Dangerous Woman - 2ª Temporada escrita por Letícia Matias


Capítulo 40
40


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa pessoal!!! SEXTA-FEIRA! EU OUVI UM HELL YEAAAH!
HEEEEELL YEAAAAAAH!
GRAÇAS A DEUS! QUE SEMANINHA... UFA
Bom, estou aqui para trazer um capítulo que esperei bastaaaante pra postar. Eu acho que vocês vão gostar e eu espero que vocês gostem. Estou pensando em talvez postar o 41 também hoje. Ai vocês me falam ;)



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Vestida com um suéter preto, calça jeans da mesma cor e uma bota preta se salto agulha, saí de casa. No elevador, coloquei uma touca de branca de crochê e dei uma olhada no meu reflexo no espelho de corpo inteiro. A maquiagem havia disfarçado meus olhos inchados de tanto chorar. Eu havia passado um batom rosa queimado e delineado meus olhos. Estava levando comigo um guarda-chuva preto.
Quando a porta do elevador se abriu, cumprimentei o segurança que sempre ficava ali no portão com sua expressão séria e com as mãos para trás e abri o guarda-chuva.
Os pingos caiam com menos intensidade agora, mas ainda era uma chuva forte. O ar parecia mais limpo e de certa forma mais gelado ao se respirar. O ar se condensava no ar enquanto eu andava pela calçada larga. Me espantei com a quantidade de pessoas que estava na rua naquela chuva. Chuva nunca pareceu incomodar os nova iorquinos. Mas também não tinha como se incomodar. Era um fato que todos os centímetros da cidade ficavam mais vívidos, realçados e brilhantes - se possível- quando chovia. Os táxis amarelos passavam velozes derrapando os pneus no asfalto e levantando a água acumulada.
Havia muitas poças de água na calçada. Eu não fazia ideia de que horas eram, mas já se passavam das sete da noite. Eu havia demorado muito mais para me arrumar do que eu considerara. Eu queria apenas... ficar sozinha por um momento. Talvez quebrar o celular tenha sido uma boa ideia, assim Kyle não iria ficar me ligando -se ele fosse realmente ligar, já que ele achava que estava coberto de razão.
Eu andei por várias ruas e virei algumas vezes para a direita e para esquerda até que um barzinho discreto de acabamento de pedras cinzas e um letreiro amarelo me chamou atenção. O nome do bar era "Best Beer Ever". Achei o nome engraçado. Talvez eu devesse entrar para ver se era realmente a melhor cerveja de todas.
Quando entrei, me surpreendi ao ver que era um barzinho escuro todo de pedra por dentro também com luzinhas amarelas penduradas no teto. Havia algumas mesas retangulares e bancos um de frente para o outro entre elas, um largo balcão no bar cheio de prateleiras de bebida e perto do bar, no fundo, havia um pequeno palco de madeira onde uma banda que parecia muito boa, estava tocando.
Eu sentei-me uns cinco banquinhos afastados do palco. A mulher tinha a voz suave e um cabelo escuro curto, liso com uma franjinha acima das sobrancelhas. Ela vestia um vestido xadrez preto e branco até a canela e cantava de olhos fechados.
Demorei-me um tempão para perceber que o barman estava do outro lado do balcão olhando para mim. Ele tinha cabelos pretos arrepiados num topete, barba bem feita e olhos escuros também. Ele usava uma polo com o nome do bar.
—Posso pegar algo para você beber?
Franzo o cenho e olho para a prateleira de bebidas. Só notei agora que atrás das prateleiras havia um espelho onde eu podia ver meu reflexo.
—Ah... Uma cerveja está bom. Tenho que ver se é a melhor cerveja de todas mesmo.
O barman sorri e se vira para pegar um copo para mim.
Torno a olhar para a pequena banda no palco. Eles são ótimos. Trazem uma calma e melancolia ao ambiente.
—Aqui está. - o barman pousa o copo de cerveja no balcão. - Essa é por conta da casa, já que é a primeira. - ele dá de ombros ao ver minha cara de surpresa.
Sorrio.
—Obrigada.
Torno minha atenção a banda novamente e bebo um gole da cerveja. Me surpreendo com o sabor suave e a textura forte. Era... muito boa! Olho para o barman e ele sorri dando de ombros.
—O bar não tem esse nome porque somos narcisistas, é porque realmente é a melhor cerveja de todas.
Dou risada baixinho.
—É, acho que percebi.
— Se quiser mais uma, é só chamar.
—Obrigada. - digo e observo o barman se afastar para a outra ponta do balcão para atender um homem.
—Esse é um lugar que eu não esperava te encontrar.
Olho para meu lado esquerdo e meus olhos se arregalam ligeiramente. Engulo em seco e tento esconder minhas mãos de repente trêmulas.
O reflexo da luz amarelada meio laranja reflete nos fios loiros naturais do cabelo de Matt. Ele está parado em pé ao meu lado. Veste um suéter preto com gola V, uma calça jeans azul muito escura e um par de Vans vermelhos. Observo ele dar um sorrisinho de lado e acabo corando ao olhar para seu piercing preto de argola no canto da boca. Seus olhos, só me dou conta agora, que são azuis e não verdes. Mas eu sempre os enxergara verde. Era um tom meio confuso para mim.
—Estava te observando desde que você chegou, mas você nem me viu. Eu acho.
Balanço a cabeça.
—Não, não te vi.
—Se tivesse me visto teria ido falar comigo? - ele arqueia as sobrancelhas e dá mais um sorrisinho de lado.
Mordo o lábio e tomo um gole de cerveja.
—Não sei.
—Muito honesta! Gostei.
Observo ele se sentar no banquinho preto ao meu lado.
—E então, o que o Kyle fez?
Franzo o cenho e olho-o confusa.
—Qual é! Acha mesmo que sou idiota assim? Por que estaria sozinha em um bar desses, uma hora dessas em pleno domingo num clima horrível desse?
Encaro seus olhos na medida em que ele encara os meus. Olho para o balcão depois de um tempo. É, ele tem razão.
—Nossa, como eu sou previsível.
Ouço ele rir e torno a olhá-lo. Ele leva seu copo de cerveja até a boca e toma um grande gole. Depois passa a língua pelos lábios e diz assentindo:
—Um pouquinho previsível. E então, o que o Kyle fez que te chateou tanto assim?
Dou de ombros.
—Não quero falar disso, tudo bem?
Ele dá de ombros e olha para o palco.
—Eles são bons não são? Essa música é um cover de Affection de Cigarettes After Sex.
— Nunca ouvi falar dessa banda.
—É boa. Bom, - Matt dá de ombros. - eu gosto.
Arqueio as sobrancelhas.
—Achei que você fosse mais do tipo que gostava de Lil Wayne.
Matt arqueia as sobrancelhas e franze o nariz ao mesmo tempo, fazendo uma careta engraçada, o que faz com que eu engasgue e saia cerveja pelo meu nariz.
Coloco a mão em frente ao meu nariz e a boca e começo a tossir e rir ao mesmo tempo. Olho para ele depois da crise de tosse passar e vejo que ele está sorrindo, um sorriso sutil, sem mostrar os dentes, mas parece contente consigo mesmo.
—Fiquei ofendido. Acha mesmo que gosto de Lil Wayne?
Dou de ombros e sorrio de lado.
—Desculpe.
Sustento seu olhar por um instante e analiso seu rosto. Dua barba loira está bem aparada e seu cabelo loiro está cheio e desgrenhado.
—Como foi o feriado na Austrália?
—Ótimo. Minha irmã está noiva.
—Você tem uma irmã?
—Sim, dois anos mais velha.
Fico surpresa com aquela informação.
—Meus... Parabéns por ela.
—Obrigado. - ele faz um maneio com a cabeça. - você quer mais uma cerveja?
Olho para o meu copo de cenho franzido e percebo surpresa, que ele está vazio.
—Ah... claro, sim. - pigarreio.
Matt chama o barman e pede mais duas cervejas.  Me mexo um pouco desconfortável no banquinho. Estou começando a sentir-me sonolenta e cansada.
—E como foi o feriado em Los Angeles?
Dou uma risada de deboche enquanto fito o balcão preto onde a luz amarela está refletindo. Sem me dar conta do que estou falando, do tom de voz e das minhas palavras, digo:
—Quase fui estuprada, mas estou bem.
—O quê? - Matt exclama em voz baixa, porém firme.
Me assusto e me dou conta do que acabei de falar. Sinto minhas bochechas corando ao ver o olhar que Matt dá sobre mim. Ele está tenso e seus olhos estão arregalados. A cor se esvaiu de seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Quero muito saber.... O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo? Quais são suas teorias? Me contem!!!
Espero que tenham gostado. Ah, eu super recomendo vocês ouvirem a música que eu citei aí nesse capítulo. Ela é muuuuito gostosa de ouvir... Mas é só uma indicação.
Beijo grande e até mais ;)
Lê.



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