High School Manual escrita por Bird


Capítulo 20
Palhaço de merda


Notas iniciais do capítulo

Não corrigi, nem nada, só postei de saí correndo.
Mil desculpas pelo atraso
Espero que gostem beijos.



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— Now it's three in the morning, and I'm trying to change your mind, left you multiple missed calls, and to my message you reply – Olhei para Luke sorrindo e cantamos juntos. – Why'd you only call me when you're high? 

O show era do tipo em que você não para, não bebe água, não vai ao banheiro e a única coisa que faz é pular e gritar a música em plenos pulmões. Luke e eu ríamos e gritávamos muito, e relevando o fato das minhas pernas estarem dormentes e minha garganta doendo, aquele sem dúvida era o melhor dia da minha vida. 

Não estávamos tão próximos do palco quanto eu gostaria, mas eu e Luke curtíamos o show com a mesma intensidade de quem estava na frente. A turnê era do álbum AM e eu quase reclamei por não ver Alex cantar as músicas dos outros álbuns, que são tão incríveis quanto. Mas felizmente, para a minha surpresa, ele encerrou o show com a música Mardy Bum do primeiro álbum deles. 

— Now then Mardy Bum, I've seen your frown and it's like, looking down the barrel of a gun, and it goes off – Luke cantou baixinho em meu ouvido junto com a multidão e me arrancou um sorriso bobo. 

— Essa música me lembra a gente. – O olhei. 

Tinha quase certeza que ele não havia entendido uma palavra do que eu disse, mas mesmo assim, ele me direcionou um sorriso, um beijo casto e voltou a prestar atenção ao show. 

Quando a música encerrou, Alex agradeceu a todos e sorriu. Se eu me derreti com seu sorriso? Luke teve que me guiar para a saída, porque eu não parava de rever aquela cena linda que era o sorriso de Alex Turner. Podem rir, mas ele se enquadra perfeitamente no quesito crush celebridade.  

Quando chegamos no estacionamento, suspirei aliviada longe de toda aquela multidão. Luke abriu a porta de seu carro para mim e eu entrei. Ele deu a volta e entrou em seguida, ligando o carro e mudando de marcha. 

— O que achou? – Ele me olhou sorrindo. 

Passei o dedo por cima do CD que Luke havia comprado para mim no show e o olhei sorrindo. 

— Foi incrível. Tipo, de verdade. O melhor dia da minha vida. – Sorri abertamente e pus o CD para tocar, mas abaixei o volume de modo para que eu e ele continuássemos a conversa. – Você entendeu o que eu disse na última música? 

— Cada palavra. – Ele confirmou e sorriu. – E concordo plenamente, principalmente na parte remember cuddles in the kitchen. – Eu ri. 

— E agora tudo o que eu mais quero é um sanduíche. – Comentei. 

— Podemos passar em um fast food... – Ele me olhou sugestivo. 

— McDonalds? 

— McDonalds! 

[...] 

— Vocês poderiam se retirar do nosso estabelecimento?  

— Mas por que?! – Luke perguntou com a boca cheia de batata frita e o queixo sujo de maionese. 

Eu queria tanto rir. 

— Por causa disso. – A mulher olhou para ele com cara de nojo e revirou os olhos. – Olha, eu só recebo ordens, então saiam logo crianças. 

Peguei minha bolsa e meu hambúrguer. 

— Vamos Luke. E pegue meus ketchups! – Disse alto rindo e ele fez o que eu pedi pedindo licença a mulher e me seguindo para fora. 

Lá ele cuspiu a batata na lixeira e soltou a gargalhada que parecia estar presa a milênios. 

— Passamos para um novo nível em nosso relacionamento hoje. – Disse e limpei seu queixo e boca com um lenço. 

— Não acredito que rir exageradamente com batatas na boca no nariz e nos ouvidos significa deixar o estabelecimento! – Ri lembrando. 

— Sim, temos que ligar para aquele palhaço de merda. Que restaurante é esse que tem palhaço como símbolo e não se pode fazer palhaçada! A mulher da mesa sete estava morrendo de rir. 

Ele gargalhou mais uma vez e paramos quase imediatamente quando ouvimos seu celular tocar. 

— Alô? 

Não consegui escutar absolutamente nada, apenas vi um sorriso se formar no rosto de Luke. 

— Agora? Onde? 

O olhei brava e cheia de curiosidade. 

— Já estamos indo. – Ele desligou a ligação. 

— Para onde? 

— Você sabe que o baile de inverno está próximo não é? – Ele estendeu a mão e eu lhe dei a minha. 

— Sei, estamos praticamente no final do ano. 

— Bem, os bailes de inverno são sempre uma chatice. O que acha de ir comemorar o final do ano em outro local... 

Sorri abertamente. 

— Aonde? 

— A mãe da Annie viajou. – Ele se aproximou de mim. – Amanhã ainda é domingo. – Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – E Clarisse prometeu levar nossas amadas caixas de gelo. O que acha? 

— Já tinha conseguido me convencer quando disse que Atena viajou, mas já que insistiu em fazer esse joguinho quem sou eu para reclamar. – Sorri e o beijei. – Vamos logo. 

[...] 

A festa não era bem na casa da Annabeth, era fora dela, no quintal. Chris acendeu a churrasqueira, e Silena amontoava os puffs ao redor das caixas de gelo. 

Não tive sinal de Annabeth até ela aparecer sorrindo um pouco feliz demais e me oferecer seu copo. 

— Thalia eu espero que seu show tenha sido tão maravilhoso quanto você esperava! – Ela tombou um pouco para o lado e eu ri de seu estado. 

— Foi sim, Annie. 

Nos sentamos e logo eu estava no mesmo estado que Annabeth, talvez um pouquinho pior. Silena colocou a música e meus sentidos foram embora quando eu comecei a dançar. Fechei os olhos e levantei os braços sentindo a leve brisa mexer meus cabelos. 

Eu já não estava no meu melhor estado quando Luke e eu saímos do show, porque eu havia bebido um pouquinho lá, mas quando comecei a beber e a comemorar com A Galera, me forcei a não pensar na ressaca do dia seguinte.

Me diga uma maneira melhor de fechar o ano com chave de ouro do que ficar bêbada na casa da sua melhor amiga ao som de Arctic Monkeys que eu lhe pago um shot.

Fim do segundo ano do ensino médio, 2012


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Notas finais do capítulo

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