Dangerous Woman - 2ª Temporada escrita por Letícia Matias


Capítulo 36
36


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Hoje é a nossa #DangerousFriday!! YES!
Espero que gostem desse capítulo, acho que vocês vão gostar.



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Não foi como se as coisas tivessem melhorado. No dia seguinte, após o café da manhã, Chloé começara a jogar olhares para cima de mim que transmitiam a mensagem "você tem que fazer um teste de gravidez". Eu estava começando realmente a ficar apavorada. Por isso, antes do almoço, enquanto Danny e Tom preparavam o tempero do peru que comeríamos na janta, Chloé disse que queria ir até o centro da cidade comigo para me mostrar tudo. Kyle não pareceu muito feliz com isso e sua cara de desagrado foi visível, o que irritou Chloé profundamente.
—Não vamos demorar. - digo vestindo um casaco vermelho que eu trouxera.
—Se demorar não tem problema, está comigo .
—É, porque você é uma ótima influência. -Kyle atacou olhando de cara feia para Chloé.
Reviro os olhos e decido interferir na discussão.
—Tudo bem, vamos nessa Chloé.
A empurro porta a fora. Kyle dera as chaves do carro para mim. Eu nunca havia dirigido o carro  dele, por este motivo e por não conhecer a cidade, entreguei as chaves para Chloé.
Na rua o ar estava gélido, porém leve. Era um ar leve de se respirar por causa da chuva da noite anterior. Eu queria afastar a noite anterior do meu pensamento.
Eu e Chloé entramos no carro, eu no banco do carona e ela dirigindo. Ela se vira para mim quando estamos nos afastando da casa pequena do sr.Blake e diz:
—Você passou mal ontem á noite, não foi? Eu ouvi.
Arregalo meus olhos.
—Ouviu o quê?
De repente me apavoro com a ideia de ela ter ouvido Kyle e eu.
—Você vomitando. - ela franze o cenho levemente.
—Ah. - concordo com a cabeça. -Não deve ser nada. Só vou fazer o teste pra descartar a possibilidade.
Chloé da de ombros.
—Que bom que está tão segura assim. Todos os testes que eu fiz, eu achei que ia desmaiar de tanto nervoso.
Ergo as sobrancelhas.
—Quantos testes você já fez?
Chloé mantém os olhos a frente e no retrovisor.
—Alguns. Isso é o que dá transar sem camisinha. Fazemos isso porque somos burras. Nossos pais sempre nos alertaram.
Não posso deixar de concordar.
A cidadezinha era uma gracinha. Cheia de casinhas iguais, mas não havia muito o que se fazer.
Chloé para em frente a uma farmácia.
—Vamos nessa.
Saio do carro com as mãos trêmulas. Estou mesmo muito ansiosa e com medo. Que não dê positivo! - penso.
Entramos na farmácia e paramos em frente ao balcão de atendimento. O balconista careca de óculos olha de mim para Chloé, ambas em silêncio. Chloé olha para mim mas estou sem reação. Era revira os olhos e diz
—Queremos um teste de gravidez pra ela.
O balconista me olha e sem dizer nada, vira-se de costas para pegar um teste na prateleira. Ele estende a caixinha retangular para mim e diz:
—O banheiro é na portinha branca. - acena com a cabeça para o meu lado esquerdo.
Olho para Chloé.
—Quer que eu entre com você?
Eu quero? - pergunto a mim mesma. Mas digo:
—Não, tudo bem.
Abro a porta de madeira branca e fecho-a logo depois de entrar. Acendo a luz que é fraca por sinal, e encaro o meu rosto pálido no espelho redondo pregado na parede. Encaro a caixinha retangular. Minhas mãos estão trêmulas como nunca.
Abro-a e retiro o teste. Não preciso ler a bula. Já vira muito as mulheres fazendo-os nos filmes. Mas, nunca achei que chegaria a fazer um.
Você achou que ia ser virgem a vida inteira, sua idiota. - meu subconsciente me lembra deste fato.
Olho para o vaso sanitário. Ele parece bem limpo, afinal aquilo é uma farmácia, mas eu decido não sentar nele.
***
Já se passaram quinze minutos. Estou andando pelo pequeno banheiro há algum tempo. Tudo bem, tem que ser rápido como um band-aid. Vamos nessa!
Pego o teste na mão, estou tremendo ainda mais do que antes, se isso é possível. Encaro o resultado por um momento e caio sentada no chão.
Nunca achei que me sentiria tão aliviada na vida. O único palitinho, mostrando o resultado negativo é uma vitória a ser comemorada.
Talvez você deva lembrar Kyle a usar camisinha das próximas vezes. Não que ele sempre gozasse dentro de mim, mas ás vezes ele não conseguia. Era o calor do momento.
Abro a porta do banheiro. Chloé me olha ansiosa e suspira quando vê meu sorriso de alívio.
—Sua louca, da próxima vez, lembra o Kyle de encapar o guarda-chuva.
Dou uma risadinha. É como se tivesse tirado um peso das minhas costas.
***
Quando estacionamos em frente a casa do sr. Blake, está garoando. Antes de irmos, Chloé me mostrou um pouco da cidade onde Kyle morara grande parte da infância.
Entramos pela porta da sala. O cheiro de comida invade minhas narinas fazendo meu estômago roncar. O sr. Blake nos recebe com um sorriso e pergunta o que eu achei da cidade.
— É ótima sr. Blake. Onde está o Kyle?
— Subiu. Acho que tinha alguém lugando pra ele.
— Ah. Bom, eu já volto. O cheiro da comida está ótimo.
Ele sorri e pisca para mim.
Olho para Chloé que diz a palavra "camisinha" sem emitir nenhum som olhando pra mim. Reviro os olhos e ela sorri.
Subo a escada em silêncio visivelmente aliviada. Paro com a mão na maçaneta quando ouço Kyle xingar.
— Você é um tremendo de um filho da puta, Matt.
Arregalo os olhos e franzo o cenho em seguida.
— Acho melhor você ficar longe dela. Estou te avisando.
Abro a porta do quarto hesitante. Kyle está sem camisa e de calça com o celular na orelha. Vejo suas mão trêmulas. Ele olha para mim.
—Estou falando sério, fica longe dela.
O observo encerrar a ligação e apertar o celular na mão me olhando.
—O que foi? - pergunto.
—Você encontrou com ele no aeroporto?
Sinto como se meu estômago fosse atingido por um soco. Por que diabos Matt tinha ligado para contar aquilo para Kyle?
—Kyle...
—RESPONDE!

Me sobressalto após seu grito.
—Você pode, por favor, abaixar o tom de voz? Não estamos sozinhos aqui. - digo tentando acalmar a situação e me aproximando dele.
Kyle está parado em frente a cama,sua respiração está ofegante e ele me olha extremamente sério com as duas mãos ao lado do quadril.
—Eu estava no aeroporto procurando um café para tomar e alguém esbarrou em mim, derrubando café na minha roupa. Era o Matt.
Kyle dá uma risada de deboche.
—Mas é claro...
—Shh. - o interrompo e jogo meus braços ao redor de seu pescoço. - Ele pediu desculpas e eu fui comprar meu café. Ele se ofereceu pra pagar e eu deixei porque afinal, ele tinha derrubado café na minha roupa. Foi só isso Kyle. - murmuro calmamente.
Seus olhos verdes me fitam com demasiada intensidade e, se ele não desviar logo o olhar, minha calma fingida irá por água abaixo.
—Não sei o que Matt te contou e nem sei o porque diabos ele ligou para você já que vocês não estão se falando, mas acho melhor você controlar seus nervos porque não estamos sozinhos.
Continuo fitando seu rosto intensamente. Observo dando pulos de alegria por dentro que Kyle relaxa um pouco.
—Por que ele te ligou, afinal? - tiro os braços de seu pescoço e sento-me na cama.
—Para falar de um show daqui algumas semanas. Iremos abrir o show do The Neighbourhood.
Arregalo meus olhos e cubroinha boca com as mãos.
—O quê?- pergunto exclamando. -The Neighnourhood.
—Sim. - ele assente. Sei que é algo grande para eles, mas Kyle não quer dar o braço a torcer e abandonar a carranca.
—Isso é ótimo, Kyle! Nossa!
Ele assente novamente fitando o chão.
—Espero que vocês parem com essa idiotice e vão se apresentar no show, como uma banda boa que vocês são. Nunca vou perdoar você se você não for.
Kyle me olha e revira os olhos mas sorri. Vem e se senta na cama ao meu lado.
—Será que você consegue fazer eu conhecer a banda? Já pensou? - dou risada animada.
Kyle sorri de lado.
—Quem você vai querer ver? Se decide. Ou eu ou o tal do Rutherford.
Não consigo conter o riso.
—Não faça eu escolher. Sinto em lhe informar que provavelmente você sairá perdendo.
Kyle finge estar ofendido e eu sorrio.
—Olha, - pego sua mão. - não faça isso. Está claro que Matt quis te atingir de alguma maneira. Só... segure as pontas, tudo bem? Hoje é o dia de Ação de Graças e amanhã já estaremos indo embora. Vamos dar ao seu pai e a nós mesmos boas lembranças desse dia, tudo bem?
Kyle suspira e passa a mão pelis cabelos vermelhos.
—É, acho que você tem razão.
Balanço a cabeça em modo afirmativo.
Kyle e eu descemos depois disso e durante todo o dia não tivemos que nos preocuparmos com nada, o que foi ótimo. Eu estava completamente exausta de brigas. Chloé e Kyle até deram risada juntos o que também foi gratificante de se ver. Na hora do jantar, todos em volta da mesa, ouvimos os agradecimentos de todos. Eu fui grata por estar ali com eles. Apenas disse isso. Foi a única coisa que me veio a mente.


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Notas finais do capítulo

E aí, vocês estão aliviados assim como a Alice? KKKKKKK. Acho que sim né.
Olha, eu tô bem ansiosa para o término dessa segunda temporada. Acho que é algo que vocês não estão esperando... Já comecei a escrever a terceira e os dois primeiros capítulos já foram um caos. #QuerendoMatarVocêsDeAnsiedade #SorryNotSorry.
Enfim, amo vocês e os espero no próximo capítulo.
Beijos,
Lê.