San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 69
Segredo (É rir pra não chorar)


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE LINDA! AAAAAAAAAA

Tô animada com esse capítulo (não tanto quanto estarei no próximo, já visando cof cof)

kKKKK Ai meu Deus. E o título tá certo. Ou vocês vão rir, ou vão chorar... ou vão só xingar mesmo.

ENFIM, BOA LEITURA!



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Abaixamos nossos braços na mesma hora. Vi o time adversário comemorando e o nosso saindo da quadra.

— Que droga. — Mateus disse chateado.

— É, a Genki Dama não ajudou dessa vez. — Edu disse. — Quem sabe na próxima?

Eu não consegui sorrir pra ele. Eu só queria deitar na minha cama e esquecer a derrota.

Senti um braço ao redor dos meus ombros.

— Vamos conseguir na próxima. — James disse e me abraçou. — E vamos ficar de olho pra você não ser raptada de novo.

Dei um meio sorriso enquanto o abraçava pela cintura.

— Tudo bem, Bru. — Lili se juntou ao abraço.

— Eu sei. — Segurei a mão dela. — Fazer o quê.

Me afastei deles e vi nosso time falando com a professora, e depois eles vieram. Perguntaram se eu estava bem e sobre a menina.

Eliza veio junto com um cara e ele me fez algumas perguntas sobre o que aconteceu, e eu respondi com Edu confirmando, já que ele tinha me achado. Depois ele se afastou ligando para alguém.

— Não vamos embora? — perguntei a professora.

— Vamos esperar ele voltar. Talvez consigam descobrir quem foi.

Ficamos sentados na arquibancada. O outro jogo tinha atrasado por causa desse rolo todo.

Dez minutos depois, o cara voltou e disse que eles conseguiram as imagens das câmeras de segurança, e viram a menina me trancando no banheiro. Iam descobrir como ela tinha conseguido as chaves, e o melhor: a escola seria desclassificada.

Pouco antes de começar o outro jogo, alguém falou nos altos falantes, para todos ouvirem, que aquela escola tinha sido desclassificada por uma atitude irresponsável e imatura de uma aluna.

Saímos de lá mais felizes. Pelo menos a justiça foi feita.

Chegamos, devolvi a blusa do Edu e fomos almoçar, e depois subimos.

Deitei na minha cama, cansada apesar de não ter jogado. Lili deitou do meu lado, e acabamos dormindo.

Descemos pra jantar e já subimos.

Mesmo no dia seguinte, a sala estava meio pra baixo, conversando pouco.

Júlio me explicou como foi difícil o jogo. Os caras que ficaram na rede eram verdadeiros muros.

Vi Yan indo embora com o Mateus depois do almoço e resolvi ficar na escola.

Lili, James e Júlio também foram embora.

Fui pro meu quarto e só desci pro café. Peguei a comida e me sentei. Comi, distraída, até que vi uma bandeja sendo colocada na frente da minha, e olhei pra cima.

— Tá na deprê ainda? — Edu sentou na cadeira da frente.

— Mais ou menos. — Dei de ombros. — Você fica na escola?

— Não. É que eu estou sem a chave de casa, então tenho que esperar meu pai sair do trabalho e passar aqui. — Começou a comer.

— Ah... Mora longe?

— Hm... não. Uns dez minutos a pé daqui. E você?

Eu sempre esqueço que foi ele que mandou aquele coração...

— Moro em Mogi.

— Caramba! — Riu. — Por que você tá tão longe de casa?

— Meu pai estudou aqui e queria que eu estudasse também. Coisa de pai.

— O meu também estudou aqui. “Essa é a melhor escola do país” — Engrossou a voz e riu. — Não sei se é a melhor, mas com certeza é a escola que mais ferra com os alunos nas matérias.

— Concordo! — Sorri.

Uma música começou, e Edu tirou o celular do bolso. Olhou quem era e atendeu.

— Que que há, velhinho? — Sorriu. Eu ri com a frase. — Sério? Ah... desculpe por isso, chefe! Hm... tá, tá. Sim... Ok... Tchau. — Desligou e o guardou. — Meu pai me ligou e eu não ouvi. Ele vai demorar um pouco.

— Que que há velhinho... — Comecei a rir. — Saudade de ver Pernalonga.

Edu riu. — É, eu sempre gostei e falei assim com meu pai. E se eu não falo, ele já sabe que tem coisa errada.

— Vocês se dão muito bem pelo jeito.

— Sim, somos melhores amigos. Ele é o pai mais legal que eu conheço. Você não olha pra ele e diz que ele é legal.

— Por quê?

— Porque ele tem cara de bravo. Sabe aqueles japoneses de filme que são guerreiros? Samurais? E tem mó cara de bravo? Ele é assim, mas é só abrir a boca que você vê que ele tem nada de bravo.

— Ele parece ser legal. — Ri, imaginando

— Sim, é o maior palhaço — disse divertido. O celular tocou de novo, ele olhou e desligou. — Agora ele chegou.

Terminou de comer rapidinho, levou sua bandeja e voltou.

— Tchau, Bruna. Até... domingo, ou segunda, não sei. — Beijou meu rosto.

Sorri. — Até.

Ele foi embora e eu terminei de comer, um pouco mais animada.

*** 25-26/06

Peguei a fila do almoço no domingo e peguei minha bandeja, já com a comida.

Olhei ao redor e vi Micaela numa mesa. Sozinha, pra variar.

— Ei, Mica. — Me sentei na frente dela. — Tudo bem?

— Bruna! — Ela sorriu, parecendo feliz em me ver. — Sim, e você?

— Estou bem. Faz tempo que não te vejo. — Comecei a comer.

— Verdade, né? Faz tempo mesmo. Mas bom, não é tão anormal, eu sou meio avoada, então não reparo nas coisas.

Dei risada. — Nem te vi durante os jogos de vôlei.

— Ah, eu não vi. Não gosto de esportes.

— O seu negócio é xadrez, né?

— Acertou. — Sorriu. — Eu passo muito tempo na biblioteca. Só fico sabendo das coisas porque meus colegas comentam.

— E como tá o esquema de amizades?

— Acho que bem. Desde nossa última conversa, comecei a conversar com mais colegas da minha sala.

— Ai, que bom. Fico feliz.. Recebeu algum correio elegante?

Ela sorriu e corou. — Recebi um... Dizia “tenho vontade de te colocar num potinho”.

Estranhei. — Isso é bom?

— Segundo minha colega de mesa, quer dizer que alguém me acha fofa.

— É... bom, sei lá. — Acabei rindo. — E você mandou pra alguém?

Ela desviou o olhar e corou mais. — Mandei... e você?

Acho que encontrei alguém mais tímido que eu. — Mandei sim.

— Pra quem? — Me olhou, parecendo uma criança curiosa.

Err... — Pro James e pro... Yan. — O cenho dela se enrugou um pouco. — M-mas mandei brincando, falando besteira.

— Ah... — Sorriu timidamente e brincou com o garfo no prato vazio. — Hm... Se eu te falar uma coisa, você guarda segredo?

— Claro.

Vi os olhos dela irem de um lado pro outro, como se estivesse pensando em como falar.

Credo, que suspense.

— Eu... mandei pro Yan também.

Eita. Pela cara dela foi algo... sério.

— Você... gosta dele?

Mica me olhou rapidamente, mas voltou a encarar o prato, ficando tão vermelho quanto a maçã da branca de neve.

É, eu fico exatamente assim quando me fazem essa pergunta, né?

Parei de olhar pra ela, porque eu sabia o quão incomodo isso era. — Você mandou um coração se confessando?

— Sim — disse baixo.

— E você colocou seu nome?

— N-não — falou alarmada. — Claro que não. Só minha letra inicial. Mas... eu achei que o espaço do cartão era pouco, então... eu escrevi um poema a parte, dobrei e colei no coração.

Pera aí, quê?

Quê...?

Pera...

Quê?!

Eu não consegui desarregalar os olhos.

Ela me olhou. — V-você acha que eu exagerei?

— Não — respondi rápido. — Na verdade... eu tô surpresa. Eu acho isso bem... fofo. Então... você não quer que ele saiba...?

Cocei a cabeça. Então não era o meu poema...

— Não, né... Ele não deve gostar de mim. — Deu de ombros.

Mas e que aquela menina da sala do Yan disse? Sobre achar que o poema era da menina do primeiro que demonstrava que gostava dele?

A Mica anda tanto assim com o Yan pros outros repararem nisso? Onde eu tô vivendo?

Como eu sou idiota.

— Mas bom... de qualquer forma eu acho que ele nem desconfia que fui eu. Ele me tratou como sempre, depois.

Caramba... Quer dizer que eu “ignorei” ele por NADA!

— É... não dá pra saber, né?

— Você não sabe de nada? — Me olhou. — Você anda bastante com ele.

— Eu... eu mal falei com ele desde esse dia do correio. Por causa das provas, do campeonato, sabe... Então, não sei.

— Hm, tudo bem. — Sorriu. — Ansiosa pras férias?

E ainda tinha isso. Eu evitei o Yan nas últimas semanas de aula. Eu tenho demência.

— Sim. Quero dormir muito. E você?

— Eu também quero dormir bastante. Na casa da minha madrinha, principalmente.

— Por quê?

— Não gosto muito de ficar a minha casa. Eu sempre fico sozinha, e quando não estou, parece que estou.

— Como assim? — Terminei de comer e deixei a bandeja do lado.

— Ah... parece que eu sou ignorada pelos meus pais. Mais pelo meu pai, na verdade. Os dois trabalham muito, e quando estão em casa, ficam isolados, cada um no seu canto. Então mesmo com eles lá, eu me sinto sozinha. — Deu um meio sorriso.

Dava pra ver que ele estava triste. Poxa...

— E na sua madrinha você se sente bem?

— Sim. — Sorriu mais abertamente. — Ela tem três filhas e um filho, e todos eles sempre foram meus amigos. As vezes eu queria ter nascido lá, pra ter meus padrinhos como pais.

— Eu fico feliz que você tenha uma segunda casa. — Sorri, vendo como ela amava eles.

— Obrigada. — Sorriu, toda fofinha.

Acho que entendo a vontade da pessoa em colocar a Mica em um potinho. Ela era muito fofa mesmo.

Ela olhava distraída por aí, até que virou a cara e me olhou, com os olhos meio arregalados.

Tentei ver o que ela viu, e vi Yan na entrada falando com alguém.

Olhei pra ela e sorri, fazendo um gesto, fechando um zíper na boca.

Mica acabou rindo, relaxando.

— Oi meninas. — O ouvi perto e o olhei.

— Oi, Yan — falei e olhei para Mica.

— Oi... — Ficou corada, mas olhou firme pra ele.

— Tudo bem?

— Sim, e você? — Ela retribuiu a pergunta.

Eu fico... bobona desse jeito?

— Tô bem. E você, Bru?

Olhei pra ele, voltando ao mundo. — Oi? Tô, tô bem.

Yan riu, mostrando a covinha dos deuses. — Acho que vou comer, vocês me esperam?

— Claro. — Mica disse, toda gentil, parecendo também secar a covinha dele.

Gente...

Ele deixou a mochila na cadeira na ponta da mesa e foi pra cantina. Mateus veio, deixou, deixou a bolsa na cadeira do meu lado direito e também foi lá.

— Voltou cedo — comentei quando Yan sentou.

— É, tenho que começar a arrumar minhas malas, né? — Riu.

— E quando você vai? — Mica perguntou.

— Ainda não sei. Preciso ver com meu pai.

Gabriel veio, e começamos a falar de diversos outros assuntos.

Definitivamente eu ficava igual a Mica. Talvez pior.

Ela ficava totalmente focada quando ele falava, e corava quando ele a olhava.

Entendi a menina da sala dela. Realmente dava pra perceber. De longe.

Preciso parar de dar bandeira. Anotado pro próximo semestre.


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Notas finais do capítulo

Gente kkkkkkkk

E vocês riram, choraram ou xingaram? Ou os três juntos? kkkk

Vai que quero saber o que vocês acharam desse rolo todo.

Eu sei que sempre rola um ódio mortal de personagens que se envolvem com os personagens queridinhos, mas... Cara, eu não consigo não gostar da Mica. Ela é toda fofinha, sabe?

Enfim...

O PRÓXIMO CAPÍTULO TÁ TOP GENTE VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR HSUASHAUSH ~le propaganda

Espero que tenham gostado xD

Até o próximo o//



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