Dicotomia - Undertale escrita por cecifrazier


Capítulo 18
Bad Decisions, Bad Consequences


Notas iniciais do capítulo

OE GENT
É
A USAGI VAI ME AJUDAR A PARTIR DE AGORA Q
(É uma amiga, ela escreve no Social Spirit, talvez não conheçam q)

Eu tenho estado bem sem inspiração nas minhas fanfics ultimamente, tirando o fato de eu estar ocupada com a escola. Mas não se preocupem, nunca vou abandonar vocês! ♥
E agora, com a Usagi me ajudando, provavelmente os capítulos sairão com frequência! Agradeçam à ela depois. q

Boa leitura! ♥



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Você se arrepende de algo?  

 

Algo que fez ou deixou de fazer? Algo que nos momentos mais aleatórios você lembra e pensa: "Poxa, eu poderia ter feito diferente"?  

 

Já sentiu a vontade de voltar atrás? Vontade de apagar todas as escolhas erradas que fizera, quase como um... reset. 

 

Claro que já sentiu, afinal... 

 

 

 

Você sente o pecado rastejar pelas suas costas. 

 

 

 

 

 

 

 

Chara já não sabia o que fazer, ele estava desesperado! Não conseguia se mexer tanto, seu corpo inteiro doía e a visão estava turva demais para enxergar um palmo à sua frente. Não era possível que ninguém estava escutando toda aquela barulheira! Nem mesmo aquele robô estúpido? Chara não podia crer. 

 

— O-o que está acontecendo?! — Alphys quase derrubou a porta da sala e arregalou os olhos ao ver o rapaz jogado no chão. Uma boa quantidade de líquido preto estava derramada no chão. — O que você fez?! 

 

— Eu.... — Sussurrou, a voz tão falha que mal podia ser ouvida. — Eu fiz um trato com ele... 

 

— Como... — Ela arregalou os olhos, parecia temer por algo muito ruim. — Por que fez isso?! 

 

— Ele disse que ia me deixar em paz... — Chara sentiu Alphys lhe ajudar a levantar e colocá-lo novamente na cadeira. — Não pensei bem na hora... 

 

— E-eu vou chamar o Sans! — Exclamou, correndo para fora da sala. 

 

—x—x—x— 

 

Aquilo era ruim. 

 

Muito ruim. 

 

Ninguém fazia ideia do que aconteceria agora. Ninguém fazia ideia do que aquela “coisa” poderia fazer.  

 

Assim que Sans chegou ao laboratório, propôs que Chara ficasse lá, afinal, muitas emoções poderiam prejudicar tanto Toriel quanto Frisk. Seria horrível se algo acontecesse aos bebês. Com muita relutância, o garoto concordou em ficar lá se Sans prometesse dar um jeito na situação.  

 

Mas o que Chara não sabia... Era que aquele esqueleto não tinha a mínima ideia do que fazer. 

 

Sans teleportou para o quarto do hospital e pôde ver Asgore e Toriel. O rei parecia mais tranquilo e a rainha ainda estava aflita. Frisk continuava adormecida. 

 

Entretanto... O que mais o chocou foi que... 

 

— Sans? — "Chara” abriu um sorriso. — O que faz aqui? 

 

— Vim ver como Frisk está... — Ele semicerrou os olhos. Claro que aquele não era o Chara, mas era idêntico! Pareciam tanto que... Sans se desesperou internamente. — O estado dela melhorou? 

 

— Ela está bem melhor, Sans. — Toriel sorriu. — O médico disse que é um milagre, pois... ela vai poder voltar a andar! Sans, isso é incrível! 

 

— E ela acordará no máximo em dois dias. — “Chara” alargou o sorriso. — Isso não é ótimo... Sans?  

 

— Claro. — Respondeu, semicerrando os "olhos". — Já que ela está bem, preciso ir. 

 

— Antes de ir... — "O rapaz" o chamou. — Preciso conversar com você. 

 

Sem muito o que fazer, Sans concordou desconfiadamente. Ambos saíram do quarto e foram até o final do corredor, onde não tinha muita circulação de funcionários. Antes que "Chara" pudesse dizer algo, o esqueleto logo foi se pronunciando.  

 

— Acha mesmo que eu não sei o que você é? — Riu um com pouco de sarcasmo. — Francamente... dessa vez você me surpreendeu. 

 

— Não sei do que está falando. — "Chara" franziu as sobrancelhas, mas logo abriu um sorriso zombeteiro. — Eu sempre fui assim, não é? Mas... eu só queria saber como vai minha outra metade, ele parecia meio... acabado. 

 

— Por que não vai pro inferno? — Sans perguntou com grosseria.  

 

— Ora... eu já estou nele.   

 

—x—x—x— 

 

— Ele tá demorando... — Chara murmurou para Alphys no laboratório. — Eu preciso ir atrás dele. 

 

— C-chara, ele disse para v-você ficar aqui. — Ela disse enquanto arrumava alguns livros na prateleira. — A-algo ruim pode acontecer se você for! 

 

— Eu sei, mas... — Ele deixou-se cair no sofá. — A culpa é toda minha... não deveria ter feito um acordo com aquela coisa. 

 

— Você n-não sabia o que fazer, s-só isso. — Alphys puxou uma cadeira e sentou-se em frente à ele. — O Sans vai dar um j-jeito, t-tenho certeza. 

 

— E se não der? — Desviou o olhar para ela. — Ele não estava muito seguro quando saiu daqui.  

 

— É que... — Ficou em silêncio por alguns instante até suspirar. — A-algo assim nunca aconteceu antes... mas S-sans sempre deu um jeito. S-sempre. 

 

— Eu não consigo acreditar. — Chara levantou-se e procurou seu casaco. — Eu vou atrás dele, preciso fazer isso. 

 

— Chara... 

 

— Não, Alphys. — Suspirou. — De alguma forma, aquilo ainda está conectado à mim, e de alguma forma... eu sinto que algo ruim vai acontecer. Tá me entendendo?  

 

Ela assentiu e levantou-se também. 

 

— N-nesse caso, u-use a máquina de teletransporte, a-assim vai chegar mais rápido.  

 

— Obrigado. — Chara sorriu. 

 

—x—x—x— 

 

Chara precisou teletransportar para sua casa, não poderia correr o risco de que vissem dois garotos iguais no hospital. Sabia que entre as prateleiras de livros do quarto de Asgore, haviam documentos sobre alma e determinação, coisa que obviamente o mesmo não lia, pois era assunto dos "cientistas reais". 

 

Entretanto, ele sabia que havia um livro em específico. Um livro que falava sobre a determinação negra, como ela agia sobre a alma e uma teoria de como dizimá-la. Era apenas uma teoria, mas era a única esperança de Chara. 

 

Passou um bom tempo procurando entre os vários livros e... simplesmente não conseguia achar! Achou livros de receitas, história, jardinagem, alma, mas... nada sobre a determinação negra!  

 

Talvez tenha ficado no Subsolo...? 

 

Chara estava perdendo as esperanças quando... 

 

Olha só quem escapou com vida. — Ah, não... ele não... 

 

Sentiu seu corpo todo estremecer. Pela primeira vez em muito tempo... temeu por sua vida. 

 

— Fizemos um acordo... — Chara murmurou sem olhar para trás. — Você disse que me deixaria em paz... 

 

E deixei. — Sorriu. — Acontece que... você esqueceu de ler as letrinhas miúdas.  

 

— Não faço a mínima ideia do que está dizendo. — Revirou os olhos e continuou a olhar entre os livros. 

 

Oh, está procurando por isso? — Ele ergueu um livro de capa preta e chamou a atenção de Chara. Quando o rapaz olhou para trás, arregalou os olhos.  

 

— Como...  

 

Ninguém sabe da existência desse livro, a não ser nós. — Riu com sarcasmo. — Ele apenas existe porque eu existo, e você só conseguia vê-lo porque estava dentro da sua alma. 

 

— Me dá... — Chara disse com raiva. — Me dá! 

 

Isso não faz parte do acordo, mocinho. — Ele sorriu e correu para fora do quarto. 

 

Chara iria atrás dele, entretanto, ouviu o som da porta ser aberta. Asgore e Toriel entraram na sala e, junto com eles, traziam Frisk. O curto tempo que passou olhando para ela o fez chegar a conclusão de que algo deveria ser feito, o mais rápido possível. Ele caminhou até ela e tocou-lhe a barriga com delicadeza. Existia um motivo muito mais importante para que ele continuasse o que fazia e... 

 

Estava bem ali, crescendo bem devagarinho.  

 

— ... Com licença, eu preciso resolver uma coisa. — Ele sussurrou enquanto tocava a testa de Frisk e lhe dava um beijo curto.  

 

Correu para fora do cômodo e ajeitou seu casaco, então desceu às escadas e ignorou os chamados de seus pais e namorada, pegou sua moto e tratou de dirigir até o laboratório e sentiu muito fortemente, um arrepio na espinha ao chegar. Viu “Chara” olhando o livro e então, ajeitou a postura para aproximar-se da coisa.  

 

— Olá, Chara. — Ele murmurou enquanto sorria.  

 

— Cadê a Alphys? — Chara sussurrou, fechou os punhos enquanto via aquela coisa se aproximar e tocar seu ombro. Foi como se toda a sua força acabasse de ser absorvida, foi pego por uma fadiga tão intensa que precisou apoiar-se na parede.  

 

— Ah... Eu queria que às coisas entre nós não precisassem terminar dessa forma. — O demônio estalou os dedos e como uma mágica silenciosa, o livro começou a ser rasgado e às páginas foram puxadas para dentro do extrator de determinação.  

 

— Chara, você está aí? — Não!... Ela não podia chegar agora.  

 

— Frisk, vai embora! — Ele gritou de forma desesperada e viu mais páginas serem rasgadas. 

 

Correu de forma rápida até o extrator e puxou o resto da informação que sobrara, ouviu a porta do laboratório ser aberta e olhou para Frisk, que estava o encarando com a expressão extremamente confusa. Chara suspirou e sorriu ao olhar em volta e não ver nada, estava pronto para ir até ela e lhe dar um beijo.  

 

 

....Mas....  

 

 

 

 

 

Sentiu uma dor intensa em seu peito, viu Frisk gritar e Sans estourou as paredes do laboratório com o Blaster; ele olhou para baixo e viu uma faca negra repleta de enxofre atravessada no local onde estava seu coração. Usando o que restava de sua força, ele jogou o livro para Sans e sentiu o corpo cair em uma escuridão profunda; uma voz fria e desconfortável como um quadro negro sendo arranhado sussurrou na área mais profunda de sua mente.  

 

“Enquanto não posso te matar, vou mandar você para um lugar onde não pode me incomodar...”  

 

Seu corpo foi sequestrado pelo vazio, a escuridão cegava seus olhos e seu pulmão doía, era como se toda a sua existência fosse atirada para longe de seu ser e ao mesmo tempo, jogada para todos os lados como um pano sujo. Sentiu as costas baterem contra algo duro, demorou um pouco para abrir os olhos e a luz se estabeleceu lentamente até que enxergasse tudo.  

 

— Você está bem? — Uma voz feminina e melódica murmurou para si, por um momento ele pensou que fosse Frisk, porém...  

 

Estava errado.  

 

A menina tinha olhos vermelhos e rubros, cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e a pele era tão pálida quanto a sua. Vestia um suéter e segurava a saía para manter-se ajoelhada enquanto conversava com o rapaz. Ela lhe tocou o peito e deslizou-a até seu rosto. 

 

— Meu nome é Chara, você quer ajuda?

 


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Notas finais do capítulo

É isso gente!
Até o próximo capítulo! ♥



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