Levantei e fui até o banheiro, - me olhei no espelho – estava com olheiras enormes em baixo dos olhos, resolvi tomar um banho beeem demorado, para ver se conseguia melhorar – era muito cedo, cerca de 5:30 da manhã. Sai do banho, continuava infeliz, mas minhas olheiras tinham diminuído, olhei para minha mala feita no chão, - abri e peguei as primeiras roupas que vi – uma calça jeans preta, um moletom preto com branco e um tênis branco - amarrei meu cabelo e sentei no chão do quarto e comecei a observá-lo. –Eu vou sentir falta desse lugar. – pensei. E antes de me descontrolar e voltar a chorar, levantei em um pulo, peguei minha mala e desci para a cozinha.

  Adam, Marie e Matt estavam sentados, tomando café, Arya provavelmente havia saído de casa nesta manhã, pois eu sabia – passamos ótimos momentos juntas, ela não queria me ver partir – encarei todos, mas ninguém olhava.

-Estou pronta! – disse calmamente.

-Coma algo, daqui a pouco nos já vamos! – disse Adam com a voz baixa e os olhos desviados para seu prato na mesa.

  Sentei-me à mesa, preparei um Nescau, comi uma bolacha sem olhar ou falar com ninguém em momento algum.. Quando terminei subi as escadas, escovei meus dentes, e desci novamente.

-Está na hora. – disse Adam.

  Eu saí pela porta levando minha mala, e esperando que um raio caísse na minha cabeça – não queria de jeito nenhum encarar a realidade.

 Entramos no carro, Adam dirigia, Marie ao seu lado, eu no banco de trás e Matt ficou em casa – que sorte, porque se não eu seria capaz de matá-lo!

  Fiquei observando a cidade enquanto íamos para o aeroporto, cada poste, cada detalhe, queria ter memórias de um dos melhores lugares que passei na minha vida.

  Chegamos no aeroporto, eu desci do carro.

-Vamos entrar e pegar a sua passagem. – disse Marie.

  Eu dei uma ultima olhada para o céu antes de entrar. Estava escuro, e o tempo estava frio, provavelmente viria uma tempestade, mas tempestade estava a minha vida naquele momento, até que eu entrei e vi a melhor coisa do mundo – na minha opinião – Justin!

  Larguei a mala onde estava e corri para abraçá-lo, comecei a chorar, enquanto estava nos braços dele.

-Calma Katherine, calma! – ele dizia docemente enquanto acariciava meu rosto.

  Ele era a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, meu porto seguro, mas naquele momento vê-lo aumentou também a minha dor. Eu pude sentir, estava prestes a deixá-lo, sim, eu iria perder meu chão, minha esperança, minha felicidade e mais um milhão de coisas boas que ele representava pra mim. Por isso a minha dor aumentou mais ainda e por um momento achei que iria perder a consciência, mas despertei. Olhei nos olhos dele,e o beijei– um beijo com gosto de desespero, sofrimento, e molhado com as minha lágrimas – mas mesmo assim, era bom, muito bom! – pude sentir o corpo dele tremer enquanto eu acariciava seu rosto, nos soltamos, ele não conseguiu aguentar, estava chorando, nos abraçamos mais uma vez. Mais forte, mas o buraco estava se abrindo, e não pudiamos fazer nada e isso realmente doía muito.

-Justin, eu não posso te deixar, não vou te deixar! – segurei as mãos dele.

-Amor, eu-eu não...não. – ele estava desesperado.

-Calma, Justin , o que foi?

-Eu não consegui...Nada, eu não posso fazer nada! – ele voltou a chorar e me abraçou.

  Agora era hora de DESESPERO, ele não conseguiu! Mas antes disso era hora de fazer alguma coisa, meu namorado estava chorando, por minha causa, eu não posso vê-lo sofrer, assim a minha dor triplica em segundos.

-Justin, tudo vai ficar bem. – eu disse passando a mão pelo cabelo dele.

  Não sabia mais o sentido das palavras que acabei de dizer, mais sabia que tinha que falá-las para confortá-lo. Ele parou de chorar – eu sequei as lágrimas do rosto dele com minha mão. – ele fez o mesmo comigo. Sentamos.

-Eu-eu conversei com Scooter e bem, nos vamos ficar uma semana sem nos ver.– ele falava e estava realmente desapontado com tudo o que estava acontecendo.

-Uma-uma semana? – vai parecer uma eternidade, -eu sei! – mas é melhor do que não vê-lo nunca mais. – como eu pensei que aconteceria.

-Sim, eu falhei. Não consegui marcar uma turnê para o Brasil agora.

-Justin, não fique assim, isso nem Chuck Norris iria conseguir. Mas quer dizer que você vai ir para o Brasil então?

  Ele riu de leve,  -É...é isso que eu quero, pois não vou conseguir ficar longe de você!

-Isso vai ser realmente bom, obrigado por existir príncipe! – eu dei um beijo inesperado nele – agora sentia uma sensação de alivio. – percebi que ele estava bem melhor.– o beijo foi demorado e intenso. Até que acabou quando ouvimos:

Vôo 1796 – com destino a São Paulo, partida em 30 minutos.

  Levantamos, agora ele estava sorrindo, o que de certa forma me fez sorrir também.Adam acenou para mim e nos fomos até ele, eu tinha que fazer o check in para embarcar. Terminei o Check In, Justin continuava comigo, e levava minha mala. Ele entregou para um funcionário do avião e vários passageiros começaram a embarcar.

-Hora de ir. – eu disse olhando para o chão.

  Fui surpreendida – ele colocou a mão no meu queixo e levantou minha cabeça e me deu um beijo. – minhas pernas tremeram, como de costume.

 Depois ele sorriu pra mim, me abraçou.

-Eu te amo Katherine, muito muito muito!

-Eu também Justin! Vou sentir tanto a sua falta.

-Calma minha brasileira, é só uma semana Ok?! Só uma! Estaremos juntos logo, logo.– ele disse tentando me acalmar, o que funcionou parcialmente.

-Promete que vai me ver? – olhei nos olhos dele.

-Prometo!

-Promete que não vai me trocar por ninguém?

-Que pergunta Kath, é claaaaro que eu não vou fazer isso! Prometo! – ele me deu um selinho.

-Promete que você vai ficar bem Kath?

-Prometo! Vai ser difícil, mas eu vou tentar. Me liga todos os dias Ok?

-Ok!

-Bem tenho que ir. – dei mais um beijo demorado nele, e sai para a plataforma do avião, fiquei olhando para ele, e acenei. O olhar dele não estava feliz, mas ele estava sorrindo, queria me encorajar, e eu fiquei (ou melhor tentei ficar), melhor! Pois seria melhor para mim e para ele – pude perceber que ele também não conseguia me ver triste – sorri e entrei no avião, sentei na poltrona que estava escrito na minha passagem e fechei os olhos. Não havia ninguém do meu lado – o que era bom, pois eu podia ficar a vontade.

  Conectei o fone de ouvido no meu celular e fui tentar escutar musica. Apertei play:

http://www.youtube.com/watch?v=WTN27gvy3dc – Link do vídeo da musica.

I always knew you were the best

The coolest girl I know

So prettier than all the rest 

The star of my show 

So many times I wish

You'd be the one for me

But never knew you'd be like this,  girl what you do to me

You're who I'm thinking of

Girl you're my runner up

And no matter what you're always number one

My prized possession 

One and only

I adore ya, girl I want ya

The one I can't live without

that's you, that's you

You are my special little lady

The one that makes me crazy

Of all the girls I've ever known 

It's you, It's you

My favorite, my favorite,

my favorite,  my favorite girl, my favorite girl.

You're used to going out the way 

To impress these Mr. Wrongs

So you can be yourself with me

I'll take you as you are

I know they said believe in love 

It's a dream that can't be real 

So girl it's fight of fairy tales

I'll show you how it feels.

You're who I'm thinking on

Girl you're my runner up

And no matter what you're always number one. 

Eu parei não conseguia mais ouvir, AH VOZ DELE NÃÃO! – estava chorando, desesperadamente.

  Uma aeromoça veio ver se eu estava bem,  pedi um remédio para dormir, ela me deu,  adormeci e só acordei quando chegamos no Brasil.

 Senhores passageiros chegamos em São Paulo – Brasil

  Eu desci do avião peguei minhas malas.

-Oi Brasil! Quanto tempo!

  Logo vi a minha família, minha real família, como era bom vê-los de novo, corri para abraçá-los...