Não Posso Te Amar escrita por Carol SF


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Novo Capítulo! Espero que gostem! :)



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Quando terminou a conversa com seu pai, Patrícia ficou muito pensativa, não havia sentido aquela firmeza em sua aprovação. Ninguém conhecia melhor o pai do que ela. O pai costumava ocultar sua verdadeira opinião, era um homem bom, a última coisa que ele faria no mundo era magoar as pessoas que ele amava, em especial magoá-la, mesmo que isso implicasse em ocultar a verdade. Por mais que soubesse que suas intenções eram as melhores, ela tinha medo, o pai era muito sensível,ele sofria com problemas de coração e acumular sentimentos assim poderia fazer muito mal a ele. Ela se revirava na cama e por mais que pensasse ela não conseguia descobrir o porquê do pai ter aquela desconfiança de Alex. Alex era alguém acima de qualquer suspeita. Era de boa família, aqueles a quem ele apresentará antes de começarem a namorar eram muito solícitos, agradáveis e acima de tudo bem educados. Eles a tinham adorado. Mas algo sinceramente a preocupava, nenhuma preocupação do pai jamais havia sido sem fundamento, ser intuitivo era uma grande qualidade de seu Antônio, sempre a protegera. Porém sempre havia uma primeira vez para tudo. Até para se enganar. Ele poderia ter se enganado dessa vez. Alex não teria motivo para esconder nada dela. Ele sabia o quanto ela o amava e o apoiaria e o compreenderia em tudo. A cabeça estava cheia de suposições, uma eterna confusão, Patrícia não aguentava mais. Para onde iria, qual caminho seguir, o que iria fazer? E Mariana, desde aquele dia que a deixara no hospital não tivera notícias dela, a última vez que a vira, ela não conseguia esquecer. Estava pálida feito um fantasma, sua voz tremia, estava muito alterada, o que era muito estranho. Antes do desmaio, ela estava bem, corada, cheia de vida, alegre e muito feliz em vê-la depois de tanto tempo e no entanto, naquele momento, parecera estar morta em vida. Tudo mudara quando ela vira Alex, sua postura tensa, os olhos arregalados, o sobressalta. Pareceu que ela estava frente a um monstro. E depois, o desmaio. Será que Mariana conhecia Alex? Não, era improvável, os pais de Alex o criaram de maneira muito rígida, muito distinta a maneira que o pai de Patrícia a criara, carinhoso, porém firme, seus pais, devido aos problemas de saúde que ele tivera na infância, sempre impuseram muitas restrições no que dizia respeito às saídas dele da casa onde morava. Perdida em seus devaneios, ela nem vira, o quanto o céu estava lindo, enquanto caminhava em direção à varanda, viu as primaveras que já floresciam com o início da estação. Seu Manuel, o jardineiro, sempre tão cuidadoso, cuidava do jardim, como se as flores fossem pessoas, era incrivelmente bondoso.Ela recordava com o maior carinho das ocasiões em que em sua infância, seu Manuel a ensinara a plantar flores. Ele costumava dizer que quando estava lidando com a terra, ele entrava em contato com seu espírito. ''- A terra precisa ser bem cuidada, assim como nossa alma,filha!'' - costumava dizer. Distraído em seu trabalho, nem se deu conta de sua aproximação e quando a viu, abriu aquele humilde sorriso que ela conhecia tão bem. ''Oi, seu Manuel! Como vai?'' '' Oi menina Patrícia! Estou bem! E a senhorita? '' '' Bem, o senhor não sabe quanta falta me faz, a faculdade não me deixa ter tempo para conversar!'' '' - Eu sei menina! Você é inteligente! Faz muito bem em estudar! Para não acabar como eu, um velho ignorante! ''- Seu Manuel, o senhor me machuca falando assim! O senhor sabe que é como meu segundo pai!'' ''- Desculpe menina Patrícia, não foi minha intenção!'' ''- Está bem! Só não fale mais assim que me dói muito! Me diga seu Manuel, o senhor não se sente muito sozinho?'' '' - Não menina! A minha companhia são as flores!'' '' -Porque me chama assim seu Manuel? Já não sou mais uma criança!'' ''- Para mim, a senhorita é! Assim como para seu pai! Uma pequena garotinha, dos olhos brilhantes, que enchia de luz esta casa, como sua mãe!'' Naquele momento, Patrícia sentia as lágrimas brotarem de seus olhos como pequenas fontes. ''- Minha mãe era muito bonita, não era?'' ''- Era! Sua mãe era como os raios de sol que iluminavam esta casa! Mesmo doente, ela não deixava de brilhar! Nesse momento, Patrícia desabava no abraço daquele bondoso homem. ''- Menina!'' ''-Ela me amava muito?'' ''- Filha! Qual mãe não ama seu filho?'' ''Seu Manuel, minha mãe aprovaria meu relacionamento com Alex?'' O homem nada disse, via algo de muito perigoso, muita maldade nos olhos daquele rapaz. E tinha certeza de que estivesse onde estivesse, a mãe de Patrícia estava muito preocupada com a filha e pensava o mesmo.

 


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Notas finais do capítulo

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