Hamartia escrita por helo


Capítulo 6
People are strange


Notas iniciais do capítulo

Mais uma atualização ahahha
espero que gostem!
beijinhos ♥



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As aulas recomeçaram e a neve ainda perdurava. A primeira aula que teriam pós ferias seria Trato das Criaturas Mágicas e Hagrid não se absteve quanto a manter seus alunos no castelo, fizera uma fogueira naquela mesma clareira próxima a floresta proibida. Emma ouvira pouco o que seu professor explicava quanto salamandras, mexia os pés tentando controlar a ansiedade, trocava alguns olhares significativos com Hermione Granger, pretendiam se reunir com Rúbeo ao fim daquela aula para tratarem dos últimos acertos quanto a defesa de Bicuço, o Hipogrifo, o julgamento seria por aqueles dias. Hermione, assim como Emma pode observar, estava em pé, fazendo anotações sozinha, enquanto Harry e Rony estavam do outro lado do grupo sem sequer olhar para a menina. Ela não parecia bem, Hermione carregava uma mochila cheia de livros, quer dizer, com mais livros do que normalmente levava, o cabelo parecia não ver um pente há tempos e escuras olheiras cobriam seus olhos. 
Quando todos já haviam deixado o gramado forrado pela neve, de volta ao castelo, Hagrid levou as duas meninas consigo para sua cabana, lhes serviu uma caneca de chá e Hermione, que sempre tinha tanto a falar, parecia cabisbaixa no momento, então Emma decidiu assumir. Mostrou a Hagrid as últimas anotações que haviam feito, dissertou sobre o que ele poderia dizer e até ensaiaram algumas vezes. Quando se despediram do guarda-caça, no caminho de volta ao castelo, Emma observava Hermione pelo canto dos olhos, só ouvira respostas monossilábicas da menina por todo o tempo em que estiveram juntas naquela manhã e era estranho, até mesmo para ela, que mantinha com Hermione um relacionamento profissional de ajuda mutua ao Hipogrifo de Hagrid. 
— Espera! - Já estavam no primeiro andar quando Emma parou de frente a Hermione, impedindo-a de continuar a andar. - Mione, eu não acredito que vou dizer isso, mas por favor, fale alguma coisa. - Hermione encarou os olhos muito azuis de Emma e começou a chorar. - Ah, por Merlim! - Emma arrastou a menina até o banheiro feminino mais próximo daquele andar, garantindo-se que ninguém as vira. Hermione ajoelhou-se no chão frio e tapou o rosto com as mãos, escondendo as lagrimas. Emma suspirou, caminhou quebrando a pouca distância que separava as duas garotas, sentou-se ao lado de Hermione e simplesmente a abraçou. Hermione retribuiu. Um tempo depois, ainda fungava com a cabeça nas pernas de Emma, que acariciava-lhe os cabelos. Quebrou o silêncio. 
— Obrigada, Emma. - Hermione disse baixinho, com a voz embargada pelo choro. - Senti que você estava precisando lidar com seus sentimentos e só quis ajudar. Está melhor agora? - Hermione assentiu. - O que foi que aconteceu a você, Mione? - Perguntou, com sua curiosidade aguçada. 
— O que foi que não aconteceu? Não é mesmo? - Hermione desfazia-se do conforto de segundos atrás enquanto chorava no colo de Emma, sentindo seu corpo reclamar ao se levantar bruscamente. - Além de estar cursando mais aulas do que poderia dar conta, tenho dois trabalhos atrasados e mais de 400 páginas de um estúpido livro de Aritmancia para terminar até amanhã, não consigo dormir à noite, preocupada com o destino de Bicuço e, ainda por cima, acho que Harry e Rony me odeiam de verdade. 
— Hermione, se acalme, por favor. - Emma disse vendo resquícios de novas lágrimas surgindo nos olhos da menina. - Primeiro, respire fundo. 
— Eu não sei como é que isso... - Hermione começou a dizer, mas Emma a repreendeu. 
— Apenas inspire, Hermione. Vamos! - Emma disse, assistindo Mione puxar o ar para dentro de seus pulmões. - Isso mesmo, agora expire. - E ela soltou o ar dos pulmões. - Melhorou? 
— Um pouco, sim. - Hermione olhava para as próprias mãos. 
— Mione, você está sobrecarregada. Esta cursando quantas aulas a mais? - Emma percebeu que era estranho, como a menina conseguira inserir em seu horário mais aulas? Sabia que o cronograma de estudos era o mesmo para todos os alunos de Hogwarts. 
— É complicado... - Ela parecia enfrentar uma batalha interna, onde não tinha certeza se queria dizer a verdade. 
— Você não precisa me dizer nada que não queria. Só quero ajudar. - Emma logo se explicou, lembrando o quanto Hermione era fechada com os outros, principalmente com alunos das Sonserina, demorara semanas para que ela passasse a chamar Emma pelo nome e não pelo sobrenome. Não era tão amigas assim, a ponto de trocar segredos, já era estranho o suficiente Emma ter-lhe carinhosamente acudido. 
— Veja bem, eu sou nascida trouxa. Meus pais não são bruxos. Nunca imaginei que existisse universo tão fascinante quanto o mundo bruxo e desde meu primeiro dia como uma, decidi me dedicar total e plenamente aos estudos. Talvez para comprovar aos outros que posso ser melhor do que este rótulo a que pertenço. Talvez para provar algo a mim mesma. Não sei. Mas talvez Profª Minerva suspeite de alguma coisa. Porque no fim do ano passado, ela me chamou para conversar e me ofereceu essa oportunidade, de cursar todas as aulas de meu período letivo, é claro que aceitei. Me lembro de como me senti naquele momento, excitadíssima com a ideia de aprender mais, fui ao beco diagonal e comprei todo o meu material, sacolas e mais sacolas de livros, pergaminho, tabelas, tudo, e então começaram as aulas. Eu me sentia mais motivada e atraída a tudo que estava aprendendo, mas aí começaram os deveres e trabalhos que cada professor passava, e mais alguns problemas foram surgindo, coisas que envolvem a Harry e Rony, e não tenho certeza se posso lhe contar. Depois tudo isso com Hagrid e as noites sem dormir, ou os dias em que perco as refeições e passeios pelos jardins ou qualquer outra coisa que se faça no tempo livre, tudo porque estou sempre muito ocupada com minhas tarefas estudantis. - Ela soltou um suspiro, parecia tirar um peso enorme de suas costas. 
— Você está assistindo a todas as aulas? - Emma estava estupefata. - Como isso é possível? Achei que estivesse cursando uma, duas aulas a mais e não a todas. Isso é loucura, Mione. Não é a toa que está tão abarrotada de trabalhos e tudo o mais. 
— A Profª Minerva me deu um gira-tempo. - Hermione puxou a gola de sua camisa, e alcançou uma corrente de ouro que carregava no pescoço, na ponta havia um tipo de ampulheta. Emma sabia da existência do artefato, mas nunca vira um daqueles na vida. 
— Incrível. - Emma sussurrou, pegando em suas mãos o gira-tempo, admirando-o. 
— Você não pode contar isso a ninguém, Emma, por favor. Profª Minerva me confiou segredo, e... - Hermione dizia, quando Emma a interrompeu. 
— Ei, não precisa se preocupar. - Disse tocando o ombro da outra menina, amigavelmente. - Como eu disse, só queria lhe ajudar, e posso fazer algum desses seus trabalhos atrasados, se quiser. Assim você terá um tempinho a mais para terminar de ler aquele livro de Aritmancia. - Hermione lhe sorriu. 
— Sabe de uma coisa, Emma Mccalister, eu gosto de você. - Dessa vez, fora Emma que sorriu. 

Passara toda a tarde livre daquele dia com Hermione na biblioteca, ajudando-a a terminar algumas das tarefas e fazendo outras suas próprias também, não falavam muito, o que mais era ouvido na bolha de estudos criada pelas duas era o som das penas em contato com o pergaminho. Sabia que devia ser próximo a hora do jantar, sentia seu estomago reclamar um pouco de fome, suas mãos estavam vermelhas de tanto escrever, alguns dos dedos formigavam, olhou para Mione de relance e a garota parecia o contrário dela, carregava inclusive um sorriso no rosto enquanto virava a página do livro de transfiguração que folheava. Piscou os olhos algumas vezes e voltaria a escrever, porém sentiu seu braço ser puxado e ela foi arrastada contra sua vontade. Olhava para seu transgressor e tudo o que via eram suas costas e os cabelos claros. Não precisaria de muito mais para saber quem era. Draco Malfoy a levou para alguns corredores depois da biblioteca, e entrou numa sala de aula vazia. Fechou a porta atrás de si, para enfim se virar para a menina com uma expressão carrancuda no rosto, não muito diferente da dela. 
— Se você está fazendo isso tudo para me irritar de alguma maneira, sugiro que pare agora mesmo, Mccalister. - Ele disse frisando o sobrenome. 
— Nada do que faço lhe diz respeito, Malfoy. - Respondeu no mesmo tom. 
— É claro que me condiz respeito, você é minha prometida, o que você fizer de agora em diante afeta a mim e a minha família. - Draco disse, raivoso. 
— Eu espero que você não esteja mesmo achando que vou me casar com você só porque nossos pais querem isso. - Emma se afastou de Draco, caminhando para o outro lado da sala.
— Emma. Emma. Emma. - Ele repetiu seu nome repetidas vezes se aproximando dela. - Tão ingênua. Assim como eu era alguns anos atrás. Não há nada que possamos fazer contra isso. É uma força muito maior. Não é como se pudéssemos passar por cima do que algo que é dito por alguém tão poderoso e influente, como o seu pai, ou ao meu. - Draco parecia amaciar sua voz, tentando falhamente confortar a amiga. 
— É você quem é inocente, Draco, criou essa sua falsa imagem, onde se mostra auto suficiente, que causa tremores aos outros, mas mal sabem eles que você não tem livre arbítrio, está confinado as escolhas de seus pais. É de sentir pena. - Vira o rosto de Draco se fechar, tocara num ponto sensível, e sabia disso. 
— Olha só quem fala. - Ainda podia enxergar a máscara no rosto do amigo, aquele já não era mais o seu Draco. - Eu posso me guardar do mundo, Emma, mas e quanto a você? Você se esconde de você mesma. Não é à toa que seus pais não estão nem aí para você, eles não lhe entendem, ninguém entende, nem mesmo você. - Draco tinha aquele sorriso de canto de rosto, aquele sorriso que demonstrava o quão filho da puta ele poderia ser. 
— Você não disse isso, seu... - Emma começou a dizer, sentindo sua voz falhar. 
— Eu disse sim. Porque você precisava ouvir. Porque de todas as pessoas do mundo, Emma Mccalister, você foi a quem mais me machucou. - A esse ponto ele segurava os braços de Emma, presos as laterais do corpo da menina, impedindo-a de se mover, e sussurrava, afim de manter a privacidade, mas com toda a sua raiva exposta em na voz. - Você, quem me conhece melhor do que qualquer outro ser humano, melhor que minha própria mãe, aquela mulher que lhe criou feito uma filha, e que você renega, você renega a todos nós com essas atitudes, Emma, você é uma traidorazinha do sangue. Do seu próprio sangue. - Emma chorava, pela dor que sentia nos braços, em vista da força que Draco empunhava, e da intensidade de suas palavras. 
— O que foi que eu lhe fiz, Draco? - Ela lamuriava. - O que foi que eu fiz de tão ruim a você? Para me tratar assim? Esse não é você Draco, não é o Draco que conheço. - Lágrimas escorriam por suas bochechas, sentia o corpo todo tremer. 
— Você me desprezou, Emma. - Ele disse encarando-a nos olhos. - Você não me deixou lhe contar o meu lado da história, você simplesmente virou as costas a todos, a mim, Emma, você me deixou lá, com todos os olhares de nossos pais voltados a mim e quando fui atrás de você, não quis me ouvir, não me abriu as portas, você me deixou, Emma, e o meu coração, ele sempre foi seu, e você o partiu em mil pedaços. 


 

* * *




Haviam semanas que não falava com Draco Malfoy, e ele tão pouco com ela, ainda sentia os olhares inquisidores que lhe lançava e as poucas vezes que acabava se perdendo nos olhos acinzentados de Draco, porque velhos hábitos eram difíceis de mudar. Sentia um fio de arrependimento quando se lembrava de tudo o que já passara com o menino, da importância que ele ainda tinha e sempre teria, a ela. Mas também não poderia negar que desde que se distanciara de vez de Malfoy e dos alunos da Sonserina, criara ainda mais laços com os alunos das outras casas. Não sabia se estava querendo evidenciar a Draco ou a si mesma, que poderia viver sem o amigo. Tudo o que sabia era que seus dias sentada sozinha com um livro imersa em silêncio, se tornaram cada vez mais raros. Como naquele momento, por exemplo, estava na companhia de alguns alunos das Lufa-Lufa, que ela descobrira ser a casa das pessoas mais legais de toda a escola. Quer dizer, você não ouvia falar de ninguém desleal ou que não fosse amigável e decente, ninguém se preocupava em pensar algo do tipo e muitos ficavam sem saber porque os de Lufa-Lufa eram humildes demais para ficar se gabando. Como Emma desejava ser da Lufa-Lufa. De qualquer forma, estava com alguns alunos do quinto ano, Megan Jones, Dimitri Helsemann e Owen Luftkin, amigos de Cedrico Diggory, e também na companhia dele próprio, Ced, como o chamava agora. Estavam no campo de Quadribol, Cedrico e Dimitri trajavam o uniforme de quadribol da casa, acabavam de terminar o treino da equipe, Emma assistira por insistência de Ced, mas não poderia dizer que não se entediara nos primeiros cinco segundos. 
— A gente tem grandes chances contra Corvinal, basta Ced não bancar o cavalheiro com a Chang de novo. - Dimi disse arrancando risadas de todos, e deixando as bochechas de Cedrico coradas. 
— Cale a boca, Dimi. - Cedrico reagiu dando um tapa seco na cabeça de Dimitri, que riu por envergonhar o amigo. Coisas de garotos. 
— Quando venceram Corvinal, com quem vão jogar depois? - Emma perguntou de repente. 
— Veja só. - Dimitri disse. - Quando chegamos aqui, você disse que odiava Quadribol e agora já quer saber do próximo jogo. 
— Aposto que estará nos próximos testes para a equipe da Sonserina. - Megan brincou. 
— Só se for para mascote, não sei nem como montar uma vassoura. - Emma disse, fazendo os amigos rirem. 
— Eu não acredito, Emma. - Ced parecia incrédulo. - Achei que soubesse pelo menos o básico.
— Você não torce para nenhum time de Quadribol? - Fora a vez de Owen perguntar, o pai dele era comentarista esportivo, ele sempre ganhava ingressos de cortesia para as partidas e ás vezes presenteava os amigos com alguns, pelo menos fora isso que Ced lhe dissera. 
— Eu sei o nome de alguns times que meus amigos torcem, mas eu não tenho preferencia quanto a nenhum deles. - Ela disse dando de ombros. 
— Tem os Fura-bolas de Quiberon, é uma equipe famosa da França, você não era de lá? - Cedrico perguntou. 
— Eu estudava em Paris, mas só isso, sou da Inglaterra. - Assistia a Cedrico fazer uma cara pensativa. 
— Então, pode torcer para os Montrose Magpies comigo, estou esperando que se classifiquem para a final da liga de Quadribol, tenho certeza que irei nesse jogo, e seria a coisa mais linda do mundo assistir meu time nas finais. - Cedrico parecia enérgico ao falar de seu time de Quadribol. Mais coisas de garotos. 
— Duvido que ganhe dos Tornados de Tutshill, mas tudo bem. Não quero começar uma guerra. - Owen disse erguendo os braços em sinal de paz. 
— Por favor, vamos parar de falar de Quadribol. - Megan disse, parecendo tão perdida quanto Emma naquela conversa. - Tenho certeza que Emma deve estar desejando explodir de novo. - Todos riram dessa pequena piada interna. Emma estava passando por uma fase em que dizia desejar explodir a todo o momento, pelas mais fatídicas razões possíveis. 
— Você está, Emma? - Dimitri perguntou. 
— Um pouco. - Confessou, arrancando mais risadas. 
— Então vamos entrar, antes que todos congelemos. - Megan pediu abraçando o próprio corpo. 
— Não podemos. - Cedrico foi o primeiro a dizer.
— Não vá me dizer que pretende continuar treinando, Ced? Seu maníaco. - Dimi disse. 
— Não, Dimi, mas preciso ensinar Emma a montar numa vassoura. - Ele disse virando-se para a menina, que parecia não acreditar no que ouvia. 
— Ced, não. Eu não sou boa com nada que envolva Quadribol, você quer me fazer passar uma ruim na frente de todos os meus amigos. - Ela disse, queixando-se. 
— Nem vem, Emma. - Ced disse puxando-a pela mão. - Vamos dar uma pequena volta pelo campo, só isso, e quando terminarmos você vai passar o resto do ano me importunando por mais aulas. - Emma lhe deu língua, desdenhando do amigo. 
Emma sentou na vassoura de Cedrico, e ele tomou posição logo atrás dela, levantaram vôo em seguida, antes disse Ced lhe pediu calma e que confiasse nele, duas tarefas difíceis para a menina que estava comprometida em não confiar em mais ninguém, e que já estava nervosa desde o momento em que Cedrico falara daquilo num primeiro momento. Fechou os olhos quando sentiu seus pés saírem do chão. E um abismo se abriu em seu estômago. 
— Abra os olhos, Emma. - Ouviu Cedrico sussurrar. 
E assim o fez, deveriam estar há uns 20 metros acima do gramado coberto de neve, seus amigos eram pontinhos pretos, tudo parecia tão distante, a brisa fria em seu rosto e aquela velha sensação de que a qualquer segundo poderia cair, não pareciam mais tão ruim assim, na verdade, o perigo tinha um gosto muito bom, ela chegou a pensar. Levemente olhou para Cedrico por cima dos ombros e enxergou tudo o que não via há muito tempo. Ou ao menos, que não se deixava ver. 
Á uma distância segura, Draco Malfoy assistia a tudo aquilo. 

 

* * *



— Pare agora mesmo, Potter! 
— Está me perseguindo? Sinto lhe dizer, mas vai ter de entrar na fila, Mccalister. - Harry dizia para Emma conforme assistia a menina se aproximar quebrando a distância entre os dois. 
— É, e a fila está enorme, ouvi dizer. - Emma disse abanando a mão, fazendo pouco caso. - Preciso falar com você. - O timbre na voz de Emma era sério. 
— Claro, vamos caminhar pelos jardins. - Harry abriu espaço a sua frente, deixando a menina passar primeiro, e seguindo logo atrás dela. 
— Não sei por onde começar. - Colocou algumas mechas rebeldes de seu próprio cabelo atrás da orelha repetidas vezes, em sinal de nervosismo. - Você deve saber que ando um tanto próxima de Mione? - Perguntou insegura.
— Hm, saber não sabia, mas o deve estar mesmo, tanto que já a chama de "Mione". - Poderia ser coisa da sua cabeça, mas aos seus ouvidos parecia que Harry Potter estava com ciúmes da recém-amizade entre ela e Hermione. 
— Pois é, trabalhamos juntas há alguns meses num projeto em comum. - Emma gaguejou a última parte, não sabia se Harry tinha conhecimento do que andavam fazendo por Bicuço, o Hipogrifo. 
— Projeto em comum? Você e Hermione? - Harry parecia começar a ficar confuso com aquela história. 
— Sim! - Emma confirmou. - Não sei se posso lhe contar, mas, olhe, Hermione e eu preparamos a defesa do Hipogrifo de Rúbeo, para que ele não seja sacrificado injustamente. - Harry estava boquiaberto.
— Você também está amiga de Hagrid? E ele já lhe ofereceu canecas de chá e bolos de frutas seco e duro? São a especialidade dele. - Harry lhe sorria. Sentia-se confiante em continuar. 
— Eu não sei porque vocês reclamam tanto dos bolos que ele faz, Mione sempre diz a mesma coisa. Mas espere. - Emma balançou a cabeça, se concentrando. - Aah! - Ela gritou. - Estamos nos perdendo nessa conversa. - Harry tapara os ouvidos, sustentando a graça. 
— Você é bem doidinha, já lhe falaram isso? - Ele dizia. 
— Quase sempre. Mas me deixe falar. - Ela pediu. - Onde eu estava mesmo? Aé. Então. - Emma adiantara-se um pouco na caminhada e parara de frente a Harry Potter, apontando-lhe o dedo indicador. O menino-que-sobreviveu ergueu os braços em sinal de trégua, mesmo sem saber exatamente a que. - Brincadeiras à parte, o negócio é o seguinte, Harry Potter, você e seu amiguinho Weasley andaram sendo uns babacões com a pobre Hermione. Eu não achei que fosse algo tão grave até o surto que ela deu alguns dias atrás. Ela perdeu uma aula de feitiços! - Falara alguns tons mais alto essa última parte, que parecia ter um grande significado aos dois. - E você sabe muito bem que a coisa só pode estar um tanto ruim para Mione perder uma aula. - Emma mantinha seu olhar inquisidor. 
— Er... - Harry coçou a cabeça, desviando do olhar inquisitivo de Emma, um tanto envergonhado. - Hagrid nos falou coisa parecida, mas, bem, não sabemos o que fazer, entende? Fomos realmente cruéis com Mione. 
— Por que não começam se desculpando? - Emma disse simplesmente. - Vocês são amigos, amigos brigam, e o mais importante, amigos perdoam. - Disse a última parte mais baixo, e com a mente em outro lugar, pensando em seus próprios relacionamentos, com um amigo em questão, seu melhor-amigo, na verdade, e que agora parecia tão distante. Pensava em todos os erros, das duas partes, em como não saberia por onde começar para consertar muitas das coisas, e no quanto sentia falta de seu Draco. Oras, como era tão mais fácil resolver algum assunto que não lhe envolvia, como estava fazendo, ajudando na amizade de Harry, Rony e Hermione. Tinha medo de nunca mais voltar a ter o mesmo laço que passara a vida toda criando com Draco, quer dizer, não poderia simplesmente chegar como quem não quer nada, dar-lhe um abraço e dizer que sentia muito. Tinha plena certeza de como tudo poderia ser um pouco mais complicado quando envolvia Draco Malfoy, e mais explicitamente, quando a envolvia também. 
— Você tá certa. Eu vou falar com Rony, essa nossa pseudobriga está durando tempo demais mesmo. Como a própria Hermione nos diria, somos muito imaturos. - eles riram com a tentativa de Harry em imitar a voz de Mione. - É, que, não me entenda mal, mas, cara eu ganhei uma fucking Firebolt, ficou um pouco pessoal esse negócio, sabe? Antes, todas as discussões eram entre Rony e Mione, e Bichento e Perebas, quer dizer, ainda são, eu não me envolvo nas brigas, tento não escolher um lado, sou imparcial a maior parte do tempo, mas não tinha como não ficar alarmado em perder minha vassoura voadora. Ainda dói. - Harry tocou o lado esquerdo de seu peito. E Emma não pode deixar de rir. 
— Supera isso, Potter! - Emma empurrou-lhe um dos ombros levemente. - Você pode ter mil vassouras encantadas, mas só existe uma Hermione e ela está possessa com os dois no momento. 
— Eu sei. - Harry murmurou, pensativo. 
— E tem mais. - A menina continuou. - De que adiantaria você ganhar o campeonato de Quadribol da escola se não poderia comemorar com seus melhores amigos? Porque estariam todos muito irritadiços para dividir o suco de abóbora, ou um abraço. 
— Você é muito sentimentalista, Emma. Vai me fazer chorar. - Emma lhe repreendia com o olhar. - Já entendi, vou falar com Mione, ainda hoje, prometo. Só tenho que falar com Lupin antes. - Harry dizia.
— E o que é que nosso professor de Defesa Contra as Artes das Trevas tem a ver com isso? - Emma quis saber. 
— Ah, bem. - Ele parecia meio desconcertado, numa batalha interna decidindo se valeria a pena falar ou não. - E-ele anda me dando algumas aulas extras, anti-dementadores. 
— Oh. - Emma o encarava fixamente. - Não me diga que... - Ela parecia um tanto excitada com a ideia que se passava por sua cabeça. - Não me diga que ele está lhe ensinando a conjurar patronos? - Sussurrou a última parte. 
— Como é que você sabe isso? - Harry parecia admirado. 
— Eu tive que acompanhar meu pai numa visita que ele fez a Askaban com o Ministro e Stefan estava conosco. Ele ficou comigo enquanto papai cuidava de seus assuntos e não tem como não se sentir relativamente mal com essas coisas por perto, então ele simplesmente me falou que a única forma de vencer uma força maléfica como essa seria com energia positiva, na figura de um patrono. Mas eu nunca consegui conjurar um. - Lamentou-se 
— Er, as aulas anti-dementadores não estão correndo tão bem quanto eu esperava, em várias sessões consegui produzir um vulto prateado numa forma indistinta, mas é um patrono muito fraco para afugentar um dementador. Algumas vezes esse feitiço parece que só esgota toda minha energia, e que não serve de nada, na verdade. - Harry confessou.
— Você vai se sair bem, Harry. - Emma afagava o ombro do menino, tentando confortá-lo. - Se concentre nas lembranças felizes. 
Eles se despediram com Harry correndo para a sala do Professor Lupin, ele já estava um tanto atrasado para suas aulas anti-dementadores. Emma voltou para a sala comunal da Sonserina, ainda fazia frio em Hogwarts, e as poltronas bem posicionadas de frente a lareira eram irresistíveis demais, até mesmo para ela. Tinha o horário livre naquele dia até a hora do jantar, e decididamente não faria nada até lá, não tinha vontade nenhuma de estudar para os exames que estavam a cada dia mais próximos, e também não tinha dever nenhum atrasado, e devia isso tudo a Hermione, que andara incentivando Emma a terminar seus trabalhos escolares, quando ela normalmente deixava tudo para ser feito na véspera da entrega, ah Mione, acreditava que quando a encontrasse sentada na mesa da Grifinória no Grande Salão naquela noite a menina estaria com um humor melhor, e acompanhada dos dois melhores amigos, se tudo ocorresse como esperava. Pensou cedo demais. 
Estava sentada entre Fred e Jorge num banco de madeira de algum corredor adjacente ao Grande Salão, Gina Weasley e Harry Potter também estavam com eles, tentavam animar um inconsolável Rony Weasley, que pelo o que Fred a contara, tivera Perebas, seu bichinho de estimação, comido pelo gato de Hermione, o Bichento. E Rony estava realmente sofrendo muito com a perda do rato. 
— Vamos, Rony, você vivia dizendo que Perebas era chato — disse Fred para. — E seu rato estava doente havia séculos, estava definhando. Provavelmente foi melhor para ele morrer depressa, de uma engolida, provavelmente nem sofreu. 
— Fred! — exclamou Gina, indignada. 
— Ele só fazia comer e dormir, Rony, você mesmo dizia — argumentou Jorge. 
— Ele mordeu Goyle para nos defender uma vez! — disse Rony, infeliz. — Lembra, Harry?
— É, é verdade — confirmou o amigo. 
— Foi o ponto alto da vida dele — disse Jorge, incapaz de manter a cara séria. — Que a cicatriz no dedo de Goyle seja uma homenagem eterna a memória de Perebas. 
— Ah, sai dessa, Rony, vai até Hogsmeade e compra um rato novo. Que adianta ficar se lamentando? - Emma cotovelou Fred no estomago, repreendendo o menino. Nada parecia animar Rony Weasley, de longe ele não era uma das pessoas favoritas de Emma em Hogwarts, e vice-e-versa, mas se sentia mal pela perda do menino, e numa última tentativa de distraí-lo do fatídico incidente, Emma puxou de sua mochila uma caixa de pequenos Ovos de Dragão de chocolate, que recebera por correio-coruja de casa, e a entregou a Rony, que tinha os olhos brilhando, e aceitou o presente de bom grado, mas nada disse sobre isso, e Emma, como ninguém, sabia respeitar o silêncio. 


 

* * *




O banquete daquela noite fora nada mais do que agradável para Emma e com a segunda visita ao vilarejo de Hogsmeade se aproximando, passara todo o jantar debatendo com Blásio Zabini e Tracey Davis que Rum de Groselha era um milhão de galeões melhor do que Cerveja Amanteigada, enquanto contestava mentalmente com ela mesma, até onde poderia chegar sua personalidade sociável, que recentemente desabrochara e que agora a propiciava conversas amigáveis até mesmo com outros alunos de sua própria casa. 
— Você é cheia de frescuras, Emma, tenho certeza que nunca nem experimentou cerveja amanteigada e está aí falando... - Zabini provocou, fazendo Tracey e Emma rirem. 
— Eu não tenho frescura nenhuma! - Emma protestou. - Davis, me defenda. - Ela suplicou a menina sentada ao seu lado na mesa, que ainda terminada de comer a sobremesa. 
— Da última vez que estivemos em Hogsmeade, você disse que precisava de meias. Então, você sumiu e quando lhe encontramos, você estava saindo da Trapobelo Moda Mágica com mais sacolas que a Dafne Greengrass. Cadê Merlim agora, Zabini? - Tracey disse, fazendo um high five com Emma, em seguida. 
— Talvez eu derrube alguma de vocês duas da Torre de Astronomia amanhã. - Zabini dizia. Arrancando mais risadas das meninas. 
— Puta, temos astronomia amanhã. - Tracey dizia o óbvio. – Emma, você promete me ajudar a terminar meu mapa Solar? 
— Emma, você promete não estar de pijamas amanhã no café-da-manhã? - Zabini usara o mesmo tom pedinte de Tracey Davis na voz, relembrando de um episódio de alguns dias atrás quando Emma acordara preguiçosa em excesso e um tanto atrasada, com mais medo de perder o café da manhã do que o começo da primeira aula do dia, descera para o Grande Salão de pijamas mesmo. E seus novos amigos não cansavam de lembrá-la disso, ou da forma com que o diretor da casa Sonserina, Severo Snape a olhava, parecia desejar explodir o cérebro da menina com o poder da mente, e até de quando o próprio Alvo Dumbledore sentira-se a vontade para trocar o chapéu pontudo de bruxo da mesma cor de suas vestes, por seu gorro de dormir. 
— Davis, te ajudo quando voltar para a sala comunal, e Zabini... - Emma mostrou o dedo médio para o amigo. 
— Vai dar um passeio noturno, Emma? Vai ser com Diggory de novo? - Tracey Davis lançava-lhe um olhar malicioso, e Emma decididamente chegou à conclusão que a menina fazia perguntas demais para o seu próprio gosto. 
— Davis, acalme-se. - Emma pediu. - Primeiro que eu não estava dando um "passeio noturno" com Cedrico. - Fez aspas com os dedos. - Ele estava me ajudando com uns deveres do Flitwick, e hoje eu só tenho que mandar uma carta para minha tia. - E dito isso, não conseguiu não olhar para Draco. Sentira o olhar dele sobre si durante toda a refeição. E ainda lhe era muito estranho tê-lo tão perto, e tão longe, ao mesmo tempo. Há quanto tempo não se falavam? Talvez essa fosse a pior parte. Não ter Draco. E ele parecia ter exata certeza sobre o que se passava na cabeça da amiga, ele sempre sabia quando se tratava de Emma, caso contrário não estaria tão próximo de Pansy Parkinson e de outras garotas da Sonserina, como estava ultimamente, eram raras as vezes que não era visto passando porEmma com seu olhar reprovador, mas de mãos dadas com Parkinson. Emma não gostava da menina, e nem um pouco, mas não era contra a amizade dos dois, seria hipócrita se o fosse, afinal ela mesma andava com metade das pessoas que Draco mais odiava no mundo. Talvez pra fazer ciúmes, ou talvez fosse para suprir a falta que a amiga lhe fazia, não tinha certeza de nenhuma dessas suposições, só o que sabia era que sentia falta do amigo. Poderia fazer amizades com todos os alunos de Hogwarts, mas se não tinha Draco, não tinha nada. E era muito difícil lidar com isso. 
Levantara da mesa antes dos companheiros de casa e saíra pelas portas do Grande Salão sem nada dizer, uma olhada rápida pela mesa da Grifinória para perceber que Fred já não estava mais por lá, com um sorriso tímido no rosto, venceu em passos largos os três lances de escadas que a separavam do Terceiro Andar, e mais precisamente da Sala de Troféus. Com um longo suspiro de ansiedade, atravessara a entrada da sala escura, sendo surpreendida por um par de braços envolvendo-a. Era Fred Weasley. 
— Você demorou. - Ele se queixou. 
— Sabe o quanto gosto de comer. Inclusive, deveríamos visitar mais as cozinhas. - Fred afundara o rosto nos cabelos da menina, sufocando sua risada. 
— Vou cuidar disso. - Ele dizia, enquanto a conduzia para algumas almofadas bem posicionadas no canto da Sala de Troféus. Coisa que Emma achou curiosa. 
— De onde saiu isso? - Ela perguntou. 
— Não faço ideia, quando cheguei já estavam aí, com certeza algum casal deve ter esquecido aí sem querer. - Fred respondeu. 
— Casais vêm aqui? - Questionou. 
— As pessoas que vêm a Sala de Troféus normalmente têm o intuito de fazer alguma coisa errada. - Emma sentiu as bochechas corarem. E Fred riu da garota. - Você ficou vermelha, Emma. - Ele dizia apontando para o rosto da menina. - É brincadeira, ok? - Fred alcançou a varinha no cós da calça de suas vestes. - Feitiços para conjurar, está vendo. - Ele dizia conforme balançava a varinha e fazia surgir mais duas almofadas. 
— Você vai ter que me ensinar. - Agora olhava fascinada para as almofadas de Fred, que ria da menina. 
— Eu vou ter que te ensinar? - Ele repetiu, questionando-a. 
— Por favor. - Emma juntou as mãos eu súplica. - Eu faço o que você quiser. Sempre quis aprender a conjurar objetos. Imagine só? Nunca mais vou ter que me levantar da cama. - Fred não parecia mais muito animado, ao menos não da forma que estava quando chegaram na sala de troféus. - Ei, Fred. - Chamou, tocando o braço do garoto. - O que é que você tem? - ele voltara a encará-la, sem vestígios de seu sorriso no rosto.
— Eu não sei. - Soava sincero. - Eu não consigo me lembrar das palavras. - Fred passara a tarde ensaiando o discurso para aquele momento, e de repente, as palavras simplesmente lhe fugiram a mente. - Cara, como isso é difícil. - Ele disse por fim, se sentando em algumas das almofadas, enfezado consigo mesmo. Para Emma era estranho ao mesmo tempo que era curioso enxergar Fred, que outrora sempre fora tão seguro de si, em lamúrias por não conseguir dizer alguma coisa, e ainda mais para ela. Em pouco tempo de convivência, conheciam-se há menos de um ano, mas já haviam superado tantas barreiras sociais, que achava que momentos como esse nunca mais chegariam a ocorrer. Porém, lá estavam eles. Num silêncio que chegava a ser constrangedor. 
— Fred. - Ela disse cutucando-o na barriga, conforme se ajeitava nas almofadas ao lado do amigo. - Eu sei que você não me chamou até aqui só para infringirmos algumas normas do regulamento de Hogwarts, mesmo isso podendo ser bem possível. - Por alguma razão, ele parecia envergonhado. 
— Você checou o quadro de avisos recentemente? - Ele perguntou depois de uma batalha interna, pelo o que Emma pode perceber. 
— Er... Não. - Respondeu, coçando a nuca em sinal de nervoso. Nunca olhava para os avisos da Sonserina. E isso pareceu desanimar Fred um pouco mais. 
— Bem, é que vai ter outra ida a Hogsmeade. - Fred disse. 
— Oh, sim, eu fiquei sabendo. Sabe, esse é o tipo de coisa que não precisa se olhar no quadro de avisos, a notícia simplesmente se espalha. 
— Certo. - ele disse perguntando-se mentalmente se não deveria parar por aí. 
— Eu... Er... - Emma murmurou. 
— Se você quiser... - Ele disse rapidamente. Emma o observou. Perguntava-se porque ele estava lhe dizendo isso. - Mas tudo bem se você não quer, não se preocupe. - Se estivesse entendo direito as frases desconexas de Fred, ele a estaria chamando para um encontro em Hogsmeade? Emma parou de respirar por alguns segundos. E Fred fez menção de se levantar. Mas a menina foi mais rápida, segurando uma das mãos inquietas dele. 
— Você está me perguntando o que eu estou pensando? - As palavras saíram de sua boca sem que ela pudesse fazer nada. 
— Er... -Fred murmurava, sem dizer nada aparentemente, causando um nervosismo eufórico na menina a sua frente. 
— Fred. - Emma o chamou, e ele não teria como desviar o olhar da menina naquele momento, não com um chamado tão doce, Fred encarava profundamente o azul que cintilava na íris dela, lembrava-se da primeira vez que colocara os olhos naquela garota, e uma confusão de sentimentos passou a explodir dentro dele, e fora assim, em todas as outras vezes em que olhava para ela. O nervoso que sentia não poderia ser explicado por nenhuma ciência. - Emma. - Havia ternura em sua voz. E aquele sorriso voltara a brincar no canto de seus lábios. - Você quer ir a Hogsmeade comigo?


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo corrido para vocês.
Espero que estejam gostando da história tanto quanto eu estou amando escrevê-la!
Vejo vocês na próxima atualização ♥

Gostaram? Odiaram?
Comentem suas opiniões, isso estimula muito na minha inspiração e na continuação da fanfic!
Mil beijos ♥

contato:
twitter (@sadbutpretyyy)



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