Querem Acabar Comigo! FINALIZADA escrita por Ana Beatriz


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente!
Aqui é a Ana do futuro (Abril 2021- pra ser mais exata e cansada da pandemia)
Só passei aqui para dizer que os capítulos estão reeditados não mudou nada do enredo da historia relaxem.

Quem está lendo pela primeira vez: Muito bem vindos espero que se divirtam por aqui

Bjos :*



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Minha vida era perfeita

 

Serio se existe perfeição, minha vida era um bom exemplo disso, tá duvidando?

 

Tem algo melhor de que ter pais ricos que pagam suas festas regadas a álcool e com as mulheres que eu e meus amigos quiséssemos?

 

Eu acho que não, mas como diz aquele ditado popular ridículo.

 

“Tudo o que é bom dura pouco”

 

Meus pais colocaram na cabeça que eu não seria uma boa escolha para tomar o rumo da empresa depois que eles batessem as botas e resolveram me dar um ultimato.

 

“Você tem que permanecer um ano sobrio, sem álcool, drogas recreativas ou noites de sexo e vadiagem, trabalhando ou você será cortado da herança."

 

Eu sei! Que tortura não?

 

 

E pra piorar me deram somente três semanas para conseguir um emprego, nessa puta crise!

 

Mas ai que entra meu melhor amigo: Diego

 

Ele me ajudou a arrumar um emprego de babá, algo como havia sido comentado por uma prima, eu sei é um péssimo emprego ter que cuidar de uma criança suja e melequenta,gritando 8 horas ou mais todos os dias, mas ai você me pergunta tem como piorar?.

 

SIM TEM!

 

Como se não bastasse uma criança melequenta, eu teria que cuidar de quatro crianças melequentas.

 

Onde estou agora? Dentro da limusine da minha patroa indo para a minha sentença de morte...

 

{...}

 

Encaro a grande mansão.

 

 

Um estilo clássico, branco com grandes colunas, uma grande área frontal que se dividia com a entrada e um extenso e cuidado a perfeição jardim.

 

Mais que mansão... Isso tudo faz meu apartamento parecer um buraco de rato.

 

Se bem, que por não ser limpo há quase três semanas, meu lindo duplex está mais para um chiqueiro de porcos.

 

—Chegamos Senhor Vargas.

 

Reviro meus olhos, não sei bem se pelo Sr. ou por ter ficado deslumbrado com a entrada do lugar

 

—Já disse que apenas Leon está de bom tamanho e... puta merda- ­Dou um pequeno pulo exclamando assustado assim que saio da limusine e encaro a figura carrancuda a minha frente.

 

—Espero que este não seja seu linguajar perto das crianças. - que velha era essa? De onde surgiu essa mistura de Dona Clotilde com Chupa­cabra?

 

—Hum.. eu...

 

—Saiba que se fosse por mim, você não estaria aqui- ­Dona Clotilde me encara de cima a baixo

 

 

— Vamos entrar, as crianças querem conhecer o mais novo saco de pancadas.

 

Espera ela disse: saco de pancadas?

 

Acompanho a bruxa má do oeste até a grande sala de entrada da grande mansão.

 

 

Olho ao meu redor.

 

QUE LUGAR É ESSE?!

 

Parecia que eu havia entrado em um paraíso, eu estava embasbacado com a grandiosidade e beleza do meu novo local de trabalho, as escadas com corrimões dourados, o piso claro brilhante e os quadros que se falassem discutiriam entre si quantos milhões valiam.

 

 

Deus não me permita quebrar nem um só item desse local sagrado, nas condições financeiras que me encontro, tudo que me restaria era vender meu lindo e muito bem definido corpinho.

 

—Vai ficar ai babando ou o que?

 

—O quê? ­-digo, franzindo o cenho. ­

 

—Fecha a boca, não vou limpar saliva de ninguém. -Bufo.

 

Mal cheguei e já quero ir embora. Maldito ultimato. Maldito emprego. Maldito curso na faculdade que estou demorando a concluir.

 

—Olha...

 

—E´s! Aqui! Agora! -Sou interrompido pelo grito da tal mulher.

 

— Já vi que vou ficar surdo nessa casa- resmungo esfregando a orelha esquerda enquanto esperávamos o batalhão infantil inimigo, mas esperamos longos minutos e nada.

 

—Sabe, acho que eles não vão vir. -comento com a bruxa

 

—Crianças levadas-­ela respira fundo frustrada mas sentia que no fundo ela já estava acostumada -Me siga Vargas.

 

Subo as escadas atrás da Dona Clotilde, ainda olhando em volta admirando cada canto novo desse palácio.

 

Chegamos a um extenso corredor com quatro portas duas a esquerda e duas à direita, de forma curiosa cada porta tinha sua própria cor e arte, nos dirigimos enfim a uma porta azul. ­

 

—Este é o quarto da Elisa, 9 anos -ela abre a porta. ­

 

—Lisa, este senhor é Leon Vargas, seu novo babá.

 

Assim que seu nome é pronunciado, Elisa, que até então permanecia entretida desenhando algo em uma folha de sulfite no chão, levanta seu rostinho. Deus do céu, que criança mais linda...

 

 

Que olhos esverdeados são esses?

 

Ela me analisa em silêncio por longos minutos, como se fosse decidir o que era certo dizer para alguem como eu, mas no fim de alguns minutos de silêncio e análise é um simples.

 

—Oi babá

 

—Oi. -­pronuncio confuso. ­

 

—Levanta desse chão Lisa e se apresente corretamente - A bruxa repreende a garotinha que se levanta e o faz, parando bem a minha frente.

 

—Eu me chamo Elisa Martínez Castillo, tenho nove anos e já gostei de você.

 

Dou um pequeno sorriso diante de tanta fofura e educação, me abaixo encarando Lisa.

 

—Olá Lisa, eu me chamo Leon Vargas, mas, para você, pode ser só Leon. Está bem? -Ela confirma e eu toco seu nariz levemente de uma forma carinhosa simples e ganho um sorriso tímido da pequena de presente.

 

—Okay, já chega. - ­me seguro para não virar e dar uma bela resposta a mal amada. ­-Elisa, por que não desceu quando eu chamei?

 

Ela aponta para as diversas folhas espalhadas no chão, me aproximo olhando de perto os desenhos.

 

—Uau, parece que temos uma pequena artista aqui. -­lanço um sorriso para garotinha. -­ e uma grande fã do Homem Aranha

 

—Você conhece o Homem aranha?-­seus olhinhos brilham enquanto ela me questiona tal coisa.

 

—Claro que sim, ele é o melhor herói - Eu sabia que roubar parte da coleção de HQ's do Diego um dia valeria a pena, esse dia chegou.

 

—Mas não é -ela sorriu -Ele é tão forte e engraçado.

 

—Vamos Vargas. - Novamente, Dona Clotilde se faz presente. Que velha sem noção. Corta clima do caralho.

 

—Eu já volto Lis.

 

—Tá bom.

 

Levanto minha mão e Lisa bate nela. Tenho uma aliada. Uma já foi, faltam três.

 

—Este é o quarto do Enzo. ­-olho para a porta vermelha com adesivos diversos pretos, reconhecida algumas figuras como navios e âncoras mas a placa "Stop" no meio da porta era o que chamava mais a atenção. -Talvez você queira se preparar, Enzo costuma ser problemático.

 

—Me preparar? Como ass..­ - minha frase morre quando sinto um controle de videogame vir de encontro com minha testa. ­

 

—Strike!

 

—Enzo! - escuto a bruxa corrigir o garoto enquanto passo a mão na testa e conferindo se não havia sangrado

 

De onde veio essa merda? Assim que consigo me recuperar, meus olhos vasculham o quarto da peste que me atacou.

 

—Você deve ser o Enzo - resmungo para o garoto da metade da minha altura, com seus cabelos castanhos e um corte moderno e vestido com o que eu acreditaria ser seu pijama.

 

—Você é bem esperto né? -Sinto a ironia pingar da voz desse pestinha e me seguro para não o mandar para o inferno.

 

Lembra-se, 1 ano nesse inferno é igual a o resto da vida curtindo com o bolso cheio de grana.

 

—Enzo, seja educado. Sua mãe...

 

—Minha mãe, minha mãe... Ela nunca está em casa, Bah. - o garoto mal humorado responde

 

Bah? Então esse é o nome da velhota? Bruxa má do oeste é melhor.

 

—Se apresente - a voz de Bah é rígida

 

O menino se levanta e assim como sua irmã anteriormente ele se apresenta a contragosto.

 

—Enzo Castillo, tenho 12 anos e você não vai mandar em mim.

 

—Não estou aqui para mandar em você e sim para cuidar. - ­tento manter um tom de voz tranquilo -Me chamo Leon Vargas.

 

—Tó nem ai, só vaza daqui - ele responde voltando a sentar na cama

 

—Enzo! Fique sabendo que sua mãe saberá dessa má educação. - a governanta tenta por ordem mais uma vez, mas o garotinho não me parece arrependido ou com medo. Estranho...

 

—Dá pra vazarem do meu quarto?- ­ele arqueia a sobrancelha, emburrado e apontando pra porta.

 

—Enzo... - ela tenta

 

—Bah, por favor. - mas desiste

 

A velhota afirma saindo do quarto em seguida, ao olhar para Enzo sei que ele não me quer ali. Saio o mais rápido possível.

 

Uma aliada e um inimigo.

 

—O Enzo é um pouco difícil.

 

Um pouco?

 

—Difícil?

 

—Ele tenta chamar a atenção de Violetta de todas as formas possíveis.

 

—Por quê?

 

—Digamos que a Senhora Castillo é muito ocupada - dava pra ler em sua expressão que o buraco era muito mais embaixo

 

—Não me diga- ­sussurro, porém, Bah escuta já que me lança um olhar zangado.

 

—Esse é o quarto da Emma. - Ela abre a porta cor de rosa com flores roxas.

 

No mesmo instante um pequeno furacão para de pular na cama.

 

—Bah!- Um gritinho fino ecoa pelo cômodo enquanto a menininha salta da cama e corre até onde a mal amada e eu estamos.

 

—Olá minha doce Emma. - Vejo um sorriso naquele rosto feio da Dona Clotilde pela primeira vez desde que cheguei.

 

—Oi...- Emma me cumprimenta alongando a palavra o máximo possível e pula do colo da velha para o meu.

 

—Oi. -­respondo tranquilo e sorrindo.

 

—Você é Gatão. - ela fala simplesmente e dou uma gargalhada.

 

Um grande fato, nenhuma mulher me resiste, nem crianças.

 

—Obrigado.

 

Emma sorri me mostrando seus dentinhos de leite. Deus, Emma é facilmente amável.

 

—Emma, este é o Vargas, seu novo babá.

 

—Hã? -Emma tomba a cabeça levemente para o lado, me fitando confusa.

 

—Me chamo Leon.

 

—Ah... Oi Leon eu chamo Emma. - Ai Deus, que vontade de apertar essas bochechas.

 

—Quantos aninhos você tem?- ­indago. ­

 

—Assim-­levanta uma das mãos, me mostrando três dedinhos. -­ Tô com fominha Leon. Quelo biscoitinho.

 

Encaro, em pânico, a bruxa do 71.

 

—Nada disso, você irá jantar daqui a pouco. Que tal você ir avisar aos seus irmãos para descerem? Hum? - Bah facilmente convence a garotinha

 

—Todinhos? - ela questiona e percebo que sua mania além de errar algumas palavras eram falar tudo que conseguia na forma diminutiva, era fofo, acredito que por isso não havia sido ensinada a ser tão polida e educada como seus irmãos mais velhos.

 

—Menos o Estevão - A bruxa deixa claro

 

—Enzinho!- Faço uma careta com a voz fininha de Emma, ah sim... Esqueci de mencionar: Emma tem os olhos castanhos claríssimos.

 

—E chegamos ao último.

 

­Finalmente! Minhas pernas estão pedindo arrego e minha cabeça parece mais com uma bateria de escola de samba. ­

 

—E esse é o pequeno Estevão. -Estranhamente, assim que adentro o quarto com tons de azul e branco todas as minhas dores somem.

 

Aproximo-me do berço e encaro um bebê gordinho de olhos azuis, brincando com um mordedor.

 

—Olá pequeno -­não me reconheço ao pronunciar tal frase, pois faço tão docemente.

 

Estevão me encara por alguns segundos e então abre um gigantesco sorriso desdentado.

 

 

É impossível não retribuir, o pego no colo, de maneira desajeitada admito, e sinto toda a ternura e paz que apenas um bebê é capaz de proporcionar.

 

—Ele é o bebezinho da casa e o que mais precisa de cuidados. - Diz a mãe do frankstain.

 

—Ele é apaixonante.

 

—Eu sei. -­ Estou detectando amor? Hum? Acho que a bruxa não é de todo ruim. ­

 

— Bom você pode me dar ele. - não quero, mas faço isso.

 

—Seu quarto é o último do corredor o da porta branca. Suas coisas já estão lá, pode tirar o resto da noite de descanso. Amanhã o dia será longo. - sou instruído

 

Concordo, saio do quarto e me encaminho até o meu. Assim que abro a porta, fico estático diante de tanto conforto. Tenho que tomar um banho, sei disso, mas no momento a cama me parece totalmente confortável.

 

Me jogo sobre o confortável colchão e encaro o teto, repensando toda a minha vida a partir de agora.

 

 

Tenho que cuidar de quatro crianças. Uma delas me odeia.

 

 

As outras três são totalmente apaixonantes.

 

São tantos E's que desconfio que a Senhora Castillo deve ter algo com essa letra.

 

A genética dessa família é incrível

 

São tantos olhos perfeitos que me sinto hipnotizado.

 

Ah sim, ainda tenho a bruxa do 71 fungando no meu cangote.

 

Fecho os olhos e respiro fundo. Estou ferrado e mal pago.

 

O que eu não faço pra ter minha vida de volta?


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Notas finais do capítulo

21/04/21 revisado mas ainda pode conter erros.



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