Dicotomia - Undertale escrita por cecifrazier


Capítulo 13
Pesadelo - Final


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM-ME POR ESTAR A 1 MÊS SEM POSTAR, EU VOU TRAZER O PRÓXIMO CAP O MAIS BREVE QUE EU PUDER.

Bem, espero que gostem. ♥
Boa leitura. ♥ ♥



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Tudo não passou de apenas um sonho. Um sonho de momentos que nunca terei de novo, mas esse é meu destino, minha sina, o preço por todos os meus pecados que um dia, eu tive a chance de corrigi-los.  

 

Deixar que Asriel absorvesse minha alma foi a pior coisa que poderia ter sido feita, ele morreu por minha causa, e agora, tenho que viver com essa culpa até os confins da minha vida.  

 

Perdoar é difícil para a maioria das pessoas, mas perdoar à si mesmo, é uma tarefa quase impossível. Você pensa nos seu atos todos os dias, se perguntando o porquê de ter feito aquilo, o porquê de ter errado ou falhado. É, meus caros, talvez eu nunca perdoe à mim mesmo.  

 

Apenas tenho conseguido seguir em frente por causa da Frisk. É engraçado pensar que o “anjo” namora com o “demônio” da escola, isso é literalmente uma dicotomia.  

 

Já se passaram dois meses desde que Asgore descobriu nossa relação, dois meses que ele mal olha pra mim, dois meses que já não tenho mais pesadelos, dois meses que, posso afirmar com convicção, foram os melhores da minha vida.  

 

Frisk anda cada vez mais sensível, eu realmente não sei o que fazer com ela as vezes. Ela até está comendo mais do que eu! Coisa que achei que nunca seria possível. Depois chora porque chamo ela de gorda, e ela realmente engordou um pouco.  

 

Eu diria muito.  

 

Hoje começam as provas, semana passada vi todo o colégio andar de um lado para o outro tirando dúvidas com os professores ou alunos mais velhos. Alguns alunos até vieram falar comigo, coisa que nunca tinha acontecido antes.  

 

Por mais que minha mãe esteja grávida de quatro meses, ela precisa ir à escola aplicar as provas de história. Ela conhece cada aluno como ninguém, então isso, de alguma forma, impede de que eles "colem" na hora da prova.  

 

Acordei no horário dessa vez, progresso.  

 

Tomei um banho gelado, vesti uma camisa preta com uma jaqueta de couro da mesma cor, um jeans preto e all star vermelho.  

 

Saí do meu quarto e abri lentamente a porta do quarto de Frisk. Pude ver ela dormir como um anjinho, usando um pijama azul claro com babados brancos. Ela realmente ficava fofa assim.  

 

Sentei na beira da cama e passei minha mão por seus cabelos. 

 

— Ei amor, acorde. — Murmurei, esperando alguma resposta.  

 

Frisk sequer se mexeu, ela realmente dormia como uma pedra. Franzi o cenho, impaciente, então, beijei seu pescoço. Na hora, ela resmungou e virou-se para o outro lado. 

 

— Frisk, hoje tem escola, pare de enrolar. — Puxei o cobertor e joguei no chão.  

 

— O que você quer...? — Murmurou enquanto me empurrava. — Vai embora...  

 

— Mas que bicho mordeu você? — Perguntei franzindo o cenho. — Ontem você tava um amorzinho e ago... 

 

Mal pude terminar de falar, ela me puxou para a cama e deitou por cima de mim, beijou meu pescoço e tive que conter um gemido.  

 

— F-fri, precisamos ir pra esco... 

 

— Shh... — Pôs um dedo sobre meus lábios. — Eu prefiro você quietinho...  

 

— Crianças, por que estão demorando tan... — Toriel arregalou os olhos quando nos viu naquela posição. — Eu... vou fingir que não vi nada, desculpem.  

 

— Olha o que você fez! — Exclamei enquanto levantava e deixava ela sentada na cama. — E-eu sei que estamos namorando, mas agora temos que ir pra esc... 

 

— Você fala demais. — Frisk murmurou enquanto sentava sobre meu colo. — Eu não estou bem pra estudar hoje... fique aqui comigo.  

 

Mordi o lábio e a encarei por alguns segundos. Eu estava confuso, ela nunca agia desse jeito! Até pensei que fosse mais algum pesadelo estranho, mas não era, era real!  

 

Apenas sorri, apertei suas coxas e parti para um beijo intenso. Apenas separamos o rosto quando o ar faltava, e quando senti o corpo dela esquentar demais.  

 

— Fri... — Pus a mão em sua testa. — Você tá com febre!  

 

Antes que ela pudesse dizer algo, apenas franziu o cenho e pôs a mão em frente à boca, correu para o banheiro e bateu a porta. Eu estava realmente preocupado e confuso, primeiro tinha variações de humor que eu facilmente perdia a cabeça, agora febre e vômito?  

 

Não esperei, corri até a porta do banheiro e abri. Pude ver Frisk ajoelhada em frente ao vaso sanitário e vomitando. Senti uma pontada em meu coração ao vê-la daquele jeito, fui até ela e me ajoelhei ao seu lado.  

 

— Calma... vai ficar tudo bem... — Sussurrei enquanto passava a mão em suas costas.  

 

•••

 

Frisk não foi a aula pois sua febre aumentou um pouco, Toriel decidiu cuidar dela em casa. Também queria ficar, mas, sinceramente, não queria aguentar Asgore reclamando das coisas o tempo todo.  

 

Ao chegar na escola, bufei quando me vi sozinho, mas as coisas na escola melhoram um pouco, Vitor já não enchia meu saco e as pessoas já não me ignoravam tanto. Não que eu gostasse de ir à escola, mas diria que ficou mais... suportável.  

 

Quando entrei na sala, joguei minha mochila sobre a mesa e sentei. Não havia muitas pessoas na sala, em dia de prova o pessoal demorava mais para chegar. Claro, porque uma prova de matemática na segunda-feira é a melhor maneira de começar a semana!   

 

•••

 

Assim que o sinal bateu, pude ver alguns alunos correndo atrás do professor que aplicara a prova, provavelmente para saber suas notas. O resto das pessoas saiu para o intervalo, decidi ficar sozinho na sala, não tinha motivos para sair. Eu ficaria sozinho de qualquer forma. 

 

Pelo menos, foi isso que pensei.  

 

Tirei meus fones de ouvido quando vi Sans entrar e sentar-se na cadeira em frente à minha.  

 

— O que você quer? — Disse enquanto guardava meu celular.  

 

— Teremos um teste hoje. — Ele disse com um expressão séria. — Apenas... não discuta, vou na sua casa hoje à noite.  

 

— Mas... tivemos teste no sábado... — Murmurei, mas logo cruzei os braços. — Certo, Sans. Mas, tem alguma coisa te preocupando? Sempre que você fala dos testes parece... com receio de algo.  

 

— Pirralho, cuide de suas provas, deixa que eu resolvo isso. — Exclamou enquanto se levantava e saia da sala com passos apressados.  

 

Realmente, Sans estava muito estranho em relação à esses testes. Tão estranho que me deixava preocupado as vezes. Enfim, decidi não ligar para isso, tinha preocupações demais.  

 

Abri minha bolsa e tirei uma barra de chocolate. Comer era a única coisa que eu poderia fazer naquele momento. 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem! ♥
Nos vemos no próximo capítulo! ♥



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