Os três comeram em silêncio e os gêmeos evitavam se encarar constantemente, Patrick se sentia mais limpo e com a cabeça no lugar mais tarde teria que fazer com seu supervisor via chamada de vídeo, mas ainda não havia entendido como caiu no golpe daquele homem.

    “Como foi o dia de vocês? ” Ele sorriu e olhou atentamente na direção do filho que terminava de mastigar o que quer que você que estivesse comendo. Pedro sempre estava comendo, para falar a verdade.

    “Bom e um pouco estranho na hora que o senhor não chegou! ” Pedro disse e Allison concordou com a cabeça, o que ficou estranho já que ela vestia uma toca com orelhas. Patrick pensou em uma resposta e decidiu ser honesto.

    “Eu fui roubado! ” Ele diz tranquilamente e percebe que os dois se impressionam.

     “Se a gente estivesse com você isso não aconteceria! ” Pedro resmunga remexendo no copo de chá e Patrick ignora seu comentário, não se tocava nesse assunto naquela casa.

...

     As crianças brincavam no jardim, enquanto Patrick ajudava a esposa a se vestir. Pedro e Allison corriam enquanto o pai tentava disfarçar o nojo das feridas da esposa enquanto a mesma apenas respirava com alguma dificuldade, as crianças estavam sendo observadas pela ama que era responsável por cuidar dos jardins, a senhora estava sentada em uma das cadeiras brancas do lugar, enquanto os dois corriam e continuavam a brincadeira.  

     Patrick consolava a esposa que desanimada estava em silêncio, ele via os filhos pela janela e lembrou-se de quando era criança, de quando brincavam com seus amigos imaginários no sanatório onde visitava a mãe as vezes.

     “Você tem que os proteger! ” A Esposa ainda estava fraca e Patrick se impressionou com a frase pois minutos atrás não acreditava que a mulher voltasse a lhe dirigir a palavra ou a tentar falar depois de tanto tempo.