Who I Am? escrita por StrangeDemigod


Capítulo 3
Number Three


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura, amorecos ;P



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698319/chapter/3

Eles estavam próximos. Enquanto corria, ela podia ouvi-los chegando mais perto.

Quando chegou ao salão, viu que as pessoas estavam assustadas... Procurou por sua mãe... Avistou-a num canto mais ao fundo, junto ao marido e aos filhos. Caminhou rapidamente até eles.

—Helena? O que está havendo? Ouvi rugidos... O que tem lá fora?- a mulher lhe olhou assustada.

—E-eu...- ela balbuciou -Eu... Não sei.- olhou a mais velha, esta que já estava com lágrimas nos olhos. -Temos de tirar essas pessoas daqui.

—Sim... A névoa não vai ajudar muito...- a mais velha falou.’’Névoa?”—Helena, preciso que faça uma coisa. Você tem de levar as meninas daqui.- ela falou, ainda estava com lágrimas escorrendo pelo rosto.

—Mas por que só elas? E o Kevin?- a mais nova lhe perguntou aflita.

—Kevin é meu e de Joseph. As meninas são só minhas.- ela falou. Helena a olhou confusa. -Não posso explicar-lhe tudo corretamente. Apenas as leve, okay?- ela disse. -Vá até em casa. Você tem de ir até o porão. Lá, você vai encontrar quatro mochilas. Pegue todas. Depois, dirija até a costa norte de Long Island. Entrem na floresta e depois subam a colina. Procurem Acampamento Meio-Sangue. Só aí estarão seguras.- ela falou, depois olhou para suas filhas. -Saibam que eu amo vocês, muito, aconteça o que acontecer, estarei sempre ao lado de vocês.- ela abraçou as meninas. -Agora, vocês devem ir.- ela falou. Helena pegou as chaves do carro com Joseph. Pegou as mãos das gêmeas e correu até o carro. Todas entraram. Helena deu partida. Enquanto ela acelerava, deu uma última olhada para trás. Tudo o que pode ver era Ally com uma espada, partindo para lutar contra os monstros, enquanto Joseph conduzia as pessoas para fora, segurando Kevin no colo.

—___//____

—Fiquem aqui.- ela falou para as meninas. -Eu já volto.- Helena saiu do carro. Ela acabara de chegar na sua residência, em busca das tais mochilas. Desceu ao porão e as encontrou. Pegou-as e levou-as para o carro, colocando-as no porta-malas.

Ela fazia tudo no modo automático. Sua cabeça estava em outro lugar. Ela bem que reparara que as meninas não podiam ser filhas de Joseph, pois ambas eram loiras. Nem Joseph, nem Ally possuíam cabelos loiros, então ela supôs que o pai das meninas era loiro. Voltou à realidade, lembrando-se de seu diário. Correu rapidamente até seu quarto e o pegou. Esse diário não era daqueles em que você escreve como foi seu dia, seus amores secretos, não. Ele continha desenhos e nomes. Ally lhe dera para lhe ajudar a se lembrar de sua vida antes de ir parar naquele beco, desmaiada. A garota sempre tinha alguns lapsos de memória.

Voltou ao carro e acelerou novamente. “Dirija até a costa norte de Long Island”.  Ela teria de dirigir 10 km.“Muito bem Helena, mantenha a calma.”

—Helena...- Jenna a chamou. Helena a olhou pelo retrovisor interno. -A mamãe vai ficar bem?- a garota lhe olhou. Helena não sabia o que dizer. “As garotas não viram o que eu vi... O que falo para elas?”.

— Não se preocupem, okay?- Helena sorriu forçadamente. -Vai ficar tudo bem.- “Eu espero.”

—___//____

Helena dirigiu os tais 10 km. Parou o carro em frente a uma floresta. “Deve ser essa”.

Saiu, junto às meninas. Pegou as mochilas. Olhou para as quatro. Uma delas era roxa, que supôs ser de Jenna. Outra era amarela, possivelmente de Jessie. Uma preta, esta era sua. E uma branca. Ao que parecia, essa era um kit de primeiros socorros. Tinha todas as coisas necessárias. Ela só achou estranho que tinha uma garrafa e um pote... Resolveu não mexer naquilo.

Vasculhando sua bolsa, encontrou uma lanterna. Ligou-a.

—Meninas, deem as mãos, depois, Jessie, pegue a minha.- Helena falou. Elas obedeceram.

Adentraram a floresta, Helena ia iluminando o local por onde andavam. Caminharam um pouco, porém ouviram um barulho, um rugido... “Droga”.

—Corram!- Helena gritou e começou a correr. As meninas a seguiram. Corriam, desesperadamente. O rugido estava mais próximo. Helena avistou a colina. Parou bruscamente. Viu uma grande placa de madeira, ao longe, depois de um pinheiro. Olhou para as meninas. Respirou fundo.

—Meninas... Prestem atenção.- ela abaixou na altura delas. -Peguem essas mochilas.- entregou uma para cada. -Agora vocês vão subir aquela colina.- ela apontou para a colina. -Corram e não olhem, em hipótese alguma, para trás, entenderam?- Helena perguntou e elas assentiram. -Agora VÃO!- as meninas correram em direção à colina. Helena suspirou, se virou e o viu. Parado à sua frente.  Ele começou a se transformar de novo. Voltou a ser Alan Brown.

—Então Helena...- ele falou. -Decidiu vir comigo?

—Não.- ela falou. -Não vou com você.

—Helena... Este é o seu destino. Eu só estou cumprindo ordens.- ele a olhou.

—Ordens de quem?- ela questionou, tentando demonstrar coragem.

—Do meu soberano. Aquele a quem sirvo, e a quem você também deve servir.- ele falou.

—Não é minha obrigação.- a garota falou friamente.

—E lá vamos nós, de novo empacados nessa parte.- ele balançou a cabeça negativamente. -Você vai vir comigo.

—NÃO!- ela gritou.

—VOCÊ VAI VIR COMIGO!- ele segurou o braço dela fortemente. -VAI CUMPRIR O SEU DESTINO!- apertou ainda mais o braço dela. -VAI DESTRUIR O OLIMPO!

Ela não sabia o que fazer... Fechou os olhos e, de repente, sentiu algo em sua mão. Abriu os olhos novamente. Segurava uma adaga. Ela era interamente negra.  Ela fez um corte na mão dele que segurava o braço dela e ele a soltou. Ele caiu no chão, enquanto ele gritava.

—MALUCA!- ele gritou. Sangue escorria do ferimento. -Parece que vou ter que te levar a força.- ele começou a se transformar naquela coisa novamente.

“Tenho que detê-lo... Mas... Como?”. Ela olhou para a adaga, depois para o monstro a sua frente. Ele já havia acabado de se transformar. O manticore rugiu novamente e correu até ela. Ela, apenas apontou a adaga para ele, ainda sentada no chão. Quando ele já estava bem próximo dela, ela fechou os olhos e lhe dirigiu um golpe.  

Ao que parece, ela havia acertado o golpe. O monstro estava ao seu lado. Ela se levantou rapidamente, se afastando dele. Percebeu que a adaga em sua mão estava mais pesada. Ela olhou para a adaga novamente e constatou o motivo. Ela havia virado uma espada.

Olhou pra frente e viu que o monstro estava se levantando.  Ela levantou a espada em direção dele. O monstro a olhou.

—Mais que pena...- ele emitia um tipo de rosnado. -Um vestido tão belo... Agora está rasgado. Foi feito pela sua mãe, não é? Se é que posso chamá-la assim... Afinal, ela não era a sua mãe.- continuou. -Sabe... A morte dela foi até rápida. Um desperdício. Ela morreu por nada. Tentou salvar o moleque, mas não conseguiu... Ficou com tanta raiva por eu ter esmagado a cabeça dele, que resolveu me atacar.-  falou em tom de arrogância. -Ela conseguiu derrotar meus dois amigos, mas eu consegui matá-la... Cortei o pescoço dela... E a vi agonizar até morrer...- ele falou, se vangloriando.

—O que você fez?- a garota questionou, com lágrimas nos olhos, enquanto uma forte dor invadia sua cabeça.

 -Eu apenas a matei... Assim como matei o menino.- ele rosnou. -E quanto ao seu pai? - falou ironicamente.  -Ele sim teve uma morte bem dolorosa... Joseph, apesar de ser um mero mortal, sabia lutar... Lutou pelos dois ali, que já estavam mortos...- ele estalou a língua. -Inútil... Morreu envenenado pela minha cauda.- ele riu. -Então Helena... Eles estão mortos... Por sua culpa...

—NÃO!- ela caiu de joelhos, abandonando a espada. -Impossível!- ela chorava e apertava a cabeça.

—Sim... Eles morreram Helena... Não há mais volta.- ele falou se aproximando.

—NÃO! NÃO!- ela gritou e fechou as mãos em forma de punhos e bateu-os no chão. Ela estava de cabeça baixa, ainda chorando quando aconteceu.

Uma cratera se formou no chão e de dentro dela saíram mãos... Mãos de esqueletos. Elas seguraram firmemente as patas e a cauda do monstro. Ele tentava se soltar.

—O que é isso? Me soltem!- ele falava.

—É inútil.- ela falou ainda com a cabeça baixa.

—O que você pretende fazer?- ele perguntou, olhando-a. Ela riu.

—Vou fazer você pagar pelo que fez!- ela levantou a cabeça. Ele viu seus olhos. Estavam totalmente negros, por inteiro, desde a esclera até a pupila. Sim, ele conseguia enxergá-los. Apesar de estarem no meio de uma floresta, à noite, uma luz alaranjada emanava de dentro da cratera, possibilitando a ele enxergar algo.

—Não. NÃO!- ele gritou. -POR FAVOR, NÃO!

— Agora você suplica a mim?- ela questionou com um sorriso sarcástico. -Devia tem pensado antes de matar aqueles mortais!-  ela falou friamente a ele.  -Agora... O que acha de voltar ao Tártaro?

—NÃO! EU SÓ ESTAVA CUMPRINDO ORDENS!- ele gritava e se mexia, tentando se soltar. Helena apenas levantou a mão e mais algumas mãos esqueleto surgiram e seguraram o pescoço do monstro.

— Meu caro monstrinho...-  ela falava enquanto se aproximava. -Eu apenas estou cumprindo o meu dever.- ela olhava-o superiormente. -Eu sei melhor do que ninguém que monstros podem morrer, mas não morrem.-  ela riu. -Então... Se eu simplesmente te matar, algum dia você vai voltar.- ela explicou. -Mas você não volta se eu lhe jogar uma maldição.- ela deu um riso abafado. Depois o olhou diretamente nos olhos. -Você vai voltar ao Tártaro. Vai vagar por ele eternamente. Cada vez que você encontrar as Portas da Morte, voltará ao início... Nunca conseguirá sair...- Dito isso, a cratera se abriu ainda mais e os esqueletos o puxaram. Enquanto ele era engolido, ela falou simplesmente. -A morte nunca perdoa.

A cratera se fechou. Tudo o que sobrou foi apenas uma rachadura no chão. Helena sentiu mais uma forte dor na cabeça. Seus olhos voltaram à cor normal.

A última coisa que ela ouviu foram passos vindo em sua direção, depois um breu cobriu sua mente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo, beijinhus, ~StrangeDemigod



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Who I Am?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.