Após o fim de mais um beijo Miguel pegou a mão da menina e andou com ela até a beira do rio, e após soltar a mão dela virou-se de costas e entrou no rio, quando as águas do velho chico alcançavam sua cintura ele deixou-se cair de joelhos e submergiu das águas sentindo o grito que prendia na garganta a tanto tempo escapar de seus lábios.

— Eu não vou me prender a um destino que não me pertence, eu não vou deixar que decisão o meu caminho por mim, essa vida é minha.- Ele não sabia por que gritava isso nem pra quem, mas ele sentia a necessidade de extravasar seus sentimentos.

  Miguel sentia a água escorrer pelo seus rosto junto com suas lágrimas, lágrimas de frustação de raiva do Coronel Saruê que achava poder comandar a vida de todos ao seu redor, quando sentiu duas mãos em seus ombros, Olívia havia entrado do rio ao ver o desabafo que ele fazia ao rio, deixando que suas águas levassem tudo embora por fim se aproximou dele pós as mãos em seus ombros e disse:

— Você pode te se um de Sá Ribeiro, mas nunca será um Saruê visse Miguel.- Olívia havia se ajoelhado em frente de Miguel e lhe disse isso olhando em seus olhos, e por um tempo assim ficaram os dois ajoelhados no rio enquanto a água seguia seu curso independente se eles estavam em seu caminho.

Miguel ficou ali calado observando a garota a sua frente, ele não sabia dizer mas havia algo nela que o causava em seu peito um sentimento tão bom, ele queria sempre ter ela por perto, tudo nele pedia por ela, nunca pensou que sentiria algo assim depois do amor que sentiu por Sophie, mas ali estava ela provando o contrário, antes que desse por si aquelas palavras saíram de sua boca.

— Eu te amo Olívia.- Ele não pensou, deixou apenas as palavras fluírem e não se arrependeu do que disse. A menina de primeira ficou assustada com a declaração repentina, mas logo seus olhos brilharam com o que acabará de ouvir.

—Eu também, eu também te amo Miguel.- Ela disse antes de se lançar a frente o abraçando enquanto sentia seus braços apertarem ela contra ele cada vez mais forte, e naquele momento ela teve certeza de que não se sentiria mais confortável em nenhum outro abraço no mundo.

  Miguel não pode deixar de se surpreender com o abraço que foi tão repentino mas aquela sensação boa dentro dele cresceu ao té-la nos braços, então ele começou a aperta-la mais forte junto ao peito afundando seu nariz no pescoço de Olívia que não conseguiu evitar o arrepio que desceu por sua nuca arrepiando seus pelos, ao sentir a reação da menina a seu simples ato ele não resistiu a dar um beijo delicado no local e sentiu ela estremecer contra seu corpo. Olívia começou a sentir uma sensação forte, um fogo apoderando dela preenchendo seu corpo por dentro a cada contado dos lábios de Miguel com a nuca dela, como reação ela se agarrou ainda mais contra ele, logo ele começou a se levantar levando ela junto e de pé no rio ele continuavam assim presos no braço um do outro, quando uma mordidinha de leve dada abaixo de sua orelha fez Olívia prender as pernas ao redor da cintura do garoto que prontamente segurou ela pelas coxas, e era aquele toque que faltava para ela queimar por dentro de desejo.

   Miguel sentia o mesmo que a garota, e não deixou de apreciar a pele macia dela sob suas mãos, ele logo começou a caminhar em direção a margem até sentir a água pouco acima de seu tornozelo onde voltou a se ajoelhar. Olívia soltou suas pernas mas permaneceu abraçada a ele, não suportava a ideia de solta-lo. Mas ele foi se afastando dela até que pudesse olhar nós olhos da menina, ele sabia que a vontade que o dominava também tomava conta dela, mas não iria fazer nada que não fosse do consentimento dela.

—Olívia tu tem certeza disso?- Miguel perguntou com a voz falha.

—Como nunca tive de nada antes na vida.- Foi tudo que ela disse antes de se entregar a vontade arrebatadora que sentia de ter os lábios dele de novo no seu, o beijo desta vez não foi apenas doce e calmo, havia um toque selvagem uma necessidade, eles batalhavam pelo controle do beijo.

  Os lábios de Miguel foram descendo beijando o queixo dela, criando uma trilha de beijos até a orelha de Olívia que passava as mãos nas costas dele por cima da blusa que já a estava irritando, então tratou de puxa-la Miguel a ajudou no processo e logo foi a vez do vestido de Olívia de ser retirado e jogado longe, esse ato despertou algo dentro dela, talvez um alerta mas ela não se via capaz de ouvi-lo e sem pestanejar voltou a beijar Miguel que explorava com as mãos a pele exposta da garota sentido sua maciez e se deliciando com seu cheiro enquanto se deitavam ali na beira do rio sentindo as águas molharem seus corpos por inteiro. Olívia se deliciava com as carícias do garoto quando sentiu as mãos dele na barra de sua calcinha e sentiu a exitação dele então levantou o quadril o puxando para trás facilitando, ele entendeu o recado e retirou a última peça de rouba da garota em seguida a última dele também se foi, e logo os dois se tornaram um, ali na beira do rio banhado pelo brilho da lua que foi a única testemunha daquela amor consumado.