San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 63
Ganhou ou Não? + Muleta + Presentinhos


Notas iniciais do capítulo

OIE PESSOINHAS!

Vamos lá... Ansiosos para saber quem ganhou esse campeonato? kkk

Boa leitura!



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Depois de ficar um tempo ali, a enfermeira colocou uma tala no meu pé e me arranjou uma muleta.

— Precisa mesmo de muleta? — perguntei.

Já não bastava a vergonha de cair na frente da escola inteira, eu ainda tinha que andar com aquilo?

— Você não pode mover o pé, e imagino que você não queira depender dos seus amigos para andar, não é? — Fiz bico. — É só por alguns dias. Se deixar sempre o pé elevado e não forçá-lo, vai melhorar rápido.

— Quanto tempo? — Eu preciso estar boa até o aniversário do Yan, pelo amor...

— Se fizer tudo direitinho, em uma semana estará boa.

Respirei aliviada. Daqui a sete dias estarei melhor. É tempo suficiente.

— Obrigada.

— Por nada. Podem ir, já vai dar a hora do café. — Sorriu. — Mantenha essa perna esticada e elevada sempre que conseguir.

— Tudo bem. — Me movi, indo para a beirada da maca.

Yan me deu a mão, eu levantei, dobrando a perna direita para trás e ele me deu a muleta prateada. A ajeitei debaixo do braço e tentei andar.

Que horrível...

Saímos da enfermaria e Yan ficou do meu lado esquerdo.

— O jogo não acabou ainda? — Olhei ao redor. Havia uma ou outra pessoa por aí.

— Parece que... — Um barulho alto ecoou pelo jardim. Um barulho de multidão comemorando. — Acho que agora acabou. — Riu.

— Quem será que ganhou?

— Talvez a outra sala, já que a sua perdeu a melhor jogadora. — Brincou.

Sorri, balançando a cabeça. Entramos no refeitório, devagar, e Yan puxou uma cadeira da mesa mais perto. Me apoiei nela e me sentei. Ele puxou outra cadeira para perto.

— Coloca a perna aqui.

Estiquei a perna e a descansei no acento, deixando o pé para fora. Yan deixou a muleta do meu outro lado, encostado da mesa.

— Obrigada, Yan.

— Foi um prazer te ajudar... Quer dizer, não que...

Dei risada. — Eu entendi... Só quero saber quem ganhou. — Olhei impaciente para fora.

Algumas pessoas estavam se aproximando, mas ninguém que eu conhecesse, e claro que elas ficaram me olhando conforme entravam.

Olhei para a minha mesa.

— Quer que eu pegue seu café? — Yan agachou ao meu lado, me olhando.

Ele existe mesmo? — Não precisa, obrigada. — Sorri, sem graça.

— Certeza? Não está com fome?

— Eu não vou conseguir comer enquanto não souber quem ganhou.

Yan riu, levantou e olhou para fora, então Lili e James apareceram. Eles não estavam com uma cara boa.

— Ah não...

— Você fez falta lá. — Lili disse triste ao chegarem perto e me entregou meu tênis.

James agachou do meu lado, também triste. — Mas isso não foi suficiente pra nos derrotar! — Abriu um sorriso enorme e me abraçou.

Pera, quê? — Quê?!

Lili começou a rir e James me soltou. — Nós ganhamos, Bru!

— É sério? Vocês têm o que na cabeça?! Eu quase morri!

— Foi ideia dela te enganar. — Ele riu. — Mas como tá o seu pé?

— Tá melhor... Até arranjei uma muleta.

— Calma que eu preciso de açúcar. — Lili disse puxando James. — Vou pegar seu café. — E seguiram para a fila da cantina.

— Pronto, ganharam. — Yan falou. — Não falei?

— É, sua bola de cristal, né? — Brinquei.

— Claro. — Sorriu. — Bom, parabéns. — Se aproximou e beijou minha bochecha. — Só porque você não jogou um set, não significa que não tenha ganhado também. Entendeu? — falou perto.

Eu só consegui balançar a cabeça. Ele sorriu e levantou.

— Vou procurar o Mateus e o Gabriel.

— Tá... Obrigada de novo.

Yan fez uma reverencia, me fazendo rir, e saiu para o jardim.

Pouco depois, Lili e James voltaram, e Lili trouxe meu café.

Contei a eles o que a enfermeira fez, e quis saber do jogo. Eles contaram que a Cláudia ficou no meu lugar, e o Anderson — que estava na reserva — ficou no lugar dela. O jogo foi acirrado, mas ganhamos no terceiro set. Agora eles estavam entregando as medalhas.

— Agora você tem que sarar logo pra treinar pro regional. — James falou.

— Ai, nem me lembre disso.

Terminei de comer primeiro. Estava morrendo de fome.

Senti algo tocar meu ombro. Olhei para trás e vi Júlio... junto da equipe.

Ele sorriu e estendeu a medalha, abrindo a fita. Abaixei um pouco a cabeça e ele a colocou em mim, puxando palmas junto da equipe.

Corei muito, mas quem ligava?

Bati palmas também, rindo.

Professora Eliza saiu de sei lá onde com uma câmera na mão, então fez todo mundo de posicionar e eu fiquei sentada.

Seguramos nossas medalhas douradas e sorrimos, felizes, para a foto.

Mais tarde, Lili me ajudou a subir para o quarto e pediu — exigiu, ordenou — que eu fosse pra casa dela, porque segundo ela, eu não sobreviveria aqui sozinha.

Fui dispensada no ensaio, e ela me ajudou a arruar minha mochila.

Lili ligou para o pai dela nos buscar mais cedo, e pouco depois saímos.

No corredor, algumas meninas perguntaram como eu estava, e me desejaram melhoras.

Chegamos no térreo e eu me lembrei de algo.

— Lili... como vamos faze pra comprar o presente do Yan?

— Puts... Sei lá, você fala o que vai querer e eu vou comprar. Aliás, você pegou a lista?

— Ah! — Fiz cara de espanto.

— Ê cabeçuda... Onde tá?

Pensei, tentando lembrar. — Ah... acho que no caderno do Pooh.

— E onde tá? No guarda roupa?

— Isso.

— Tá, não sai correndo. — Voltou as escadas e subiu rápido.

Sentei num banco ali perto e esperei. Cinco minutos depois, ela voltou com o papel na mão.

— Caramba, você tem cinquenta papeis dentro daquele caderno — reclamou.

Dei de ombros e levantei.

Seguimos e logo estávamos no carro, e tivemos que explicar o que aconteceu para o pai dela, e depois para a mãe, quando chegamos.

Lili me fez ficar sempre com a perna esticada sobre algo. Mais tarde me ajudou a tirar a tala e a faixa e tomei banho rápido em um pé só. E depois me ajudou a colocar as coisas de volta.

Subimos depois de jantar e ajudar com as louças — a Lili ajudou, né —. Me ajeitei na cama, e Lili sentou do meu lado com a lista.

— Então, já sabe o que vai comprar?

— Não... — Peguei o papel e olhei as opções.

— Quanto você trouxe?

— Trinta... e cinco.

— Hm... dá pra comprar algumas coisas. Você pode fazer um kit. — Pegou a lista. — Tipo... um caderno sketbook... uma pasta que ele precisa... e esses lápis grafite.

— Mas o dinheiro vai dar?

— Acho que sim. Se não der, eu tiro alguma coisa.

— Tá... — falei animada.

Mais tarde dormimos, e no dia seguinte ela saiu depois do café.

Fiquei na sala vendo desenho com o Alex enquanto esperava. Quinze minutos depois ela voltou. Sentou do meu lado e tirou as coisas da sacola.

— Aqui, a pasta... Tá escrito que vem trinta plásticos. Foi dois reais. O sket... — Me passou o caderno um pouco menos do que um caderno comum. Ele tinha folhas mais grossas e brancas, sem linhas. — Esse foi vinte. Dois lápis... 4B e 6B, e ainda pequei essa caneta borracha. — Me mostrou. — E um saquinho de presente.

Ela tirou um saquinho com corações pequenos e coloridos. A olhei.

— Lili, que diabo é isso? Não tinha outro?!

— Ué, achei sua cara. — Segurou o risco.

— Mas... não é pra ser a minha cara! Você quer me fazer passar vergonha!

— Pelo menos ele vai entender o recado. — Riu.

— Meu Deus... — Passei a mão na cara. — Vou embalar no jornal então.

— Para de graça. — Deu risada e pegou o saquinho.

Então colocou os presentes dentro dele, dobrou o que sobrou da embalagem e finalizou colocando um pedaço de fita adesiva para fechar. Subiu e deixou em sua mesinha.

Pouco depois, minha mãe ligou, toda preocupada porque tinha recebido um email da escola sobre meu acidente.

Tentei a acalmar cem vezes, e na centésima segunda ela ficou mais calma.

Ficamos conversando durante muito tempo, até dar a hora do almoço.

***

Logo estávamos de volta à escola.

Não pude participar dos treinos de vôlei e nem dos ensaios, fiquei só olhando.

E aproveitei para ficar sabendo dos planos que Gabriel e Mateus tinham para a festa.

E inclusive, falaram que eles tinham convencido o Yan de sair comigo, de uma forma sutil, claro. Ele tinha dado a ideia de sair comigo, e eles apoiaram.

Então Mateus disse que a festa seria ali, no auditório.

E o pior. Eu tinha que distraí-lo.

Os dois fingiriam que iam para casa, então eu teria que tirar o Yan de vista para eles poderem trabalhar.

Eu tinha que tirá-lo da escola e ainda leva-lo pro teatro no momento em que estivesse liberado.

Não tinha algo mais difícil, não?

No meio da semana fui para a enfermaria, e a senhora disse que eu estava melhorando, mas que eu ainda teria que ficar com a tala e a muleta o resto da semana.

Na sexta, fui liberada dos dois, mas eu não podia andar muito e nem forçar o pé.

E aí, José?


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Notas finais do capítulo

Ahhh... Bom, a sala da Bruninha ganhou (claro) e ela ainda vai ter que se virar nos trinta pra distrair o Yan!

Não que seja algo chato, né nom? Kkk Vai ser muito legal!

Gostaram do capítulo? Espero que sim!

Até o próximo o/



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