbito impulso de beijá-la, porém reprimiu seu desejo. Não era o momento. Como o silencio persistiu, Buffy viu a deixa para ir embora. Correu para casa, parando na porta para dizer adeus a seu salvador. No entanto, encontrava-se sozinha. Abriu a porta e entrou na segurança de seu lar.


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Notas finais do capítulo

É isso.



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