BRUNO FERREIRA

—vai querido, já esta atrasado. - minha mãe me empurra para dentro da escola.
—eu tenho 20 minutos atê a aula mãe.
—mas é seu primeiro dia, tem que ser pontual.
—ok, mãe. Já pode ir embora.
Me dá um beijo na buchecha.
—bos sorte, filho. - fala meu pai, antes de irem. Reviro os olhos e entro no patio, observando o local.
Muita gente. O que me chama a atenção é duas mesas dali.
Uma delas é dourada. Provavelmente a assenção da escola. Os avalio:
Uma garota de cabelos vinho, se senta em cima da mesa, enquanto conversa com uma garota delicada de cabelos lisos. No banco, uma garota linda, loira, mexe no celular. Ao seu lado um casal discreto se olham apaixonados mas sem demonstrar intimida.
Na outra mesa tem duas garotas mas só uma delas me chama atenção. Labios vermelhos, cabelos castanhos escuro, corpo escutural, sorriso sedutor. A olho por um bom tempo, atê que o sinal bate e uma multidão me empurra para fora.
Minha primeira aula começa em 2 minutos, então me apresso em pegar minhas coisas. Na sala, a garota de labios vermelhos, me olha e sorri.
—bem vindo, novato. - fala quando passo.
Me sento na ultima carteira e recebo um aceno da garota loira. Sorrio e aceno de volta. Ela apenas ri e volta a prestar atenção na aula.
As aulas passam demoradamente mas finalmente chega a hora do intervalo.
Saio e me escondo em uma das mesas do fundo.
Um grupo de nerds vem me comprimentar e eu respondo com educação. Por fim, a garota loira vem falar comigo.
—olá. - oferece a mão e eu a aperto. - eu sou a Helena. Prazer.
—Bruno.
—de onde vem?
—Holanda.
—Holanda? - pergunta confusa.
—eu nasci aqui mas fui criado lá.
—eu sou do grupo dos populares. Se quiser conhece-los.
—ah, não. Dispenso, obrigado. É você a rainha da escola?
Sua bochechas ficam vermelhas.
—eu já fui, mas... não sou mais.
—por que?. Você é tão bonita e tem o naipe de patricinha. Com todo respeito, claro.
Solto um riso.
—é eu sei. Fui popular por 5 anos. Já acabou meu tempo.
—pelo que percebi não foi por que você quis, certo?
—certo. Bem, é uma longa historia.
Estou disposto a ouvir esta longa historia.
—tudo bem. Quem é aquela? - pergunto, apontando para a garota dos labios vermelhos.
—ah. - revira os olhos. - é a Nathalia.
—o que há de errado?
—bem ela é o demonio em pessoa. O aconselho a não se meter com ela.
—por que?
—a escola esta dividida em duas. Time Nathalia, time Deborah.
Mostro a garota.
—e o seu time?
—todos da escola me odeiam. Digamos que eu era meio má, na epoca em que reinava.
—acredito. Mas você não é mais. Por que eles ainda te odeiam?
—você só sabe da metade. Ainda tem muito o que aprender.
—estou disposto a aprender.
—sei disso. Quer se sentar conosco?
—não. Obrigada. Estou bem, aqui.
—por favor. Prometo que te conto a historia inteira.
Penso um pouco.
—promete mesmo?
—prometo.
Me levanto junto a ela.
Nos aproximamos da mesa.
—esta é Deborah, a atual rainha da escola. - me reverencio para a menina de cabelos vinhos os fazendo rir. - esta é Selena, minha meia-irmã. - aceno para a garota delicada. - Guilherme, meu irmão gemeo.
—bem vindo, cara. - batemos as mãos.
—e esta é Gabi, minha melhor amiga.
Aceno com a cabeça.
—então essa é sua realeza?
—exatamente. - sorri.
—agora comece a me contar a historia.
Nos sentamos naquela mesa mesmo e todo o grupo começa a me contar sobre quando ela era popular e inventou uma regra barrando os nerds de viverem, e quando se relacionou com um deles, Arthur acho. Deborah me contou sobre a votação e sobre Arthur ir embora para o Canadá.
—... e ele foi deixando ela triste, depressiva e sozinha aqui. - termina Deborah.
—hey! Eu não estou depressiva, triste e nem sozinha.
—aposto que quando ele foi embora, você se trancou no banheiro, pegou uma lamina e começou a cortar este lindo bracinho.
—nada disso. E eu terminei com ele. Foi por isso que foi embora. - fala orgulhosa.
—não. Ele foi embora por não aguentar mais Abigail. - o grupo todo ri, e eu fico ali com cara de bobo.
Aponta para a garota ao lado de Nathalia.
—o que tem ela?
—tambem é ex do Arthur.
—ele podia ser Nerd, mas pegava cada gata... - falo, pensando alto.
Todos ri, menos Helena que esta sem graça.
—perdão, foi...
—não, tudo bem. Foi um elogio, não?
—com certeza. - sorri.
—bem, esta escola tem historia.
—e você já escolheu seu espaço?. Quer ser popular ou plebeu?.
—nenhum dos dois. Quero ser normal.
—normal é uma coisa que não existe nesta escola.
—quero ser a pessoa que será normal da escola.
—otimo. Temos um normal aqui. - fala Helena, sorrindo.