CONFIDENCE escrita por AuroraEverlark


Capítulo 3
Capítulo 3 - Toda escolha tem uma consequência


Notas iniciais do capítulo

Heyy People!
Olha quem voltou o/
~Aleluiaaa ♫ ♩♫ ♩
Peço desculpas pela demora, mas finalmente voltei :B
Fiquei super feliz ao ver a recomendação Rebeka Suyanne.
Obrigada, Beka. Você é demais! :*
Capítulo curtinho, porém o próximo será mais extenso...
Enfim, espero que gostem, não esqueçam de comentar e fazer uma escritora feliz.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698993/chapter/3

Não compreendia o que estava acontecendo, as cenas do ocorrido passavam na minha cabeça sem uma sequência lógica.

O cheiro forte e desagradável era capitado pelo meu nariz, o sangue escorria da ferida em minha testa. Tenho certeza que Adam iria fazer questão de saber como eu havia conseguido aqueles pontos. Mas sinceramente, meu pai era o menor dos problemas naquele momento.

— Preciso aplicar o antisséptico na ferida. – Advertiu o agente da ASN. Quando acordei dentro do meu quarto, ele já estava me esperando. Segundo o mesmo, meu pai dormia no quarto ao lado. — Tente não fazer nenhum barulho.

— Você vai demorar muito? – Minha cabeça doía e eu necessitava dormir.

— Pronto. – Ele recolheu os panos sujos do meu sangue. Enquanto guardava alguns objetos em sua maleta, observei atentamente a face do indivíduo. Tratava-se de um rapaz, aparentemente da minha idade. Era bonito. — Você levou uma queda feia, mas irá sobreviver.

— Obrigada, desconhecido.

— É Harry. – Ele corrigiu, embora um sorriso brincasse em seu rosto. ­— Eu preciso ir, senhorita Katherine.

Confirmei com a cabeça e acompanhei seus passos com o olhar. Estava exausta e agora finalmente poderia descansar em paz. Observei o vento balançar a cortina da janela, acompanhado dele estava o cheiro de fumaça.

Antes que meus olhos fechassem por completo, meus pensamentos voltaram para o resto da noite, desejei que Harvery estivesse bem e vivo.

Algumas horas antes

— Então mesmo com essa sua pose de homem malvado, você resgata animais feridos da rua?

— Sim, mas eu não tenho cara de malvado. – Comentou rindo. — Talvez só um pouco.

— Você parece que está pronto para atacar a qualquer momento. – Ele ficou sério e arqueou a sobrancelha. Mais uma vez eu estava falando besteira.

— Eu não vou atacar ninguém. – Ele encarava meus olhos como se quisesse ler a minha alma. — Muito menos você.

— Por que eu não? – Perguntei querendo bater minha cabeça na parede.

— Porque mesmo com esse vestido e com essa maquiagem escura, eu consigo ver que existe uma garota fraca e indefesa. Então não a machucaria. – Engoli em seco e tentei ignorar aqueles olhos negros penetrando minha alma. — Vou pegar uma bebida, você vai querer também?

Neguei com a cabeça e fui deixada sozinha, mas antes de se afastar ele lançou um último olhar. Minha mente entrou em um torpor, tudo parecia estar em câmera lenta. Apenas lembro-me de um grito e começou todo pesadelo.

Um deputado havia levado um tiro, mas não consegui ver de onde tinha saído disparado.

— Mas o que...

Antes que eu pudesse concluir minha frase, pessoas fardadas de preto invadiram o salão. Eles procuravam um alvo para atirar, por fim percebi que os alvos tratavam-se dos agentes da ASN. Os demais políticos, aterrorizados com a situação, corriam em direção da saída na tentativa de se protegerem. Notei que o presidente Aidan estava perdido no meio daquela movimentação, mas um dos seus seguranças o retirou com uma eficiência inigualável. Não encontrei Andrew.

Eu me encontrava sem direção, não sabia o que fazer e nem se devia continuar com a missão. Pessoas me empurravam na tentativa de sair do local.

 Senti o olhar de alguém sobre mim, ao virar para observar quem era, encontrei uma mulher de cabelo negro. Ela pegou a arma que estava no coldre de sua calça e ergueu na minha direção. Fechei meus olhos e escutei o tiro. Esperei a bala tocar em meu corpo, ou ao menos a dor, porém isso não aconteceu. Abri os olhos, temendo com o que poderia acontecer.

Foi uma péssima ideia. Um jovem de paletó manchado de sangue estava jogado na minha frente. Fiquei tentada em colocar toda bebida para fora do meu estômago. Meu olhar era de pânico, afinal o próximo alvo seria eu.

Avistei Harvery vindo em minha direção, ele estava armado. O homem de cabelos negros atirou na perna da desconhecida, fazendo a mulher soltar um grunhido de dor.

— Você está bem? – Ele conferiu cada canto do meu rosto, tentei me livrar do seu toque. — Tenho que tirá-la daqui.

Ele tentou me guiar no meio das pessoas, enquanto caminhava tentei desviar dos corpos caídos no chão. Para minha surpresa e de Harvery também, atiraram em nossa direção – para ser mais direta, atiraram em Harvery. Ele se deitou perto de uma das colunas de mármore. Minhas mãos ficaram vermelhas quando tocaram na ferida em seu peito.

— Você precisa sair daqui. – Ele tirou minhas mãos do seu contato. — Vou ficar bem.

— Não vou deixar você aqui sozinho.

— Você não tem opção. – Falou com a voz fraca. — Procure ajuda.

— Onde?

— Tem alguns seguranças do lado de fora. – Apontou com a cabeça. — Chame-os.

Confirmei com a cabeça e tentei correr no meio das pessoas. Infelizmente ao chegar perto da saída, esbarrei em um homem de preto. Tive certeza que não era um segurança. O indivíduo de pele morena me olhou com um ar de curiosidade, ele abriu um sorriso e fez sinal para alguém.

Antes que eu pudesse saber o que estava acontecendo ao meu redor, sentir um objeto de metal atingindo com força meu crânio. Em menos de segundos, estava caída no chão e sentindo tudo girar. Antes que apagasse de vez, vi um vulto na minha frente. Naquele momento eu estava tendo alucinações, pois minha mãe estava na minha frente com uma expressão de tristeza.

***

Acordei assustada e com a cabeça latejando. Todo meu corpo implorava por uma anestesia. Quando olhei para o despertador, pulei da cama ignorando todas as dores. Eu estava muito atrasada. Teria que pegar Claryce e logo em seguida ir para o trabalho.

Fui tropeçando para o andar de baixo, enquanto tentava abotoar minha roupa. O coque estava desarrumado e meus pés descalços. Porém, parei o ato quando encontrei meu pai e Claryce comendo na mesa. Ao notar minha presença, ambos viraram na minha direção. Eles encararam os pontos na minha testa com curiosidade.

— Você está bem? – Adam se pronunciou primeiro. — Onde conseguiu esse machucado?

— Acabei me ferindo, não precisa se preocupar. – Peguei uma maçã em cima da mesa e apontei para a marca roxa sob seus olhos.  — E estou bem, assim como você.

— Vocês dois estão estranhos. – Comentou Clary, enquanto brincava com a comida em seu prato. ­— Estão escondendo alguma coisa de mim?

— Não, Clary. – Respondi acariciando seus cabelos. — Você veio sozinha?

— Camille me trouxe mais cedo. – Ela bebericava o suco em seu copo. — Aliás, você está atrasada.

— Infelizmente, eu sei. – Coloquei o primeiro sapato que encontrei e tentei domar os fios rebeldes do meu cabelo. — Vejo vocês mais tarde.

Meu pai me observava com curiosidade nos seus olhos, ele não perguntou mais nada sobre minha ferida. Desde a morte da minha mãe, meu pai tentava não se meter nas minhas decisões.

***

Caminhei – lê-se corri – rapidamente para tentar chegar cedo ao trabalho. Tentei não esbarrar nos indivíduos e ignorar as dores no meu corpo.

Entrei na lanchonete suada e senti os pontos na minha testa coçando. Camille e Steven tiveram quase a mesma reação do meu pai e da Clary. Eles também encararam minha ferida com surpresa.

— Não perguntem se estou bem. – Adverti pegando o avental. — Será totalmente desnecessário.

Ambos confirmaram e cada um seguiu para seu devido trabalho. Fui para o caixa e aguardei os clientes virem pagar as contas. Eu estava me sentindo péssima por ter aceitado a missão de tio Patrick.

— Katherine? – Camille se aproximou estalando os dedos na frente do meu rosto. — Tem alguém querendo falar com você.

— Quem?

— Seu tio. – Ela apontou para mesa onde se encontrava. — Ele disse que era importante.

Caminhei com passos bruscos na direção dele. Respirei fundo e tentei parecer o mais calma que podia, mas isso foi em vão quando observei seu sorriso de vitória. Sentei em sua frente e o encarei.

— O que você quer? – Perguntei estressada. — Eu estou trabalhando.

— Vim entregar a sua parte da missão. – Ele entregou algumas cédulas. Contei uma por uma, havia apenas a metade do prometido. — Você deve ter visto que...

— Onde está o resto do dinheiro? – Lhe cortei. Não estava com paciência para joguinhos.

— Como você sabe a missão anterior teve vários problemas. – Abriu um sorriso sem emoção. — Perdemos muitos agentes, mas Harvery foi pego.

— Fiz tudo que estava ao meu alcance. – Não gostei de saber que Harvery havia sido pego, afinal ele não merecia isso. Senti-me culpada. Eu estava irritada e com dores no meu corpo, era uma péssima combinação. — Você me prometeu aquela quantia em dinheiro, então cumpra.

— Sinto muito, lindinha. Não posso fazer nada. – Ele ficou receoso com as expressões no meu rosto. — Mas tenho uma proposta.

— Outra proposta? – Dou uma risada seca. — Você não se contentou com o estrago da noite passada? Quem será a próxima vítima? Dessa vez terei que matá-la diretamente?

— Não é nada disso, escute e depois me diga sua resposta. – Eu sentia minha face ficar vermelha de raiva. ­— Não será apenas uma simples missão. Você ganhará o suficiente e muito mais para pagar as dívidas do meu irmão.

— O que devo fazer? – Perguntei, embora eu quisesse recusar qualquer proposta. Respirei fundo, tentando manter a paciência.

— Depois da grande perda de ontem, precisamos de mais agentes na ASN. – Ele estava mesmo me oferecendo uma vaga como agente? — O diretor ficou sabendo sobre a sua missão ontem e lhe ofereceu uma vaga.

— E por que eu aceitaria?

— Você terá uma condição financeira melhor. Seu pai ficará livre das dívidas e sua irmã terá dinheiro para estudar nas melhores escolas de Noliah. – Falou listando nos dedos. — Saberia se defender sozinha e teria uma instrução de melhor qualidade.

— Mais alguma coisa que devo saber?

— Tudo que é bom tem seu preço. – Respondeu cuidadosamente. — Para entrar na ASN não é diferente.

— Qual será o preço? – Uma ruga se formou em sua testa. — Terei que ficar devendo dinheiro para essa agência também?

— Não esse tipo de preço, docinho. – Riu da minha inocência. — Simplesmente, você teria que se esquecer da sua vida.

— Pode ser mais exato?

— Você teria que deixar seu emprego, sua família e tudo que a faz feliz para trás. – Falou apontando para tudo ao seu redor. — Se dedicar completamente para a ASN.

— Não estou interessada.

— É uma pena. Você daria uma agente incrível. – Suspirou tristemente. — Mas se mudar de ideia, me ligue.

— Não vou mudar de ideia. – Ele me entregou um papel rabiscado com seu número.

— As pessoas mudam de ideia a cada minuto, minha cara. – Ele arrumou seu paletó e preparou para sair do local. — Lembre-se Katherine, não adianta fugir. A ASN será sua última saída.

Tentei esquecer a minha conversa com tio Patrick. Eu nunca abandonaria minha vida por causa de dinheiro.  Ou abandonaria?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom... espero que tenham gostado...
Muitas coisas que aconteceram nesse capítulo irão ter muita importância no futuro ^-^
Obrigado a todos que comentam e acompanham, vocês fazem o meu dia ♥. Quero comentários, hum? ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "CONFIDENCE" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.