Nos Dias de Tedio... escrita por blackicefox


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

o 4° cap da fic, como vcs já viram.



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Eu andei por umas 2 horas, mas como aqui no mundo de minecraft o tempo passa voando, já estava no meio do dia. Eu iria continuar caminhando se um cara usando uma armadura de ferro não tivesse me parado perguntando:

—ei, você sabe se tem monstros pelas redondezas? Eu estou patrulhando a cidade, por isso preciso me livrar deles rápido.

Então ele era de uma cidade? Bem, eu inventei uma desculpa bem bolada pra ele me levar até lá:

—bem, atualmente, eu estou perdido. Se você puder me levar até a cidade eu agradeceria.

Ele concordou em me levar até a cidade, no caminho, eu decidi fazer uma pergunta:

—por que você se tornou um vigia?

Ele respondeu:

—pra vingar a morte do meu amigo Marcus, ele morreu com uma flecha na cabeça enquanto fazia uma escolta.

“É, a flechada fui eu que dei.” Não era a melhor coisa pra se falar, então eu escolhi outra:

—malditos esqueletos machos, sempre com uma mira muito foda.

Eu me elogiei do jeito mais like a boss possível, sou um mito.

Mas o cara olhou pra mim e perguntou:

—e qual a diferença de um esqueleto macho pra um femêa? Tipo, são esqueletos.

Eu olhei pro cara e respondi:

—ah rapaz, você ainda não viu nada do mundo.

Ele continuou estranhando, mas me levou até a cidade. Assim que chegamos, ele voltou pro trabalho, mas como eu sou alguém esperto, eu falei que eu tinha visto uns monstros na direção contraria a casa da Cupa.

Eu andei por aquela cidade, parecia mais um reino pra ser preciso, tinha um castelo e tudo mais...

Eu fui até uma feira de frutas comprar uma maça, mas quando eu ofereci o dinheiro que eu usava no meu mundo, o cara arregalou os olhos. Eu deduzi que valia muito, eu peguei uma moeda do valor mais baixo e disse:

—eu quero o máximo de maças que isso pode pagar.

O cara me deu um pack de maças, e tipo, eu dei uma moeda que vale 2 centavos...

SINTAM O PODER DO PROTAGONISMO, MEROS FIGURANTES!!!!!!!!!!!

Eu fui primeiro em uma loja de ferramentas, lá eu comprei uma espada de ferro e uma picareta de ferro também, eu aproveitei e comprei luvas de couro na loja do lado. Nisso, já tinha gente vestida igual pastor de olho gordo em mim.

E advinha? Um desses pilantras foi até mim e falou:

—se queres a benção divina para tu e teus filhos, necessitas fazer uma doação a igreja. Eis a palavra de gLorry. Akubar!

Todos lá presentes se curvaram e disseram Akubar, mas claro, eu não.

Eu fiquei um pouco em silencio olhando pro cara, depois perguntei:

—você acha mesmo que eu caio num truque desses?

O padre ficou irritado e falou:

—como ousas profanar o nome de gLorry tão vagamente? Pois bem, deves ser novo em nossa cidade, gLorry pode perdoar aqueles que não tem conhecimento sobre sua seita. E para que sejas abençoado, faças uma oferenda para gLorry, apenas assim seus pecados serão lavados.

Eu sacudi a mão como se fosse dar tchau e disse:

—não cara, você não entendeu. Eu não acredito nesse tal de Gobly ou sei lá o que. Esse lance de extorsão não cola comigo. Agora se me da licença, falow, eu tenho outras coisas pra fazer.

Eu ia sair da loja, mas o cara entrou na minha frente e bateu com um livro provavelmente sagrado no meu peito.

Eu fiquei puto, pulei e dei um chute na bochecha dele, depois cai em pé e sai da loja soltando fumaça pela boca. odeio quando ficam me enchendo o saco depois deu já ter avisado que não iria fazer nada. eu tenho sérios problemas de paciência, mas é muito foda!

Dessa vez eu decidi ir em uma guilda ver como eu poderia ganhar mais dinheiro ainda, assim que eu cheguei lá, vi que a maioria da galera que estavam lá eram homens grandes, fortes e que pareciam macacos de tantos pelos espalhados pelo corpo, assim que eu entrei, todos olharam pra mim. E como sempre tem aquele cara engraçadinho, um cara levantou, parou na minha frente, virou pro pessoal e disse:

—parece que temos carne fresca hoje!

Todos riram, mas eu já estava lá com a balconista arrumando as coisas pra eu entrar na guilda, quando aquele cara que me chamou de carne fresca notou que eu já tinha desaparecido, um dos outros caras falou:

—parece que esse garoto te passou a perna!

Todos mundo começou a rir do cara, já ele começou a me procurar, quando me achou, foi até mim, me pegou pela argola da camisa e perguntou:

—seus pais não te deram educação criança? Quando estão falando com você, é pra calar a boca e escutar.

Eu dei um sorriso assustador, com os olhos arregalados e mostrando meus dentes mais afiados que o normal, depois falei com um pouco de assombração na voz:

—meus pais estão mortos e eu ainda não disse nenhuma palavra, parece que você é quem precisa de boas maneiras aqui.

É claro que eu estava mentindo, até porque, não tem como falar que eu vim de outra dimensão tem?

Mas voltando a conversa, meu tom de voz e minha cara assustadora fizeram o cara recuar um pouco e os outros ficarem em silencio, depois voltei com meu rosto normal e continuei a minha inscrição a guilda.

Pois é, aquele cara, pra não passar vergonha, falou:

—você tem bastante coragem pra sua idade, eu mesmo vou ter que te ensinar a lição não é mesmo.

Eu olhei pra ele de novo e disse:

—você deve ter duas vezes a minha idade, mas se quer apanhar tanto assim eu topo.

Ele ficou bravo e disse:

—seu verme insolente, acha que pode comigo!?

Eu já puxei o arco e mirei bem na cabeça dele, quando ele viu o arco, se assustou um pouco, mas quando viu que não tinha flecha, ele disse:

—isso era pra ser uma intimidação? Um arco vazio não me assusta-

Eu apenas atirei, a flecha apareceu e passou raspando na bochecha do cara, ai sim, todos lá tomaram um puta susto, eu ainda olhei pro arco e falei:

—fiquei tão vesgo assim? Tanto faz, da próxima eu acerto.

Eu dei mais uma moeda do valor mais baixo que eu tinha pra mulher do balcão, aquilo era o bastante pra pagar minha taxa de inscrição, depois ela me deu um cartão e disse:

—ok, vou explicar como funciona: quanto mais missões você completar, mais EXP você ganha, e com isso, você pode melhorar e aprender habilidades novas.

Interessante como funciona aqui, eu coloquei o meu cartão em um cristal e ele começou a jogar umas macumbas loucas, nisso aquele cara já tinha desistido de me encher o saco, o que foi bom, já que eu não estava afim de sair na porrada com todo mundo.

Depois que o cristal acabou de jogar macumba no meu cartão, a mulher pegou e olhou como ele ficou, e quando ela botou os olhos nos meus stats, ela arregalou os olhos e gritou:

—fora a sua taxa de regeneração, que é extremamente abaixo do normal, seus atributos de combate e magia estão extremamente altos! Mas o principal é o atributo de força de vontade, ele consegue ser mais alto que todos os atributos de todos na guilda juntos, incluindo as classes mais altas!

Todo mundo ficou parecendo que viu um fantasma depois disso, já eu fiquei de boa, até falei:

—não tinha como esperar menos do protagonista né?

A mulher não entendeu e perguntou:

—do que?

Eu respondi:

—nada. bem, eu vou lá pegar uma missão.

Eu fui até o quadro de missões e peguei uma aonde eu teria que levar uma super maça de diamante até o 1° ministro. A recompensa era bem alta até, eu peguei meu cartão e sai da guilda.

Enquanto eu caminhava, eu lembrei de uma coisa: eu nunca tinha aberto o meu inventario.

Eu tentei de todas as formas abrir o inventario, eu passei a mão no vento de cima pra baixo, de baixo pra cima, eu olhei pro meu bolso pra ver se ele estava lá, mas só encontrei aquele celular que eu tinha comprado.

Eu tinha esquecido dele, mas sorte que eu já passei todas as musicas do meu antigo celular pra esse antes de entrar nessa dimensão, eu peguei o celular, peguei os fones de ouvido que estavam com ele, eu passei eles por baixo do meu moletom e coloquei nos ouvidos, depois coloquei uma musica que eu não lembro o nome, mas acho que é alguma coisa com “doesn’t mind” no final e dei play.

Acho que ninguém lá viu alguém usando fones de ouvido, mas se bem que foi bastante sacanagem eu não ter pego um mais discreto, eu estava com aqueles fones de ouvido que a gente usa no pc, era um fone preto com o desenho de um gráfico azul escuro com azul claro.

Depois eu voltei a fazer o que eu estava fazendo, e provavelmente continuaria passado vergonha se uma garota de cabelos rosas não tivesse me perguntado:

—o que você está fazendo? Tentando abrir o inventario?

Eu respondi:

—mais ou menos isso.

Ela deu uma risadinha e perguntou:

—qual é, é serio que você não sabe?

Por um segundo eu vi um reflexo da Mangle naquela garota, mas tentei ignorar e responder sem parecer tão chocado assim:

—se eu soubesse, eu não estaria aqui me fazendo de trouxa estaria?

Ela deu mais uma risadinha e falou:

—apenas fale “inventario”, é assim que funciona.

Eu coloquei as duas mãos no rosto, abaixei a cabeça e disse:

—como que eu não pensei nisso?

Depois voltei ao normal e falei:

—inventario

Apareceu o meu inventario bem na minha frente, lá tinha uma espada de ferro, uma de pedra, uma picareta de ferro, outra de pedra, um machado de pedra, o arco que a Skelly me deu, um pack de maças e aqueles tênis com rodas que é rápido que é o demônio  e aquelas luvas de couro.

Eu peguei as luvas de couro enquanto falava:

—é aqui aonde elas foram parar.

Eu coloquei as luvas de couro, fechei o inventario falando “inventario” de novo, olhei pra garota e falei:

—obrigado por me ajudar, qual o seu nome?

Ela respondeu:

—Inori, e o seu?

Eu: Saito.

Inori: eu estava na guilda e vi como você ágil com aquele veterano. Foi assustador, ele tem um rank bem alto lá e é bastante respeitado entre os membros.

Eu: serio? Ele nem me pareceu grande coisa assim, estava mais pra um garoto mimado.

Inori: err... Saito?

Eu: se eu bem me recordo, esse é aqueles momentos em que eu olho pra trás e vejo que o cara está atrás de mim né? Então vou aproveitar até a hora de olhar pra trás. Ele era um merda, só falava. Ele teve sorte que eu deixei ele sair sem ferimentos mais graves que um corte, é bem provável que eu arrebentaria ele. Pronto, agora eu vou olhar pra trás, e quando ele começar a falar, vamos sair correndo daqui.

Eu olhei pra trás e advinha? Isso mesmo, ele estava lá. Ele ia falar uma coisa, mas eu já peguei a mão da Inori e sai correndo de lá, deixando ele igual um trouxa falando sozinho.

Depois que pegamos uma bela distancia, eu comecei a dar risada enquanto falava:

—esses clichês nunca perdem a graça!

A Inori também estava rindo, depois que paramos, ela perguntou:

—mas... você quer ser meu parceiro? Ouvi dizer que parceiros podem fazer dinheiro mais rápido.

Eu respondi na hora:

—ok, por que não?

Ela ficou surpresa e disse:

—serio? Eu tinha certeza que você recusaria fazer parceria com alguém fraco...

Eu apenas disse:

—mas se você perguntou, quer dizer que ainda achava que tinha chance não? Se fosse o meu caso, se eu tivesse certeza, nem iria perguntar. Mas e ai? Eu tenho a missão de fazer uma maça de diamante, vamos aonde primeiro?


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Notas finais do capítulo

"cliches nunca perdem a graça", e é por isso que são tão usados.



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