Bem vinda ao perigo escrita por nmacedor


Capítulo 3
Capítulo 2 (parte 1) - Nada Fácil


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, o que estão achando dos personagens?
Me contem T U D O!
Abraços!



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— Senhorita Alanis – Ele disse tirando seu óculo aviador – Prazer em conhecê-la, sou o Josh, Josh Swan. – Ele estendeu a mão para cumprimentar-me
— É você quem veio tirar minha privacidade? – respondi seca ignorando sua mão estendida – não posso dizer que é um prazer, sinto muito, Josh Swan.
— Receio que sim – ele sorriu – Não é de meu feitio ser intrometido, serei bastante discreto enquanto faço sua segurança, não há com o que se preocupar, se você não quiser, será como se eu nem estivesse aqui. – Ele entrou no carro e fechou a porta, ligou o motor -
— Você deveria abrir a porta pra mim. – Eu disse contornando o carro
— Sinto muito senhorita, mas meu dever é protegê-la e não ser seu motorista – Ele ainda tinha um sorriso estupidamente zombeteiro no rosto . Incrédula eu abri a porta e entrei no carro, saímos em seguida e permanecemos em silêncio. Pelo visto vai ser mais difícil tirar a paz dele do que eu imaginei, mas eu não era de desistir fácil.

Quando cheguei à faculdade, Josh cumpriu o que havia dito. Era como se ele não estivesse ali, e de alguma maneira, isso me deixava ansiosa. Eu ficava procurando por ele em todas as partes e simplesmente não o via. Como ele poderia estar me vigiando dessa forma? Mal me concentrei nas aulas imaginando se ele estava me espionando pela fechadura ou coisa do tipo. Como era possível? Tentei me concentrar no que a professora falava, mas estava impossível. Eu olhava de cinco em cinco segundos pela janela.

— Pelo amor de Deus, Ali. – Melissa disse – O que houve? Você tá uma pilha de nervos.
— Estou ansiosa. Tem esse cara.. – comecei
— Humm, tem bofe na história já gostei – ela riu.
— Não amiga, nada disso. Agora eu tenho um cão guarda.
— Cão guarda? – Ela fez uma cara confusa
— Um segurança particular – corrigi – Mas ele é tão idiota, meio convencido. Acho que não gostei dele. Ele disse que eu não precisava me preocupar com minha privacidade, porque seria como se ele nem estivesse por perto, e de fato, não vejo ele em lugar nenhum.
— Menos mal. – Melissa fez uma careta – Imagina um cara chato atrás de você o tempo todo.
— Mas tudo que ele tem de chato, ele tem de lindo. Ele é simplesmente um deus grego! – Dei uma risadinha baixa.
— Então a história ficou interessante. – Ela disse e se ajeitou na cadeira – Mas porque isso agora, vocês estão correndo algum perigo?
— Exagero do papai, né? Já viu...
— Será que é exagero mesmo, amiga? Seu pai é tão sensato.
— Não sei, só sei que não estou gostando nada disso. Quero esse cara fora do caminho. Já não tenho nenhuma privacidade, agora essa?
— Amiga, relaxa um pouco, não deve ser tão ruim
— É péssimo - rebati 

A aula terminou em um piscar de olhos, saímos da sala e ele ainda não estava lá. Fomos lanchar, conversamos com nossos amigos um pouco, e fomos para a sala de criação. E nada do Josh. Terminamos um trabalho e fomos liberadas mais cedo. Eu levava enormes rolos pra casa que uma Melissa desesperada pra ir embora largou pra trás. Fui caminhando pro estacionamento sozinha. Eu nunca fui de temer que algo acontecesse comigo, no geral, eu achava que meu pai estava sempre exagerando.

— Alanis – uma voz me chamou e eu me virei pra ver  Noah vindo atrás de mim – Achei você. Fiquei preso o tempo todo na sala, como foi seu dia?
— Ótimo – respondi – E o seu? – eu sorri
— Melhor agora que encontrei você – Ele me deu um beijo rápido – Preciso ir, tem treino de lacrosse agora. A gente se fala depois, certo?
— Mas a gente acabou de se encontrar, você já vai?
— Sim, eu preciso, estou atrasado
— Vamos nos encontrar na casa da Mel a noite, topa?
— Não dá linda, combinei com o pessoal de jogar vídeo game na casa do Victor.
— É sério que você vai me trocar por um vídeo game?
— Alanis não grila, preciso ir. – ele me deu um selinho rápido e foi. Noah era meu peguete há uns meses, mas era sempre assim: prioridade zero para a relação. Ele era distante, e me trocando por mil coisas. Respirei fundo e continuei caminhando.

Avistei o carro e segui na direção dele, ainda sem saber o que fazer, estava me achando uma boba por não estar nem com as chaves. Cumprimentava as pessoas, ou melhor, elas me cumprimentavam e eu respondia por pura educação. Era assim, ser filha de um cara importante, temido e muito rico me tornava uma espécie de celebridade na faculdade. E apesar de amar os holofotes, essa falsa simpatia me irritava. Parei na frente do carro e fingi mexer no celular tranquilamente.

— Como foi a aula? – Josh apareceu do além e me fez dar um pulo de susto e derrubar todos os cartazes no chão -
— Você foi contratato pra me matar de susto ou me proteger? – Disse com raiva e me abaixei para pegar, Josh foi mais rápido que eu e pegou tudo de uma só vez
— Entre – Ele disse sério guardando os cartazes no banco de trás. Abri a porta e entrei contrariada no carro – Pra onde vamos? – Ele perguntou colocando a chave na ignição.
— Pra casa, estou exausta – Me encostei no banco
— Sinto desapontá-la Senhorita Alanis, mas sua casa não é um bom lugar no momento.
— Porque não?
— Porque eu tenho quase certeza – ele disse olhando pelo retrovisor – De que estamos sendo seguidos.


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