Surpresas, Perdas, Reencontros escrita por MH Benson


Capítulo 3
Perdas




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Bom dia pessoal!

Bom dia tenente. 

Hummmm bolo??  Liv pensa...vou comer por três agora!

Estão no meio das comemorações e Benson recebe um chamado de uma vítima com quem ela deixou seu cartão, caso precisasse de ajuda.

Quem pode me acompanhar? Vítima do marido está me pedindo ajuda para retirá-la de casa. Está com medo do marido que foi solto sob fiança.

Eu vou! Dizem Finn e Carisi ao mesmo tempo.

Não, eu irei! Define Dodds.

Sargento! Hoje é seu último dia aqui.

E será trabalhado. Vamos?

Benson fica em dúvida, mas consente.

—  Ok! Vamos...

Chegam ao local, e batem à porta. Louise demora a atender e, quando abre o marido está ao seu lado. Louise muda de ideia, mas Benson insiste em entrar.

Podemos conversar?  Apenas conversar?  insiste Dodds.

As crianças estão em casa e Benson se preocupa, o clima está tenso. Ela convence o pai a deixar as crianças e a esposa saírem em segurança, mas ao passarem pela porta ele muda de ideia e segura a esposa sacando a arma. Benson leva as crianças pro carro e chama reforços, tenta entrar novamente mas, a porta está trancada.

Em menos de 10 minutos chegam a polícia local, os atiradores, Chefe Dodds e Tucker que foi chamado como negociador, seu primeiro caso ainda em fase de transferência da corregedoria para a negociação de reféns.

Benson, o que houve? Pergunta  chefe Dodds

Viemos escoltar a saída de Louise e os filhos, estava tudo sob controle, quando eu saí com as crianças Pablo mudou de ideia e não consegui mais voltar.

Ele está armado? Mike está lá  dentro?

Sim. Quanto a arma, não tenho certeza. 

Vocês não revistaram?

Benson se cala e sente-se culpada.

Tucker, o que faz aqui?

Depois eu te explico.

Dentro da casa, Dodds entra em luta corporal contra Pablo tentando desarma-lo e é atingido por um tiro. A casa é invadida, paramédicos são chamados e Dodds é levado na ambulância sendo acompanhado pelo pai.

Benson está atônita e Tucker se preocupa. Se aproxima para tentar acalmá-la, em vão.

Finn dirige o carro de Benson que está inconformada e  seguem todos para o hospital Lincoln.

Liv, se acalme. Você não pode ficar neste estado. 

Minha culpa, Finn. Não poderia ter deixado Dodds sozinho,  nós não revistamos a casa.

Chegam ao hospital, Dods está em cirurgia mas o prognóstico não é muito bom, a artéria abdominal foi atingida. Tucker chega em seguida e compra um lanche pra Olívia, que está na sala de espera.

Liv, tome. Trouxe pra você!

Não quero, Ed!

Se você quiser ficar aqui vai ter que se alimentar. Não vou permitir isso! Como está se  sentindo?

Estou bem! Mas sinto-me culpada!

Não diga isso!

Ed...

Shiiiiii não faça isso! Venha...

Benson toma o suco e come metade o sanduíche. Recosta em seu ombro e cochila.

Após 1h o médico  cirurgião chama Dodds para ver o filho e Benson vai junto.

Dodds está dopado e pouco se comunica. Benson volta à sala de espera, Tucker percebe que ela não está bem e corre pra segurá-la. Benson desmaia e é amparada por Tucker e Finn. 

Liv, Liv? Eu sabia que isso ia acontecer!

Calma Capitão, ela vai reagir.

Carisi e Amanda chamam a enfermeira que traz o médico junto.

Benson é colocada na maca e levada pra emergência, Tucker avisa a equipe médica que ela está grávida, surpreendendo a todos que ainda não sabiam.

Dodds não resiste, um coágulo no cérebro provoca morte cerebral e comove a todos.

Como vou dar essa notícia a Benson? Tucker apreensivo, passando a mão na testa.

Vamos todos, te ajudaremos. Diz Finn.

Tucker vai para o quarto de Olívia, que foi medicada e dorme sob efeito da medicação. Finn, Carisi e Amanda sentam no sofá no canto do quarto enquanto Ed fica de pé ao seu lado.

Olívia está recostada na cama acorda ainda grogue da medicação e vê Ed ao seu lado.

Ed? 

Oi minha querida!

Dodds, como ele está?

Ed exita um instante...

Ed? Por favor?

Liv, ele não resistiu. Sinto muito.

Não, não... Liv o abraça e chora.

Os detetives se aproximam da cama, comovidos para lhe darem apoio.

Liv, se acalme. Você precisa controlar a emoção! Pelos bebês! Ed a recosta na cama novamente.

Bebês? Amanda pergunta assustada. Finn e Carisi arregalam os olhos.

Sim, são dois bebês dessa vez! Responde  Tucker acarinhando a barriga de Liv.

Já marcaram o funeral? Olívia pergunta ainda sob forte emoção.

Acho que amanhã.

Ed, quero sair daqui, quero ir pra casa.

Benson é liberada e volta pra casa.

Meu amor não se culpe!

Eu não podia ter deixado ele sozinho.

Liv, você tirou as crianças em segurança do local.

Mas...

Liv, ligue pro seu terapeuta, marque uma consulta.

Depois, Ed! Só quero ver meus filhos agora. 

Eles estão seguros em casa, Liv. Não se preocupe. E seguros aqui também! Eu prometo.

Ed põe a mão em seu ventre, lhe tirando um sorriso leve dos lábios. Carro estacionado, seguem para o hall de entrada do prédio.

Ed, porque você estava lá hoje? Disse que me explicaria depois!

Ehhh... Dei entrada na minha transferência, estou saindo da corregedoria para a equipe de negociação de reféns.

Ed? 

Você me fez refletir, não quero passar o resto da minha vida obcecado se um policial está mentindo ou não pra mim. Eu confio em você, e isso me basta.

Ed, eu te amo. E você tem meu apoio no que decidir.

Se abraçam no elevador, a cumplicidade dos dois é tão grande que sentem-se plenos e seguros um no outro.

Olívia abraça os filhos e senta no chão para brincar com eles. Serena já dá uns passinhos de mãos dadas e corre pro colo do pai. 

Consulta com Dr. Peter marcada para o dia seguinte de manhã, Ed a levará  depois de deixarem as crianças na escola. 

Chega a noite, Liv fica com os filhos até adormecerem e se emociona, volta a chorar.

Ed a leva pro quarto e tenta consola-la. Liv demora a dormir abraçada em seu peito.

A madrugada chega, Liv está agitada, sonha com Noah em perigo e o chama...

Noah, Noah... Ed acorda e acende o abajur.

Liv pula da cama, se levanta e vai para a porta do quarto, sente-se tonta e se apoia na cômoda. 

Liv...Liv... Ed a segura impedindo que caia no chão.

Olívia, você não pode se levantar desse jeito. 

Quero ver Noah, ele me chamou!

Ele está dormindo meu amor, você estava sonhando.

Olivia abraça o marido e chora.

Vem, vamos ver as crianças. Passou a tontura?

Passou.

Liv faz carinho nos filhos e voltam pro quarto. Dormem novamente abraçados um no outro.

Saem pela manhã, resolvem ir a pé, deixam as crianças na escola e seguem para o consultório do Dr. Peter Lindstron

Num diálogo esclarecedor, Dr. Peter faz Olívia refletir sobre culpa, segurança, trabalho, família e amor.

Ficará 15 dias afastada pra se recuperar, podendo ficar mais tempo se precisar.

Liv e Ed caminham pelo Central Park de mãos dadas, aproveitando o sol que esquenta a manhã de outono.

Liv, vamos viajar! Pra onde você quer ir?

Ed, e seu trabalho?

Estou me transferindo, posso tirar uns dias pra ficar com você e nossos filhos. Vai ser bom pra eles e pra você  com os bebês.

Não sei, Ed. Você me pegou de surpresa, nem imagino pra onde.

Posso escolher e fazer uma surpresa?

Mais uma? Você vive me surpreendendo!

Porque eu te amo!

Ed consegue retirar um sorriso de seus lábios e iluminar seu olhar.

Se beijam suavemente...Eu te amo, Ed!

Vamos almoçar num restaurante? 

Vamos, já estamos com fome! Rsrsrsrs

Imagino 3!! Depois pegamos as crianças mais cedo,  vamos arrumar as malas, vou fazer a reserva e pegamos a estrada hoje ainda. 

Ed, não podemos ir muito longe, meus enjoos!

Não se preocupe. 

Entram num restaurante italiano e deliciam-se com as massas e molhos.

Conversam sobre o momento que estão vivendo, a gravidez gemelar, fazem planos pra quando os bebês chegarem. Ed diz a Liv que já conversou com Lucy e que ela ficará com eles em tempo integral para ajudá-la. Liv tem receio da cirurgia, frente ao que aconteceu no parto de Serena. Ed a conforta, lhe dá forças e diz que tudo vai dar certo e que irá  fazer vasectomia para que a sua cirurgia não seja mais ainda invasiva. Liv o olha com carinho, apaixonada e grata pela compreensão do marido.

Ed segura seu rosto com as mãos e a beija, um beijo apaixonado, intenso e carinhoso.

Satisfeita, minha querida?

Além da conta! Acho que comi demais!

Eu também. Vamos, vamos pra casa.

Ed, melhor viajarmos amanhã, depois do café.

Você tem razão. Iremos amanhã.

Ed liga pro hotel e faz as reservas, Irão para as montanhas em Vermont. Liv está fazendo as malas das crianças e sente um sono terrível, deita na cama de Noah e adormece entre as roupas.

Liv? Ed a chama da sala, mas ela não responde... Liv?

Ao chegar a porta do quarto Ed a vê adormecida e puxa uma coberta para cobri-la. Deixa um bilhete na porta da geladeira: " Vou buscar nossos  filhotes e abastecer a Hillux, já voltamos. Bjs, te amo. Ed."

Ed chega com as crianças, Liv está passando mal no banheiro, suando frio de tanto vomitar. Ele põe Serena no cercadinho, liga  a tv na sala pra Noah  e vai tentar ajudá-la.

Oi meu amor! 

Oi, estou péssima. Acordei enjoada e já coloquei tudo que podia pra fora.

Vem, te ajudo a levantar. Você  está pálida e gelada!

Liv se limpa e vai pro quarto, precisa recuperar as forças.

As crianças? Estão bem?

Sim, deixei na sala com a tv ligada. Você está bem? Posso ver as crianças?

Sim, já vou melhorar.

 

Após alguns minutos Liv vai encontrá-los na sala. Serena faz a festa ao ver a mãe.

Mammamamama mamãe! 

Oi minha flor, oi meu filhote!

Noah abraça Liv... - Mamãe, mamãe, fiz desenho! 

Fez, meu amor, trouxe pra mamãe? 

Tá na mochila.

Pega pra mamãe, quero ver. Noah sai correndo pra buscar o desenho e Liv pega Serena no colo e senta no sofá. Serena deita em seu colo.

Está com soninho? Liv verifica a fralda, está limpinha e a embala nos braços. Logo a menina adormece e Liv a aconchega em seu peito, beijando e cheirando sua cabecinha. Ed senta ao seu lado e  Noah vem correndo com o desenho na mão, sobe no colo do pai e lhe entrega.

Olha papai! 

Ed e Liv se surpreendem com o desenho.

Filho, quem são essas pessoas? Pergunta Ed olhando surpreso para Liv.

Papai, mamãe, Noah, Ena, o mano e a mana!

Olivia se emociona, eles não tinham conversado com Noah ainda sobre os bebês.

Um menino e uma menina? Pergunta Ed novamente.

Sim, papai o mano e a mana.

Ed olha para Liv e fala baixinho: - Don e Caroline.

Noah, dá esse desenho pra mamãe?

É seu mamãe.

Obrigada meu amor, vou guardar com muito carinho.

Liv, precisamos arrumar as malas, vamos? Deixa que eu coloco Serena no berço.

Eu a levo, Ed. Pode deixar. Olívia levanta do sofá.

Não abusa, Liv. Olha o peso! Ed a repreende e apoia suas costas.

Noah fica brincando na sala enquanto Liv arruma as malas e Ed separa o que precisam e desmonta o cercadinho para levar também.

Serena acorda a mil por hora, Liv a coloca sentadinha no chão do quarto com os brinquedos para poder acabar de arrumar tudo. Liv se distrai e  Serena engatinha até a sala.

Ops! Temos uma bebê perdida aqui, filhota? 

Ed a pega no colo, sua fralda está cheia de caca. 

Eca, filha! Agora é banho!

Liv vem do quarto e Ed a encontra no corredor.

Liv, achei essa bebê perdida, toma, ela é toda sua! Ed sai gargalhando...

Hummmmm, filha! Papai fujão! Vem vamos pro banho!

Noah, depois você também vai pro banho, deixa a mana acabar.

Papai dá banho?

Sim, vamos tomar banho meu filhote.

Crianças prontas pra dormir já em suas camas, malas e apetrechos arrumados, Liv está cansada e Ed percebe seu cansaço. Ela vai pro banho e ele prepara um chocolate quente pra eles.

Toma minha querida, quentinho pra você relaxar. Vou assistir o jornal.

Ai,  que delícia! Ed, assiste aqui no quarto.

Não quero atrapalhar seu sono.

Não atrapalha e assim posso dormir agarradinha em você!

Hummm, você sempre dorme agarradinha comigo.

Você não gosta?

Eu? Eu adoro! Ed liga a tv.

Liv termina o chocolate e deita em seus braços.

Boa noite meu amor!

Boa noite minha Pimenta, te amo.

Um beijo suave nos lábios e Liv logo adormece. Ed programa a tv para desligar em 40 minutos e adormece em seguida.


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