O maior Pirata de Neitherworld escrita por Auntie Lydia


Capítulo 1
Introdução


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Então, esse primeiro capítulo da aventura louca que Beetlejuice e Lydia vão se meter. Como diz o título do capítulo, é mais uma introdução para quem não se lembra ou quem não conhece os personagens, entenderem como eles são.
Beetlejuice é um fantasma/ poltergeist que é odiado por todos os habitantes de Neitherworld [quase um mundo dos mortos], a única pessoa viva ou morta que consegue atura-lo e gosta de sua companhia é Lydia. No cartoon, ela era uma criança de 13 anos. Agora na minha história ela já é adulta com 22 anos de idade. Ele tem uma maldição que só consegue sair para o mundo dos vivos se alguém o chama pelo nome 3 vezes, e esse alguém é sua melhor amiga, Lydia.
Ele também tem poderes, que ele mesmo o chama de juice.
Adora fazer trocadilhos e como vocês puderam notar, o juice dele faz com que as coisas aconteçam ao pé da letra sem ele controlar.
Para quem não lembra do cartoon, fica aqui a abertura:
https://youtu.be/nfmypNd59no?t=22s [se não começar em 0:22 pule pra esse tempo.]



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Uma mulher jovem de pele pálida usando um grande chapéu preto e um vestido sem mangas que ia até um pouco acima de seus joelhos estava andando por um parque. Parecia que havia saído de um conto de horror.
Não era feia ou assustadora, pelo contrário, tinha um ar matador ao redor dela, com uma beleza exótica. O tipo de mulher que apenas alguns rapazes apreciariam, por ser diferente.

Ela tinha cabelos castanhos, bem escuros, que qualquer um que visse, diria que eram da cor do petróleo, mas o brilho do sol revelava sua verdadeira cor. Seus olhos eram castanhos escuros, mas tinham um brilho diferente, não era um brilho comum, assim como sua aparência, era um brilho exótico que poucos podiam decifrar.

Era uma mulher linda e jovem, com seus 22 anos de idade. Seu nome era Lydia Deetz.

Lydia carregava uma câmera pendurada em seu pescoço, e de vez em quando, quando achava algo de seu interesse pelo parque, parava para tirar algumas fotos. Ela havia acabado de sair de sua aula na faculdade de fotografia e estava indo para casa, aproveitando para fazer um caminho diferente de seu percurso diário.

Caminhou até uma pequenina lagartixa que se misturava com a cor do tronco de uma das árvores. Com o máximo de cuidado possível, se ajoelhou na grama e se aproximou com sua câmera, já com seus devidos ajustes. Seu maior medo no momento era fazer algum barulho que pudesse assustar a pequena lagartixa.

Prendeu sua respiração para dar o primeiro disparo, olhou para o display, a foto estava quase perfeita, ainda um pouco clara demais. Decidiu rapidamente aumentar a abertura e então voltou a posição, respirou fundo e prendeu a respiração por alguns segundos e junto com o clique uma voz alta começou a falar:

— Hey Babes!!! – a voz vinha de sua bolsa, e Lydia não conteve um breve susto após o disparo. Estava extremamente concentrada.

— Agora não, Beej! Estou tentando tirar a foto dessa... – Já voltando a sua posição, sua voz foi interrompida pelo simples fato da lagartixa não estar mais lá. Sua expressão se transformou em preocupação.

— Dessa o que? – a bolsa começou a se mexer sozinha e sacudir levemente – Vamos lá, não me deixe curioso assim! Você sabe que eu odeio isso.

Sem responder ela continuava mexendo na câmera, estava com a última foto em seu display, dando zoom para ver se havia foco ou se pelo susto, ela tinha chacoalhado a câmera. Por sorte, a foto estava perfeita. Ela poderia fazer outros testes, mas só de ter pelo menos uma foto boa, já trouxe um sorriso em seu rosto.

— É que antes de você assustar ela, eu estava tentando tirar uma foto. – olhou para os lados, certificando-se que ninguém passava por ali e mostrou para sua bolsa a foto no display da câmera.

— Wow ,Babes! Essa foto está incrível! – disse a voz, animada. A bolsa agora tinha olhos, nariz e uma boca, com dentes que poderiam ser descritos como quase esverdeados, e totalmente tortos. – Mas... – fez uma pausa rápida, mudando o seu tom – por acaso essa sua ‘amiguinha’ não comeu nenhum dos meus besouros, né?.

— Não, Beetlejuice. – ela riu.

— Bom, não quero mais concorrentes quando estiver caçando minhas refeições. – mais uma pausa, agora os olhos da bolsa encaravam Lydia suplicando-a. – Que tal você falar mais duas vezes e me tirar daqui?

— Claro, mas... O que eu ganho com isso? – levemente colocou as mãos na cintura, erguendo uma das sobrancelhas.

Beetlejuice ergueu a sobrancelha.

— É sério isso? Bem, você vai ganhar uma tarde com o maior fantasma de todos. – com um sorriso convencido ele continuou – Sabe, muitas pessoas morreriam para passar um tempo comigo. – ele piscou de uma forma safada.

Morreriam passando um tempo com você, eu imagino o por quê. – ela revirou os olhos, contendo uma risada e cruzando seus braços.

Antes que Beetlejuice pudesse retrucar, Lydia continuou.

— Beetlejuice, Beetlejuice!

Uma fumaça brilhante apareceu no lugar, tão densa que quem passasse por lá, mal conseguiria ver que Lydia estava sentada. Nem ela mesma conseguia ver mais o caminho do parque.

Ela se posicionou para levantar, quando uma mão tão pálida quanto a dela, com a ponta dos dedos em um vermelho escuro se estendeu dentro da fumaça. Sem hesitar ela segurou na mão, era totalmente fria, e se levantou com sua ajuda.

Antes que largasse a mesma para ajeitar o vestido, a mão a puxou para dentro da fumaça e o corpo de Lydia encostou ao corpo da figura. Aos poucos a fumaça ia embora e se revelava um homem, um pouco mais alto que ela e com aparência fantasmagórica. Ele tinha cabelos loiros esbranquiçados bem bagunçados e quebradiços, que iam até quase os ombros. Seus olhos eram levemente amarelados, suas bordas eram alaranjadas e antes que chegasse em suas pupilas, a sua cor se tornava branca.

Ele usava um terno listrado, branco e preto com listras largas, uma gravata preta, camisa por baixo do terno na cor magenta, e sapatos pontudos e levemente curvados.

Lydia sentiu a outra mão dele se posicionando em volta da sua cintura. Seus olhos caminharam até o encontro dos dele. Havia um sorriso malicioso em seus lábios, revelando seus dentes tortos.

— E qual seria esse porque que você imagina, Babes? – seu rosto se aproximava do dela e ela rapidamente colocou a mão em seu rosto, rindo e o empurrando.

— Porque só um louco pra passar o dia todo com você ao lado. – apesar de ligeiramente vermelha ela virou as costas e começou a seguir seu caminho. Queria evitar que ele a visse com suas bochechas vermelhas.

Com uma cara de tédio após o empurrão, Beetlejuice, olhou Lydia caminhando, seus olhos analisaram o corpo da moça e um leve suspiro saiu entre seus lábios que voltaram a sorrir de canto. – Você cresceu tão rápido...

Ele olhou pros lados, ninguém por perto, então começou a flutuar até ela, praticamente deitado olhando o céu e com as mãos atrás da nuca.

— Então, está dizendo que você é louca? – ele sorriu pela própria resposta sagaz.

—Não! Quero dizer, hm, não! – ela fez uma pausa confusa, ele a pegou dessa vez. Ela suspirou rindo e deu de ombros – Bem, talvez eu seja, não é mesmo?

— Eu acho que é. – ele piscou pra ela e voltou a andar, colocando suas mãos no bolso.

— Mas então, o que queria naquela hora? – ela pegou a câmera de seu pescoço e começou a ver as fotos do dia. Não faltava muito até chegar em sua casa.

— Ah, Neitherworld estava bem tedioso, então pensei: “Vou fazer uma visita para minha gata.” E aqui estou.

Lydia ficou sem saber o que dizer, a palavra ‘minha’ na frase de Beetlejuice tinha um efeito estranho sobre ela. Quando ela era mais nova, o máximo que ele dizia usando essa palavra era ‘minha melhor amiga’. Nos últimos anos, ele tem usado mais as palavras “minha” e “gata” na mesma frase. Ela chacoalhou a cabeça tentando afastar esses pensamentos.

— Está tudo bem? – ele ergueu a sobrancelha encarando ela.

— Oh sim, comecei a pensar nos trabalhos da faculdade, e me distrai, desculpa. – seus olhos mais uma vez encontraram os dele. – Pode continuar, BJ.

— Então, como eu estava dizendo, lá estava um tédio, e lembrei que hoje era sexta-feira e você não tem faculdade amanhã. – ele pausou.

— Sim, e...?

— E pensei que poderíamos fazer uma sessão de filmes na sua casa, que nem fazíamos. – ele deu de ombros.

— Eu acho uma fantástica ideia. – Ela sorriu e eles já estavam na porta do apartamento dela. Ela caçou a chave na bolsa e abriu a porta. O prédio não era grande, deveria ter 5 ou 7 andares. As portas de entrada eram de aço, enormes e rústicas com vidro nelas. Assim que entraram se revelou uma escadaria enorme e escura.

O prédio era antigo o suficiente para não ter um elevador. Também não moravam muitas pessoas ali, no máximo mais 5 moradores.

— Você tem algum filme em mente? – ela perguntou, subindo o primeiro lance de escadas.

— Bem, tem aquele filme de piratas que você me falou uma vez. Acho que assistimos o primeiro a muito tempo atrás.

— Piratas do Caribe? – ela riu.

— É, algo assim.

— Sua memória está ruim, Beej. – ela sorria enquanto subia o segundo lance de escadas chegando ao primeiro andar. O primeiro lance de escadas apenas revelava um corredor imenso e escuro, sem apartamentos.

— Eu tenho mais de 600 anos, não espere que eu lembre de todos os detalhes da minha pós-vida, babes. Não tenho memória de elefante. – ao acabar de dizer, sua cabeça virou a cabeça de um elefante, ainda com os dentes tortos e os olhos fantasmagóricos. Lydia não conteve a risada.

— Estou com fome. – ele estalou os dedos e um saco de amendoins apareceu na mão dela.

Sem precisar pedir, ela colocou um amendoim perto da tromba dele, que quase que instantaneamente foi sugada. E igualmente foi cuspida por ele.

— Urg! Não, definitivamente não. – estalou os dedos novamente e outro saco apareceu na outra mão de Lydia, mas dessa vez cheia de besouros.

— Er, eu acho que você consegue comer sozinho, Beej. – ela colocou o saco com besouros na mão dele e novamente ele deu de ombros.

— Não sabe o que está perdendo. – ele colocou a tromba dentro do saco e sugou todos os besouros quase que de uma vez e os mastigou.

— Eu prefiro ficar sem saber. – ela fazia uma cara de nojo enquanto comia um amendoim. Por mais acostumada que ela esteja com Beetlejuice e suas refeições, elas sempre seriam nojentas pra ela.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, por favor, comentem se curtiram. :D



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