San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax
Notas iniciais do capítulo
OLÁ!
Finalmente a graaaaaande final! Espero que vocês gostem xD
Boa leitura!
Na terça, a sala do Viktor venceu. Ou seja, íamos jogar contra na final.
Treinamos pesado na quarta e na quinta, e na sexta eu estava com os músculos doloridos, mas bem satisfeita com os treinos.
Tentei não pensar que a escola inteira iria ver aquele jogo. Até os professores e a diretora iam assistir.
Peguei pouca comida no almoço e depois cochilei. Lili me acordou, me troquei e fomos para o ginásio.
Viktor estava encostado no corredor próximo da entrada e parou na nossa frente.
— Lili, vai me desejar boa sorte? — perguntou sorrindo.
— Claro que não, eu quero que a minha sala vença — disse debochada.
— Mas e se eu vencer? Vai me dar algo como prêmio? — Brincou.
— Por que você não pergunta isso pra diretora? — Abriu um sorriso falso.
Ele riu. — Bom, boa sorte, Bru — disse pra mim.
— Pra você também. — Segurei o riso.
Viktor desceu, e Lili revirou os olhos.
Descemos, Lili foi pra junto de James e eu fui pra quadra, e fiquei perto do Júlio, que estava sério.
— Bru... — disse olhando para frente. — Hoje o jogo é pessoal.
Segui seu olhar. Ele encarava Viktor, que conversava com os amigos.
— Vamos com tudo. — Me olhou.
— Hoje é guerra — falei balançando a cabeça.
— E vamos ganhar.
Até parecia que ele ia jogar contra o Viktor pela Lili.
— Bru! — Alguém gritou ao meio da barulheira.
Olhei para o lado. Yan estava na grade de segurança me olhando.
Fui até lá e ele me abraçou pelos ombros, me pegando de surpresa.
— Eu sei que você vai conseguir, mas mesmo assim, boa sorte.
Joguei meus braços ao redor dele e encostei a testa em seu peito.
— Tá nervosa, né? — Balancei a cabeça em resposta. — Olha aqui.
Levantei o rosto ao mesmo tempo que ele o segurou com as duas mãos.
— Vocês têm grande chance de ganhar. Eles são bons no ataque, mas na defesa são ruins. O time de vocês é bom no ataque e na defesa, principalmente. — Sorriu, me incentivando. — Não sei se o Júlio ou outro jogador reparou, mas o menino da defesa central não pega direito quando a bola vem da esquerda, sendo que você pega dos dois lados, entendeu?
Afirmei, sentindo a adrenalina aumentar.
— Eu sei que vocês vão ganhar. Respira fundo e vai. — Puxou meu rosto e beijou minha testa. Me olhou de novo. — É... você...
O olhei, esperando. Ele parecia envergonhado.
— Você... Não, depois eu falo. Quando o jogo acabar eu falo.
— Você vai me deixar curiosa mesmo? — Ri, corada.
— É pra servir de incentivo. — Sorriu.
— Mas...
O apito me cortou. Respirei fundo, olhei pra ele e me afastei.
O time se juntou e eu contei o que o Yan havia dito sobre o menino da defesa. Juntamos as mãos e berramos. Cada um foi para a sua posição e o apito soou.
Devido a minha informação, parecia que todos se esforçavam pra cortar pro lado onde o menino não conseguia pegar. Em um momento, Viktor começou a ficar mais perto dele pra salvar a bola, mas...
1ºA – 25 X 20 – 2ºC
Estávamos totalmente focados no jogo. Ficamos mais animados depois do primeiro set.
Eu estava com força total.
Corte, defesa, chão, corte, defesa, chão.
A bola veio de novo, mais pra direita.
Corri pra trás e pra direita ao mesmo tempo, pronta pra pegar a bola...
Quando pisei em falso e caí com tudo pro lado, fazendo o maior barulho.
Meu pé latejou na hora e ouvi o apito.
— Bru? — Ouvi Cláudia perto.
Minha perna começou a doer até o joelho, e fazendo esforço, me sentei e coloquei o pé direito no chão pra levantar, mas automaticamente o levantei, tamanho a dor.
— O que foi? — Cláudia se ajoelhou ao meu lado e meus colegas se aproximaram.
— Bru, o que foi? — Júlio ficou na minha frente.
— M-meu pé. — Senti meus olhos ficando úmidos.
Júlio ia colocar a mão no tênis quando a professora Eliza agachou do lado dele e o impediu.
— Você torceu? — Me perguntou.
— E-eu não sei, tá doendo.
Ela fez uma cara de preocupação. — Vem, me ajuda Júlio. — Colocou um braço ao meu redor e me levantou.
Ele ficou ao meu lado e coloquei o braço em seus ombros para me apoiar e fui pulando num pé só.
Me sentei no banco e Eliza se agachou na minha frente.
— Vou tirar o tênis, tá?
Balancei a cabeça e bem devagar, ela desfez o laço e segurou minha batata da perna. Quando segurou o calcanhar do tênis, afastei a perna sem perceber, por causa da dor, e choraminguei.
— Desculpa — disse sentida. — Aguenta aí, Bruna, eu preciso ver.
Respirei fundo e fechei os olhos com força, fazendo uma careta quando ela tirou o tênis.
Devagar, puxou a meia e olhou meu pé, sem tocar.
Meu tornozelo estava vermelho e inchado.
— Você consegue colocar no chão ou dói demais?
Abaixei a perna, e de leve, toquei o chão gelado. Pelo menos consegui colocar o pé inteiro.
— Ótimo, então não quebrou. — Levantou e olhou para algum lugar atrás de mim. — Me ajuda aqui.
Eu não sabia com quem ela tinha falado, até eu olhar para uma mão que apareceu do meu lado e ver que era de Yan.
— Leva ela pra enfermaria. Foi uma torção — disse pra ele.
Peguei a mão dele e me apoiei pra levantar. Ele passou o braço esquerdo pela minha cintura e me ajudou a pular até o portão.
James e Lili estavam lá, esperando com o portão aberto.
— O que aconteceu? — James perguntou preocupado.
— Torci o tornozelo.
Lili entrou na quadra enquanto saíamos. Paramos na frente da escada.
— Vou ter que te levar no colo.
Ai Jesus...
Passei o braço direito por seu ombro. Ele abaixou e me puxou para cima, passando os braços por trás dos meus joelhos.
Então começou a subir.
— Eu sou pesada, eu consigo pular...
— Você não pesa nada. — Me cortou, sorrindo de leve.
Não quis olhar para os lados, porque com certeza tinha muita gente nos olhando.
Olhei para trás e vi James e Lili subindo atrás de nós. Lili estava com o meu tênis.
Segurei o ombro direito do Yan, com a mão esquerda, e estiquei a direita para os dois, secando os olhos no ombro.
James a segurou primeiro e deu um sorriso acolhedor.
Saímos pela saída das quadras e seguimos para o jardim. Yan estava andando rápido.
— Está doendo muito?
— Um pouco. — O olhei. — Mas não precisa correr.
— Precisa sim, não quero que você sinta tanta dor.
Abaixei o olhar, sentindo o rosto quente.
Logo chegamos na enfermaria e a senhora abriu a sala das macas pra gente.
Yan me sentou na primeira maca e deu espaço pra enfermeira olhar meu pé.
Ela o pegou, com cuidado e analisou. — Foi uma torção leve... Vamos colocar seu pé em água gelada que vai aliviar a dor. — E saiu da sala.
— Será que não quebrou mesmo? — Lili perguntou preocupada.
— Se tivesse quebrado ela estaria chorando e resmungando de dor. — James disse. — Se descabelando, na verdade.
— Tá doendo mas não tanto. — Sorri de leve, passando as mãos nos olhos.
A enfermeira voltou puxando uma das poltronas da sala de espera. — Queridos, por favor, só um aqui. — E saiu de novo.
— Vem, James. — Lili disse. — Temos que torcer pro Júlio.
Ele me olhou. — A gente volta depois que o jogo acabar.
Balancei a cabeça e eles saíram. Suspirei, relaxando a coxa no colchão, e Yan ficou do meu lado.
A enfermeira voltou com uma bacia prata e a colocou na frente da poltrona. — Coloque-a na poltrona, por favor.
Yan me levantou pela cintura e me ajudou e me sentar.
— Ponha o pé aí. — Indicou a bacia, cheia de água e gelo. — Vai ficar uns cinco minutos.
Jesus Cristo, eu vou morrer.
Fiz uma careta ao mergulhar o pé na água.
— Isso mesmo. — Ela riu. — Fique quietinha aí. — E de novo saiu.
A dor pareceu que piorou e eu queria muito tirar o pé.
Yan puxou a cadeira que estava num canto e a colocou do meu lado e se sentou. Então segurou minha mão direita, entrelaçando nossos dedos.
— Preciso devolver a gentileza — disse me olhando.
Sorri, corando e querendo mergulhar a cara naquela bacia. Então suspirei, lembrando do jogo.
Que droga. Eu estraguei tudo.
— O que foi?
Balancei a cabeça. — Quando eu achei que tudo ia dar certo... Eu queria muito ganhar... Eu queria comemorar com meu time...
— Mas vocês ainda podem ganhar.
— Sim, mas eu queria participar. Eu queria sentir que fiz algo importante.
— Bru, você fez algo importante. Você fez sua parte e ajudou seu time a chegar na final, não é? — Afirmei, desanimada. Ele tocou meu rosto e o virou para que eu o olhasse. — Quer saber o que eu ia dizer mais cedo?
Apesar da cara quente, o olhei. — O quê?
Yan olhou para nossas mãos juntas. — Eu queria saber se você quer sair comigo no outro sábado.
Meu coração pulou e eu paralisei.
Mas espera, o outro sábado é a festa surpresa dele...
Ele me olhou, esperando a resposta.
Eu teria que falar com o Gabriel...
— Ah... — Ele disse. — Isso se seu pé estiver bom até lá. — Sorriu.
Se meu pé estiver bom até lá, eu poderia distraí-lo, né?
— Claro. — Sorri, sem jeito.
Ele sorriu, parecendo feliz.
Então a enfermeira entrou. — Vocês fazem um casal lindo, mas eu preciso cuidar de um pé machucado.
Soltamos nossas mãos, envergonhados, e ela agachou, tirou a bacia e secou meu pé, que não estava mais doendo tanto.
Yan me ajudou a voltar pra maca, e a senhora passou uma pomada e enfaixou meu pé, pedindo pra que eu ficasse com ele reto por um tempo.
Assim que ela saiu, Yan deixou a cadeira de volta no lugar e sentou na minha frente, onde minha perna esquerda estava dobrada e voltou a segurar minha mão.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom, um clichezinho básico não mata ninguém, né? kkkk
Relaxa Bru, logo você está melhor!
Até o próximo, gente! o/