Agora e para Sempre escrita por Nadaluvia
Notas iniciais do capítulo
Nada de Hot prometo. Esse pode ler com confiança. Rsrs.
Espero que gostem...
Acordo sem Arthur ao meu lado. Tomo um banho e visto uma roupa simples, que Deborah emprestou.
Espero encontrar todos na cozinha mas apenas Arthur esta, preparando algo no fogão.
_Bom dia.
_Bom dia. - diz sorridente.
Sua roupa esta toda suja de farinha.
_onde esta o pessoal?
_foram dar uma volta. Você não acordou a tempo então ficamos pra trás.
_é que a noite de ontem me esgotou. - ele ri, balançando a cabeça desaprovando.
_você não tem jeito mesmo. - rimos e eu lhe dou um selinho.
_o que esta fazendo?
_panquecas.
_uau, alêm de romantico, gato, inteligente e gostoso, ainda sabe cozinhar!. Tenho o namorado perfeito.
Sorri.
_sou o cara dos sonhos. - pego uma maçã na prateleira.
_ego grande não combina com você. - ri. - eai, já sabe qual faculdade seguir?
_por que a pergunta?
_ah, sei lá. Eu apenas estive pensando.
_Medicina. - faço uma careta.
_Medicina? Tem certeza?.
_tenho. Por que?
_não combina com você. Pensei que quissese ser Cientista ou Engenheiro.
_só por que sou Nerd?. Na verdade, quero seguir esta carreira porque quero descobrir Curas.
Meu corpo fica tenso.
_não faça isso.
_o que?
_não mude sua vida por minha causa.
_Helena não é por sua causa...
_claro que é Arthur. Você quer descobrir a minha cura.
_sim. E quero ter tempo o suficiente para conseguir isto.
_não. Arthur, você não vê? Eu vou morrer, pra quê continuar com isso?
_você não vai morrer.
_claro que vou. E quando acontecer, não podera fazer nada contra. - dou uma mordida na maçã.
_não diga essas coisas. - fala chateado.
_é a verdade. Logo, Logo terei um lugar já ocupado no cemiterio da cidade. - solto um riso, achando graça do humor negro.
Seu rosto fica serio e ele me encara.
_não seja egoista.
_egoista?. Eu estou sendo realista.
_não. Todos estão fazendo o possivel para que continue aqui, mas parece que você quer ir. Quer morrer logo.
_essas coisas demoram Arthur. Não quero passar 10, 15 anos tendo a mesma rotina. Quimio, Hospital. Quero que esse sofrimento acabe logo.
_e eu? Acha que eu quero isso?.
_Arthur são coisas diferentes. Você não esta na minha pele.
_e você não esta na minha. Ver a sua namorada, o amor da sua vida, passar por tudo que ela passa. Sei que não é motivo mas eu tambem sofro.
_vocês insistem em me querer aqui. A qualquer momento eu explodo, Arthur. Todos ao meu redor vão sentir a consequencia de terem se aproximado afetivamente de mim. Eu sou uma bomba!
_e eu estou disposto a mudar isto. Farei de tudo para que continue aqui.
_o que por exemplo?. Transar, me dar carinho e fazer panquecas pela manhã?. Eu vou morrer do mesmo jeito. Se contente com isso! - berro.
_mas eu não vou!. Eu sou teimoso demais para deixar que a minha namorada, a pessoa que eu escolhi para futuramente ser mãe dos meus filhos, morra por causa da droga de um cancêr! - vocifera, com um tom bem mais alto que o meu.
Seu rosto esta vermelho de raiva.
_eu não quero que sofra Arthur. Não entende?. Quando chegar o dia, nada nem ninguem poderá mudar. Minha vontade era de terminar tudo agora. Quebrar o contato e mudar de país, mas eu te amo muito para não conseguir passar o resto dos meus dias longe de você. - já estou chorando, apontando o dedo em direção ao seu peito.
Nossos rostos estão a centimentro de distancia. Ele apenas me avalia.
_sei que pode parecer egoismo meu, mas quanto mais rapido for, menos dor causará.
_Helena... - é interrompido pelo riso de nossos amigos.
Param ao nos ver ali naquela situação.
_o que esta acontecendo?
Me viro e saio dali com as lagrimas rolando rapidamente pelo meu rosto.
Entro no quarto e pego minhas roupas.
_hey, o que foi? - pergunta Gabi entrando no quarto seguida por Deb.
Me sento no chão, encostada na perna da cama.
_Arthur e eu transamos.
_serio? - pergunta a irmã, feliz
_mas não é por isso que estou assim.
_e por que esta assim?
_ele não quer que eu morra.
_ninguem quer que você morra, Lena. - diz Gabi.
_o problema é que... Eu quero isso. Tudo o que eu quero é acabar com isso logo.
_entendemos o lado dele.
Batem na porta e Arthur entra.
As meninas afagam minha cabeça e saem nos deixando sozinhos.
Se senta ao meu lado, olhando para o mesmo ponto que eu. A parede de madeira que parece bem mais interessante que a cara dele no momento.
_sabe, a 1 ano atrás eu não me importaria com nada disso. Mas agora é uma dor pensar em você morta.
Não digo nada.
_será que pode aguentar mais um pouco? Por mim.
Segura em minha mão e a acariscia.
O olho.
Lacrimas enchem seus olhos e uma escorre por sua buchecha.
Correspondo ao carinho e ele se aproxima juntando nossos labios em um beijo delicado e cheio de paixão.
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