Um destino traçado escrita por Geeis Everllark


Capítulo 11
De volta a estaca zero


Notas iniciais do capítulo

GALERIS, QUE SAUDADE, EU TAVA MEIO SUMIDA PORQUE EU TAVA COM PREGUIÇA DE ESCREVER, DESCULPA KKKKK , MAS EU POSTEI E POSTEI UM CAP MEIO GRANDINHO HOJE, ESPERO QUE GOSTEM, BJS ♥



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Quando o relógio marca 00:00 do dia 01/12 começa uma competição de textos de aniversário: Maria, Matteo, Isabelle, e meu novo "namorado" .

Eu sempre gostei muito de aniversários, não para ficar mais velha, ou para ganhar presentes, eu gostava de aniversários para receber textos e palavras das pessoas que eu gostava, era uma sensação tão boa.

E como sou muito chorona, a cada palavra de cada texto que eu lia, eu chorava muito.

O  de  Isabelle foi tão lindo e admirável.

Era tão adorável a maneira como ela se referia a mim, e o quanto ela gostava de  mim. Era impressionante o fato de ela nunca ter me visto e ter me descrito tão bem, e ter sido tão doce.

Ela era uma das melhores amigas que eu tinha, mesmo morando tão longe.

O de Maria Fernanda é tão lindo quanto nossa amizade,  ela sabia usar as melhores palavras, e sabia descrever tudo com tanta clareza e sinceridade.

Mas,  a minha surpresa era com o texto de Leonardo, quem o lia até achava que ele gostava de mim, mas como eu era trouxa e iludida eu acreditei.

Depois de ler alguns textos no facebook, eu vou dormir, afinal eu teria que ir pra aula no dia seguinte, mesmo com medo dos meus amigos me darem ovadas. O que considerando o fato de eu ser apelona é difícil.

Pego no sono rápido, eu estava muito cansada depois do dia agitado que tive.

No dia seguinte, quando o despertador toca, acordo bem animada, eu sempre fico feliz no meu aniversário, é uma data tão especial, eu acho incrível.

Me arrumo, me perfumo e me visto.  Não como nada e vou para escola.

Chego muito cedo, eu tinha um sério problema com ansiedade, afinal só tinha eu na sala de aula.

Depois de muito esperar, meus amigos começam a chegar, todos me cumprimentam,  e Maria me dá um forte abraço, daqueles de quebrar os ossinhos .

A primeira aula passa tão rápido que nem vejo. Chega o intervalo, e no caminho para a sala de Educação Física encontro o meu "namorado“.

Ele me parabeniza, e me abraça. Isso mesmo, nada de beijos em público.

Então ficamos, eu, ele, Maria, Camila, e o amigo dele que parecia o piu piu em pé olhando um para a cara do outro. Do nada, ele saí  para falar com os outros amiguinhos dele e eu fico simplesmente plantada feito uma árvore.

Mas como eu sou bem marrenta, saio e entro na  sala.

Depois disso, ele me procura, eu digo que estou ocupada, e não tinha tempo para ele.

Já no final do intervalo descubro que os meus outros dois professores haviam faltado, eu iria sair agora, ótimo eu iria para minha casa.

Logo lembro que meu querido  "namorado", (isso mesmo, namorado em aspas porque isso sequer parecia um namoro),  mal tinha passado 5 minutos comigo, e uma enorme raiva me acomete.

Então, eu e meus amigos vamos embora.

Na verdade ficamos esquentando os bancos dos pontos ônibus porque não tínhamos nada melhor para fazer.

Então meu senso de trouxa começa a apitar dentro de mim e tenho a brilhante idéia de esperar o Leonardo sair.

É claro que vindo de mim não poderia ser uma boa idéia, afinal eu sempre desmato a Amazônia com meu papel de trouxa.

Depois de uma hora  e meia esperando, vejo os amigos dele passando no calçadão, e ele não está junto.

Fico com tanto ódio que decido ir embora.

Me despeço de todos e entro no primeiro  ônibus que eu vejo pela minha frente.

No caminho sigo pensando: Eu sabia que não era uma boa idéia ter aceitado esse pedido de "namoro" do Leonardo.

1º  eu não tinha certeza dos meus sentimentos por ele

2º Eu não  tinha autorização para namorar, e por ele ter um jeito mulherengo, meus pais jamais deixariam eu namorar com ele.

3º Meu coração palpitava tanto pelo Vitor que eu as vezes sentia que a km de distância conseguiam ouvir.

Começo a pensar nos textos, ou felicitações que eu receberia.

Logo uma tristeza me bate, eu tinha quase certeza que Vitor não iria mandar nada, mas uma parte de mim tinha esperanças.

O Aniversário dele havia passado, era dia 13 de outubro. Eu trouxa de um todo, havia mandando parabéns, crente que ele não ia agradecer, mas ele agradeceu.

Então desde então nutri esperanças em mim, mesmo supostamente tendo o esquecido, mas eu e meu coração sabíamos, esquecê-lo era algo que eu não queria.

Quando chego em casa, corro pro celular.

Haviam muitas mensagens, agradeço a todas, e para minha decepção nada do Vitor.

O sensor de trouxa apita e eu resolvo esperar até a noite, afinal ainda eram  só 12:00

Almoço,  e chega uma notificação de mensagem, logo penso que era Leonardo com várias desculpas esfarrapadas, eu realmente estava com muita preguiça dessa história.

Então, leio e realmente era ele.

 ~COMO QUE VC VAI EMBORA E NÃO  ME AVISA? EU FIQUEI TE CAÇANDO NA ESCOLA.

~ OI? COMO QUE VC ME LARGA PLANTADA E SAÍ? E EU AINDA TE ESPEREI NA PARADA, SÓ QUE VIM EMBORA QUANDO VI SEUS MACHOS DE GUARDA PASSANDO S-O-Z-I-N-H-O-S.

~EU LÁ TENHO BOLA DE CRISTAL PRA SABER QUE VC IA ME ESPERAR? E EU SÓ FUI FALAR COM OS MENINOS, DEPOIS DISSO VC SUMIU NA ESCOLA, VIROU FUMAÇA, EU IA TE DAR SEU PRESENTE HJ, SE É QUE ME ENTENDE.

~ EU NÃO TENHO A MÍNIMA VOCAÇÃO PARA SER FEITA DE OTÁRIA, ENTÃO NÃO ESPEREI. MAS EU QUERIA MUITO ESSE PRESENTE...

Depois de muita conversa, nos acertamos.

Por mais que eu não gostasse dele o quanto eu gostava do Vitor, eu sentia algo por ele, um carinho especial, ou era só fogo na bunda mesmo.

O resto do dia passa voando, eu cismo de fazer uma festinha de última hora.

Encomendo o bolo com minha saudosa irmã,  faço alguns docinhos, e minha mãe encomenda uns salgados,  nada demais, era só para não passar em branco.

Com toda essa correria, não tenho tempo de falar com o Leonardo.

Chamei apenas Camila e Maria Fernanda da escola, afinal elas eram as mais próximas.

As minhas primas chegam, e logo batemos os parabéns, depois disso eu e elas subimos e largamos os velhos lá em baixo.

Começamos a dançar até suar. Eu amava estar com elas, eu me sentia tão alegre e viva, o dia tinha sido tão bom apesar dos imprevistos.

Quando elas vão, eu as abraço,  e me despeço delas.

Depois, tomo um banho, e  finalmente, deito, sem mexer no celular ou enrolar, só deito e durmo.

No dia seguinte,  acordo, me arrumo rapidamente, pois eu tinha dormido tanto que tinha me atrasado, saio correndo, quase que o guardinha fecha o portão na minha cara, mas foi só quase.

Na aula fico pensativa, eu e Maria começamos a conversar sobre o nossos " namoros".

Ela se sentia como eu, culpada. Afinal, eu não faço o tipo de pessoa que faz as coisas escondido, mas aquilo estava me matando.

No intervalo, eu finalmente fico a sós com Leonardo, mas apenas conversamos sobre a vida...

Quando volto para a sala, descubro que a aula é vaga.

Então, Matteo que até então tinha sido um amigão começa a mostrar suas asinhas.

Ele começa me envenenar, e faz o mesmo com  Maria Fernanda.

Ele diz que nossa resposta foi precipitada, e que nós estávamos desesperadas. Que sequer sabíamos se era isso que queríamos.

No meu caso, ele estava certo, eu não havia esquecido o Vitor, e não se pode gostar de duas pessoas, bom, não na mesma intensidade.

Com Leonardo era uma ilusão criada pela minha cabeça, ou  popularmente conhecido como fogo no rabo ou carência.

Eu e Maria Fernanda ficamos conversando num canto sozinhas depois disso, e tomamos uma decisão, iríamos terminar tudo. Mas terminar o que?

Nós tínhamos sido pedidas em namoro a menos de  48 horas...

Então, na saída decido que ia embora com Leonardo para tentar conversar com ele, eu não sabia como falar isso..

As meninas descem com a  gente, mas nos deixam a sós para conversamos...

Ele está tão fofo que não consigo terminar....

Eu pensei, já que ia terminar essa história hoje, porque não dar uns beijinhos? Não ia fazer mal a ninguém...

Só que eu no auge dos meus 17 anos recém completados só havia beijado duas bocas, e o meu primeiro beijo além de ter sido horrível tinha sido visto por uma multidão, e o infeliz do menino ainda tinha falado mal de mim pela escola. Resultado, virei chacota pelo resto do ano.

Depois desse trauma, no ano seguinte, conheci um menino e me apaixonei de verdade, a única vez que eu tinha gostado tanto de alguém, tão comparado ao sentimento que eu tenho pelo Vitor.

Só que dessa vez eu  enrolei o menino tanto, que ele quase desistiu, mas não desistiu. Na segunda vez nem tinha sido tão ruim...

,

Mas, isso havia acontecido em 2013, e já era fim de 2015, eu estava enferrujada, claramente nervosa e sem saber exatamente o que fazer, sigo o meu impulso.

No primeiro momento foi meio estranho, na verdade foi estranho o tempo todo.

E quando terminamos o beijo, reparo que ele havia ficado todo sujo de batom.

Eu tinha ido até lá para dar fim naquilo e olha, eu estava me enrolando ainda mais...

Depois de  tudo, eu me despeço dele e vou embora. Sem coragem, decido terminar com ele pelo Whatsapp , afinal, ele tinha pedido por lá também.

Ao chegar em casa, converso com Maria, eu e ela resolvemos falar juntas, afinal somos melhores amigas e fazemos tudo juntas.

Eu o chamo no privado, digo que tenho que falar com ele.

Mando um texto explicando minhas razões.

Obviamente, ele não entende nada, e fica muito puto comigo.

Ao mesmo tempo que estava aliviada, eu estava triste, era uma mistura de sentimentos dentro de mim, eu estava enlouquecendo.

Maria Fernanada que por sua vez está tão triste quanto eu, também termina com Henrique.

Mesmo a história deles sendo antiga, mesmo eles se amando tanto, mesmo o amor deles sendo forte a ponto de superar as barreiras da distância, e do tempo, eles não foram capazes de lutar para ficarem juntos.. Eu estava mais triste por eles, porque  eles eram meus amigos...

Eu estava triste por mim ter feito isso com o Leonardo, estava triste por eu ter tentado me enganar.

Mas o coração não é algo que dá para se enganar, quando já tem alguém ocupando aquele lugar, não adianta tentar, porque nada, vai arrancar esse alguém.

E eu aprendi isso da pior maneira possível, acredite, eu estava me sentindo um monstro horrível.


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