Sem Recurso escrita por Deisy Ferreira


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Infelizmente esse é o ultimo capítulo.... Agradeço muitos a vocês que deu uma olhadinha na fanfic e também a Lilas *-* que comentou todos os meu capítulos. Até +++ e bjoocas!!!



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Capítulo 04

Como dito por Chaplin: "Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis."

Se você mata alguém ruim te chamam de herói, pois “aquele que você matou não merecia viver”. É essa a justificativa que você usa para cometer tal ato? Mas me diga: quem é você pra determinar tal punição? Nos proclamamos donos da verdade e da justiça, somos reis de nós mesmos e queremos ser de todo o mundo. Para isso, queremos nos equiparar a Deus ou até termos a ambição de sermos maiores que ele. E assim, decidimos que somos donos da vida e senhores da morte.

Sem Recurso, Cap. XVIII, página 74

As florestas artificiais são criadas através das florestas que não possuem vida, que estão mortas por decorrentes feitos que o homem já não pode consertar. As florestas artificiais têm por objetivo mostrar às pessoas que começaram a suas jornadas atrás da terra prometida que estão seguindo o caminho certo. Servem para passar esperança àqueles que estão começando, auxiliando-os para que não desistam. Mas é preciso destacar que a sua duração é de pouco tempo, por isso muitas vezes são chamadas de florestas temporária: elas resistem no decorrer de uma semana e nada mais. As árvores que eram secas passarão a dar folhagens e frutos, o solo castigado passará ser fértil e, além disso, haverá sempre dois veados para caçar.

Informe sobre as Florestas Artificiais



— É engraçado ver como o ser humano é capaz de fazer coisas impossíveis. — Maçu arrancou um pouco da grama verde, em seguida se virou para sua esposa que tinha o olhar perdido sobre a paisagem. — Como será que eles transformam o que era morto em vida?

— Maçu às vezes eu me pergunto como Deus é tão maravilhoso. Criou isso tudo... — Rosana deu alguns passos e logo parou, deixando que seu olhar pairasse sobre a floresta artificial, indo desde a copa das árvores até o chão tomado pela grama. — Mas nós destruímos e acabamos com tudo. A única coisa que restou foi isso, algo criado pelo homem. O que era vivo e saudável, deixamos ficar doente e não cuidamos. Deixamos a mercê de cada dia e o vimos lutar para não perder a vida. E no entanto, ainda está aqui: viva, só doente.

Rosana olhou para seu marido e pegou a grama que estava em suas mãos. Ao sentir a textura áspera entre os dedos, seus olhos logo se encheram de lágrimas.

— Essa floresta artificial é uma fagulha, uma parte da esperança de que um dia poderemos ver as coisas como eram antes, sabe, antes de chegar ao que é hoje.

— Você tem razão. Nós somos fortes e vamos ver o que Deus ainda tem para nos oferecer. — Maçu sorriu e pegou suas machadinhas. — Temos que caçar agora.

Ele já não olhava para a esposa, e sim para um veado jovem que estava a alguns metros dali meio encoberto pelas folhagens.

— Quem perder prepara. — Rosana rapidamente pegou sua espingarda semiautomática e mirou no veado acertando-lhe um tiro certeiro e mortal. — Acho que você perdeu.

Rosana esboçou um sorriso confiante. Maçu se aproximou e pegou as mãos dela, tentando puxá-la pra perto.

— Deixa eu te dar um cheiro meu bem! — pediu ele com um sorriso largo.

— Sai, Maçu, que eu não estou de brincadeira. — Rosana o empurrou, afastando-o dela.

— Meu bem, só um cheiro. Eu não posso nem te fazer carinho que você me ignora. — Maçu se aproximou novamente e fez carinho na face dela.

— Já falei que não. — Rosana puxa a orelha dele que faz uma careta de dor. — Está gostando do carinho?

— Ai, meu bem, isso dói! Você é tão má comigo, mas mesmo assim é a gordinha que eu tanto gosto.

Como eu vim parar aqui?, Bibi se questionava até se lembrar da autora da ideia: Deisy, aquela maldita.

— Bibi. — Max chamou, mas ela nem se deu ao trabalho de olhá-lo. — Sei que temos que caçar, porém eu nunca fiz isso antes. O que eu tenho que fazer?

Eles estavam numa floresta temporária. O lugar era denso, quente e a necessidade de achar uma presa exigia que fossem rápidos e precisos. Contudo, mais uma vez teriam de perder tempo, pois seu companheiro de caça não sabia como agir. O pensamento fez Bibi se descontrolar.

— Nada. — Bibi respondeu se virando para ele com um sorriso irônico. — Afinal você não sabe fazer nada, além de ser um estorvo que eu tenho que aturar.

Max não disse nada, apenas continuou encarando Bibi que lhe devolvia um olhar impaciente.

— Eu me pergunto por que você me odeia tanto? Por que me trata tão mal? — Max perguntou, enfim, e a questão deixou Bibi intrigada.

— Eu não te odeio. — ela declarou, o que surpreendeu Max. Alheia a reação dele, Bibi voltou a andar abrindo caminho na mata densa. — É que as vezes esse é meu jeito de reagir, de forma que eu pareça... — seu olhar percorreu o chão à procura de alguma pegada de sua presa. — ... Forte.

— Que bom! — disse Max, com um sorriso tipicamente alegre. — Essa floresta é coisa de louco.

— Também penso assim. É impressionante como eles conseguem fazer esse lugar que não tinha nenhum nutriente, ter vida novamente. Como conseguem que essas árvores tenham folhas verdes e voltem a dar frutos. E o chão, que era tão duro quanto pedra, fique desse jeito. — Bibi olhou para Max que a observava com curiosidade. — Pena que em alguns dias tudo isso vai voltar a ser como era antes. Tudo que é verde vai secar.

Max pôs-se a olhar a floresta como se fosse seu dever guardar uma lembrança dela. Seus olhos vagaram até o horizonte e ali viu que um par de olhos curiosos estava os observando. Bibi olhou para onde Max mantinha um olhar atento e percebeu que sua presa não estava tão longe como ela havia pensado. Só tinha que atraí-la de modo que ficasse perfeita em sua mira. No entanto, antes que pudesse fazer algo, Max começou a desabotoar a própria calça, pegando Bibi de supresa.

— O que você está fazendo? — ela perguntou, espantada.

— Eu ouvir falar que a urina atrai o veado, então eu pensei em urinar na árvore. — Max explicou, já puxando a calça para baixo.

— Seu idiota, você não tem vergonha não? Você é louco ou quê?! — Bibi se exaltou ao ver Max de sunga, para logo se arrepender, pois quando voltou a olhar para local onde estava o veado, apenas a folhagem continuava lá. — Deisy, eu te odeio!

Deisy e Emilly andavam pela floresta tentando achar algo interessante, porém, infelizmente, não encontraram nada. A floresta era densa, não dava para ver onde estavam pisando e para garantir a segurança de Emilly, Deisy ia na frente, assim, se qualquer perigo aparecesse, ela poderia protegê-la. Contudo, o maior perigo não estava exatamente visível. Em um determinado lugar por onde andavam o chão cedeu, levando-as para dentro de um enorme buraco. Deisy levantou a cabeça e tentou abrir os olhos, mas estava com dificuldades para se recuperar da queda. Assim que conseguiu, olhou para o lado à procura de Emilly e a viu ainda caída sem demonstrar qualquer reação de que estava bem. Ao ver isso, Deisy levantou-se rapidamente, cada parte do seu corpo latejando com o movimento, e foi ao encontro de sua irmã. Depois de se certificar que ela estava bem e a ajudar a se recuperar do susto que levou, Deisy parou para analisar o lugar. Foi então que perrcebeu que o buraco na verdade era uma gruta subterrânea que mantinha uma lagoa de águas tão claras como a alma. A superfície límpida da lagoa lembrava a Deisy o véu da virgem; nela se refletia o teto da gruta feito de formações rochosas longas e pontudas. Emilly se levantou, olhou para aquele esplendor e logo foi em direção a lagoa, sentindo uma ânsia enorme de tocar na água e vê-la escorrer por suas mãos, mas foi interrompida por Deisy, que a segurou pelo braço.

— Emilly, não pode tocar nessa água! — Deisy puxou sua irmã para longe da lagoa. — Essa água é muito perigosa. Eu vou te mostrar.

 Deisy pegou uma laranja que estava em seu bolso e a jogou na lagoa. A pequena fruta rapidamente começou a se dissolver.

— Meu Deus, o que aconteceu? — Emilly perguntou, olhando para a água cristalina que agora não parecia tão bonita e inofensiva assim.

— Emilly, isso é simples: essa água é acida. — Deisy explicou. — Se isso realmente fosse água, não teríamos a Terceira Guerra Mundial. Ninguém pode fazer água, só Deus e mais ninguém. No entanto, eu não posso negar que isso é lindo. Como queria que isso fosse real. — Deisy ficou triste ao dizer aquilo em voz alta.

— Você tem razão, eu ... — Emilly se esqueceu do que ia falar, quando, em uma das rochas pontudas que ficava no meio da lagoa, um objeto brilhante chamou sua atenção. — Deisy olha ali! — ela apontou o dedo na direção em que estava o objeto e logo em seguida, Deisy o viu. — O que será aquilo?

— Não sei, mas vamos descobrir. — Deisy respondeu, com aquela cara que Emilly conhecia bem: a de quem ia aprontar.

Deisy tirou um pequeno bastão de fibra de aço de sua bolsa, em seguida o apertou com um pouco de força, fazendo com que se expandisse e fixasse nas duas extremidade da caverna. Deisy segurou no bastão e deu um puxão para ver se estava bem firme. Quando constatou que não soltaria, ela flexionou os dedos e segurou firme o bastão. Começou a travessia vencendo os metros de pouquinho a pouquinho, fazendo o possível para não encostar na água ácida alguns centímetros abaixo dos seus pés. Deisy olhava pra cima a cada metro para não ultrapassar o lugar onde poderia pegar o objeto. Assim que chegou lá, respirou fundo tentando não se desconcentrar e segurou com firmeza o bastão. Usando seu corpo, ela iniciou um movimento de vai e vem, para frente e para trás, como se estivesse num balanço. Assim, quando concluiu que estava rápida o bastante, aproveitou o impulso e jogou suas pernas para cima enlaçando o bastão e ficando com o corpo rente a ele. Mesmo sentindo os membros doerem, Deisy fez de tudo para manter a posição, pois qualquer erro poderia resultar numa queda direto para a água ácida. Ela ficou ali, de cabeça para baixo, olhando para a água e pensando sobre o próximo passo. Só uma coisa lhe vinha à mente, mas não podia pensar muito, afinal, se ficasse mais tempo daquele jeito seu braço não conseguiria suportar o peso do seu corpo. Ela então tentou puxar com os pés o objeto e conseguiu com eficiência. O mais difícil seria agora: ter que voltar ao normal sem derrubá-lo do lugar seguro entre seus pés. Ela tinha um segundo para conseguir fazer o que havia pensando, não tinha outro jeito. De uma vez, Deisy soltou objeto e girou para baixo rapidamente, pegando-o por pouco com a mão esquerda que ela soltara do bastão. Um sorriso largo atreveu a se formar na face de Deisy; ela não acreditava que tinha acabado de fazer uma proeza dessas, mas o sorriso acabou depois que uma gota da água ácida, vinda de uma das rochas, caiu perto de sua orelha, fazendo uma dor insuportável se espalhar pelos seus nervos. Ela quase soltou sua única mão que estava segurando o bastão, mas pensou que se uma gota provocara essa dor toda, não queria imaginar o que aconteceria caso ela caísse lá dentro. Deisy voltou com dificuldade, mas conseguiu sair dali

— Deisy, nunca imaginaria que você iria fazer isso tudo para pegar aquele objeto. — Emilly olhou para sua irmã que estava analisando o solo fora da gruta. Tiveram de andar um bocado, porém conseguiram voltar a superfície e agora estavam a uma distância segura da gruta.

— Emilly tem coisas que valem o esforço. — Deisy continuou a sua procura no solo. — Nós devemos estar muito distante da floresta artificial, então Emilly não sai da minha vista, ok?

 Deisy pegou a bolsa que estava em suas costas e tirou um cano prata que parecia bastante simples, a não ser pelo botão vermelho posicionado exatamente no meio dele.

— Já sei, não precisa dizer. — Emilly disse, meio sem paciência.

Deisy começou todos os preparativos para ligar o bombeador. O aparelho tinha meio metro de altura, sete centímetros de diâmetro e pesava uns 5 quilos, mais ou menos. Deisy segurou firme e com toda a sua força, o fincou no solo. Em seguida apertou o botão vermelho e quase no mesmo momento, informações foram ditas: "Foi encontrada água há 15 metros de profundidade. Sem indícios de contaminação: a água está pronta para o uso. Bombeando para o local destinado. O campo de força será ligado em 2 minutos". Deisy ficou tranquila em saber que o local que havia encontrado tinha água, seus sentidos estavam certos.

"Houve um erro no campo de força. ― anunciou a voz. ― Ele será religado em 5 minutos."

— Que droga! — Deisy balançou a cabeça, pensando no tempo que iria perder naquele lugar.

O pensamento durou até Deisy perceber que o lugar estava muito silencioso e a única coisa que veio a sua cabeça foi Emilly. Antes que pudesse se virar e procurar por ela, sentiu uma presença estranha. Ao olhar para baixo viu duas longas sombras se arrastando sobre o solo rachado. Deisy se virou e se viu cara a cara com três homens fortes, todos vestiam botas pesadas e roupas gastas. A aparência deles sugeria que haviam saído de alguma guerrilha militar: o rosto cheio de cicatrizes e o corpo repleto de tatuagens simbólicas que indicavam que já tinham participado de muitas tribos. E se eles estão sozinhos, pensou Deisy, isso diz que eles são problema. Deisy não parava de observar o homem que estava no meio. Ele era muito mais alto do que os outros e também mais forte; seus olhos frios remetiam à Morte. Deisy concluiu que ele era o tipo de cara com o qual deveria tomar cuidado redobrado, no entanto, o pior de tudo, era que sua irmãzinha estava a mercê daqueles caras. Em especial, o da esquerda que a prendia fortemente pelos pulsos. Deisy tinha que dar um jeito de tirar Emilly de perto deles. Enquanto todos se encaravam, medindo uns aos outros, Emilly pisou com toda sua força nos pés do cara a segurava, fazendo com que ele a soltasse. Ela se aproveitou dos segundos de surpresa e dor do homem, para sair correndo e se esconder em cima de uma árvore, onde Deisy conseguia avistá-la, sem problemas. Deisy achou estranho que eles não impediram que Emilly fugisse tão facilmente.

— Que pena, a garotinha fugiu! — disse o cara da direta, olhando para Deisy.

— Não se preocupe. Temos outra coisa aqui muito melhor para nos divertir. — falou, no meio de uma gargalhada, o cara da esquerda.

— Eu deixo com vocês a garota. Enquanto isso vou sentar um pouquinho, logo ali. — anunciou o cara que estava no meio, caminhando para o local e ajeitando ali um lugar para descansar.

O homem da direta logo foi para cima de Deisy, que o socou duas vezes, uma no estômago e outra na cabeça, fazendo com que ele ficasse meio tonto. Depois, para acabar, Deisy deu outro soco em seu queixo, lançando ele para cima do campo de força. O homem recebeu um choque que o matou instantaneamente. Deisy não perdeu tempo e pegou seu bastão, pois o cara da esquerda vinha em seguida com uma faca em riste tentando cortá-la. Ele parecia ter mais agilidade que outro, no entanto, Deisy tinha mais agilidade do que ele. Ele defendia cada ataque de Deisy o que deixava a luta mais difícil, porém ela não perdeu tempo: com um impulso conseguiu chutar a faca que caiu longe dali. Nesse momento Deisy foi contra o homem com uma série de golpes usando o bastão e por final conseguiu golpeá-lo na região do coração; ele caiu no chão logo em seguida com um buraco atravessando o peito. Deisy parou para respirar por um instante, tentando se recuperar de tudo aquilo, mas lembrou que faltava mais um.

— Interessante. Não imaginava que você era tão forte assim, capaz de matar meus dois companheiros tão facilmente. — ele olhou para Deisy analisando-a. — Gosto de garotas assim, isso torna tudo ainda mais divertido

Ele inclinou a cabeça de um lado para outro devagar, estralando cada osso possível. O som junto ao sorriso do homem lhe causava repulsa.

— Bom para você. — disse Deisy, tentando não demonstrar medo, ou nojo, em sua face.

— Não tenha medo meu bem, não vou machucá-la... ― ele considerou as palavras como se nem mesmo acreditasse no que dizia. ― Acho.

Ele correu em direção a Deisy e ao chegar perto dela começou uma série de socos, mas Deisy consegui defender de seus múltiplos ataques até que sentiu que a força deles aumentando, fazendo com que seu corpo doesse a cada vez que se defendia. Ele era realmente muito forte pois logo se cansou dos murros e jogou Deisy longe com um chute. Ela tentou se levantar mas a dor era intensa, parecia queimar seu estómago. O homem então resolveu que seria por bem ajudá-la. Envolveu a mão grande na nuca de Deisy e levantou-a pelos cabelos, as pernas dela penderam frouxas por um momento e quando pareciam que iriam se firmar, ele a puxou pra trás e jogou-a novamente no chão para depois chutá-la na região do estômago várias vezes. O fogo se alastrou no interior de Deisy consumindo tudo. Ela sentiu o gosto do sangue em sua boca e o cuspiu de qualquer jeito, ela não conseguia se mover. O homem, sem se dar por satisfeito, pegou o pé direto dela e o apertou fazendo-a soltar um urro de dor por entre os dentes cerrados.

— Desculpa meu bem, isso deve ter doído um pouquinho. — ele olhou para Deisy que agora se arrastava no chão. Ele se aproximou os centímetros que ela colocou entre eles e levantou-lhe a cabeça para que ela olhasse em seus olhos. — Não posso negar que você me interessa meu bem. — ele passou a mão áspera na face de Deisy que retribuiu cuspindo na cara dele. — Vadia!

Ele segurou Deisy pelo pescoço, tirando-a completamente do chão e apertando a traqueia com força. Deisy estava ficando roxa, quando ele abriu um sorriso sinistro e enterrou os dedos ainda mais no pescoço dela.

— Podia matá-la agora. — disse, para logo soltar Deisy que caiu no chão. — Mas não posso.

Enquanto Deisy tentava respirar o máximo que conseguia, ele se aproximou outra vez dela, inclinando-se e cheirando seu pescoço.

— Você é muito cheirosa! — ele colocou as mãos na blusa de Deisy e puxou, rasgando-a. — Não se preocupe não vai doer nada. — ele passou as mãos pelo corpo dela, descendo até chegar em sua calça. — Você nunca vai esquecer desse dia, eu te garanto.

— E você também não. — Deisy usou a última força que tinha e empurrou ele para trás. O homem cambaleou e quando se preparava para voltar e fazê-la se arrepender, sentiu algo atravessando seu pescoço. Ao olhar para baixo, viu o bastão ensanguentado enterrado em sua pele. — Eu acho que você deve está se perguntando como isso aconteceu e eu vou te falar. Independente de onde meu bastão esteja, ele sempre volta para minha mão graças a esse despositivo.

Ela tentou mostrar mas já era muito tarde. Ele caiu no chão, morto.

Deisy ficou ali ao lado, jogada no chão, pensando sobre o que tinha acabado de fazer. Ela nunca pensaria que um dia acabaria como aqueles caras que matou. Se tornou uma assassina e isso não tinha volta. Ela tinha que salvar vidas e não tirá-las. O sangue daqueles homens em sua mãos a faziam se sentir uma pessoa horrível que merecia ser julgada pelo seu atos. As lágrimas banhavam sua face, o sangue em suas mãos manchavam sua alma. Naquele momento o tempo parou, ela não conseguia distinguir nada. Ouviu passos chegando perto dela, mas não tinha força para sequer olhar para ver quem era. Alguém levantou-a do chão e a encostou no tronco de uma árvore. Quando ela levantou a cabeça viu seu pai desesperado falando algo que ela não conseguia entender. Sua cabeça estava girando e as únicas coisas em que conseguia pensar eram: "Somos considerados heróis ou vilões?"; "Tirar a vida de alguém ruim faz de você uma pessoa boa?" e tantas outras, que Deisy acabou perdendo os sentidos e o que viu a seguir foi pura escuridão.


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Notas finais do capítulo

Galera não deixem de comentar!!! Esse não é o final, mas eu escrevi até aqui essa história que ainda tem muito para acontecer ...... kkkk



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