Querem Acabar Comigo! FINALIZADA escrita por Ana Beatriz


Capítulo 14
Me conte sua historia


Notas iniciais do capítulo

Hey!!
Cm vocês estão?
Estão preparados pra saber a historia da Violetta completa??
Fiquem atentos a trocas de POV's

Revisão feita 11/06/22



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Simbora Enzo! -Um Leon impaciente buzina, pela milésima vez, em frente o gigantesco colégio que os E’s estudavam a fim de apressar o mais velho deles, ele havia esquecido tudo o tinham que fazer?


—O Enzinho tá namorando! – Elisa cantarola no banco de trás chamando a atenção do responsável quase que imediatamente que vira seu corpo levemente para trás, tendo assim uma visão parcial de Elisa

Quem disse? -questiona, a curiosidade me corroendo por dentro e com um sorriso quase maléfico a pequena genia me mostra.

Aquela cena ali – ela indica o lado de fora, meu olhar recai em Enzo e na garotinha morena que está ao seu lado. O mesmo sorriso malicioso ganha espaço no rosto do babá mas dura pouco ao se lembrar da perigosa mamãe urso que os aguardavam em casa.

Uh, acho que sua mãe não vai curtir essa ideia – Avisa a menor que o olha curiosa
—Por quê?
—Ela é muito ciumenta.
—Blah....isso é besteira. Eu tenho namorado e-
—Você o quê? - O tom sai alto, rápido, incrédulo e fino.

Tenho namorado?! - A menina repete confusa com a reação de seu responsável

—Nós vamos conversar sobre Elisa. - avisa alarmado com a tranquilidade da menininha, como ela poderia namorar? Ela era somente uma garotinha

Assim que chegarmos em casa, teremos uma conversa muito séria, ouviu?


—É brincadeira. -estreito meu olhar na direção da garotinha, confesso que respiro aliviado, mas o sorrisinho detestável de Elisa me deixa irritado. Mentira! Eu não consigo ficar irritado com os meus maravilhosos E’s.

Você quer me fazer ter um infarto do miocárdio catastrófico? - ela me olha obviamente entediada com meu exagero enquanto permaneço com meu drama de milhões.
—Para com isso-ela desdenha.- Fala logo ataque do coração.

Reviro meus olhos, só então notando o estranho silêncio na van.

Emma? -chamo por minha diminutiva, percebendo então como ela está quietinha.

—Filha, está tudo bem? -silêncio persiste e meu coração acelera – Meu bebê!?
Pronto eu tô desesperado pois Emma e silêncio na mesma frase é algo completamente incomum e errado.

Leon…tá coçando meu colpinho – a pequena loirinha resmunga de sua forma incorreta e característica, acabo mais confuso com a resposta e a observo. Fora um uniforme sujo e alguns grãos de terra em seu cabelo, Emma parecia apenas uma criança normal voltando da escolinha.
—Coçando? -pergunto confuso.
—É…
—Você rolou na areia na escola? - questiono
—Um pouquinho.

A resposta da menina era o obvio motivo do incomodo relatado, então a preocupação abaixa quase que de forma instantânea e me sento novamente no banco do motorista —Por isso essa coceira, assim que chegarmos em casa você toma banho e passa. Enzo! —buzino – A Emma tá com coceira. Agiliza ai, moleque piranha.

Enzo me fuzila com o olhar, mas, o beijo que a tal menina lhe dá na bochecha o faz
corar e mudar para uma expressão tímida. Minutos depois, Enzo entra no carro.


—Demora do cacete. - ligo o veículo, dando partida logo em seguida.- Quem era a garotinha?
—Ninguém – Ele ainda está corado, disfarçando enquanto olha a paisagem.
—Ela é bonita, quer dizer, vocês formam um belo casal.
—Nós não somos um casal. -ele resmunga.- ela é minha amiga.
—Papai, eu não tô legalzinha.


A voz manhosa de Emma desperta meu sensor pai, algo está errado.
—Cadê o Estevão?
—Tá com a tia Fran – Elisa é quem responde a pergunta do irmão. A próxima coisa que ouço é um “hum” vindo de Enzo, o caminho até a mansão foi feito de forma tranquila e silenciosa.


SÓ QUE NÃO


—Pai! A Emma tá podre.- Elisa exclama desesperada tampando o nariz com os dedos

Não foi eu!! Foi o Enzo!
—Mentira! Todo mundo escutou o seu pum nada silencioso.
—Papai! - A voz de choro da menor ecoa e eu entro em desespero novamente; Senhor, o que essa criança andou comendo? Infectou o carro todo.
—Não importa quem foi o importante é que essa carniça vai nos matar. - Exclamo com todo drama possível enquanto abro as janelas do carro o máximo possível
—Acelera ai Vargas. Não quero morrer intoxicado pelo pum da Emma.
—É Leon. Qual a dificuldade, Enzo? - resmungo acelerando o carro na tentativa de nos poupar do castigo do inferno que aquele fedor nos dava.
—Nenhuma. Olha ai…ela fez de novo.
—Emma! - Gritamos em uníssono.
—A mamãe disse que não pode fica segulando – ela explica como se fosse a maior e única lógica permitida.
—Ah mas nos matar com esse cheiro pode?
—Não sei.
Vinte minutos depois e, graças aos céus, chegamos à mansão.

Finalmente! - Elisa abre a porta da van.- Essa menina estava querendo nos matar. O cheiro tá grudado na minha roupa – a garota cheira a roupa com uma expressão de nojo

Todo mundo pro banho. E sem reclamar e você… - pego minha garotinha no colo.- Banho, lanchinho da tarde e depois balé. -listo, caminhando em direção ao quarto de Emma.
—Não quelo ir no balé hoje. -ela deita a cabeça em meu ombro.
—Sério? Você adora o balé.
—Não quelo, paizinho. -sua voz sai chorosa.- Não quelo.
—Hey, não precisa chorar. -sento Emma na bancada de mármore do banheiro.- se não quer ir, tudo bem e…que pintinhas vermelhas são essas? –indago, assim que término de retirar o uniforme da minha menina. Enquanto observo as manchinhas, e passo os dedos sobre como se fosse uma mancha de tinta, mas sem sucesso.

Não sei, masi coça muitão.

Pintinhas vermelhas espalhadas pelo corpo. Manchinhas vermelhas que coçam muito? Oh meu senhor.

—Você está com catapora, Emma. -corro para o outro canto do banheiro, ela agora era um perigo biológico certo?

—Catapora como você pegou a Emma? Quer dizer, Emma, como você pegou catapora? - questiono apontando uma escova de cabelos para ela, usando como uma ferramenta para deixar ela o mais longe possível. Eu já havia pegado catapora? Preciso ligar para minha mãe.


—Não sei. - Ela tenta descer da bancada
—Não! Não. Se. Mexa. Sem movimentos bruscos.
—Papaizinho…
—Fique ai, o.k.? Quietinha– Corro em direção à lavanderia, quase atropelando a bruxa má.
—Sai da frente, velhota.
—Educação mandou lembranças.
A ouço resmungar, não ligo. Assim que chego à lavanderia, reviro todos os cantos até achar o que procuro.

Volto para o banheiro já preparado para dar banho em Emma que me olha confusa ao ver todos os aparatos que estava usando. Estava com uma toalha amarrada ao redor do rosto deixando somente os olhos para fora como uma máscara e com um moletom, luvas e um avental e ainda com a escova na mão.
—Poi que você tá usando isso papai?
—Segurança. Agora, banho.
—Papai, hoje o clube da leitura vai se encontrar mais cedo e eu…o que é isso? -Lisa me examina de cima a baixo.

Emma está com catapora. -explico, por detrás da máscara.
—Catapora? -afirmo balançando a cabeça – e por isso você está usando luvas, máscara e um avental? - A última palavra soa com total deboche.
—Fica longe, Elisa. Já basta uma criança com catapora.
—Você sabe o que está fazendo? - Lisa arqueia a sobrancelha.
—Sei… -droga, mais incerto que isso só meu relacionamento maluco com a Violetta.
—Então por que a Emma tá tremendo?


Socorro, tô matando minha menina!
—Tá fliozinho, papaizinho.
—Chama a maçã podre-tiro minha bebê da banheira, enrolando a toalha ao redor de seu corpinho.-
—BAH!
O grito de Lisa me faz dar um pulo, poucos instantes depois a bruxa entra no quarto, seu olhar vai de Emma para Lisa e depois para mim.


—Catapora? -ela questiona, balanço a cabeça confirmando.
—Ela também está muito quente.
—Já deu um banho nela?
—Não…ela está toda molhada e enrolada nessa toalha por pura diversão.
—Vargas?
—Oi?
—Me faz um favor?
Olho desconfiado para a Jararaca
—O quê?
—Cala a merda da boca!
Ui
—Ui, magoou.
—Papai, o clube da leitura… - Lisa resmunga impaciente.
—Papaizinho, não vai. - Emma estreita seus bracinhos ao redor de meu pescoço
—Lisa.. -tento, mas minha mocinha é mais rápida.
—O Enzo que está certo, tudo sempre é pra Emma. -posso ver a chateação nos olhos de minha pequena genia e fico sem saber qual passo tomar. Momentos assim que falam que a paternidade é difícil?


—Okay, papai do ano, você leva a Elisa para o clube e eu fico com a Emma – Diz Bah tentando solucionar os problemas entre as duas irmãs e meu coração pai partido.

Foi difícil, uma tarefa quase impossível tirar Emma dos meus braços, levando em
consideração que eu não queria soltá-la. Assim que deixo Lisa no clube da leitura e Enzo no futebol, dirijo o mais rápido possível de volta para a mansão, sem me importar nas prováveis multas que vou receber.
—Como ela está? -tento normalizar minha respiração.-
—Dormindo. A febre diminuiu, ela comeu um pouquinho e pegou no sono.
Respiro aliviado
—Bah? -ela me encara e por um minuto resolvo parar toda a nossa habitual implicância–Obrigado.
—Você é um idiota legal, Vargas - Sorrio, indo me deitar ao lado de minha garotinha.
—Leon...?
—Vai dormir, Emma.
—Tá bonzinho – Ela dorme quase que imediatamente e eu dou uma pequena risada, Emma sempre será um dos meus pontos fracos.

—------


—Cansada? -uso um tom divertido, assim que Violetta entra na sala depois de ter ido verificar cada um dos filhos, em especial a pequena dodói.
—Exausta. -a mulher me responde, sentando-se ao meu lado e jogando suas pernas em meu colo.- uma massagem cairia bem... -ela faz um biquinho irresistível.
—Posso massagear vários locais. -arqueio a sobrancelha, arrastando, vagarosamente, minhas mãos pelas curvas de minha patroa.
—Comece pelos meus pés e vá subindo, campeão.


Meu coração da um salto, puta merda, puta merda, puta merda....Puta merda! Caralho!
—Sério? - questiono ainda meio desconfiado

Pisco animado, meus olhos ganham um brilho diferente e acho que minha voz soa muito alegre, já que a Senhorita Castillo solta uma maravilhosa gargalhada.


—Acho que você fez por merecer. -ela pisca.


Obrigada Papai Noel.
Antes que eu possa começar a desfrutar meu prêmio, o telefone toca quebrando o clima que nem havia se formado.


—Merda! É por que ainda não é dezembro, né? Só pode ser sacanagem comigo. -bufo.
Vilu se estica, alcançando o telefone na mesinha de centro, o sorriso lindo em seus
lábios se vai rapidamente assim que ela pronuncia o famoso “Alô”.-
—O que você quer, Thomas?


Ah, tá explicado a mudança de humor, ela está falando com o Krueger.
—Não, elas estão doentes

O silêncio era desconfortável e minha curiosidade era quase sufocante mas apenas aguardo do lado de Violetta em um apoio silencioso.
—Qual parte do “elas estão doentes” você não entendeu?
Parece que o Freddy precisa fazer umas aulinhas de interpretação.
—Enfia essa ordem judicial onde o sol não bate.
E então ela desliga o telefone, o arremessando longe me dando apenas um instante para me desviar, olho para os cacos do telefone próximos a parede por algum tempo antes de voltar a olhar para minha patroa.

Maldito Heredia, quer me enlouquecer – a mulher esconde o rosto entre as mãos e uma reação clara de desespero mas eu permaneço encarando Violetta que logo ergue o rosto e me olha diretamente por alguns segundos antes de me questionar.
—Que foi?
—Como Thomas conseguiu essa ordem judicial?
—Na justiça? -ela ironiza.
—Você entendeu, Violetta. -deixo claro que meu lado palhaço não está ali, mas sim o lado sério que quer entender ao menos algo da vida da mulher que eu estava apaixonado.

Acho que estou envolvido demais, preciso saber sua história – peço

 

 

 

Ponto de visão: Violetta


Assim que Vargas termina de acender a lareira, me sirvo de mais um pouco de vinho. A noite chuvosa não ajuda em nada o que está por vir. Era como se o clima quisesse deixar propício o tema dos meus pesadelos, precisava de coragem para olhar nos olhos daquele homem, Coragem para contar tudo.

Eu sempre fui a garota perfeita – Leon se senta ao meu lado, no entanto, não tenho coragem de encará-lo.- Uma filha perfeita, a garota com as melhores notas e o futuro brilhante na frente e a idiota que fez sexo sem camisinha com um cara qualquer quando saiu para comemorar a aprovação na faculdade. - suspiro
—O pai do Enzo.
Concordo com um aceno
—Contar para os meus pais sobre a gravidez… -fecho os olhos com a péssima lembrança, os gritos do meu pai e a decepção no rosto de minha mãe– Foi um dos piores dias da minha vida. Eles não me apoiaram, na verdade tive uma semana para sair da casa deles e nunca mais voltar. Se bem me lembro eu fui a “vergonha da família”, palavras de meu pai. -levo a taça até a boca, saboreando o gosto do vinho antes de continuar.

Eu não era tão idiota a ponto de não ter guardado nenhum centavo, peguei minhas economias, arrumei minhas malas e fui para Los Angeles, consegui moradia na universidade e foi ai que conheci a Francesca.
—Ela foi sua colega de quarto?
—Sim.
—Qual curso? - ele parecia realmente interessado em cada detalhe, o que foi me dando mais conforto para me abrir
—Economia.
—O que aconteceu depois?
—Uma grávida na universidade? -dou um sorriso de lado.- segui normalmente meu curso, quer dizer, até onde deu. Estudava de manhã e trabalhava parte da tarde e noite. Com a ajuda de Fran consegui comprar o básico para dar o mínimo de conforto ao Enzo e quando o meu menininho nasceu… -um sorriso saudoso estampa meus lábios.- chorando alto, todo cheio de dobrinhas… foi o momento mais feliz da minha vida e ao mesmo tempo o mais assustador. Sozinha, com um recém-nascido, tendo pouco dinheiro, estudando e cheia de medos, essa era eu.
—O que você fez?
—Assim que tive alta do hospital, levei o Enzo até um orfanato.
—Você o quê?- A voz de Leon sobe algumas oitavas. Não o julgo também não me orgulho de minha atitude.
—Eu queria dar uma vida digna para ele. Você pode me achar uma vadia cruel e sem coração, mas tudo que sei é que preferia ver meu filho ter um futuro brilhante longe de mim, com uma família capaz de lhe proporcionar todo conforto do mundo, do que mantê-lo comigo passando necessidades.
—Você… você o deixou lá?
Nego
—Não consegui. -limpo algumas lágrimas de meu rosto.- olhei para aquele pacotinho de olhinhos azuis que me encarava com tanta inocência e amor que…eu enfrentaria o mundo por ele. – faço uma liga pausa antes de prosseguir – Voltei para a moradia e Francesca quase me matou por ter cogitado a ideia de dar o Enzo.
—Eu também ficaria irado, é o seu filho.


Ignoro a frase de Vargas, não preciso de mais culpa e julgamentos em minha vida.


—Os dias se passaram e tudo parecia ficar ainda mais difícil. Fran e eu tivemos que nos adequar a uma rotina com uma criança, faculdade e trabalho. Conseguir vaga em uma creche foi minha salvação. Enzo ficava o período da manhã lá, a tarde e noite com a Fran enquanto eu trabalhava. Ele era tão novinho, um bebezinho longe de sua mãe. -suspiro -Quando Enzo estava com onze meses, teve pneumonia. O levei até o hospital e por cinco meses meu filho ficou internado em estado grave, todos os dias o médico ia ver como ele estava.
—Alex?
—Sim. Foi assim que conheci o pai da Elisa durante esse tempo nós nos aproximamos, primeiro como médico e mãe de paciente, depois como amigos e por fim, quando o Enzo teve alta, Alex me chamou para um encontro. Levei quase uma semana para aceitar, mas decidi dar uma chance a ele. - um sorriso vem em meus lábios, Alex me deu os melhores momentos e eu os guardava com carinho – Depois de vários encontros, Alex me pediu em namoro, eu estava amando, Leon- uma certa euforia toma minha voz.- tem noção disso? Alex era um amor com Enzo e Francesca o adorava e eu estava mais feliz do que se pode imaginar.
—Quanto tempo de namoro?
—Nove meses, então nos casamos…em uma cerimonia simples, mas tão linda. Apenas no civil, sabe? Alex , Fran, Thomas Enzo e eu.
—Os pais de Alex?
—Haviam falecido há um ano e ele não tinha irmãos, bom, Thomas era como um irmão para ele. Eu estava tão feliz, no começo relutei muito, com todo o relacionamento, entende? Alex era rico e eu? Uma mãe solteira que ainda estava na universidade, porém...meu querido Alex conseguiu me conquistar de pouquinho e pouquinho e finalmente eu estava tendo o meu final feliz. Quando fizemos três meses de casados descobri que estava grávida. -sorrio que não dura por muito tempo– na mesma época o meu marido descobriu um tumor no cérebro. -um peso toma conta da minha alma.- inoperável e já em estado avançado, mas Alex lutou. Lutou ainda mais quando soube da minha gravidez.
—Lisa...
—Minha pequena Einstein. -a famosa nostalgia me invade quando me lembro do
nascimento de Elisa.- Infelizmente, Alex faleceu dois meses depois do nascimento da Elisa Fiquei devastada e é ai que o Thomas entra. Ele foi como um bálsamo, e
ali o tempo todo me dando apoio, carinho e o luto que havia tomado conta de mim, me fez começar a enxergar Thomas de outra forma. Ele cuidava de mim, do Enzo e da Elisa..se mostrava prestativo, isso até descobrir que toda a herança de Alex foi dividida entre Enzo e Elisa

Alex deixou tudo para os dois?
—Cada centavo. A empresa onde Alex era o sócio majoritário ficou totalmente no nome da Elisa
—Espera-olho para Leon-Alex era médico e empresário? -afirmo- Uau…
—Sim uau...
—O que aconteceu depois disso?
—Quando Thomas descobriu, ficou uma fera. Nunca o tinha visto daquela forma, ele me acusava de saber de tudo. Tentei conversar com ele, explicar, mas nada adiantou..Thomas saiu de casa e voltou pouco tempo depois...
—Nessa época, vocês já estavam juntos? Quer dizer, ele morava com vocês?
—Estávamos mais ou menos. Eu estava perdidamente apaixonada e Thomas passava alguns dias em casa de vez em quando.
—Entendi. O que aconteceu quando Thomas voltou?
—Ele estava estranho. -sinto meu corpo tremer.- olhos vermelhos, gritando e quebrando tudo, disse para ele ir embora, mas...
—Vilu...
—Nesse dia, levei a primeira das muitas surras que Thomas me deu. -Vargas fecha as mãos em punho, quase consigo sentir o ódio emanar de cada poro de seu corpo.

o que se seguiu foi um casamento as pressas, uma mudança para uma cidadezinha de interior, Thomas exigindo seu sobrenome na certidão de nascimento de Elisa e Enzo e uma Violetta perdida no tempo e espaço.
—E a Francesca? Você não contou nada a ela?
—Leon eu havia terminado a faculdade, Fran também. Ela estava seguindo seu rumo, crescendo na vida e, por mais que nos falássemos sempre, eu tinha medo de expor o que acontecia. Medo por meus filhos.
—Vocês não se viam?
—Quando um homem ameaça seus filhos de morte se você por o pé fora de casa ou falar mais de meia hora ao telefone sem a supervisão dele, tudo que te resta é obedecer.
—Você vivia trancafiada?
—Em um casamento parasita. As surras se tornaram mais frequentes, o medo pairava o tempo inteiro e então eu soube que precisava fazer algo. Quando fiz um ano de casada, consegui despistar Thomas fui até um advogado e passei a guarda do Enzo e da Elisa para Fran mudei também as regras do inventário.
—Thomas descobriu?
—E ficou furioso. Como sempre, ele quis abusar de mim, mas eu não podia. Não quando enfrentava uma gravidez de risco. -Leon arfa, entendendo o que viria a seguir.-
—Emma
—Minha pequena diminutivo. Thomas enlouqueceu quando soube da gravidez, queria me obrigar a fazer um aborto, contudo, disse a ele que assim que Emma nascesse, se ele permitisse que eu a tivesse, passaria todos os bens de Alex para ele.
—Você negociou a vida da Emma? Aliás, é como se você a tivesse comprado.
—Era isso ou um aborto obrigado.
—E depois?
—Sei lá...
—Como “sei lá”?
—Thomas tinha dias bons e ruins, fui levando a gravidez até onde deu, mas a Emma, muito apressadinha, resolveu nascer de sete meses.
—Já nasceu causando.
Dou uma risadinha
—Minha gordinha, nasceu cheia de saúde.
—Você cumpriu o acordo?
Chegou a hora.
Respiro fundo.
—Não. Eu enrolei o máximo que pude, quando Emma estava com um ano e três meses eu bolei um plano, levaria meus filhos para longe da maldita cidadezinha no fim do mundo que Thomas havia nos levado. Estava tudo certo.
—E o que deu errado?
—O fato de Thomas chegar mais cedo, mais drogado e ainda mais bêbado em casa. Lógico que ele juntou dois mais dois ao ver todas as malas na sala.
—Ele...aquele covarde te bateu?
—Pior...-sinto a angustia daquela noite me invadir.- ele subiu as escadas, tirou Emma do berço -já não seguro mais o choro.- ele a segurou de ponta cabeça, Leon ele ameaçou jogar a minha filha de um aninho da janela do segundo andar.
—Violetta... -Vargas me puxa para os seus braços, tentando de alguma forma me transmitir algum tipo de conforto. Ele consegue,

Eu implorei, pela minha vida, para ele não fazer aquilo. Disse que ele podia me matar, fazer qualquer coisa, mas que deixasse Emma viva.
—O que...
—Ele me devolveu Emma e prometeu que daquela noite eu não passava. Percebi que ele ia para o nosso quarto e mais que de pressa, coloquei Emma de volta no berço. Quando Thomas passou em frente a escada, eu o empurrei. Pode parecer cruel, entretanto, não me arrependo do que fiz, voltei ao quarto, peguei Ema, chamei Enzo e Liza e os levei para o carro. Voltei para a casa e peguei as malas, mas quando cheguei perto do carro novamente, Liza não estava lá...-respiro fundo

— Ela havia voltado para pegar seu coelho de pelúcia. Depois...tudo aconteceu tão rápido, a casa pegando fogo, os gritos de Elisa gritos de “mamãe” e “socorro”
—Vilu...
—Thomas a segurou. Aquele monstro segurou minha filha em frente a janela apenas para...eu tentei entrar e Enzo foi atrás de mim, mas a casa já estava em chamas. Enzo acabou sofrendo queimaduras-tento me acalmar mas as imagens passando por minha mente – Deus....quando finalmente os bombeiros chegaram, quando vi o
corpinho mole e todo queimado de Elisa, Leon, eu...tudo veio como um flash. A
gravidez de Enzo, Fran me ajudando, Alex entrando em minha vida e saindo dela, Thomas se fazendo de amigo, companheiro, quando na verdade era um lobo em pele de cordeiro, meus filhos e a minha mais novo bebê. O que eu carregava em meu ventre.
—Estevão
—Exatamente.
—E...a Lisa?
—Ela sobreviveu. Contra todas as chances, contra paradas cardíacas, contra todas as queimaduras...ela sobreviveu. Elisa é um milagre.
—Assim como o pai dela.
—Assim que o quadro dela estabilizou, voltei para Los Angeles, Elisa foi transferida
para o hospital de lá e começou a nossa luta. Foi difícil, diversas vezes, eu quase a perdi, mas ela foi melhorando. E melhorando, lutando, quando estava com oito meses de gravidez, Elisa teve alta.
—Tão rápido?
—Não me pergunte como. Claro que ela teve que fazer muitos outros tratamentos, foi submetida a diversas cirurgias, mas...olha pra ela. Nem de longe se parece com a lisa que ficou naquele hospital.
—Como veio parar em Nova York?
—A sede da empresa de Alex fica aqui, comprei essa casa, dei um jeito de reencontrar Francesca guardei todo e qualquer sentimento e prometi jamais passar por tudo aquilo novamente.

Você se afastou dos seus filhos e isso, na sua concepção, foi uma forma de protegê-los.
—Eu não podia Leon, cada vez que olhava para eles, minha mente traiçoeira gritava o quanto demorei para tirá-los daquele inferno.
—Você era a vítima.
—Não o tempo todo.
—Eu...não consigo imaginar o peso, a dor que você enfrentou. Violetta, apesar de tudo, você está aqui. É uma mulher fantástica, mãe de quatro figurinhas maravilhosas.
—Leon..-suspiro.
—Não. Não se atreva a se diminuir...eu não vou admitir.


Alguns segundos de silêncio


—Obrigada. -sussurro.- obrigada por ter invadido minha casa com toda essa sua loucura,obrigada por ser esse homem maravilhoso e, acima de tudo, obrigada por cuidar e amar meus filhos de forma tão especial.
—Eu que agradeço.
Depois disso, me desvencilho dos braços de Vargas. Sei que ele está cheio de dúvidas e perguntas.
O barulho do fogo crepitando é tudo se pode ouvir. Não ouso desviar meu olhar, no entanto, sinto o olhar de Vargas cravado em mim.
—Vilu...o que aconteceu com Thomas? Digo, depois de tudo...
—Ele sumiu. Bom, até aparecer aqui e se achar no direito de ter algum contato com minhas filhas. -respiro fundo.- Eu tive uma vida miserável -suspiro.- pior, arrastei meus filhos para essa vida junto comigo.
—Por que não deu um basta?
Finalmente resolvo encarar os olhos verdes de Leon. Diferente do que pensei, ele não demonstra pena, nojo, raiva, mas, sim, compaixão.
—Por medo e por que ...
Deixo a frase solta no ar, enquanto me recrimino mentalmente.
—Você ama o Thomas.
—Amava. -me apresso em corrigir.- na verdade, amei no começo, porém, depois de tudo, acho que só restou medo e comodismo. Não há amor que resista a tudo que passei.
—Por que não o denunciou?

Por medo. Quando se é ameaçada, sofre constantes agressões físicas e verbais, abusos,
seus filhos presenciam tudo isso. Pior, seus filhos são ameaçados, o amor vai embora, tudo que se resta é o medo e ele te faz recuar não deixando tomar qualquer atitude plausível. Quando cheguei aqui, prometi dar um basta nessa história. Isso até você chegar e revirar todo o meu mundo.


Continuo a olhar para a imensidão verde do babá mais maluco desse mundo.
Com extremo cuidado, Leon levanta sua mão esquerda acariciando minha bochecha como se a qualquer momento ou toque mais ousado ele fosse me quebrar.
—Leon.
Fecho meus olhos
—Shh...me deixa te amar, Vilu-delicadamente, me inclino para trás até que meu corpo se encontra em total contato com o tapete.
—Vargas?
—Fala
Abro os olhos
—Me ame.

 

Ponto de Visão> Leon

Violetta definitivamente, é a mulher da minha vida.

Depois de ouvir toda sua história, saber o que essa guerreira enfrentou e continua firme e forte. Deus, eu a amo ainda mais.
E ela está aqui,pronta para ser minha.
Ser somente minha.
Oh Céus
Minha mente parece nublada, totalmente travada. Nada a minha volta faz sentido ou tem minha atenção, estou completamente e inevitavelmente focado na deusa.
Caramba!
Hoje eu vou descabelar o palhaço!
Vou sacudir a roseira e ninguém vai me segurar
Hoje a jiripoca vai piar!

Leon?
—Hã? -meu olhar sobe, até encontrar com as orbes claras de Violetta.-
—Está tudo bem?
Droga, estou parecendo um frouxo. Meu amor todinha pra mim e eu aqui....sem fazernada
—Hãram. Por quê?
—Você está encarando meus seios há quase dez minutos.
Vai por mim....vocês também ficariam hipnotizados por essas belezinhas.
—É que...eles são lindos.
É muita abundância, papai!


Senhorita Castillo dá uma pequena risada, droga.

Acabou a brincadeira.

Mas, contra todas as expectativas e quando estou quase começando a suar pelos olhos, vulgo, chorar de frustração por ser um idiota, minha mulher, sim minha, segura, delicadamente, meu pulso direito
Porra!
—Toque-me, Leon. Não tenha medo, estou bem aqui.
Tocar só não.
Eu queria amar e adorar cada pedaço exposto daquela mulher.
Dou um leve aperto, fazendo Violetta soltar um gemido rouco.
—Vilu....
—Primeiro nós vamos foder, depois fazemos amor...compreendeu?
Caralho! Eu vou me casar com essa mulher! Escreve.

Juro solenemente não fazer nada de bom. -sussurro.

Ponto de Visão > Violetta


Meu coração pulsa de forma desordenada, minha respiração está tão ou mais
descompassada que a de Leon e tudo que consigo pensar é que algo está errado.
—Leon? -no entanto, Vargas parece muito ocupado em venerar cada pedacinho do meu corpo.-Vargas? -nada.- Leon espera. -o empurro para o lado, tirando-o de cima de mim.
Coloco minhas mãos em meu colo, respirando fundo e encarando o teto.


—Vilu?
—Desculpa..eu só... -novamente, o moreno bonito se coloca em cima de mim, mas, dessa vez, seu peso está todo apoiado em seus cotovelos, sua expressão confusa e preocupada traz um aperto ao meu coração.
—Amor, está tudo bem?
—Desculpa. -tento controlar minha voz para que o tom de choro não fique claro.-
—Vilu amor pode me falar. Se você não estiver preparada nós...
—Eu estou. -afirmo.- quer dizer, acho que estou é que nós estamos aqui, agora, nessa bolha de amor e tudo que consigo pensar é nas atrocidades que sofri. Eu sei interrompo Leon antes mesmo que ele possa falar algo.- você não é o Thomas, não vai me machucar, mas tudo em mim está tão quebrado que acho acho não ser possível reconstruir os pedacinhos.
—Violetta, olha pra mim. -hesito, porém, faço isso.- você é muito importante, tudo isso é extremamente importante pra mim. Minha vida mudou, os E’s, você e até a maçã podre me mudaram, pra melhor. eu acho. -ele faz uma careta engraçada, é impossível não sorrir.- gostaria que todos os abusos nunca tivessem acontecido, gostaria de ter o poder de apagar as sombras do seu passado, aquilo que te machuca de tal forma que te impede de crescer.
Eu gostaria, mas não posso. A única coisa que posso fazer é te mostrar todos os dias o quanto te amo e quero, na verdade imagino, um futuro ao seu lado.


Minha boca está aberta em um perfeito O. Meus olhos estão cheios d’água.
—Você me ama?
—Sério que ainda restam dúvidas?
Oh. Meu. Deus!
Leon Vargas realmente me ama.
Ele me ama.
Sem mais delongas, uno meus lábios aos dele. Do meu amor.

Vilu...
—Me ame, me faça esquecer...
—Olhe para mim, o tempo todo.
Balanço a cabeça de forma positiva, incapaz de pronunciar qualquer palavra.
Tudo a minha volta parou. O mundo, o tempo, minha vida, só existe Leon e eu. Nós dois contra tudo. Esqueço todos os meus medos quando Vargas mordisca meus lábios, suas mãos correm por todo meu corpo em um ato cheio de luxúria, carinho e amor.
—Eu te amo
Fecho meus olhos, ouvindo os sons roucos que Vargas faz junto com a afirmação que tanto aquece meu coração. O prazer sobressaindo a qualquer outro pensamento. Calor, amor, prazer, pele contra pele.
Sentir. Explorar. Excitar. Desejar. Eu quero experimentar tudo isso. Espalmo minhas mãos nas costas de Vargas, sentindo-o estremecer e descer os beijos por todo meu colo, seios, barriga.
Roupas?
Ah elas já se foram faz tempo.
Sinto as mãos de Vargas acariciar meus seios, o toque, a pegada, meu corpo todo se desfaz em uma sensação quente e deliciosa.

O mundo poderia explodir em mil pedacinhos nesse instante e eu não me importaria nenhum pouco.
—Ah, meu amor-Leon geme com a voz carregada de desejo.- eu te desejo tanto...tanto!
—Eu também te desejo muito, meu amor. Meu Leon.
—Só seu. Minha Castillo—ele geme.- Não aguento mais, Vilu eu...
—Vem...preciso de você, dentro de mim. Me faça esquecer o mundo, querido.
O ar se faz escasso quando sinto o grande Vargas me invadir. Por um segundo, minha mente fica em total branco, finco minhas unhas nas costas de Leon, o delírio toma conta de mim. Cada poro, espaço do meu corpo grita por Leon Vargas.
—Apertada, molhada, muito melhor que em meus sonhos.
Não seguro a felicidade de saber que sou alvo dos sonhos e desejos do maravilhoso babá.
—Amor... -sussurro.
—Você é minha – Vargas faz questão de reafirmar a cada vez que se mexe.- Eu te amo— fecho meus olhos, aproveitando as sensações que o grande Vargas e seu dono conseguem me proporcionar.

Oh, com toda certeza vou querer repetir a dose, já posso até imaginar as diversas fantasias que o maluco do Leon e eu vamos realizar.

Abra seus olhos, meu amor...me deixe apreciá-la de todas as formas. -obedeço de imediato.
—Leon....
—Eu sei...venha comigo, Vilu..vem comigo, meu amor


Meu corpo explode em um orgasmo fenomenal, que é potencializado ao sentir Leon
alcançar seu prazer junto comigo.


Com a respiração ainda ofegante, admito a verdade que meu coração já aceitou com tanta intensidade.
—Leon?
—Hum...
—Eu te amo!

 

—---------


—Valeu a pena toda a demora? -minha voz soa tranquila, enquanto acaricio os fios loiros de meu namorado.
—E como. -ele beija meus seios, causando um arrepio gostoso.- eles são lindos e, admito, deliciosos.
Um riso divertido escapa por entre meus lábios.
—Sujo.
—Você gosta. -Leon deixa um suspiro cansado escapar.- sinto muito por tudo.
—Eu sei -sussurro.- mas é passado e, finalmente, me sinto livre dele.
—A culpa nunca foi sua, Vilu
—Foi. Você e eu sabemos disso...
—Não pense mais nisso, okay?
—Okay. -na verdade, não pensar sobre o que aconteceu me parece uma ótima ideia.- e você?
—O que tem eu?
—Não sei quase nada sobre você, bom...você tem pais malucos e um amigo atirado.
—Resumiu a minha vida.
Damos risada
—Fala a verdade, nenhuma namorada?
—Não. Eu pego e não me apego.
—Oh então comigo será assim? -me faço de falsa ofendida.
—De forma alguma. -Leon se levanta, sentando-se de frente para mim.- você é única, Vilu.
Leon inclina-se, sua intenção de me beijar sendo interrompida por mim.
—Vilu? -ele indaga confuso.
—Leon você está com algumas pintinhas vermelhas no pescoço.... -um sorriso amarelo toma os lábios de meu namorado.- você não disse que já teve catapora?
—Então...
Bufo, irritada.
—Babá, namorado, crianção, adivinha de quem estou falando?
—Baby, estou doente.
O biquinho fofo de Leon me faz revirar os olhos.
—Eu sou sua baby?
—Só minha.
—Então, sua baby vai cuidar de você. -me aproximo de Leon

Nossos lábios quase se tocando.- sabe o que sua baby quer? -sussurro.
—O quê?
—Que você seja mais responsável. -o empurro.- até segunda ordem, você está de repouso. -me levanto, vestindo a blusa de Leon.
—Ui…baby, você fica sexy usando minha blusa.
—Repouso, Leon. Repouso.
Caminho em direção à cozinha, o sorriso em meu rosto demonstra um sentimento que há muito havia desaparecido da minha vida.
Felicidade.

 


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Notas finais do capítulo

Que historia tensa não?
Para quem não entendeu, o pai do Enzo foi um caso de one night stand
Eliza seu pai seria o primeiro marido da Violetta, Alex.
Emma e Estevão são filhos do Thomas



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