Querem Acabar Comigo! FINALIZADA escrita por Ana Beatriz


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Hey Turma..,
Esse capitulo haverà mais lembranças do passado então preparem-se



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È Inegavel.
A mansão dos Vargas è incrivel
Todo o local.
A mansão, os jardins, absolutamente cada detalhe parece ter sido pensado e arquitetado para que, no final, tudo se encaixasse na mais perfeita harmonia.
Continuo admirando o lago, pois éa parte do fundo do imenso jardim da diretamente para um lindo lago.
A imagem parece ter sido pintada por algum grande artista de imensa sensibilidade e, apesar do sol forte, não me incomodo de ficar por ali mais algum tempo.
Fecho meus olhos, a calma me invade, inspiro e expiro devagar permitindo assim que o ar puro entre em meus pulmões.
Essa paz.
Eu almejei essa paz durante tanto tempo. Fico nesta posição durante longos segundos, só abrindo os olhos quando sinto a presença de alguém ao meu lado.
—Eu gosto daqui. Olho-a por alguns segundos, porém, o olhar de Eliza continua fixo no lago e toda sua beleza.
—Eu também. -por fim, respondo algo.- onde estão seus irmãos e o babá maluco que cuida de vocês?
—Eles foram pra piscina. -ela da de ombros.- a Ema ficou insistindo, mesmo estando com o braço quebrado. -minha menina revira seus lindos olhinhos verdes.- e o Homem de Ferro falou algo sobre ver a tia Fran de biquíni ou jogá-la na água. Um sorriso escapa por entre meus lábios.
Sinto que Fran eo Diego ainda terão um final feliz.
—E você? Por que não quis cair na farra com eles?
—Essa é uma pergunta retórica. -ela suspira.
—Liza...
—Eu não gosto, mamãe. Eu sou...-Liza engole em seco.- um monstro.
Arregalo meus olhos.
Então é isso que minha filha acha que é? Alguém horrível e não digna de aproveitar um dia ensolarado ao lado dos irmãos apenas por ser diferente?
—Filha...-começo, sem realmente ter algo a dizer
—Não precisa, mamãe. Eu te entendo.
—Entende? -franzo o cenho.
Liza balança a cabeça de forma positiva.
—Por baixo dessa roupa, eu sou horrível. É normal ninguém querer me abraçar, ficar perto de mim e
Não a deixo terminar a frase. Puxo Eliza para o meu colo e a abraço de forma apertada tentando conter minhas lágrimas.
Que droga de mãe eu sou? —Nunca, jamais, em hipótese alguma diga isso novamente, ouviu? Você é especial e sabe disso.
—Você não me queria.-sussurra.
Balanço a cabeça de forma negativa.
—Eu sempre te quis. Você foi o que de melhor aconteceu em meu mundo, Liza. -beijo sua testa.- e o que te aconteceu foi culpa minha. Não existe um só dia que eu não me arrependa de ter demorado tanto a tirar seus irmãos e você daquele inferno.
—Eu ainda lembro. -seu corpinho treme, estreito meus braços ainda mais ao seu redor.quando olho no espelho e vejo você sabe...as cicatrizes, eu lembro. Me sinto feia, mamãe.
—Você é linda, filha.Maravilhosa. Uma garotinha incrível, que foi capaz de sobreviver a tudo que aconteceu. Nenhuma cicatriz jamais te tornará feia, elas mostram o quão forte você é.
—Por que comigo? Ela murmura, sua voz abalada e triste.
—Porque eu fui uma fraca estúpida. -afirmo.
—Não, mamãe. O Enzo disse que você não teve escolha.
Sim eu tive. Mas, eu escolhi ficar.
O dia em que tudo aconteceu.
O dia do incêndio.
O dia que decidi ir embora pois Thomas havia passado dos limites.
Foi neste dia que todo arrependimento de não ter saído antes caiu como uma bomba.
Foi neste dia que Liza teve toda a região do abdômen e parte de suas pernas queimadas.

Eu quase a perdi.
E só agora me dou conta que isso aconteceu duas vezes.
Uma no hospital e outra durante todos estes anos que a afastei.
Permanecemos em silêncio, deixo que minha filha chore tudo que necessita.
Tudo que guardou durante cinco anos.
Em certo momento, o único som que se pode ouvir é o canto dos pássaros e a calma que nos rodeia.
—Mãe?
—Hum?
—Você pode falar do papai?
Dou um pequeno sorriso nos puxando para mais próximo da árvore.
Me recosto melhor e, com Liza ainda em meu colo, relembro cada grandioso momento que passei ao lado de Alex.
—Seu pai foi um homem maravilhoso. -suspiro.- ele cuidou de Enzo,de mim e, o mais importante, me deu você. -beijo seus fios escuros.- você me lembra muito ele.
—De verdade?-Ela levanta o rosto e me fita por alguns segundos.
Balanço a cabeça afirmando
—Claro.Tirando a cor dos seus olhos, você é uma cópia fiel do seu pai. Essa cabeleira. Liza sorri.- esse sorriso sincero, a forma como sempre lida com cada nova dificuldade, o jeito sereno e sempre preocupada com os outros. Você é seu pai só que em uma versão feminina. -faço cócegas em Liza
—Sinto falta dele...-ela suspira.- quer dizer, eu não me lembro muito, mas acho que sinto falta dele. É estranho.
—É normal. Você é uma parte dele, merecia ter tido a chance de viver momentos maravilhosos de pai e filha.
Alex foi minha tábua de salvação quando tudo parecia desmoronar...tudo que temos é por causa dele.
Por sua causa, filha.
—Você o amava?
—Com a minha vida. -respondo sem titubear.-Ele não merecia ter morrido, mas nem sempre entendemos os planos de Deus.
—Você não merecia o Thomas.
—E você não merecia o que te aconteceu. Mas nós vamos superar isso juntas, como uma família.
Ela nega
—Ele era amigo dele.
Essa pequena frase de minha filha faz com que um tremor percorra meu corpo.
Tento disfarçar ao questionar: —Quem?
—O Thomas. Ele era amigo do papai.
–Liza...
—ELE ERA AMIGO DELE!
O rompante de Liza me assusta, afasto-a levemente de mim e a encaro fundo. —Não sei como você descobriu isso e, no momento, não faz a menor diferença, mas eu quero que entenda: se quiser culpar alguém, culpe a mim. Exclusivamente eu. Seu pai não tem culpa, ele apenas quis nos proteger.
—Ele não sabia?
Nego, limpando as lágrimas que escorrem pelo rosto de minha menininha.
—Em relação ao seu problema com as cicatrizes, filha, nós podemos visitar alguns médicos...podemos tentar fazer algo para que você se sinta melhor.
—Não, mamãe. Eu já pesquisei
Franzo o cenho
—Como assim "já pesquisou"? Onde? Quando?
—No Google. Faz algum tempo...-Eliza parece envergonhada.
No entanto, eu estou chocada por minha filha de 8 anos saber usar o Google e fazer pesquisas.
Estranhamente, isso me trás uma sensação de orgulho e raiva.
Orgulho por minha filha ser tão independente e raiva pelo mesmo motivo.
Obriguei Enzo a ser uma criança precoce, privei Eliza da minha presença, o que mais eu fiz com eles?
O que minhas atitudes fizeram com Enzo, Eliza, e não posso deixar de questionar, com Ema e Estevão?
—Hã...E o que você encontrou?
—Ah muitas coisas, algumas eu não consegui entender.
Ela faz uma careta tão fofa que tenho vontade de esmagá-la em um abraço de urso.
—Por que não fazemos assim: vou falar com o Dr. George e ver se ele tem alguém para nos indicar, dai podemos ir juntas a um especialista.
—Será que- ela não termina a frase, o que me faz estranhar essa repentina insegurança. —O quê?
—Eu queria que o Leon fosse. -sussurra olhando para as próprias mãos.
Okay.
Isso me pegou de surpresa.
Leon Vargas se tornou tão ou mais especial do que eu para meus filhos.
Engulo meu ciúmes misturado com alegria.
—Claro que pode. Se é o que você quer.
Rapidamente, Eliza levanta a cabeça.
Ao fitar sua expressão, sei que tomei a decisão certa.
—Eu gosto muito do Leon.
Seus olhos brilham ao mencionar o babá, fica nítido o amor de Liza pelo babà maluco.
Não me incomodo com isso, na verdade, o que me incomoda é constatar que Leon sabe mais sobre meus filhos do que eu.
O quão errado isso é?
Quer dizer, eu sou a mãe.
EU deveria saber tudo sobre meus filhos.
Eu e mais ninguém.
Um incômodo toma meu âmago ao constatar que não sei droga alguma sobre eles. —Liza?
—Hum...
—Qual sua cor favorita?
Eliza arregala os olhos, está estampado em sua face a surpresa.
Ela leva dois ou três minutos para, enfim, responder.
—Azul e a sua?
Dou um amplo sorriso. —Vermelho.
—Qual sua comida favorita? Eliza sussurra.
—Macarrão.
—A minha também!
Então sorrimos uma para a outra.
Passamos as próximas duas horas nos conhecendo.
Eliza é uma criança especial. Maravilhosa, dedicada, líder do clube de leitura, detesta que tire suas coisas do lugar, adora flores e possui um brilho todo especial e sorriso sincero ao falar de Leon Vargas.
Elizs é incrível.
Minha filha, minha garotinha é espetacular! E, por mais que eu não queira admitir, Vargas a mudou.
Ele me mudou...para melhor.


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Notas finais do capítulo

Relacionamentos recuperados:
Eliza
Ema
Estevão
falta 1



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