Christa estava sempre sorrindo. Sorria para animar os colegas do time, sorria para fazer o seu dia mais feliz, e sorria apenas por sorrir. Todos pensavam que era impossível ela chorar ou ficar desanimada.

Mas só porque as pessoas diziam isso, não queria dizer que ela não podia desanimar, certo?

Afinal, Christa não era um robô programado para sorrir. Ela também chorava. E uma das vezes que ela chorou, foi quando o seu namoro terminou. Claro que eles continuaram sendo amigos, mas isso não a impediu de ficar triste. Ela não era um robô.

E Kurama sabia que ela também podia chorar. Porque ele também não era um robô. Todos pensavam que ele estava sempre sério e indiferente, e ele foi assim enquanto o Fifth Sector dominava o futebol.

E Christa fazia-o sorrir. Cada vez que estava desanimado ou zangado, e ninguém queria se aproximar por medo, ela vinha sem medo algum, e fazia todas as baboseiras e piadas para o ver feliz. Ela podia passar um dia inteiro ao lado dele só para o fazer sorrir.

 Por isso, ele não queria que ela pensasse que tinha que estar sempre feliz. E se fosse necessário "lutar" com o seu ex-colega de time, Minamisawa Atsushi, pelo amor da mais nova, assim iria fazer. Pois ele não era um robô, e também sabia amar.

*~*~*

Christa ia para casa sozinha depois do treino. Os seus irmãos não vinham com ela, então não precisava de sorrir. Ultimamente, eles pareciam mais próximos do time, e isso alegrava muito a mais nova. Mas mesmo assim, ela não era capaz de se sentir feliz ao se lembrar de Taiga.

—Sinto falta do que passámos juntos, Kichibe... -suspirou pesadamente, com lágrimas escorrendo pelos olhos.

—Você devia amar outra pessoa.

Assustou-se com a voz ao seu lado, vendo Kurama olhando-a sério e com os braços cruzados. Sorriu tristemente.

—Não é tão fácil assim encontrar alguém para amar, Kurama-san.

O mais baixo empurrou-a para um muro ali perto, segurou o seu queixo, e selou os seus lábios. Christa ficou estática durante o beijo, e uns segundos depois, ele afastou-se.

—Agora já tem alguém para amar. -saiu dali, com as mãos nos bolsos.

Christa tocou com as pontas dos dedos nos lábios, sorrindo a seguir.

—Você deve ter razão, Kurama-san.