San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 70
Despedida + :*


Notas iniciais do capítulo

GEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEE OLHA O CAPÍTULOS BÔNUUUUUUUUUUUS

Acho que vocês já perceberam que eu tô tipo, MUITO ANIMADA, né? kkkk

Já esperem coisas boas :B

Boa leitura e SURTEM MUITO NOS COMENTÁRIOS!



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Subi pro quarto um pouco depois e resolvi ligar pra minha mãe.

Conversamos um pouco, e ela disse que minha passagem já estava na escola. Eu pegaria o ônibus as nove horas, na terça.

Caramba... tão rápido. Mas também... duvido que vai ter gente aqui até sexta... Talvez os que ainda precisem de uns pontinhos, mas...

As notas vão sair amanhã, então é provável que grande parte vá embora depois do almoço.

Fiquei guardando minhas coisas, arrumando tudo na mala. Lili chegou, fomos jantar e ela também foi arrumar as coisas dela.

***

Nas aulas, fizemos vários nada. Não tinha mais matéria pra estudar, e os professores nos deixaram conversar, rabiscar a lousa...

Eu gostava desse clima leve de pré férias.

Na última aula, recebemos os boletins. As minhas notas, da Lili e do James estavam parecidos, não que as do Júlio estivessem ruins.

Os números do meu boletim variavam entre oito e dez.

Segundo a Lili, tinha melhorado desde o outro bimestre.

Depois do almoço, mais da metade da escola foi embora, inclusive James e Júlio, que foram juntos depois que se despediram de mim.

Me peguei perdida em pensamentos antes do jantar.

Parecia que eu estava indo embora pra valer, e isso era... triste.

A porta do meu quarto abriu e Lili entrou.

— De novo essa cara de enterro? — Sentou do meu lado, na cama.

— Não consigo não ficar. — Dei de ombros.

Deu um meio sorriso e me abraçou. — Tem certeza que não quer que eu fique até amanhã?

— Tenho sim, não se preocupe.

— É pra mandar mensagem, hein. — Se afastou.

— Eu sei. Vou mandar, calma.

— Acho bom. Vai, me ajuda com a minha mala e vamos jantar.

Fomos até o quarto dela. Tinha duas malas perto da cama e mais uma mochila. Isso porque ela mora perto.

Levei uma das malas, e ela as outras duas. Descemos, jantamos e esperamos o pai dela chegar.

— Se cuida, viu? — Ela me abraçou, ainda sentada. — E não esquece.

— Não vou. — Minha voz começou a ficar trêmula.

— Não chora, sua bocó! — reclamou, mas seus olhos se encheram de água. — São só trinta dias. — Me olhou e passou o dedo debaixo dos olhos.

— Só?

— É, vai passar voando, você vai ver. — Riu e fungou. — Deixa eu ir.

Demos mais um abraço e ela foi embora.

Enxuguei algumas lágrimas que escorreram e levantei, indo pro jardim. Fui pro quarto e vi meus livros que ainda faltava guardar, e vi o livro do Yan. “Além das Fronteiras”.

Nós conversamos sobre o livro e eu esqueci de devolver... Por que ele não me lembrou?

Tomara que ele ainda esteja aqui...

Peguei o livro e desci. Fui até o refeitório, quase vazio, mas ele não estava lá.

Me virei e bati em alguém.

— Desculpa! — falamos ao mesmo tempo. Olhei pra cima.

— Ei, Bruna. — Edu sorriu. — Vai embora também?

Reparei que ele estava de mochila nas costas e segurava uma bolsa meio retangular de alças curtas.

— Não, vou só amanhã cedo. Você já tá indo, né?

— Estou sim. Meu velho tá me esperando.

— O seu velhinho, né! — Dei risada, lembrando da frase dele.

— Exatamente! — Riu. — Deixa ele ouvir que tá sendo chamado de velho que ele me esgana.

Ri mais, e meus olhos foram parar atrás dele, e vi Yan e Mateus ao longe, sentados numa mesa. Eles pareciam olhar pra nós.

— Coitado, fica chamando ele de velho — brinquei.

— Ah, não é exatamente mentira. — Sorriu. — Bom, vou lá. Boas férias pra você. — Se aproximou e me abraçou.

Tive que ficar na ponta dos pés para abraçá-lo de volta. — Pra você também.

— Até mês que vem! — Me soltou e começou a andar.

— Até! — O olhei indo. Dei uma virada de rosto, sentindo um cheiro diferente no meu ombro direito. O perfume dele ficou ali.

Pelo menos era gostoso.

Me virei e olhei pra mesa onde os dois estavam. Fui até lá.

— Oi, gente. — Me sentei ao lado do Mateus e estendi o livro pro Yan. — Desculpe a demora, eu esqueci completamente de devolver.

Suas sobrancelhas se levantaram, como se estivesse surpreso. — Nossa, eu tinha esquecido. Obrigado. — O pegou.

— Vai embora quando, Bru? — Mateus perguntou.

— Amanhã de manhã.

— De manhã? — Yan me olhou meio decepcionado. — Que horas?

— Nove horas... E você?

— Uma da tarde.

— Que pena. — Mateus comentou. — Não vão embora juntos dessa vez.

Acabei corando com o que ele disse e olhei pra mesa.

— Tá triste? — Me perguntou. — Parece que tá... Não por não ir embora com o Yan, quero dizer... — Se atrapalhou todo.

Acabei rindo. — Entendi... É, tô um pouco. É estranho ir embora, parece que na verdade eu estava de férias e tenho que voltar pra casa.

— Credo, que férias horríveis. — Ele deu risada.

Dei uma revirada de olhos sorrindo. — Você entendeu.

— Entendi sim. Você se sente como se não fosse voltar.

— É, mais ou menos isso.

— Acho que te entendo. — Yan falou passando os dedos na capa do livro, pensativo.

Mateus bateu de leve na mesa. — Bom, eu tenho que terminar de arrumar minhas coisas. Acho que ainda vamos nos ver amanhã no café, né? — Me olhou.

— Sim, vamos sim. — Sorri.

Ele sorriu e bagunçou meu cabelo. Levantou, pegou o livro do Yan e saiu.

Yan estranhou, o olhando e me olhou, dando de ombros e sorrindo.

Meu estômago começou a gelar.

— Fazia tempo que a gente não conversava, né? — Ele começou.

— É... — Tudo porque eu fiquei fugindo. — Teve a semana de provas, deixando todo mundo louco... Na outra semana a gente treinou igual condenado...

Ele riu. — Fiquei sabendo. Vocês ficaram quase a tarde toda treinando, né?

— Sim. Mas não foi suficiente, infelizmente.

— Você não ficou se culpando não, né? Porque se ficou...

— Não. — Ri. — Não fiquei, calma. Fiquei sabendo que aquela escola era forte, e a Cláudia defendeu muito bem no meu lugar. Não ia fazer muita diferença eu estar lá.

— Aquela menina que te prendeu... Se eu soubesse quem era, ia dar umas chacoalhadas nela — disse sério.

Dei risada. — Nossa vingança foi a escola dela ser desclassificada.

— Pelo menos isso. Foi o mínimo... — Olhou pra mesa, parecendo pensar. — E... o Edu? Ele... te achou mesmo?

— Sim. Ele me ouviu berrando e batendo na porta do banheiro.

— Vocês já se conheciam? — Me olhou rapidamente.

Lembrei do coração. Droga. — Não, não conhecia ele. Você conhece?

— Conheço. Ele era da sala da Daniela na oitava. De vez em quando eu falava com ele.

— Ele é engraçado.

— É sim. — Deu um pequeno sorriso. — E bem nerd. É gente boa.

E silêncio...

— Você... já arrumou suas coisas? — Pensei na hora.

— Ainda falta algumas coisas. Preciso arranjar espaço na mala. — Sorriu, rindo de si mesmo. — E você?

— Terminei quase tudo. Falta meus livros e umas tralhas que deixo nas prateleiras.

Por que eu tô me sentindo tão nervosa? Não tem nada acontecendo, cérebro, para de ser idiota.

— E eu tô te atrasando aqui, né? — Riu, levantando.

Você realmente acha que eu tô preocupada com as minhas coisas? Senta aí agora! — Claro que não.

— Você vai ter que ir cedo. Tem que deixar tudo no jeito. Vamos. — Deu a volta na mesa e me puxou pela mão.

Por que essa pressa toda?

Pela primeira vez na vida, notei que a mão dele estava gelada. E isso fez meu corpo todo travar um pouco.

Levantei e andamos devagar, e ele continuou segurando minha mão, que parecia ferver na dele.

Sabe quando você fica com aquela sensação de que algo vai acontecer? Meu corpo INTEIRO estava me alertando disso.

— E aí, recebeu muitos corações? — Me olhou.

— Hm... alguns... três. — Rimos. — E você?

— Cinco, e um ainda veio com um poema. Por um momento eu achei que... — Pausa, achei que ele ia falar “achei que você que mandou”. Engoli seco. — Tinha sido outra brincadeira do Mateus e do Gabriel, mas eles juraram que não foram eles.

Se acalma aí, coração, pelo amor.

— Se eu fosse você também suspeitaria.

— Não é? Eles ainda acharam ruim quando eu falei... Mas aí eu descobri quem escreveu aquele versinho do seu presente.

— Quem?

Paramos próximo a porta do meu dormitório.

— A ideia foi do Gabriel, e o Mateus foi na onda. Os dois pensaram e o Gabriel escreveu.

— Eles admitiram?

— Sim, depois que eu acusei eles do poema, o Gabriel disse “mas eu não ia fazer algo assim de novo”. Ele acabou se entregando e eu os fiz admitir de uma vez.

Gargalhei, imaginando a cara de pânico deles e depois admitindo. Deve ter sido engraçado.

Ele riu. — Rosas são vermelhas, o leite vira queijo. Queria saber quando a gente vai dar uns beijo — recitou e riu. — Eu me senti meio ofendido por causa do queijo, sabe?

Ri mais ainda. — Eles devem ter feito de propósito.

— É. — Me olhou sorrindo. — Vou sentir saudade dessas suas risadas.

Parei, ficando com a cara quente. Sorri, bem sem jeito e olhei pra baixo. — Eu também vou sentir das suas...

A mão que ele estava segurando começou a suar frio.

— Eu falei que eu adoro quando você olha pra baixo, né? — Senti a mão dele no meu rosto e me fez o olhar.

AAAAH FOI ELE!!!!

— N-na verdade não — respondi baixo.

Ele sorriu. — Verdade. Eu escrevi.

Ficamos nos olhando sem falar nada. Tudo parecia estar parado.

Menos o meu coração, claro. Ele estava batendo tão rápido que eu achei que ia pifar em algum momento.

Yan puxou minha mão que ele segurava em sua direção, e dei um passo curto pra frente, ficando pertinho dele.

Estava difícil respirar ou era impressão?

Enquanto o rosto dele se aproximava do meu, ele levantou minha mão e a deixou na cintura dele, então segurou a outra lateral do meu rosto quando nossos lábios se tocaram.

Senti o toque gelado dos dedos dele, e parecia que ele estava tão nervoso quanto eu.

Trocamos um selinho delicado, e logo ele abriu a boca. O imitei.

Apesar de tudo, eu ainda não sabia beijar.

A ponta de nossas línguas se tocaram no meio do caminho de forma suave, como se ele quisesse me ensinar. Fiquei ali, tentando entender e ao mesmo tempo fazer de um jeito que eu achasse legal. As vezes com língua, outras só brincando com os lábios...

O beijo dele era gentil e calmo. Assim como ele era.

Se afastou um pouco, me olhando. — Quer uma carona até o ponto amanhã?

— ... aceito. Eu não sei qual ônibus pegar. — Ri, meio nervosa e sem graça.

Ele sorriu. — Eu te mostro. — Apertou um pouco meu rosto e me puxou, dando outro beijo “apertado”. Se afastou. — Agora pode ir.

Acabei rindo, sentindo a cara pegando fogo. — Até amanhã. — Fiquei na ponta dos pés, aproveitando o embalo.

Yan sorriu e me beijou de novo, brincando com meus lábios entre os dele.

Eu ia começar a derreter, meu Deus...

— Até — sussurrou, me soltando.

Olhei bem pra ele, e andei devagar até a porta, com medo de cair por causa das pernas bambas. Abri a porta e olhei pra trás.

Yan estava me olhando e acenou.

Dei um aceno breve e entrei. Parei na frente da escada, ainda com a sensação do beijo.

Eu queria gritar.

Sai correndo pelas escadas e pelo corredor. Entrei no quarto, batendo a porta e me joguei na cama.

Dei um berro histérico no travesseiro, que abafou, e fiquei repassando todas as sensações milhões de vezes.


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Notas finais do capítulo

Cara, eu nem sei o que dizer.

Uma boa curiosidade é que esse beijo não estava planejado. Eles não iam se beijar "de verdade", não até o final do ano pelo menos :B

MAS como sou uma boa ouvinte dos meus leitores, percebi que vocês não iam aguentar esperar tanto tempo kkkkk

Eu espero que vocês tenham surtado tanto quanto eu HAHAHA porque não surtei pouco, podem ter certeza. Acho que já comentei que escrevo essa história desde os meus 15/16 anos, e sempre imaginei como seria o primeiro beijo "real" deles. E finalmente coloquei isso em prática * ^*

Gente, vamos comemorar esse milagre divino! Quem nunca comentou, comenta agora! Preciso muito saber o que vocês acharam.

Bom, espero muuuuito que vocês tenham gostado x)

Até o próximo o/



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