Alvo Potter e a Sala de Espelhos escrita por Tiago Pereira


Capítulo 8
Capítulo 8 — Os astros dizem que sim


Notas iniciais do capítulo

BOA TARDE, GENTE! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
CHEGAMOS À MARCA DE 50 COMENTÁRIOS! Muito obrigado por fazerem parte deste projeto, vocês são incríveis! A fanfic cresce todos os dias e já até ultrapassamos MIL VISUALIZAÇÕES.
Well, agora que passamos da parte em que o Alvo foi selecionado, hora de conhecer um pouco da rotina da nossa Criança Amaldiçoada. E, assim como vocês, a primeira semana de aula não teria como ser pior.
LEIA AS NOTAS FINAIS!!!
Boa leitura!



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OS ALUNOS FICARAM ESTARRECIDOS. A pronúncia do Chapéu Seletor soou como um canto angelical nos ouvidos de Alvo. Extremamente aliviado, ele arranjou um espaço na mesa ao lado de Wayne e dos novos companheiros. Mãos e mais mãos foram esticadas e Alvo fez questão de apertar uma a uma de maneira categórica, mesmo que grande parte fosse de seus primos.

— Parabéns, Al — dizia Molly.

— Parece que você não é tão sonserino quanto imaginei — debochou Tiago.

— Eu sempre disse que ele era um dos nossos — bajulou Roxanne.

Quando a euforia foi contida e Alvo cumprimentou a todos, Ravi Thomas e Phillip Tyler já tinham sido selecionados, um para a Grifinória e outro para Corvinal. Chegara a vez de mais um conhecido: Louis Weasley. O primo mal havia posto o chapéu na cabeça.

— GRIFINÓRIA!

Mais uma onda de aplausos e cumprimentos encheu a Grifinória, que havia conquistado seu oitavo estudante. Eram a grande maioria este ano, Alvo ouviu um aluno comentar. Rose fora chamada logo em seguida, respirando rapidamente, quase correndo para apanhar o chapéu. Assim como Alvo, recebeu um sorriso de alento do Prof. Longbottom. Era estranho chamá-lo assim, pensou. Rose se acomodou no banquinho e aguardou... e aguardou... e aguardou por um bom tempo.

Tiago, Alaric e Carl bocejaram em conjunto.

— Poderiam tirá-la de lá, que acham? — resmungou Carl.

— Nem todo mundo é como sua prima, Carl — replicou Alaric.

— Não mesmo! Tem sempre um mané, como o Alvo, que fica mais de trinta segundos com aquele chapéu na cabeça — disse Tiago.

O Chapéu Seletor entoou:

— GRIFINÓRIA!

— Finalmente! — exclamou Tiago erguendo os braços. Puxou um relógio de bolso das vestes. — Dá para acreditar que ela demorou quase sete minutos?

Sem mais nenhuma preocupação, Alvo apertou a mão da prima energicamente, que se espremeu ao seu lado. Finalmente o garoto reparou na Mesa Principal. Hagrid estava na extremidade esquerda, acenando discretamente para ele, Tiago e Rose. Perto de Hagrid haviam outros professores: alguns conhecidos das histórias dos pais, como o Prof. Flitwick, outros desconhecidos, como um velho de óculos pequenos e redondos, que repousava a mão num cajado. Lembrava um rottweiller raivoso. 

Havia também a professora que erguera a taça para Emily Aingremont, sentada a umas duas cadeiras da Profa. McGonagall. Tinha um ar poderoso com seus cabelos amarrados com um nó na nuca e seus olhos âmbar penetrantes. Ela se deparou com Alvo olhando-a e o menino desviou rapidamente para os outros professores.

Entre uma bruxa robusta e o Prof. Flitwick, Alvo teve a infelicidade de apreciar a presença da professora de Adivinhação — a mesma pessoa que prevera uma série de desgraças para o seu ano. Para não chamar a atenção, ele voltou seus olhos para o resto da cerimônia.

Assim que Richard Zabini foi selecionado para a Sonserina, o Prof. Longbottom enrolou o pergaminho e recolheu o Chapéu Seletor. Alvo se remoía por dentro, sua barriga roncando como a moto de seu pai. A lembrança da noite não melhorou muito o seu estado. Não tinha comido tanta coisa quanto imaginava, os docinhos do trem pareciam ter sido engolidos há anos. A Profa. McGonagall se levantou de sua cadeira de espaldar reto e os alunos se silenciaram.

— Sejam bem-vindos a mais um ano letivo em Hogwarts. Imagino que todos estejam com muita fome, por isso, sem mais delongas, bom apetite.

Ela ergueu sua taça, que se enchera magicamente com água de Gilly. Alvo, boquiaberto, sentiu o estômago dar mortais quando o odor de batatas fritas inundou suas narinas.

— V-Você viu, Rose?

— Vi o quê? Fish and chips, Al?

— Oi? — Alvo se virou para a prima e encontrou a mesa repleta de todas as iguarias possíveis. Travessas de presunto e bacon, molheiras com creme de leite em um grosso e cheiroso molho branco e pilhas e mais pilhas de comida.  Rose já estava se servindo com peixe empanado e batata frita. — Wow! Como isso apareceu aqui?

— Magia, ué — respondeu Wayne ao engolir uma bocada de purê com ervilhas.

— Não foi nesse sentido — disse Alvo, mas ninguém o ouvia. Os pratos estavam cheios de comida e o garoto não perdeu tempo: serviu-se com rosbife, pudim de carne, salsichão e ketchup. A combinação era estranha, mas o gosto divino. — Prove um pouco desse roast beef, Wayne.

Alvo estava faminto — talvez pelo alívio que sentia. Olhava para todos os lados e via os alunos novos engajando-se em uma conversa amistosa. Eles riam e contavam suas histórias, com exceção de Louis, que cortava sua torta de carne e mergulhava no purê de abóbora com um ar de tristeza.

— Louis, experimente um pouco desse salsichão. — Alvo cortou uma metade e colocou no prato do primo. — Vamos, anime-se.

— De fato, anime-se, meu jovem — disse o fantasma de meiões, observando Alvo e Louis, deprimido. — Isto parece estar gostoso.

— Pode comer a outra metade — ofereceu Alvo.

— A minha metade também — disse Louis.

— Não posso comer, Alvo Potter. — O fantasma sorriu amargamente. — Fantasmas não precisam comer, mas, tenho que admitir sinto falta de saborear os legumes cozidos, a uva-do-monte... Não como há mais de cinco séculos! Conto isso todos os anos aos alunos novos...

Alvo largou o garfo no prato, fazendo ecoar um tintilar. Quinhentos anos sem comer era muito tempo. Por um momento, as coxas de galinha não lhe apeteceram.

— Que engraçado, sei os seus nomes e vocês não sabem o meu. Perdoem-me. Cavalheiro Nicholas de Mimsy-Porpington a seu dispor. Sou o fantasma da Torre da Grifinória.

Fergus Finnigan, de boca cheia, intrometeu-se na conversa.

— É verdade que o senhor perdeu a cabeça?

Aborrecido, o bigode do fantasma trepidou.

— Por um centímetro de pele, não. — E puxou a orelha direita. A cabeça do fantasma girou e tombou no seu ombro, como se estivesse suspenso por uma dobradiça. — Isso já me rendeu muita infelicidade, se querem saber. Desde a época de seu pai, Alvo Potter, tento convencer Sir Patrício Delaney-Podmore a me aceitar na Caça Sem Cabeça.

Alvo inclinou a cabeça para conversar olho no olho com o fantasma. Esperava que não fosse apenas ele que estivesse sentindo náuseas em ver a cena. Nick deu uma risada contida e relançou a cabeça no eixo do pescoço.

— Espero que este ano vençamos a Taça das Casas. Ano passado, certos alunos — Olhou para Tiago, Carl, Alaric, Fred e Roxanne. — nos fizeram perder, mas acho que será diferente, estou muito confiante! A Lufa-Lufa ganhou ano passado e o Frei está ficando cada vez mais intragável. Na verdade, todos estão! Nem me lembro quando a Grifinória ganhou a última Taça das Casas.

Alvo visualizou a mesa ao lado, onde os lufanos comiam e conversavam com extrema felicidade. Os mais velhos ofereciam pedaços generosos aos novos moradores e faziam de tudo para que se sentissem bem. O frade gordinho contava piadas sobre um monge que comeu a parafina de uma vela pensando que era torrões de açúcar, arrancando risadas de quase todos. Um garoto observava Alvo com o olhar penoso, como se a sua presença o fizesse ter dores no estômago.

— Alvo — chamou Louis. — Seu queixo está sujo de molho.

Assim que todos terminaram de comer, os pratos tornaram a ficar limpos e brilhantes, como se nada tivesse acontecido. Alvo mal teve tempo de piscar e a sobremesa já estava servida. Blocos e mais blocos de sorvete, torta de maçã, crumble, bombas de creme, gelatinas, torres infindáveis de profiteroles, uma fonte que transbordava chocolate, pudim de leite, bolo de frutas...

Empilhando o sorvete de pistache no prato lotado, Alvo ouvia os novos companheiros conversarem sobre suas famílias.

— Nós morávamos em Kalale, na Índia, até os oito anos — contou Arepadma Goshawk.

— É horrível ter que andar de vassouras aqui no Reino Unido — completou Abhaya, aborrecida. — Sinto saudades de andar no Axminster do meu avô. Deveriam mudar as leis por aqui!

— Em geral, só viemos para a Inglaterra porque nossa mãe morou aqui — retomou a gêmea.

— Fascinante! — exclamou Rose. — É verdade que os Encantadores de Cobras foram banidos de lá?

Logo, as gêmeas e Rose iniciaram uma conversa comparando os dois países, as Goshawk insistindo em dizer que a Índia era um lugar muito melhor para se viver. A conversa já estava causando um mal-estar em Rose, que discordava que Furabexiga era melhor do que Quadribol.

— E vocês, McGonagall? — perguntou Wayne, mudando de assunto.

Anne Marie permaneceu quieta, então Ryan respondeu:

— Nada de mais. Nossos avôs, Malcolm e Roberto, são irmãos de Minerva. Nossos pais... eles... morreram.

Ninguém falou mais nada. Do outro lado, Louis e Alvo conversavam com Molly e um jovem de cabelos crespos e armados, que era um dos monitores da casa.

— Deram sorte este ano — disse McLaggen, o monitor. — O Prof. Binns se aposentou recentemente, sabiam? Tudo bem que era um fantasma, mas a aula dele era um saco. Era difícil não dormir na aula dele, o que, graças a Dumbledore e Merlim, nunca aconteceu comigo.

McLaggen era um aluno perfeccionista, supôs Alvo, ao ver o distintivo brilhar como o sol em seu peito. Pela quantia de pessoas que vinham lhe desejar bom início de ano letivo, devia ser uma pessoa bastante querida na escola.

— No lugar do Binns entrou a velha Moody Sable, mãe da Hawenna, professora de Transfiguração. E parece que a McGonagall gosta mesmo deles, porque contratou o outro filho de Moody, Dimitri, que é aquele de paletó xadrez na segunda cadeira da esquerda, para lecionar Estudo dos Trouxas. Dizem que é porque o marido de Hawenna é meio-sobrinho da Minerva... Enfim, só boatos. Isso não é muito bom, já que todos eles pertenceram a Corvinal e Hawenna é bem parcial com seus alunos. Vai ser um azar ter aulas com os corvinos.

McLaggen estreitou os olhos e coçou o queixo, observando um homem gordo de cabelos grisalhos e nariz achatado na mesa. Conversava efusivamente com o Prof. Flitwick, que dava mais atenção ao bolo de chocolate.

— Aquele ali é novo — comentou McLaggen. — Não faço ideia de quem seja. Mas, considerando o último incidente com o Prof. Abelardo, suponho que este seja o novo professor de Voo. Ei, Aingremont, sem guerra de comida! Desculpem, preciso resolver um probleminha. Vejo vocês daqui a pouco! Potter, deixe esse pudim onde está! Não sei como passaram para o terceiro ano...

Alvo viu o irmão transformar um garfo numa catapulta munida de pudim de leite e apenas riu. A maioria já havia parado de comer quando Wayne fez uma observação:

— Repararam em uma coisa? O amigo de vocês não está mais por aqui.

As cabeças de Alvo e Rose se viraram para a Mesa Principal. A cadeira larga de Hagrid estava vazia.

— Não se preocupem — tranquilizou Alvo. — Ele deve estar cumprindo uma tarefa de última hora, regando alguma hortaliça, algo do gênero.

Quando as sobremesas desapareceram, deixando a louça dourada intacta, a Profa. McGonagall se ergueu mais uma vez e o salão emergiu na taciturnidade. Somente os roncos do zelador e o ronrono do seu gato-fantasma eram ouvidos.

— Agora que todos já comemos e bebemos, farei os anúncios de início de ano letivo. O zelador Filch pediu para lembrar de que a prática de magia nos corredores nos intervalos das aulas é proibida a todos. — Ela olhou por cima dos óculos quadrados os alunos da Sonserina. — Antes dos demais avisos, quero que todos recebam os novos professores deste ano. Primeiramente, Dimitri Aingremont, novo professor de Estudo dos Trouxas.

O homem de paletó de tweed quadriculado ergueu o braço num aceno discreto. Algumas meninas suspiraram.

— Moody Sable Aingremont, nova professora de História da Magia.

A velhinha ergueu seu cálice vazia para as quatro grandes mesas. A onda de aplausos deixou o gato-fantasma atarantado e fez com que Filch acordasse berrando com Pirraça — o poltergeist não estava presente.

— Parvo imbecil — lamentou a Profa. Minerva. — Voltemos. Deem boas-vindas ao novo professor de Voo, Ludovico Bagman.

O nome de Bagman fez o Salão Principal vibrar em aplausos. Era difícil reconhecer o célebre ex-batedor da Seleção Inglesa agora que os seus cabelos loiros estavam pratas e seu porte atlético cedera lugar a uma barriga protuberante. Bagman acenou fervilhosamento aos estudantes, como se tivesse conquistado a Copa Mundial de Quadribol. Houve muitos comentários do tipo “Veja como ele está barrigudo!” ou “Nem parece o mesmo Ludo de antes.”

— E, por último — prosseguiu a Profa. McGonagall ao final da azáfama —, Rodolfo Scamander, novo diretor da Lufa-Lufa e professor de Trato das Criaturas Mágicas.

Alvo conhecia o novo professor. O homem de rosto sardento e cabelos cor-de-bronze era marido de Luna, amiga íntima dos pais. Seu rosto transcendia felicidade e Alvo não via a hora de ter aulas com algum conhecido além do padrinho. Para sua tristeza, as aulas adicionais eram restritas aos alunos do terceiro ano em diante.

— Silêncio! — A Profa. McGonagall alteou a voz. — Os testes para os times de Quadribol se iniciarão na segunda semana de aula. Lembrando a todos que os alunos do primeiro ano terão o direito de fazer o teste, mas as vassouras já estão trancafiadas no armário e só serão retiradas no dia do teste. Aos interessados, tratar com o Professor Bagman.

Hagrid acabara de voltar e se inclinou para sussurrar com a Profa. McGonagall, obviamente, sem conseguir ser discreto. Depois de uma rápida troca de cochichos e balanços com a cabeça, a diretora voltou a falar:

— Recebam também nosso convidado que estará bastante presente em Hogwarts neste ano, o chefe do Departamento de Mistérios, o senhor Merle Copperfield.

As duas portas do salão principal se escancararam. Um homem atarracado caminhou com o auxílio de uma bengala de junco. Seu rosto dizia que estava no auge dos quarenta anos e seus olhos eram em um tom enjoativo de castanho. Os cabelos oleosos caíam nas orelhas, com uma costeleta abundante. Ele apertou a aba do chapéu, sua capa preta farfalhando às suas costas. Os sapatos engraxados de bico curvado e fivelas adornadas em ouro faziam um som incrivelmente alto.

Merle Copperfield limpou o suor dos cantos da testa com uma echarpe e amarrou-a no pescoço. Os alunos acompanhavam a passagem do homem com os olhos na mesma esteira, quietos. Merle Copperfield subiu no tablado e cumprimentou a Profa. McGonagall com um aperto de mão formal, mirou cada mesa e convocou uma cadeira com a varinha, acoplando-a em uma das extremidades.

— Ele é um inominável — comentou Rose. — Ninguém sabe o que realmente faz. Com certeza foi enviado pelo próprio Kingsley. Estranho, muitos funcionários do Ministério por aqui... espero que não seja o que estou pensando. Afinal, o que eles podem fazer aqui em Hogwarts?

O lábio inferior de Rose tremeu.

— Como você mesma disse, Rose, ninguém sabe o que ele faz — respondeu Alvo, com um pensamento em mente: Rodric Hotwan.

A Profa. McGonagall pigarreou e silenciou o salão novamente.

— Por último, peço que os alunos não andem desacompanhados, nem perambulem a esmo pela noite. — Seu olhar transbordava severidade. — Quaisquer movimentos estranhos devem ser divulgados imediatamente ao corpo diretor. Portanto, por precaução, os alunos do quarto ano em diante terão de atender ao toque de recolher meia-hora mais cedo!

Várias vozes se misturaram ao curto protesto.

— Viu, Alvo, você trouxe azar, seu pastel! — gritou Tiago, sapecando um tapa na cabeça do irmão.

— Sai fora, vá lamber sapos! — retrucou Alvo.

— CHHHHHH! São ordens do Ministério! — retomou a Profa. McGonagall. — Aos que não sabem, um prisioneiro de alta periculosidade sumiu de Azkaban e nós não iremos tolerar o descumprimento das regras!

Ainda havia resquícios de chiados dos alunos, mas a Profa. McGonagall os censurou.

— Agora, seguindo o nosso protocolo, vamos cantar o hino da escola! — exclamou McGonagall. A essa altura, não havia nenhum sorriso nos rostos de todos, incluindo dos professores. Pareciam ter comido uma garfada de Palha-fede.

A Profa. Minerva sacolejou a varinha e uma fita dourada serpenteou sobre as quatro mesas e ficou suspensa, formando o primeiro verso.

    — Cantemos no mesmo ritmo. — A diretora sorriu. — Prontos?

    Os alunos entoaram num ritmo prosaico:

Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts,

Nos ensine algo por favor,

Quer sejamos velhos e calvos

Quer moços de pernas raladas,

Temos às cabeças precisadas

De ideias interessantes.

Pois estão ocas e cheias de ar,

Moscas mortas e fios de cotão.

Nos ensine o que vale a pena.

Faça lembrar o que já esquecemos

Faça o melhor, faremos o resto,

Estudaremos até o cérebro se desmanchar.

Tiago, Carl e Alaric continuaram cantando, inventando versos como “o Prof. Godunov cheira a sovaco de gambá”. Quando terminaram, os alunos da Grifinória aplaudiram, inflando ainda mais o ego dos meninos.

— Ótima performance, cavalheiros — disse a Profa. McGonagall, irônica. — Hora de dormir! Andando!

Os estudantes novos seguiram seus respectivos monitores; logo, Alvo seguiu no encalço de McLaggen. Transitaram por entre os grupos que conversavam e saíram do salão, subindo a escadaria de mármore. Alvo fez um esgar de desagrado com os comentários hostis que os quadros faziam sobre eles.

Wayne resmungou por não saber quando chegariam no Salão Comunal, quando, de repente, em uma escadaria estreita e paralela, McLaggen fez os alunos frearem para observar Pirraça atirar chapéus nos novos alunos da Corvinal.

— Tenham cuidado com Pirraça — instruiu o monitor. — Ele não é muito bonzinho, afinal, é um poltergeist. Vamos nos apressar antes que ele alcance a gente.

As cento e quarenta e duas escadas, segundo McLaggen, eram muito curiosas. Umas largas, outras estreitas, sem um destino certo. Lembrar-se de seus truques era o melhor meio de se dar bem com elas. McLaggen contou que demorou uma semana para acertar o caminho para as aulas de Feitiços, o que causou um certo mal-estar em Alvo. Se alguém tão inteligente quanto McLaggen demorara tanto, quanto tempo levaria para ele decorar os caminhos para as salas?

Os primeiranistas andaram mais um pouco até atingirem o fim de um corredor, onde o retrato de uma mulher gorda se encontrava.

— Senha? — perguntou ela.

Louco loquaz — disse McLaggen rapidamente.

— E a palavra mágica? — requereu a mulher do quadro.

— Vá fazer um regime — praguejou McLaggen, e o retrato, ofendido com o garoto, girou para frente.

Todos passaram pelo buraco do retrato e se depararam com um aconchegante aposento redondo, com poltronas fofas e uma lareira bruxuleante espalhando centelhas. McLaggen mostrou o dormitório feminino e masculino aos novos alunos e Alvo não tardou em subir os degraus helicoidais até as torres. Para sua surpresa e alívio, as malas já estavam posicionadas diante de grandes camas com dosséis e Íris fora despachada para o corujal. Alvo, anormalmente cansado e feliz, se enfiou no pijama, como os outros garotos. Ele não via a hora de enviar uma carta aos seus pais — contudo, precisaria descobrir onde ficava o tal corujal, um problema que ele se recusou a nutrir.

— Boa-noite — desejou Wayne aos novos amigos.

— Boa-noite — responderam em coro.

Em pouco tempo, Alvo percebeu que não seria uma boa-noite. Virou-se de um lado para outro, sem conseguir se acomodar. Olhava para a janela e ouvia roncos de Fergus Finnigan. O vento uivava nos galhos nus do salgueiro — talvez fosse o sono, mas Alvo jurou ver a árvore se mover. Ora os galhos se mexiam, ora Alvo se encarapitava no parapeito por ouvir um crocitar. Apenas depois de muita relutância, ele adormeceu, tendo um estranho sonho com bois de couro dourado, que se repetiu na noite de domingo.

A segunda-feira amanheceu com um belo céu azul-miosótis. Alvo, Wayne e Rose haviam se levantado cedo na expectativa de decorar o trajeto ao Salão Principal, que não foi executado com muito sucesso. Pior do que se perder nas escadarias era deparar-se com Pirraça, que atirava folhas secas nas suas cabeças e os polvilhava com talco.

— Espero profundamente que ele seja banido pela Profa. McGonagall — guinchou Rose.

Foi um pouco difícil não perceber três alunos com a roupa suja entrando no Salão Principal. Além de terem pego o final da refeição, tiveram de enfrentar as gozações dos alunos mais velhos. Definitivamente, ter bom-humor para a primeira aula não foi uma tarefa simples. O Prof. Longbottom distribuíra um pergaminho a cada aluno no dia anterior com a grade de horários; Alvo e os outros grifinórios gemeram ao ver o primeiro período de segunda-feira: Poções, com os alunos da Sonserina.

— Bom, não pode ser tão ruim assim, pode? — disse Wayne a Alvo.

As aulas de Poções eram frequentadas em masmorras e, diferentemente do Salão Comunal, era um lugar frio e de dar arrepios, não só pelo fato de ter animais embalsamados em frascos nas prateleiras, mas porque havia uma bacia com olhos flutuando no centro da sala. O mais impressionante foi quando a portinhola no fundo se abriu e uma criatura grotesca e feiosa entrou rosnando como um cão raivoso. Os alunos se atiraram para baixo de suas bancadas, todos pálidos como gesso. Uma mulher robusta de pômulos rosa veio em seguida, acariciando o topo da cabeça peluda do monstrengo.

— Bom dia, classe — disse a bruxa, ajeitando seu chapéu cônico. — Sou a Professora Marieta Monet e eu prometo que não precisarei mandar buscar os restos mortais de vocês. Este ano, pelo menos.

As crianças foram se ajeitando aos poucos novamente. Alvo, ainda trêmulo, notou melhor na criatura e a reconheceu: um vampiro, como aqueles que a Vovó Weasley tinha no sótão. Lembrava um ogro escorregadio, só que mais tosco, dentuço e com furúnculos roxos por toda a cara.

— Este vampiro é do tipo doméstico, não se preocupem — tranquilizou a Profa. Monet, sorridente. Tirou os cabelos escuros que escorriam na orelha e mirou cada um dos alunos. — Alguém tem ideia do motivo de ele estar aqui?

Apenas duas mãos se lançaram no ar: a de Rose Weasley e de Alícia Crawford. As duas se entreolharam, um sorriso malicioso no rosto da sonserina. Por fim, a Profa. Monet escolheu a Crawford.

— É um tanto óbvio, não é? — desdenhou Alícia. — Claramente nós devemos fazer uma poção para acalmar, afinal, ele está tão agitado!

A Profa. Monet deu um sorriso enviesado.

— Sim. — O rosto dos sonserinos se iluminaram. — E não. A outra senhorita, seu palpite?

Weasley, professora. Bom — começou —, eu arrisco que devemos preparar uma poção para curar furúnculos, julgando o seu estado. Quero dizer, é da natureza do vampiro rosnar para as pessoas e não haveria necessidade de refrear seus instintos, uma vez que seja classificado como Inofensivo pelo Ministério da Magia.

— Excelente! As duas! — adulou a Profa. Monet, vermelha como um rabanete. — Cinco pontos para a Grifinória e Sonserina. Classe, faremos uma atividade em dupla, mas eu as escolherei!

Houve um “Ah!” coletivo dos alunos. A Profa. Monet desenrolou um pergaminho e foi selecionando as duplas, Alvo torcendo para continuar ao lado de Wayne. Rose, emburrada e com as orelhas escarlates, foi joeirada a ficar com Alícia Crawford; já Louis teve o mesmo azar quando se sentou ao lado de Clementina Higgs, que deu um sorriso salgado ao loiro. No fim — para a infelicidade destes — Wayne estava sentado na mesma bancada que Nolan Goyle e Alvo ao lado de Velma Montague. Ao menos não é o Malfoy, pensou. A Profa. Monet havia trancafiado novamente o vampiro, que roía as barras de ferro de sua jaula.

— Professora — chamou Fergus Finnigan. —, o que é uma poção?

— Boa pergunta — admirou-se a Profa. Monet. — Abram os seus exemplares de Bebidas e poções mágicas, capítulo dois. Por favor, Sr. Finnigan, leia para nós a primeira frase.

Fergus, ligeiramente lívido por trás do véu negro da masmorra, entoou em voz alta:

Poção é um líquido precioso de cheiro, gosto e coloração variados.

A Profa. Monet fez um risco com sua varinha e uma lasca de giz branco começou a escrever em uma letra sinuosa: cura total, remediação, encantamento, envenenamento

— Alguém sabe explicar o significado destas palavras?

As mãos de Rose e Alícia rasgaram o ar.

— Srta. Weasley?

Rose disparou um sorriso malfazejo para a sua dupla.

— Estas são as propriedades mágicas das poções — respondeu cheia de si.

Mais uma vez a Profa. Monet ficou vermelha sob a penumbra do chapéu cônico.

— Excelente, mais cinco pontos para a Grifinória.

Todos os alunos da Grifinória se entreolharam, soltando regozijos baixos, dando palmadinhas uns nos outros. Alvo deu uma olhadela para Scorpius, ao lado de Richard Zabini, os dois com uma careta acabrunhada; o garoto não pôde deixar de rir sozinho.

— Agora vamos misturar uma poção simples para curar furúnculos que a Srta. Weasley citou. — A Profa. Monet piscou para a ruiva, efusiva. — As três melhores cópias renderão vinte pontos para sua Casa além de uma nota muito boa! Os ingredientes que vocês precisarão se encontram no capítulo três de seus livros. Oitenta minutos são mais do que suficientes. — E virou uma ampulheta de safira. — Estão esperando o quê? Mãos à obra!

Houve um balburdio quando os alunos começaram a arrastar os caldeirões para perto e um som estrídulo com as pesagens nos pratos das balanças, porém todos estavam extremamente concentrados. Wayne parecia perdido nas suas ações e Nolan Goyle nitidamente era tão esperto quanto a goma que ele mascava ruminantemente. Rose e Alícia trocavam farpas a todo instante, corriam febrilmente para o armário dos alunos e esmagavam com força as presas de cobra com o pilão. Alvo, por sua vez, enquanto se debruçava no seu exemplar de Bebidas e poções mágicas, notava como Velma lembrava um pouco Scorpius.

— Você pode pesar estas urtigas secas enquanto eu busco os espinhos de porco-espinho que estão faltando? — sugeriu Alvo à parceira, que gemeu em concordância. Andou depressa até o armário, encontrando Wayne rosqueando um pote de lesmas chifrudas. — Difícil?

Wayne sacudiu os ombros, indiferente.

— É simples, mas — Apontou Nolan Goyle com o polegar por cima do ombro. —quando se tem um parceiro como ele, até preparar chá se torna uma tarefa difícil.

A areia estava terminando de escorrer quando Alvo e Velma concluíam a leitura das últimas instruções, o rosto porejando, as mangas das vestes arregaçadas. Houve um clarão azul seguido de um estampido alto e todos os alunos se viraram para a bancada de Rose e Alícia, a poção transbordando pelas beiradas do caldeirão e a ruiva encharcada do líquido. Os garotos da Sonserina apontavam e riam do rosto de Rose pipocando furúnculos vermelhos, ao passo que os da Grifinória se sacudiam ao ver que Alícia perdera as sobrancelhas no acidente. A Profa. Monet veio caminhando com um olhar severo enquanto as garotas culpavam umas às outras, sendo necessário que Clementina Higgs segurasse Alícia de um lado e Anne Marie McGonagall agarrasse Rose do outro.

— Parem já as duas! — vociferou a Profa. Monet. — Menos dez pontos para a Grifinória e Sonserina.

As duas garotas lamuriaram.

— Nunca vi um comportamento tão selvagem entre duas damas! — A Profa. Monet fez um esgar de infelicidade. — Sugiro que vão à ala hospitalar. E em silêncio!

Lentamente, Rose caminhou com lágrimas escorrendo pelo rosto para fora da masmorra. Com um floreio, a Profa. Monet limpou a bancada e tornou a moldar seu semblante para o sorridente que tinha desde o início da aula.

— Parece que o tempo já esgotou. Entreguem-me os frascos etiquetados com os nomes da dupla e deixem sobre minha mesa.

Os alunos utilizaram os minutos restantes para guardar os materiais e limparem as bancadas, comentando insistentemente sobre o acidente entre Rose e Alícia.

— Aposto meu pé que as duas vão acabar se matando até o fim do ano — Alvo ouviu Ravi Thomas dizer.

As aulas seguintes foram menos conturbadas para Alvo. Rose já não estava mais com o rosto tão cheio de furúnculos quando os alunos desceram para as estufas atrás do castelo. Tiveram uma aula extremamente interessante de herbologia com o Prof. Longbottom, em que aprenderam a reconhecer plantas e fungos mágicos. Fora divertido, principalmente quando um bulbo saltador grudou no rosto do professor.

O Prof. Silvanus se tornou o professor favorito de Alvo logo na primeira aula. Além de ser engraçado, permitiu que os alunos praticassem a Azaração Ranhosa nele. Rufo Hopkins se encheu de muco quando seu feitiço ricocheteou, o que não alterou em nada no humor dos alunos.

A Profa. Aingremont transformou as aulas de Transfiguração em um verdadeiro treinamento militar. Os alunos mal podiam respirar e os pontos só eram creditados aos estudates da Corvinal. Louis até chegou a resmungar baixinho, mas a Profa. Aingremont ouvia e via tudo.

— Seja menos incompetente que você terá suas recompensas, Sr. Weasley — replicou, crispando os lábios. — A porta está aberta aos alunos desinteressados na minha matéria. É só sair.

Ninguém ousou dar um pio até o final da aula.

A noite de quarta-feira trouxe uma brisa fresca consigo. A abóbada do Salão Principal estava salpicada de tímidas estrelas e algumas nuvens acinzentadas já começavam a cobrir o céu. Durante o jantar, Alvo e Wayne discutiam euforicamente sobre quadribol.

— Para que time você torce mesmo? — Alvo acabara de abocanhar um generoso pedaço de bife.

Wayne fez uma careta.

— Pegas de Montrose.

— Pegas de Montrose? — Ouviram a voz de Tiago, que vinha com um ar pilantra junto de Carl e Alaric. — Que piada, Wayne!

— E uma piada nada engraçada — completou Carl, sorrindo.

— Não os chateiem, turma — retorquiu Alaric. — Os Pegas são infinitamente mais tradicionais que os Flechas de Appleby!

Alvo se afundou no banco, amargo.

— Algum motivo especial para sua vinda, Tiago? — perguntou, estreitando as pálpebras.

— Nenhum — refutou Tiago. — Só estou passando para saber como está sendo o dia do meu irmãozinho.

— Ótimo, obrigado — respondeu Alvo, duramente.

— Soube que vocês terão aula de Astronomia hoje — comentou Carl, fingindo ânsias de vômito. — O Godunov é um pé no saco, acreditem.

— Vive delirando com suas ideias malucas — reforçou Alaric.

— Lembra aquela vez que ele bateu o cajado na cabeça do Harvey? — rememorou Tiago, gargalhando. — Rumores de que suas orelhas alongaram tanto que ficou parecido com um burro.

Os garotos deram um último boa sorte a Alvo e Wayne e saíram rindo à toa. Pálidos, os dois subiram à sala comunal com Rose e esperaram dar meia-noite para subirem as escadas íngremes e espiraladas que davam acesso à Torre de Astronomia. O céu, embora anuviado, estava impecável para observar estrelas e astros, segundo o Prof. Godunov. Uma lua prateada banhava os terrenos de Hogwarts e o ar frio fazia os alunos se contraírem nos seus lugares. A aula de Astronomia era uma das raras disciplinas ensinadas a todos os alunos do primeiro ano simultaneamente e, se não fosse pelos tiques e gritos do Prof. Godunov, nenhum deles continuaria acordado.

O Prof. Godunov era velho e esquisito. Lembrava um dos fantasmas que assombravam a escola de tão branco que era. Seus cabelos eram longos e, assim como a barba basta, grisalhos. Vestia uma bata prata-perolada, que drapeava perfeitamente com seu estilo de cachorro bravo, e óculos pequenos e arredondados.

Os alunos montaram os seus telescópios de latão e iniciaram as observações. O Prof. Godunov desfilava por entre os estudantes, vez ou outra questionando alto com sua voz aguda o que eles viam. Doug Goldstein até deixou o seu telescópio cair do suporte ao ser pego de surpresa. Na maioria das vezes, os alunos não tinham ideia do que estavam vendo, a não ser pontos luminosos.

Você, Sônia Bernie, o que você está vendo? — Na verdade, ele se referia a Sandy Belby.

— Bom... Isto me parece... acho que é a constelação de Ofiúco — arriscou a garota timidamente.

O Prof. Godunov inflou como um sapo e gritou:

— NÃO, NÃO, MENINA! — Os alunos arregalaram os olhos. Ele caminhou até Benjamin Bristow. — Sr. Byron, diga-me: o que você está observando?

O menino de pele negra e cabelo black power deu um saltinho e começou a ajustar o seu telescópio, as mãos trêmulas.

— Eu observo dois pontos... eles estão quase alinhados... um deles é vermelho... e, puxa, como está brilhando! O outro, ao que parece, é azul...

O Prof. Godunov interviu e, seja lá o que acabara de ver, quase o fez cair duro de costas.

— Pelas cuecas sujas de Merlim! — exclamou, incrédulo. — Mais quinze pontos para a Corvinal. Senhores, vocês sabem o que é testemunhar o alinhamento de Marte e Urano? Vejam, Urano!

Os alunos caíram na gargalhada. O Prof. Godunov ergueu seu cajado, estrábico.

— Isto não é uma piada. É o caos!

Os alunos esbugalharam os olhos de novo. Alvo, que perdera o sono instantaneamente, deixou uma pergunta sincera que o amedrontava escorregar de seus lábios.

— O senhor está dizendo que alguma coisa terrível acontecerá em Hogwarts?

O Prof. Godunov, que estava mirando o céu com determinação, demorou a responder. Virou-se para Alvo e abriu um sorriso enigmático.

— Não sou eu quem está dizendo. São os astros. E eles parecem dizer sim, Pontner.


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Notas finais do capítulo

Confesso que esse final sempre me arrepia.

Antes de tudo, quero dar um recadinho mega importante. Quem possui notebooks mais modernos sabe que para ter acesso ao Office, é necessário a compra de um produto oficial da Microsoft (e ele não é nem um pouco barato). Entretanto, a assinatura tem duração de um ano e a minha expirou. Dia 29/08 muitas ferramentas serão desabilitadas até que eu renove com a assinatura e eu não tenho nenhuma previsão. Tentarei com todas as minhas forças trazer o capítulo 9 para vocês na semana que vem, PORÉM, não tenho certeza de nada. Há grandes possibilidades de eu seguir com a rotina, mas fiquem atentos. Se eu não postar no nosso horário (em torno das 14h05min), é porque eu não consegui resolver o problema, certo?

E aí, que cês acharam do capítulo? Gostaram dos professores? Godunov está certo ou apenas é doidinho? Façam suas apostas! Não se esqueçam de deixar o comentário de vocês aqui embaixo, ele é essencial para o andamento da fanfic. :)

Curiosidade do capítulo; "O Pegas é o time de Quadribol de maior sucesso na história da Liga Britânica e Irlandesa, cuja a taça eles ganharam trinta e duas vezes. Duas vezes campeão europeu, o Pegas tem fãs no mundo inteiro. Seus muitos jogadores excepcionais incluíam a apanhadora Eunice Murray (falecida em 1942) e Hamish MacFarlan (capitão de 1957-1968). O Pegas usa vestes nas cores preta e branca com uma pega (pássaro) estampada no peito e outra nas costas." Informações do Potterish sobre os Pegas de Montrose.

Até semana que vem. Comentem, favoritem, recomendem, comam sandubas, mas não se esqueçam de aparecer por aqui!

Att,
Tiago



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