Back to New Orleans escrita por America Jackson Potter


Capítulo 17
XVII




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Estava feito. A pequena Mikaelson havia morrido. Não demorou muito para a fúria de Alistair cair sobre Pietro.

— Não era para fazer aquilo, seu lobo imundo. — Alistair ergueu o garoto pela gola da camisa. — Por que eu não te mato agora?

— Hã, porque eu só estava cumprindo uma ordem sua...? — Pietro ergueu uma sobrancelha sorrindo de canto. — E também, você não é quem manda aqui, Marcel...

— Cale a boca. — Alistair enfiou a mão no peito de Pietro, fazendo o garoto soltar um grunhido. — Uma pena você ter que morrer, parecia bom ter um lo... — o vampiro parou de falar, afrouxando a mão na garganta de Pietro e em seu peito.

— Estou ouvindo... — Pietro disse fraco. Mas Alistair não terminou de falar, jogou o garoto longe e olhou para as duas bruxas, que estavam de mãos dadas sussurrando alguma coisa.

— O que vocês duas estão fazendo? — ele perguntou tentado se aproximar das bruxas, mas algo impedia que seus movimentos fossem ágeis. Um momento, Alistair caiu de joelhos e começou a urrar de dor, uma mancha vermelha começou a se formar na camisa do vampiro.

— Le Specto tre colo ves bestia! — Lizzie e Josie gritaram fazendo com que o coração de Alistair voasse para a mão delas. As duas suspiraram e Lizzie foi ao chão. A irmã foi até a garota.

— Eu estou cansada... — a loira sussurrou.

— Fizeram bem, meninas. — Pietro disse indo para perto delas com a mão no peito. — Agora, precisamos continuar e...

— Você está bem? — Josie perguntou o interrompendo. — Não vai se curar se não matar alguém.

— Resolvemos isso depois. — Pietro balançou a cabeça. — Temos que achar a mãe de vocês, Vincent e Josh. Precisamos levar Hope, Hayley e Klaus para lá.

— Certo. — Lizzie assentiu sentando-se perto da hibrida. A garota pegou uma faca e fez uma pequena linha na mão esquerda e estendeu para Hayley, que, por alguns segundos, não reagiu, mas assim que uma boa quantidade de sangue chegou em seus lábios, agarrou a mão da garota. Lizzie tirou  a mão e esperou Hayley se sentar e encara-la.

— O que aconteceu?

— Do que você se lembra? — Josie chegou perto das duas.

— Pouca coisa depois que chegamos aqui... — a mais velha falou e olhou em volta. — Onde estou? De quem são aqueles corpos?

— Klaus, Alistair e... — Pietro disse num suspiro. Hayley fechou a mão em punho, o garoto já sabia que a hibrida sabia de quem era o último corpo. — Hope.

— Vocês...? — Hayley perguntou tentando segurar as lágrimas. — Por que fizeram isso com ela? Ela era amiga de vocês! Minha filha...

— Acalme-se, Hayley. — Josie a abraçou. — Ela... ela vai voltar. Tem sangue de vampiro no organismo, não é assim? Você não a perdeu.

Hayley não respondeu, apenas se levantou, um pouco tonta, tirou sua filha das correntes e a deitou em seu colo, fazendo carinho em seu cabelo. Murmurava alguma coisa que Pietro identificou como um “vai ficar tudo bem, a mamãe está aqui agora”.

— Hayley, gostaríamos de te perguntar se... — Lizzie começou a gesticular e olhou para a irmã pedindo ajuda.

— Se não quer tirar a adaga de Klaus? — Josie completou.

— Mas e Elijah, Kol, Freya e Rebekah? — a mulher perguntou ainda fazendo carinho nos cabelos da filha. — Eles estão bem para romper a ligação?

 — Eles estão com Josh e Vincent. — Pietro disse. — Caroline está indo para lá.

— A mãe de vocês está aqui? — Hayley ergueu uma sobrancelha.

— Meio que ela estava seguindo a gente esse tempo todo. — Josie deu de ombros. — Não estava muito convencida sobre tudo, então nos seguiu para ter certeza de que estávamos seguras.

— Mamãe deu as caras quando você foi presa e nos ajudou, escondida, depois disso. — Lizzie completou. — Ela que nos avisou que iria acontecer várias coisas nessa semana. Avisamos a Pietro e ele nos ajudou a montar um plano.

— Ainda não sabemos se é um plano perfeito, mas estamos descobrindo. — Pietro disse sorrindo. — Sobre Klaus?

— Não. — a mulher balançou a cabeça. — Acho melhor Hope fazer isso. Ela merece.

— Temos que ir, não vai dar para esperar que ela acorde. — Lizzie se levantou e olhou para o corpo de Alistair. — O que fazemos com ele?

— Pendure nas correntes. Deixe um aviso. — Hayley falou se levantou com Hope em seu colo. — Quero que Marcel fique avisado.

— Okay. — Lizzie e Josie deram as mãos e fizeram as correntes agarrarem o corpo. O corpo do vampiro ficou suspenso segurado pelas correntes e o seu coração ficou no chão mesmo.

— Como vamos transportar os dois? — Hayley perguntou abrindo o portão.

— Viemos numa van. — Lizzie apontou para o carro. — É uma longa história.

...

Eles haviam conseguido chegar na Igreja St. Anne sem nenhum problema. Entraram na igreja também sem nenhum problema. Vincent havia fechado o lugar especialmente para eles.

— Bom te ver, Hayley. — o mais velho falou sorrindo.

— Não mudou nada Vincent. — a hibrida sorriu. Olhando ao redor, Hayley viu todos os caixões ao pé do altar. — Obrigada por nos ajudar.

— Apenas espero que sua filha não venha com o lema “para todo o sempre”. — ele deu de ombros. — Esse é o proposito dessa igreja.

Uma mulher jovem e loira entrou acompanhada por um garoto. Hayley demorou para lembrar que Caroline e Josh estavam ali. A loira não ficou muito feliz em ver Hayley, já esperava isso, e Josh se mostrou alegre com sua presença. Ela o ajudou quando perdeu o antigo namorado, ex-membro da matilha dos Crescentes.

Não demorou muito para Hope dar os sinais de que estava voltando. O sorriso de Hayley aumentou quando a garota sentou-se no chão e observou tudo ao seu redor.

As novas sensações que a garota sentia eram novas, assim como o ambiente e as pessoas ali. Hope já esteve ali, mas não era ali que ela havia morrido. Cada pessoa ali, ela já havia visto também, mas separadamente. Seus olhos percorriam cada canto da igreja, parando o olhar sobre Pietro. Estava o odiando, ele havia matado ela, por que estava ali? O garoto sorriu, Hope apenas conseguia odiá-lo e sentir a veia pulsando em seu pescoço. Iria ataca-lo, ver se aquela nova sensação de fome parava, mas algo chamou sua atenção.

Sua mãe estava ali na sua frente, sorrindo. Um sorriso calmo e aliviado.

— Hope — ela a chamou se aproximando. — está tudo bem, é normal se sentir assim.

— Sentir ódio de quem enfiou uma faca na minha goela? — a garota ergueu uma sobrancelha encarando Pietro que desviou o olhar.

— Não. — Hayley se agachou. — Fome. — a mãe tirou uma bolsa de sangue atrás das costas e entregou para a filha. Hope sentiu as veias de rosto ressaltarem e olhou para a mãe. — Pode beber. — a garota não pensou outra vez. Sentiu os caninos se formarem e enfiou a boca na bolsa, acabando com o líquido vermelho em segundos. — Sua transformação está completa. — Hayley sussurrou.

Hope voltou a olhar para todos, principalmente para Pietro, e não sentia mais a veia de seu pescoço pulsar, mas ainda sentia uma pontada. Queria mais sangue.

— Posso te explicar tudo, se deixar. — Pietro falou quebrando o silencio. A garota olhou para ele e fez uma careta.

— Isso que é confiança?

— Isso se chama ter um plano e não ter te contado. — o garoto sorriu. — Vamos, uma pequena conversa.

...

Hope voltou da conversa de Pietro ainda querendo matar o garoto. Podia ter falado alguma coisa, sabe?, Hope repetiu todas as vezes.

Mas, por alguma coisa, estava mais leve. Havia acertado as contas com o garoto. Isso era bom.

— Não é querendo te apresar e nem nada... — Josh falou dando de ombros. — Mas vamos precisar dos seus tios e do seu pai se quisermos derrotar Marcel. Ele já deve saber de tudo a essa hora.

— Aham, certo. — Hope olhou para o corpo de seu pai. Fazia anos que não o via, não o tocava. — Posso ficar sozinha?

Hayley balançou a cabeça concordando e tirou todos da igreja. Deixando apenas a filha com os Originais.

A criança fez questão de abrir os caixões e tirar os tios, deixando-os deitados no altar. Voltou para seu pai e se ajoelhou perto dele. A garota podia jurar que viu os olhos do pai se mexendo dentro das pálpebras.

— Eu consigo. — murmurou para si mesma. Levou a mão na adaga, mas não a puxou. — Esther? Dahlia? — fechou os olhos e chamou suas Ancestrais. Não demorou muito para sentir as mãos das duas em seus ombros.

Estamos aqui, pequena.

As vozes delas soaram em sua cabeça.

— Eu... eu não estou pronta.

Mas não era isso que queria? Que estava lutando a muito tempo?

— Sim, mas... se ele não se lembrar de mim?

Basta, Hope. Você é uma Mikaelson de primeira linhagem, não deveria ter medo de nada.

— Certo. — a garota respirou fundo e tirou a adaga de dentro do pai, a jogando longe. Por um momento, Hope achou que não havia feito nada, nada aconteceu. A garota abaixou a cabeça e se sentou no chão se encolhendo. No segundo seguinte, escutou uma respiração pesada e levantou a cabeça,

Klaus estava começando a se mexer, e a sua cor estava voltando para ele. Hope sorriu e esperou mais um tempo.

O hibrido Original começava a retornar para sua consciência, seus sentidos retornavam de pouco a pouco. Quando Klaus abriu os olhos, encontrou uma garota , muito bonita, a sua frente. Parecia Hayley, mas algo estava errado com ela. Então fixou os olhos nos olhos da garota. Era os seus olhos, olhinhos do Diabo.

— Hope? — ele disse meio tonto. A garota sorriu e balançou a cabeça confirmando.

— Sou eu, papai. — Hope o abraçou forte, já com as lágrimas escorrendo. Klaus retribuiu o abraçado a apertando.

— Minha garotinha! Como você cresceu.

— Dezesseis anos, papai. — ela respondeu tentando limpar algumas lágrimas. — Senti tanta sua falta!

— Ô meu amor... — Klaus passou a mão pelo rosto da pequena. — Eu também senti. Senti muita sua falta.

Os dois ficaram assim nos abraços até que ambos escutaram outro barulho vindo do altar. Hope havia esquecido dos tios.

— Você quebrou a ligação... — o sotaque carregado de Klaus soou. — Me diga que encontrou as curas.

— Vovó e tia Dahlia me ajudaram. — Hope sorriu e Klaus fez uma careta — Longa história. — a garota se levantou puxando o pai para o altar. Rebekah foi a primeira a se sentar e olhar em volta. Hope saiu correndo para abraçar a tia. Fez a mesma coisa com os outros tios.

— Acabou que Hayley cumpriu a promessa. — Kol disse olhando para o braço curado. — Reuniu a família.

— Mas ainda não acabou. — Hope falou sorrindo. — Ainda temos que fazer mais uma coisa.

— Que seria? — Freya perguntou passando a mão pelos cabelos da sobrinha.

— Tirar Marcel do poder.


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Notas finais do capítulo

Desculpa a demora :x disse que ia postar ontem, mas eu reescrevi o capítulo
Espero que as coisas tenham sido explicadas
E eu espero que nesse capítulo apareça os mesmos comentários fofos ♥



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