Permita-se Recomeçar escrita por Kíria Kim


Capítulo 32
Capitulo 32




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                               Aline

Acordei um pouco perdida, minha cabeça doia, sentia tontura, olhei para os lados, estava em um quarto estranho parecia um hospital, olhei ao meu lado e vi a Taty, ela estava trocando mensagens com alguém.

Quando ela levantou os olhos me viu e abriu um grande sorisso, ela levantou na hora, me deu um beijo na testa e perguntou como me sentia, tentei me lembrar tudo que houve, então fiquei apavorada.

— Taty pelo amor de Deus o Derek, o Luís o que aconteceu com eles?

— Calma Aline estão todos bem, Derek está na sua casa descansando, eu mesma o expulsei daqui, já o Luís levou um tiro no ombro, mas calma ele está bem, está aqui no hospital sendo medicado e a Karina está com ele, ela veio aqui te ver, mas você estava dormindo, ela mandou beijos e recomendações de melhoras, agora me diga como você está?

— Estou um pouco tonta, minha cabeça doi, mas estou bem, agora me diga tudo que você sabe sobre o que aconteceu.

— Bem o que eu sei foi que quem te sequestrou foi Helena Garcia, ela é filha mais velha de Antônio Garcia chefe de uma quadrilha que efetuava roubos a produtos eletrônicos, era o último caso do Derek, a algumas semanas ele recebeu ameaças, então ele montou um verdadeiro esquema de segurança, mais infelizmente não foi suficiênte, você sofreu de qualquer maneira, o resgate foi um plano do Luís com alguns amigos americanos especialista em resgate, o resgate foi efetuado perfeitamente, conseguiram desmantelar a quadrilha, manter as provas e graças a Deus nada de grave aconteceu.

— Derek errou ele não tinha o direito de me esconder uma ameaça, ele deveria ter confiado em mim, a culpa do sequestro não é dele, mas me manter na ignorância não ajuda, fiquei muito brava com ele.

Enquanto conversavamos ouvimos uma batida na porta, uma enfermeira entrou, quando me viu acordada abriu um sorisso e se apresentou.

— Olá Aline, que prazer vê-la acordada, sou Angélica, enfermeira responsável pela sua recuperação, então como está se sentindo?

— Oi Angelica, estou um pouco tonta e minha cabeça doi, mas no mais estou bem.

— A tontura e dor de cabeça é normal, logo se sentirá bem vou te aplicar um analgésico, você poderá se alimentar, tudo indica que amanhã terá alta, logo voltarei com seu jantar.

Olhei para Taty completamente perdida em relação ao tempo, não tinha a menor idéia de quanto tempo tinha passado, ela então percebendo minha reação, disse.

— Você dormiu por umas seis horas, desde o resgate na ambulância você está tomando soro, agora são 18:30hs e você precisa se alimentar para ir para casa amanhã, mesmo por que o Derek vai  chegar bem cedo e não desgrudar mais de você.

— Taty será que eu posso sair dessa cama, quero tomar um banho e visitar o Luís, preciso vê-lo, preciso agradecer por ele ter salvo minha vida.

— Ok vou chamar sua enfermeira e perguntar a ela se você pode se movimentar.

Taty saiu do quarto a procura da enfermeira, voltou minutos depois com ela, Angélica trazia uma bandeja nas mão, veio em minha direção e disse.

— Aline você pode levantar, tomar banho e até visitar seu amigo, mas primeiro precisa comer, depois se movimente, ah quando for visitar seu amigo vá com a cadeira de rodas, ele está no pavilhão oposto ao seu, e não é bom você andar tanto ainda, quando estiver pronta me avise que trago a cadeira.

Angélica ajeitou a bandeja no meu colo, o cheiro de comida fresca fez uma revolução em meu estomâgo, senti fome na hora, devorei toda a comida e tomei o suco, depois com ajuda da Taty tomei banho, como estava no hospital tinha que usar aquela camisola, ainda bem que a minha era do meu tamanho e não ficou tão ridícula.

Taty estava trocando mensagens com Bruno, ele disse que Derek estava dormindo e que talvez ele iria varar a noite, Bruno prometeu ficar com Derek até ele acordar.

A enfermeira me trouxe a cadeira, sentei nela e Taty me levou até o pavilhão que Luís estava internado, Taty bateu na porta e abriu, eu estava muito emocionada, meus olhos estava marejados de lágrimas, Luís estava sentado na cama fazendo algo no celular, a Karina estava sentada na cadeira ao seu lado, quando me virão a Karina levantou e veio em minha direção, ela abaixou e me abraçou, eu olhei para o Luís ele parecia bem, seu braço estava imobilizado, ele então me disse.

— Oi Aline, você está bem?

— Graças a você eu estou viva, nem que eu viva mais cem anos nunca poderei agradecer o suficiênte o que fez por mim.

— Você não tem que me agradecer, era meu dever te proteger, eu prometi ao Derek que te protegeria e também você é minha amiga, amigos protegem uns aos outros.

Me aproximei da sua cama e peguei sua mão, estava com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, me lembrei que Taty me disse que o plano de resgate era dele, então disparei.

— Você me salvou duas vezes, uma com a idéia do resgate e outra me livrando da bala, você é muito mais que um amigo, você é como um irmão muito querido.

Nós quatro choramos emocionados, foi uma comunhão de sentimentos verdadeiros, nossos laços estreitaram muito mais, conversamos um pouco mais, me sentindo um pouco cansada, voltei para meu quarto e me preparei para dormir.

Os raios do sol invadiram meu quarto naquela manhã, abri meus olhos bem devagar, a primeira coisa que vi foi um par de olhos verdes brilhando radiantes para mim.

— Bom dia Docinho, você dormiu bem, está se sentindo melhor?

— Bom dia Coração, sim dormir bem e sim hoje estou bem, e você como está, seu corpo parou de doer, você ficou com alguma marca ou outra cicatriz?

— Eu estou bem Docinho, meu corpo está dolorido, não ganhei nenhuma marca nem cicatriz.

— Que bom que você está bem, nós precisamos ter uma conversa séria, mas antes preciso tomar um banho, você me ajuda?

— Claro amor vamos levantar com calma da cama, não tenha pressa.

— Derek estou bem, ontem já levantei e fui visitar o Luís, não se preocupe, só preciso de ajuda para tomar banho, tenho medo de escorregar, mas espere ai desde que horas você está aqui?

— Estou aqui desde cinco da manhã, acordei vim pra cá, o Bruno veio comigo e levou Taty embora, ela te mandou um beijo, mas então hoje acordou ontem e a Taty não me avisou.

— Ela estava trocando mensagens com o Bruno e ele disse que você chegou com dores no corpo, tomou o remédio e dormiu, eu pedi pra ela não lhe chamar, pois você precisava descansar eu queria ficar com ela.

— Bom sendo assim deixou passar, mas foi só ontem, não vou desgrudar de você tão cedo viu.

— Esse é o plano Coração....será que terei alta hoje, quero tanto ir pra casa.

— Acredito que sim, vamos tomar banho, tomar café da manhã, que vou procurar seu médico, certo?

Tomei um banho reparador, junto com a água foi a angustia e estresses daquelas horas horríveis em cativeiro, tudo que eu queria era ir pra casa e ficar abraçada no Derek, me sentir segura de novo.

O médico passou antes do almoço, me examinou, fez algumas perguntas e disse que poderia ir embora, eu estava bem, mas teria que me alimentar bem e me hidratar, o corativo no braço eu trocaria mais dois dias e depois não precisaria usar mais, eu não teria nenhuma marca, pois o tiro foi de raspão.

Antes de sairmos do hospital fomos até o quarto do Luís, para minha total alegria ele estava em pé arrumando as malas para ir embora.

Derek e Luís se abraçaram emocionado, ouvi quando Derek disse bem baixinho ao Luís.

— Irmão devo minha vida a você, ao salvar Aline você me salvou também.

— Eu sei bem disso, você faria o mesmo por mim se fosse Karina e não Aline, então não me agradeça somos irmãos.

Karina me abraçou emocionada e me deu um beijo na bochecha.

Como era quase hora do almoço, resolvemos ligar para Taty e o Bruno, iriamos para a casa do Derek, comprariamos o almoço no caminho e comemorariamos mais essa vitória.


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