Who I Am? escrita por StrangeDemigod


Capítulo 17
Number Seventeen


Notas iniciais do capítulo

Oiie!
Perdoem a minha demora, mas meu seminário é essa sexta, então tenho motivos para ter demorado *risos*
Espero que apreciem esse capítulo, tá um tanto romântico.
Boa leitura.



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Anteriormente em Who I Am?:

—HARRY!- Milena berrou. Todos se viraram na direção da filha de Poseidon. Muitos semideuses se aglomeraram na em cima do garoto, que estava desacordado no chão. Helena correu até ele, empurrando alguns semideuses. Ajoelhou-se. Ele não estava morto. Ela sabia.

—Harold, acorde.- o balançava levemente. -Pelos céus, acorde... Por favor...- suplicava. Ele mexeu as pálpebras e ela suspirou. Ele estava acordando. O moreno abriu seus olhos, mas estes não estavam verdes como sempre. Estavam dourados, com um brilho assassino.

Antes que Helena pudesse raciocinar, o rapaz se jogou em cima dela, apertando seu pescoço com força.

Agora:

O barulho de diversas vozes em pânico, um amontoado de gente concentrada em cima dos dois e ninguém se atreveu a tentar tirar o garoto filho de Poseidon de cima da morena. O último, naquele momento, tentava matar a própria morte.

Helena segurava firme os pulsos do rapaz, tentando se soltar. Digamos que, apesar de tudo, ela era um ser “vivo”, e precisava de oxigênio para respirar.

Aquele não era Harry. Era o desgraçado que queria acabar com o Olimpo. Mas, ele estando controlando o corpo daquele rapaz, ela não conseguiria detê-lo.

Numa tentativa de escapar, ela enlaçou suas pernas ao redor do quadril dele e girou seus corpos, ficando por cima. Agora ela tinha mais mobilidade e, assim, conseguiu se livrar das mãos que lhe apertavam o pescoço e finalmente pôde respirar. Segurou-o com os pulsos para cima.

αριθμό εβδομήντα αριθμό ογδόντα τρία. ελιγμών της άμυνας. Τρέξτε!(1)— falou e dois esqueletos apareceram e seguraram o rapaz. Ela se levantou e o garoto foi arrastado para perto de uma das mesas.- Quero que todos se retirem do Pavilhão, agora! Não podemos correr o risco de mais algum ser dominado.- todos começaram a ser conduzidos para fora, mas ainda havia os que resistiam.

—Eu não vou ficar longe do meu irmão!- Milena era segurada por Liam. Ela estava chorando.

—Você não pode se arriscar.- a de olhos castanhos disse.

—Eu vou ficar.- falou, determinada.

—Apenas se mantenha longe.- Helena disse. Voltou-se ao moreno, que tinha uma expressão animalesca. Ele quase a mordeu quando chegou perto.- Τα αλιεύματα πάνω στο τραπέζι, να κάνω τα υπόλοιπα.(2).- os esqueletos assentiram e colocaram o rapaz sobre uma das mesas e prenderam seus membros com correntes.  Em seguida, sumiram.

“Preciso ser rápida.”— pensou ela, se aproximando. Harry se movimentava freneticamente, tentando se soltar. Rosnava alto. Helena suspirou. Tentou segurar o rosto dele, mas ele não parava de se mexer. A cada vez que ela tentava segurá-lo, ele ou deferia um golpe com a cabeça ou tentava mordê-la.

—O que você pretende fazer?- Apolo indagou ao lado dela. Milena a olhava, esperando uma resposta.

—Ele precisa de um tipo de “exorcismo”, por assim dizer.- ela comentou, cruzando os braços. -Infelizmente, não posso fazer isso no momento.

—Por que não?- a filha de Poseidon perguntou.

—O anel me impede.- balançou a mão esquerda. -Preciso removê-lo para fazer o que é necessário.

—Então o tire, oras.- Liam falou.

—Não é tão simples assim.- Apolo falou. -Sei que você já retirou uma vez, Helena. Mas não sabemos das consequências se isso voltar a acontecer.

—Não!- Milena conseguiu se soltar de Liam e correu até a deusa morena. -Por favor, Helena.- segurou-a pelas mãos. -Sei que você gosta dele também. Sei que você quer salvá-lo.- os olhos verdes soltavam diversas lágrimas. -Então eu suplico. Arisque tudo para salvá-lo.- a morena olhava a outra, sem reação. A deusa piscou algumas vezes e pareceu cair em si. Mordeu o lábio inferior. Olhou para Apolo, que a encarava, temeroso.

—Eu preciso ajudá-lo.- ela falou. O loiro suspirou e estendeu a mão. Helena retirou o anel e o repousou na palma do loiro. Ela se afastou dele, com as mãos trêmulas. Aquelas correntes de energia, provocando uma sensação de poder. Andou lentamente até o moreno, que ainda se contorcia, tentando se soltar. Ela piscou diversas vezes, tentando se acalmar. Colocou a mão acima da cabeça dele, mas ele tentou mordê-la, mais uma vez. -Que droga, Harold.- ela resmungou, suspirando.

“Não tem outro jeito.”— ela pensou por fim.

Segurou com ambas as mãos a cabeça do moreno e aproximou seu rosto do dele.

—Helena? O que vai...-Apolo não conseguiu terminar. -Oh, céus.- a deusa morena havia colado seus lábios sobre os do filho de Poseidon. Harry, no início, continuava a se mover, as correntes ainda o prendendo. Depois de alguns segundos, ele parou. Fechou os olhos e simplesmente parou de se mover. A morena se afastou dele, lambendo de leve os próprios lábios.

—O que você fez?- Liam estava incrédulo.

—Eu não o matei, se é isso que pensam.- ela falou. -É só morfina. Eu não podia fazer algo se ele continuasse a se mexer. - ela estava de costas a todos. -Agora vou conseguir trabalhar em paz.-ergueu sua mão aberta sobre a face inerte de Harry e sussurrou algumas poucas palavras. Logo, um buraco negro se abriu acima do rosto dele e abaixo da mão dela. Curvando levemente os dedos para que formassem uma garra, ela falou. - Αφήστε το, ειδεχθή πλάσμα! (3).- o rapaz arqueou suas costas e abriu a boca, expelindo uma fumaça negra, que era sugada pelo buraco. A fumaça foi sugada por completo e o moreno voltou à posição normal.

O corpo de Helena vacilou e, com os olhos revirados nas órbitas, ela se apoiou na mesa, gemendo de dor. Sentiu alguém pegar sua mão esquerda e colocar o anel em seu dedo. Ela conseguiu firmar as pernas e ficou ereta.

—Oh, não.- o loiro disse, a olhando. A morena olhou-o confusa.

—Helena... Seu olho...- a filha de Poseidon apontou. Pousando a mão sobre o olho esquerdo, Helena deu um leve sorriso.

—Não tem problema.- ela falou. -Vamos levá-lo a enfermaria.- a morena soltou os membros dele e o pegou no colo, com a ajuda de Apolo.

Levaram-no à enfermaria, o colocando sobre uma das camas vazias.

O tumulto havia cessado e todos estavam mais calmos. Apolo acariciou os ombros dela e se despediu, saindo do local. Suspirando, Helena sentou-se num banco, próxima à cama dele. Segurando-o pela mão, adormeceu ali, sentada, com seus próprios demônios a infernizando.

—_//__

Ele acordou com uma dor de cabeça imensa. A claridade do local não ajudou muito, fazia seus olhos doerem. O seu corpo doía, na realidade. Parecia que ele havia sido atropelado milhares de vezes. Tentou levantar-se, mas algo o empurrou de volta a cama.

—Fique deitado.- ela resmungou, ainda de olhos fechados.

Foi aí que Harry notou a presença da deusa morena. Ele estranhou aquele fato. O que ela fazia ali?

—O que você...- ela não o deixou terminar.

—Como está se sentindo?- ela cruzou os braços, os olhos fechados.

—Parece que fui atropelado por uma manada.- disse, apertando as têmporas.

—Isso é bom.- ela sorriu minimamente.

— O que aconteceu?- indagou, confuso.

—Digamos que você tentou me matar.- ela deu de ombros, com um sorriso de escárnio estampado em seu rosto. Percebendo a cara de espanto dele, ela resolveu continuar. -Você foi possuído por aquele “verme”. Tentou me estrangular, mas consegui imobilizá-lo a tempo, depois o tirei de você.- fechou os lábios em uma linha fina. Ela apertou os olhos e uma lágrima escorreu pela bochecha dela. O rapaz se sentou na cama, ficando de frente a ela. Limpou a bochecha e acariciou o local. Ele percebeu que ela insistia em manter os olhos fechados.

—Abra os olhos.- ele pediu. Helena negou, sentindo que poderia chorar mais. -Por favor, morena. Abra seus olhos.

—Eu não posso.- a voz dela saiu entrecortada.

—Por quê?- ele indagou.

—Não importa.- ela sorriu fraco e segurou a mão dele. -O importante é que você está bem.

—Não totalmente.- ele falou.

—Vai ficar se descansar.- retrucou-o.

—Não. Só ficarem melhor se você me olhar no fundo dos olhos e dizer que está tudo bem.- o moreno sentiu ela apertando sua mão.

—Você não vai gostar do que vai ver.- os lábios dela tremiam.

—Me mostre.- a voz de Harry estava grossa. Ela tremeu e hesitou um pouco. Mas, em seguida, abriu seus olhos lentamente, o deixando perplexo. O olho dela estava com algumas veias saltadas, eram negras, deixando o olho dela manchado com aquela cor. O negro quase que consumiu por completo o castanho, mas ainda restava uma parte normal. Ele ficou analisando o olho esquerdo dela por segundos, ou seriam minutos?

—Sabia que você não deveria ter visto.- ela negou com a cabeça, se levantando. Ele foi mais rápido e a segurou, fazendo-a sentar-se novamente.

—Por que seu olho está assim?- ela tinha o olhar desviado do dele.

—Eu arrisquei o que pude, por você.- ela disse simplesmente. -Eu fiz algo sem pensar direito. Sem hesitar. Sabe por quê?- ela olhou-o. -Por que eu não suportaria perder você.- olhou-o profundamente. -Pouco importa se meu olho está assim. Você está vivo, e está bem. E isso é o que interessa.- ela abriu um sorriso radiante. O primeiro que ele via. Ele estava sem reação. -Acho melhor você descansar. O dia vai ser longo. - ela se levantou.

—O que você sente?- ele falou um murmúrio de esperança.

—Eu não sei o que é isso Harold. Eu nunca o senti antes.- ela já estava de costas a ele. -Mas eu não quero que pare agora.- ela cruzou os braços. -Nos vemos mais tarde, Harry.- e se retirou do local.

Harry se jogou na cama, meio surpreso.

Ela estaria sentindo o mesmo que ele?

Helena poderia estar apaixonada por Harry assim como ele estava por ela?


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Notas finais do capítulo

(1)número setenta, número oitenta e três. Manobra de defesa. Agora!
(2)o acorrentem sobre a mesa, eu faço o resto.
(3)Liberte-o, criatura horrenda!

Que fofo os dois! #momentogay
*Sugiro que escutem aquela música melosa, que lembrem momentos bem gays mesmo #ficadica*
Kissus, ~StrangeDemigod



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