7 anos depois.
Rio de Janeiro, 2005.
Muitas coisas haviam mudado com o passar do tempo em ambas as famílias.
Os negócios de Tito iam de vento em polpa, e ele ainda contava com Carlos Eduardo sendo seu braço direito. Suas filhas, Bruna e Angélica se casaram com seus respectivos namorados, Alex e Pedro.
Após o nascimento do seu filho, Ana Flávia teve uma depressão pós parto, assim, não deu prosseguimento a faculdade, e não tinha nem condições de cuidar da sua filha, entregando essa tarefa à sua mãe, Carmen. A vida conjugal dos dois ia de mal a pior, os dois mal se falavam, e eles se arrependeram por terem se casado por impulso do momento, mas não se separavam por causa da filha. Joana se arrependia todos os dias por ter feito Gustavo se casar com Ana Flávia, e a mesma compartilhava com Gustavo um segredo que podia estragar a vida do filho.
Enquanto Viviane, seguia sua vida trabalhando com seu pai. A bela moça se tornou responsável, sendo obrigada por coisas que a vida lhe causou.
***Casa Verde***
Mesa de café da manhã.
Viviane: Bom dia família linda!
Alex: Hum, tá de bom humor hoje! (brinca)
Viviane: Eu sempre acordo de bom humor Alex!
Tito: Filha, hoje temos um papéis pra revisar na empresa.
Viviane: Pai, eu sei disso não precisa me falar.
Bruna: Vocês não vão começar com assuntos de trabalho agora né!
Angélica: Verdade, esses assuntos são um saco!
Viviane: A vida de vocês duas é que são um saco! Qual a graça de ir todos os dias ao shopping?
Bruna: Não tem coisa melhor!
Alex: A conversa está ótima, mas tenho que trabalhar, porque a minha esposa é bem cara!
Pedro: Nossas esposas Alex! Também vou.
Tito: Vamos também filha?
Viviane: Sim, mas eu vou no meu carro e o senhor no seu.
Angélica: Que insensível!
Viviane: Ah, meu pai acha que eu ainda sou uma criança, e vive querendo ficar atrás de mim.
Tito: Ah filha...
Viviane: Pai, não leve para o coração. Bom, agora vamos, que eu estou cheia de coisas pra resolver hoje. Beijos!
Bruna e Angélica: Tchau!
Todos saem para os seus respectivos trabalhos, menos Bruna e Angélica, que não trabalhavam.
***Casa dos Machado***
Gustavo: Bom dia mãe!
Joana: Bom dia filho, cadê a Ana?
Gustavo: Ainda está dormindo, não quis acordá-la pra evitarmos de brigar.
Joana: Filho, vocês deveriam parar de brigar, e tentar recuperar o casamento de vocês.
Gustavo: Você sabe que isso que é impossível, nosso casamento não tem mais solução. A Ana faz o possível pra me provocar, e nós só estamos casados por causa da Manu.
Joana: E a culpa disso tudo é minha, eu praticamente obriguei vocês se casarem.
Gustavo: Não se culpe mãe, o que está feito está feito, não adianta mais chorar. Eu segui a minha vida e a Viviane a dela, e assim será até que a Manu cresça.
Joana: Desculpa filho, você amava mesmo aquela menina, e por minha culpa, hoje você é infeliz.
Gustavo: Não foi culpa sua. Se nos não ficamos juntos, é porque tinha que ser assim. Agora muda essa carinha que eu não gosto de te ver assim.
Ela sorri, mas não diz mais nada.
***Madeline's***
Sala de Viviane.
Carlos Eduardo: (entrando) Vivi, seu pai me pediu pra entregar esses papéis.
Viviane: Hum, o braço de direito do chefe saiu do seu posto só pra vir entregar uns papéis pra mim, que honra!
Carlos Eduardo: Deixa de ser boba Vivi. Vem cá, você que tá organizando a festa da Manu?
Viviane: Sim. Quer dizer, o Gustavo disse pra Ana Flávia me ajudar, só que você sabe como ela é, e ela não vai com a minha cara, e eu também não vou com a dela, e enfim. Mas eu pouco me importo com a opinião dela sobre mim, tudo o que eu faço é pela Manu.
Carlos Eduardo: E só pela Manu, ou pra tentar conquistar meu irmão?
Viviane: Claro que não! Mas pra você seria muito conveniente se o Gustavo e eu tivéssemos algo, aí você poderia ficar com a Ana. Mas pode ir tirando o cavalinho da chuva, pois nunca vai acontecer, o que houve entre mim e ele não passou de um erro!
Carlos Eduardo: Calma! Eu não quis te ofender.
Viviane: Tudo bem, e me desculpa pela minha grosseria. Eu vou precisar de um favor seu.
Carlos Eduardo: Diga.
Viviane: Você sabe que meu pai anda pegando muito no meu pé, e eu vou precisar sair na hora do almoço e não sei se volto hoje. Então, tenta distraí-lo pra que ele não note a minha ausência aqui.
Carlos Eduardo: Mas o que é que você vai fazer?
Viviane: (rindo) Isso não é da sua conta!
Carlos Eduardo: Ok, é claro que eu posso fazer esse favor pra você, já que você é tão... (pensa numa palavra) Ah sei lá, você é indescritível Vivi!
Viviane: Indescritível? Nossa, ninguém nunca tinha dito isso de mim, desse jeito eu me apaixono tá. (brinca)
Carlos Eduardo: Não, pelo amor de Deus! Não quero que você se apaixone por mim, você só trás problema!
Viviane: Nossa! Obrigada pela parte que me toca!
Carlos Eduardo: Tô brincando Vivi, eu ia amar ser apaixonado por você, e que você me correspondesse, mas o destino não quis assim.
Viviane: Você já pode parar com essa melancolia, não estou disposta a ficar ouvindo isso! Agora que você já me entregou os papéis, já pode sair, seu chefinho deve estar te procurando.
Carlos Eduardo: Tá, já estou indo. Você pedindo assim com tanto carinho, não poderia fazer outra coisa.
Viviane: Ah, vai logo Cadu! (rindo)
Ele sai.
Chega a hora do almoço, e Viviane sai para fazer o que tinha que fazer, sendo acobertada por Carlos Eduardo, pois seu pai não gostava que ela se envolvesse tanto com a filha de Gustavo e Ana Flávia.
***Casa dos Martins***
Viviane chega até a casa de Carmen, e toca a campainha, passados poucos minutos, Carmen aparece, abrindo a porta.
Carmen: Vivi, você por aqui?
Viviane: Sim, eu vim ver a Manu!
Carmen: Vivi, você sabe que o Gustavo disse que não é pra você vir ver a Manu sem comunicá-lo antes, e eu aposto que você não fez isso, senão ele teria me ligado.
Viviane: Realmente eu não o avisei, mas depois eu me acerto com ele. Posso entrar pra ver a Manu?
Carmen: Vivi, é que...
Antes que Carmen terminasse de falar, Manuela aparece, eufórica.
Manuela: Tia Vivi! (corre para abraçá-la)
Viviane: (abracando-a) Meu amor, que saudades!
Manuela: Eu também tia, vem entra! (puxando-a para dentro)
Viviane: Olha o que a titia trouxe pra você!
Manuela: Um presente pra mim!
Viviane: Claro que é pra você, mas eu só vou te dar se você me der um beijo!
Manuela, sem que Viviane lhe peça mais uma vez, logo agarra a tia, e lhe dá um beijão.
Viviane: Qual beijo mais gostoso! Toma (entrega a caixa), abre e vê se gosta.
Manuela: (abre a caixa) Tia, é a boneca que eu tanto queria! Mas eu ainda vou ganhar outro presente no meu aniversário?
Carmen: Manuela! (repreende)
Viviane: Deixa ela Carmen. Claro que vai ganhar outro presente, isso é só uma lembrancinha.
Manuela: Obaaa!
Carmen: Você está acostumando muito mal essa garota!
Viviane: (fala mais baixo para que Manuela não escute) Ela merece ter um pouco de alegria, já que os país mal ligam pra ela.
Carmen: Você sabe que não é assim. O Gustavo sempre que dá, vem aqui vê-la, e a Ana, bom, você sabe que ela sofreu muito durante a gravidez, então ela evita de vir aqui, para não destratar a filha.
Viviane: Desculpa esfarrapada essa. O amor de mãe está acima disso! Ela tem a oportunidade de ficar com a filha o tempo que quiser, quisera eu que a minha filha estivesse viva, aqui comigo, era tudo que eu queria!
Carmen: Eu penso como você, pra mim a Manu teria que morar com os país, mas já que a Ana não vai cuidar dela como ela merece, eu preferi ficar com ela.
Viviane: É difícil de entender uma coisa dessas. Bom, eu já vou, tenho umas coisas pra resolver. (falando com Manuela) Manu, vem me dar um beijo, que eu já vou.
Manuela: (fazendo bico) Ah tia, não vai.
Viviane: Não faz essa carinha, eu tenho que ir.
Manuela: Então me leva contigo.
Viviane: (se ajoelha, ficando a altura dela) Meu amor, bem que eu queria, mas eu não posso.
Manuela: Tá bom, mas diz que você vai voltar.
Viviane: Claro que vou! Por acaso eu já deixei de vir aqui ver você?
Manuela: (abre um sorriso) Não. (a abraça) Eu te amo tia!
Viviane: Também te amo meu amor! Agora deixa a tia ir. Carmen, obrigada por ter me deixado vê-la, eu vou falar com o Gustavo pra não te complicar.
Carmen: Tudo bem, eu sei que a sua presença faz muito bem a ela.
Viviane: E isso é recíproco. Então, até mais!
Carmen: Até...
Viviane sai dali com o coração partido por ver Manuela pedindo que ela ficasse. Apesar de querer ficar, ela sabia que não podia, senão compraria briga com Gustavo, pois ela só podia ver a menina com a permissão do mesmo.
Noite daquele dia.
Viviane tinha ido até à casa dos Machado para conversarem sobre a festa de aniversário da pequena Manuela. E como de costume, ela não poderia deixar de provocar Ana Flávia.
Viviane: Boa noite à todos! (indo até Gustavo) Boa noite Guga! (beija o canto da sua boca)!
Continua...