Problem escrita por LelahBallu


Capítulo 7
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Gente tou passando rapidinho, então...
Boa leitura!!



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OLIVER

Caminhei às pressas pelos corredores do hospital e parei em frente ao balcão de atendimento enquanto ajeitava meu jaleco sob meus ombros.  A enfermeira de plantão me encarou primeiro com surpresa, e então assustada diante minha urgência e da ferocidade em minha expressão. Eu estava muito irritado no momento, eu sequer conseguia esconder.  Eu já havia andando por toda a ala infantil.  Já havia corrido pelo pronto socorro. Fui até a UTI neonatal.  E procurei nas salas de operação por alguém que precisasse por meu atendimento imediato, ninguém parecia ter me chamado.  De fato todos me encaravam com surpresa genuína sempre que eu aparecia. A mesma reação da garota quando eu cheguei. Então sim, agora eu estava enfurecido. Por que agora eu queria descobrir quem havia enviado uma falsa chamada de emergência para mim, justo no último momento em que eu gostaria de ter uma.

— Dr. Queen. – Murmurou apreensiva. – Algum problema?

— Eu não sei.  - Murmurei impaciente. - Nós temos?

— Perdão? – Perguntou confusa. O que teve o poder de me irritar ainda mais. Eu não a conhecia, eu não me lembro de alguma vez tê-la visto, e no momento eu não tinha tempo para isso.

— Eu fui chamado com emergência, mas rodei todo o hospital e ainda não encontrei nenhum paciente me esperando. – Murmurei entredentes. - Eu devo supor que ele já esteja morto ou que isso foi uma completa perda de tempo. – Ela se encolheu visivelmente. - Se fosse o primeiro, meu chamado teria sido cancelado, o que me resta o segundo - Murmurei agitado.  - Quem diabos me chamou?

— Eu... Eu...  - Passou a gaguejar.  Seus olhos fecharam-se brevemente e então olhou de um lado ao outro como se procurasse por alguma ajuda. - Eu comecei apenas hoje. – Confessou. Sorriu tentando aliviar, ao ver minha expressão fechada seu sorriso assumiu. - Eu... Na verdade, eu comecei meu turno agora. – Continuou. - Eu sinto muito...  Eu não sei...  Eu posso...  Eu...

— Talvez você precise de um médico afinal.  - Observei.

— Pare de atormentar as enfermeiras Ollie.  - Escutei Tommy murmurar antes de bater levemente em meu ombro, virei-me para ele surpreso por ele estar aqui.

— O que diabos você está fazendo aqui?  - Perguntei. Eu havia o deixado em uma festa. E eu tinha certeza que ele havia mencionado que ele e Caitlin voltariam para casa após. Ele disse que não queria por os pés no hospital até amanhã... Hoje à tarde. – Ele recebeu minha pergunta com um sorriso grande e assentiu. Eu conhecia Tommy, eu não gostava daquele sorriso.

— Eu não sei.  - Deu de ombros.  - Eu realmente gostaria estar com minha noiva neste momento, fazendo coisas das quais ela me mataria se eu falasse a você, mas não.  – Murmurou erguendo uma mão. - Eu estou aqui, tentando entender por que diabos eu tenho um senador procurando pelo chefe do departamento pediátrico, que neste momento está gritando com uma das enfermeiras recém contratada.  – Pressionei meus lábios enquanto observava ele abandonar a fachada relaxada e seu tom erguer levemente. - Por que eu estou aqui Oliver?

— Senador?  - Limitei-me a perguntar.

— No que diabos você se meteu agora?  - Perguntou baixando seu tom de voz e me afastando um pouco dos olhos curiosos. A maneira com que falou fez pareceu que eu fazia disso uma rotina. O que não era. - O figurão está acampado em minha sala. Inferno Ollie, por sua culpa eu estou perdendo excelente sexo. – Acrescentou exasperado.

— Somos dois.  – Deixei escapar em tom quase inaudível.  Felizmente ele não me escutou.  Na verdade ele não parecia disposto a me escutar depois de tudo. Ele continuou falando em seu tom irritante de chefe. O que infelizmente ele era. Eu gostava do Tommy brincalhão, ele raramente dava um de chefe para mim, tanto que para alguns era difícil acreditar que Thomas Merlyn era o Chefe de Cirurgias.  Seguiu resmungando sem parar sobre Damien Darhk e seu ar arrogante, sobre como ele tomou sua sala para si como se fosse o próprio dono do hospital. Quando percebeu que eu seguia o encarando ele me encarou incrédulo.

— O que você ainda está fazendo aqui? - Perguntou exasperado.

— Foi você o responsável por me chamar?  - Perguntei por fim associando.

— Você não tem ideia do quão empata foda você foi hoje. - Falou sem um pingo de remorso.  - Você mereceu isso. Mas não, não fui eu, esta é mais uma função que terei que desempenhar ao invés de estar na cama com minha mulher.  Agora eu tenho que procurar quem foi subornado pelo senador e se não demiti-lo ao menos adotar uma medida disciplinar.  Obrigado Ollie, por arruinar o restante da minha noite, seu idiota! – Assenti percebendo que ele realmente estava irritado.

Suponho que nunca se deve deixar o homem sem sexo. Isso trazia o pior em Tommy.

— Minha sala Oliver. - Lembrou-me ainda com seu tom "Eu sou o chefe aqui." Eu o odiava quando ele fazia isso. Com um suspiro e sentindo-me que havia sido chamado para a sala do diretor eu lhe dei as costas e subi as escadas em passos largos.  Eu não queria deixar Felicity esperando por muito tempo.  A garota louca realmente poderia sair do apartamento vestindo nada mais do que minha camisa. O porquê eu me importava com isso era a grande incógnita.

Quando alcancei o escritório de Tommy eu estava com a raiva renovada.  Eu não precisava pensar muito para saber o único assunto de interesse do senador poderia ter comigo no momento, ele era o pai de Felicity.  Ele queria saber sobre Felicity, simples assim. Eu não estava ansioso por isso, ainda mais considerando que ela estava em meu apartamento escondendo-se dele e de seu noivo. 

Noivo. 

Eu havia esquecido completamente a coisa toda de noivado. 

Pensei em bater na porta antes de entrar, mas a única pessoa para quem eu deveria fazer isso era Tommy, e eu nunca havia feito isso com ele, não ia começar justo com Damien Dark. Sem esperar um segundo a mais abri a porta e entrei no escritório. Ele realmente queria fazer o lance de diretor, por que ele estava confortavelmente sentado atrás da mesa de Tommy.

— Sr. Darhk.  - Murmurei me aproximando.  - Foi me dito que precisava da consulta de um pediatra. Mas temendo ofendê-lo...  Não está um pouco tarde para isso?  - Perguntei tentando esconder minha irritação atrás de um sorriso.

— Sr.  Queen...

— Dr. Queen. - O corrigi. Ele ergueu suas sobrancelhas, não havia dúvidas de que o irritei, mas eu apenas lhe dei meu sorriso mais bobo e um dar de ombros.

— Dr. Queen.  - Corrigiu-se dando desnecessária ênfase. Ele ergueu-se e contornou a mesa, parou em minha frente com sua mão estendida. A encarei brevemente antes de aceitar o cumprimento. - Eu entendo que esteja chateado, foi um chamado repentino, mas eu estou preocupado.

— Preocupado?  - Repeti confuso. Com falsa confusão para ser sincero.

— Estou preocupado com minha filha.  Felicity.  - Explicou.  - Ela...

— Eu não entendo...  - O interrompi.  - Se o assunto é sobre sua filha, não seria melhor falar com os médicos que a atenderam?  Creio que conheceu pelo menos um deles hoje, tenho certeza que Dr. Merlyn estaria feliz em informa-lo sobre qualquer coisa do quadro de sua filha naquele dia...

— Eu sei que Felicity deixou o evento de hoje à noite com você.  - Interrompeu-me sem rodeios. - Então, por favor, pare de agir como se não passasse de um tolo.  Ambos sabemos que você não é.  - Seu semblante endureceu.  - Eu sou apenas um pai preocupado com sua filha. Felicity deveria ter voltado conosco, mais precisamente com seu noivo, mas ela, entretanto deixou o evento mais cedo e pelo o que eu descobri em sua companhia.  Eu poderia ter ido a sua casa, mas achei que poderia ser considerado um abuso...

— E seria.  - Falei duramente.  - Assim como inventar uma falsa emergência foi. – Choque veio ao seu rosto. Ergui meu queixo não me deixando intimidar por sua presença ou seu cargo. - Ultrapassou limites senhor. Eu não quero me intrometer em seus assuntos familiares, eu realmente saí com Felicity, mas tudo o que fiz foi lhe dar uma carona até alguns poucos quarteirões depois, ela não me disse exatamente para onde iria, tudo o que me disse era que iria para a casa de uma amiga, eu não sei qual o problema entre você e sua filha. – Meneei minha cabeça. – E eu não me importo, mas peço que não volte a me colocar no meio disso novamente, por favor, quando a ver novamente estenda esse pedido a ela.

— Realmente não sabe onde ela está?  - Perguntou incerto.

— Eu poderia dizer em que rua a deixei, isso é tudo. - Dei de ombros. Eu não entendia por que estava mentindo tão facilmente para o homem a minha frente, não sabia por que estava tomando o lado de Felicity. Eu não deveria cair na ilusão que era ela precisar de mim, de ser seu protetor. Talvez fosse ao fato dele ter usado seu poder para me chamar daquela forma.  Ele havia me irritado, essa devia ser a explicação.  Ele me encarou ainda não totalmente convencido, mas assentiu em concordância.

— Sinto por ter tomado seu tempo Sr...  Dr. Queen.  - Corrigiu a aparente falha. - Sinto ter também o envolvido em mais um dos dramas de Felicity. – Murmurou com pesar. Seria esse verdadeiro? - Ela é nova e desde que entrou na famosa fase de rebeldia parece não querer mais sair, eu tento ser compreensivo, mas a forma que ela vem tratando seu noivo... – Voltou a menear cabeça e ao fazê-lo tive minha resposta. Não era. -... O pobre rapaz a ama, mas ela tem se entregado constantemente as drogas, promiscuidade...  Tem sido perturbador, como eu disse, eu estou apenas sendo um pai preocupado.  Não posso evita-lo, apesar de tudo ela continua sendo minha garotinha. Sempre será.

— Ela já me parece bem grandinha.  - Limitei-me a dizer.  Quantos anos ela havia dito que tinha?  Droga.

— As filhas nunca crescem para nós pais. - Sorriu.  - Eu preciso ir, peço desculpas novamente. - Assenti apenas ansioso para vê-lo desaparecer, ele parou diante a porta e voltou-se para mim.  - Um conselho para o futuro, Doutor.  Evite dar novas caronas para Felicity, ela não é o tipo de garota com quem você queira se envolver, mesmo para apenas uma carona.  Ela está noiva e se casará em breve.  Ela tem um belo anel demonstrando isso.  Seria melhor para os dois que se mantivesse afastado.

O encarei e acenei a cabeça em concordância enquanto me esforçava para esconder um sorriso.  Apesar de não haver dúvidas de que eu estava sendo ameaçado, havia algo que me divertia. Eu imaginava qual seria a reação do senador caso soubesse que o belo anel deve estar no momento em algum lugar do esgoto de Star City?

Ao que parecia Tommy estava escondido atrás de algum armário de produtos esperando o momento em que ele iria embora, por que em questões de segundos entrava pela porta com certa urgência, seu semblante confuso.

— Foi rápido.  - Observou.

— Eu só respondi um par de perguntas.  - Dei de ombros. - Agora, eu preciso voltar para casa.  - Murmurei tentando passar por ele, mas ele me interrompeu empurrando meu peito e fazendo-me recuar.  - O quê?

— Como assim o quê?  - Perguntou cruzando os braços.  - Comece a falar. – Exigiu.

— Tommy...

— Nada de "Tommy" comigo.  - Negou. - Eu já fui muito paciente com você, quando o senador chegou perguntado por você, é claro que eu deduzi que tinha a ver com a filha dele, mas devido a sua insistência de se manter afastado dela e negar até mesmo que ela o atrai... Eu deduzi também que se tratava da noite em que ela apareceu aqui.  Mas olhando para seu rosto agora, vendo a urgência em partir.  É mais do que isso não é? – Sondou.

— Ele queria saber onde Felicity estava.  - Confessei.  Ele estreitou os olhos.

— E por que você saberia?  - Perguntou franzindo o cenho.

— Por que ela foi vista saindo comigo.  - Respondi recuando e encostando meu quadril contra a mesa.  Eu precisava ter paciência para as perguntas de Tommy. Ou isso acabaria levando mais tempo do que eu gostaria. Ele me encarou incrédulo e parecendo até mesmo divertido com a resposta. Sua cabeça inclinou para um lado como se tivesse recebendo e analisando a resposta com cuidado.

— E o que você disse a ele?  - Perguntou sentando-se.

— Você sabe que parece uma tia fofoqueira? – Murmurei sem paciência.

— Empata foda. - Lembrou-me. Suspirei vencido.

— Que eu lhe dei uma carona até um ponto perto de uma casa de uma amiga, a deixei e segui para minha casa. - Dei de ombros.

— E você deu?  - Continuou com suas perguntas.  Assenti concordando.  Eu estava pronto para repetir a mesma história que havia contado para Damien, mas esse era Tommy, meu melhor amigo, e fora isso?  Eu estava confuso com o que aconteceu.  Não a parte do sexo.  O sexo em si era bastante esclarecedor, mas o que ia vir depois?  Eu não queria ser seu namorado. Isso sequer era uma opção. De todas as coisas que Damien havia dito, a única que eu concordava era que eu não queria me envolver com uma garota como Felicity. Tommy me encarou aguardando que eu dissesse algo mais. 

— Eu dei...   – Comecei hesitante. -... Até minha casa. – Ele assentiu automaticamente e então percebendo o que eu havia dito parou bruscamente. - Onde apesar de tudo o que eu disse, nós transamos. 

— Vocês o quê?  - Perguntou em choque.  Seu olhar logo mudou. Eu meneei minha cabeça, eu conhecia esse olhar.  O olhar de quem iria me atormentar por dias até antes de me der qualquer conselho que se preze. Ergui-me e passei por ele.  – Você não pode ir agora, não depois disso! – Protestou.

— Sim, eu posso.

— Ollie...  - Chamou-me. Parei para encara-lo. - Ela ainda está lá? – Perguntou com um sorriso. Seu mau humor havia ido embora, e agora estava em seu lugar a diversão a minha custas.

— Eu espero que sim...  - Murmurei abrindo a porta. - Você não foi o único que teve um empata fodas. - Deixei escapar fechando a porta atrás de mim.  A maneira que eu havia falado era como se eu estivesse voltando com intenção de continuarmos onde paramos.  Mas não era, era?  Eu era bastante ciente que a coisa toda devia ser algo de apenas uma vez.  Um erro.  Nunca mais.  Então por que eu não conseguia tirar a imagem dela tomando banho em meu chuveiro?  Ou imagina-la vestindo nada mais que minha camisa? 

Eu estava tão ferrado.

A volta para casa pareceu demorar mais do que a ida para o hospital, talvez devido ao fato de que minha ansiedade fosse consideravelmente maior do antes.  Eu não sabia o que eu faria quando chegasse.  Conversar com ela?  O que havia para ser discutido?  Não havia.  Foi algo de apenas uma noite e só.  Mas ainda assim eu me encontrava ansioso e preocupado. Por que algo me dizia que havia grandes chances de que quando eu chegasse lá, Felicity não estaria em minha casa. O que me deixava ainda mais preocupado era que eu estava inquieto com essa possibilidade, quando deveria me sentir aliviado.

A sensação de alívio só chegou quando girei minha chave e escutei o familiar barulho da trava se movendo.  Entrei em minha sala tirando minha jaqueta e a jogando-a cegamente no sofá. Um protesto feminino me fez virar meu rosto na direção.  Franzi o cenho enquanto agradecia mentalmente o fato dela não ter ido. 

— Hey.  - Murmurei dando a volta ao sofá.  - Por que você não foi para o quarto?  Eu...  - Parei ao notar em choque Laurel se erguer lentamente parecendo ligeiramente confusa. - Mas que infer...

— Inferno você está fazendo aqui? - Completo levantando-se calmamente.  - Eu vim deixar suas chaves.  - Ergueu a mão chamando a atenção para o anel do chaveiro que prendia as chaves entre seus dedos.

Sério?  Ela ia usar essa desculpa? 

Desviei meu olhar para escadas rapidamente e voltei a encarar Laurel.  Talvez Felicity não a tenha encontrado, talvez ela já estivesse dormindo lá em cima, e Laurel nunca chegou a vê-la. Eu estava esperançoso sobre isso.

— As chaves que você já devia ter devolvido?  - Perguntei levando uma não a cabeça e massageando a lateral. Mantive meu tom baixo, apegado a aquela pequena possibilidade.  Se Felicity estivesse dormindo lá em cima, eu não queria mudar isso ao perder a paciência com Laurel.   - Este não é um bom momento Laurel.  Você já deixou as chaves, vá embora.

— Ollie...

— Nós nem devíamos estar tendo essa conversa.  - A interrompi.  - Eu fui muito claro antes.  Você deveria ter respeitado e não ter aparecido mais. Ainda mais neste horário, por favor, apenas vá. - Finalizei deixando meu olhar cair nas escadas novamente.

— Ela já foi.  - Falou me surpreendendo. A encarei com descrença, enquanto ela cruzava os braços e me encarava longamente. Não havia dúvida que aquela era uma expressão de desaprovação. - Felicity já foi.

— O quê você disse a ela?  - Perguntei trincando meus dentes e levando minha mão ao meu bolso traseiro, procurando por meu celular. - O que diabos você disse a ela?  - Eu já estava desbloqueado a tela quando me dei conta. Eu não tinha seu número, eu não sabia onde ela morava, eu não sabia nada sobre ela. Voltei a encarar Laurel que me observava.  - Laurel! Responda. – Exigi.

— Felicity Smoak?  - Rebateu sem me dar a resposta. Seu tom se tornando cada vez mais irritante. - Você enlouqueceu?  Você escolheu justo a filha do senador... De Damien Darhk, para transar?  Quando eu perguntei se você estava saindo com alguém...  Era Felicity?  Você já estava transando com Felicity. Oliver ela filha de um dos homens mais...

— Eu estou pouco me importando com quem é o pai dela.  - A interrompi sem paciência.  - E nada disso é de sua conta.  Então pare de agir como se fosse.

— Eu trabalho para ele. - Retrucou.  Pesquei surpreso. - Eu conheço Felicity, eu a conheço muito bem. Nada de bom pode resultar disso, pare de vê-la imediatamente. – Exigiu. - Confie em mim, ela é noiva, mais do que isso ela é inconsequente.  Felicity é uma garota completamente perdida.  Ela não sabe o que quer, e vai acabar consigo mesmo tentando descobrir.  Eu perdi a conta de quantas vezes a livrei de maiores problemas. 

— Laurel, não se meta no que claramente não é assunto seu.  - Pedi. - Há muito tempo não é.

— Eu sei.  - Concordou.  - Eu vim hoje pensando em algo mais do que entregar essas chaves?  Sim. Eu vim. – Não havia vergonha quando o disse. - Não somos mais um casal, você está certo, mas eu ainda me considero sua amiga. – Havia sinceridade em sua voz quando o disse. Tanta que por um momento esqueci minha raiva. -Então eu preciso dizer que se envolver com Felicity é má ideia.  A pior que você pode ter. 

— Não estamos envolvidos. - Murmurei simplesmente.

— Não tente levar isso adiante Ollie. - Falou se aproximando.  - Não será bom para nenhum dos dois. - Ela pegou minha mão a erguendo e colocou sobre ela as chaves. - Aqui estão.  Eu percebi que havia ultrapassado limites e vim pedir desculpas, eu sei que é tarde, mas como eu já disse... Eu também tinha outras coisas em mente.  - Deu de ombros.  - Desculpe.  Não voltará a acontecer.  Mas se me permite falar algo a mais...  Eu sei sobre ultrapassar limites...  E Felicity está fora do seu limite, você não quer ultrapassar esse limite.  Confie em mim. - Completou antes de virar as costas. - Boa noite, Ollie.

Encarei as chaves em minha mão e sentei no sofá.  Ela era a segunda pessoa na mesma noite a me dizer que eu e Felicity não éramos algo que daria certo.  A terceira se considerasse a mim mesmo.  Eu sabia que eles estavam certos.  Eu já sabia disso antes de falar com qualquer um. Então por quê?  Por que parecia errado os outros falando?

FELICITY

Encarei as ruas desertas através da janela do carro embaçada devido ao sereno da madrugada.  Eu estava cansada, tão cansada.  Nunca uma noite pareceu tão longa para mim, haviam tido altos e baixos, mais baixos do que altos, infelizmente. Eu só queria esquecer como começou e como terminou, apenas o que estava entre um e outro era o que eu queria manter em minha mente.  Apenas meus momentos com Oliver.  O restante por mim seria esquecido e deixado para trás, Cooper, meu pai e acima de tudo meu encontro com Laurel Lance no apartamento de Oliver.

Merda.

De todas as mulheres Oliver, por que justamente ela?

Flashback on

— Merda. - Murmurei encarando incrédula, Laurel fechar a porta e caminhar com familiaridade pelo apartamento, deixando sua bolsa em cima de uma pequena mesa que parecia estar ali mais por decoração. - Por que você? – Deixei escapar. - Justo você? Oh por favor, não me diga que você é a namorada traída.  Eu não posso lidar com você surtando por que me pegou na casa do seu namorado.

— Eu poderia dizer o mesmo.  - Retrucou. - Oliver Queen?  OLIVER QUEEN, Felicity? Você está transando com ele?- Perguntou com julgamento nos olhos.

— Não. - Murmurei em tom rabugento. - Esse é apenas mais um de meus momentos excêntricos.  Agora eu gosto de arrombar casas de homens aleatórios, nua é claro.  Apenas por diversão.

— Pare. - Mandou.  - Você tem ideia do que seu pai pode fazer se ele descobrir que você está aqui?  Ele pode muito bem acabar com a carreira de Ollie. – Levou a mão a cabeça empurrando os cabelos enquanto me encarava preocupada. - Não foi no hospital Santa Anna que você esteve recentemente? Você não deveria estar em um evento beneficente com Cooper hoje?  - Meneou a cabeça.  - Droga Felicity!  Você tem um noivo.  Quando você vai parar de agir como se não tivesse? Cooper é bom para você, ele te aceita e perdoa, mesmo após seus joguinhos. Ele te ama.  Você não pode continuar assim...

— Pare de falar como se fosse minha irmã. - Falei me aproximando.  - Você não é minha irmã.

— Por um tempo era como se fosse. - Lembrou-me. Ela estava certa, Por um tempo eu a considerei uma irmã mais velha.  Ela estava lá por mim, me protegia, ela era a filha do assistente do meu pai, fomos criadas juntas. A proximidade que eu tinha com Laurel foi embora quando ela passou a confiar no que os outros diziam sobre mim,  mas nunca em mim.

— Sim.  Até você virar a advogada do meu pai.  - Retruquei. - Então você esqueceu todo  coisa de irmãs e passou a me julgar por tudo. – Soltei um riso irônico. - E jamais acreditar em mim.

— Como você quer eu acredite em você? - Perguntou descrente.  - Pare um pouco e veja onde você está e o que está fazendo.  Você está traindo seu noivo, com seu médico!

— Ele não é meu noivo e Oliver nunca foi meu médico! - Murmurei impaciente. - E eu não preciso dessa conversinha de irmãs agora, se for para escolher uma, eu prefiro Sara.

— Claro que você prefere. - Riu. - Sara tem o mesmo senso de responsabilidade que você, ela provavelmente aplaudiria um envolvimento passageiro entre você e Oliver. Isso nunca vai dar certo.  Oliver é bom, Felicity, um cara decente.

— E eu tendo a estragar os decentes, certo?  - Perguntei cruzando meus braços. – Eu não mereço um homem assim.

— E ele não será bom para você.  - Corrigiu-me. - Ele vai ser completamente honesto com você, pode ter certeza que vai.  E ele não ficará com ninguém mais enquanto estiver com você, mas ele nunca vai namorar você.  Ele não quer relacionamentos e em parte eu sou culpada por isso. Eu estraguei as coisas entre nós dois. Eu pisei na bola, mas acima de tudo ele nunca vai considerar você como uma namorada.

— Oh isso sim é uma novidade. - Murmurei com ironia.

— Você e Oliver nunca vão dar certo.  Ele vai te machucar. - Continuou.  - Não será bom para você, não será bom para ele, se seu pai souber de qualquer envolvimento entre vocês dois, não será bom para nenhum dos dois.

— Desde que eu como homens no jantar...  - Murmurei sabendo que era assim que maioria me descrevia. - O que a faz pensar que serei eu quem vai sair machucada?  Afinal Cooper coitado, não vive sofrendo por mim?  - Perguntei com escárnio.

— Oliver é o tipo de homem pelo qual é impossível não se apaixonar. - Deu de ombros. - Basta conviver com ele, mas ele não se entrega facilmente, confie em mim, não será ele que sairá machucado.

— Você não está com ele?  - Perguntei franzindo o cenho.  Ela tinha as chaves do apartamento, ela estava à vontade aqui.  E pelo horário dificilmente ela veio apenas dizer oi. - Por que está me dando conselhos? - Por que não está me mandando embora?

— Como eu disse, ele não se envolve com outra enquanto está com você.  - Respondeu.  - Ele não é assim. Não estamos juntos. - Acrescentou.  - Mas eu vou pedir para ir embora. - A encarei surpresa.  - Vá para casa Felicity, você sabe tão bem quanto eu que não deveria estar aqui, não pode envolver Oliver em seus dramas, aposto que mal o conhece.

— Laurel...  - Murmurei impaciente.

— Eu o conheço.  - Interrompeu-me.  - Melhor do que ninguém, e eu posso dizer com toda certeza que o fato de conhecê-lo me diz, que ele já deve estar arrependido pelo o que aconteceu entre os dois. - Abri a boca para emitir um protesto, mas por mais que eu desejasse dizer o contrário, ela estava certa.

Ele já estava arrependido quando saiu daqui.  Havia desejo em seus olhos quando me encararam quando eu estava no chuveiro, mas havia mais.  Havia algo que já era esperado por mim.

Havia arrependimento.

— Eu preciso chamar um táxi.  - Murmurei dando-me por vencida. Um gosto amargo chegando a minha boca.  - Então você poderá ficar tranquila.  Oliver estará protegido da minha presença tóxica.

— Há um táxi me esperando lá embaixo.  - Murmurou me surpreendendo. - Eu não tinha certeza de quanto tempo ficaria aqui, ia libera-lo caso fosse mais, use-o.  Eu vou esperar por Ollie. - Eu preferia não saber do último, não gostava da imagem dos dois juntos, segurando minha vontade de voltar a protestar eu peguei minhas coisas que havia deixado em cima do sofá, vesti meu casaco o fechando firmemente e segurei o restante em um braço.   Ela me lançou um olhar incerto. - Por que não coloca seu vestido?

— Ele rasgou. - Sorri com satisfação.  - Existe um homem selvagem sob aquele jaleco.  Obrigada pelo táxi.  - Murmurei ainda a encarando com um olhar superior e com uma piscada lhe dei as costas.  Quando desci e entrei no táxi o motorista protestou.  Quando o informei que assumiria o lugar da senhorita Lance ele se tranquilizou, quando perguntou para onde eu iria veio o aborrecimento ao perceber que eu demorava a responder.  Pedindo um minuto de sua paciência eu levei meu celular ao ouvido, após alguns bons segundos onde temi ser direcionada a caixa postal, a voz sonolenta me atendeu.

— Não é hora. Quem quer que seja, vá dormir.  - A voz feminina murmurou com aborrecimento, certamente eu a havia acordado, ou ela teria visto na tela de quem se tratava. 

— Thea. - Murmurei fracamente. - Desculpe por ligar agora, mas seria muito tarde para aceitar uma hóspede?  - Perguntei insegura. 

—Felicity!  - Murmurou alto e soando preocupada.  - O que houve?

— Eu posso contar pessoalmente? - Perguntei encarando o taxista pelo retrovisor, ele estava furioso, resmungava que isso ia sair caro.  - Eu preciso de um lugar para um pernoite. - Eu não queria voltar para casa.  - Na verdade.  Eu preciso de uma amiga.

— Claro. - Concordou.  - Eu vou lhe dizer o endereço.

Flashback off

— Chegamos. - Acordei de meus pensamentos ao escutar a voz rude falar.  - Eu tenho outras corridas moça.

— Desculpe.  - Murmurei endireitando-me, ao mesmo tempo em que imaginava quão gloriosa a vida de um taxista podia ser, quem ele iria pegar agora?  Outra mulher fazendo a caminhada da vergonha? Deixando de lado os pensamentos me apressei em lhe pagar uma quantia generosa e saí do carro às pressas, fiquei surpresa ao notar que Thea me esperava na porta do prédio, felizmente dentro, ou seria insensatez. - Por que você está esperando aqui embaixo?

— Eu estava preocupada.  - Murmurou me recebendo com abraço rápido.  - Ligando-me a essa hora?  Vindo a essa hora...  É perigoso chegar sozinha.  E o que você está vestindo?  Onde estão seus sapatos? - Questionou-me encarando meus pés nus. Eu não havia me dado conta por mais frio que estivesse da ausência destes, a pressa com que saí me fez deixar meus saltos no banheiro de Oliver.  Havia tirado para tomar banho. - Você está bem?

— Eu estou bem Thea.  - Murmurei a tranquilizando e seguindo-a até o elevador.  Ela me direcionou um olhar incerto.  - Eu juro.

— Você tem que admitir que é estranho. - Deu de ombros.  - Você é mais do que bem vinda, mas é estranho.

— Oh Deus.  - Sussurrei dando-me conta que eu havia sido indelicado quanto a algo. - Roy está aí não está?  Eu atrapalhei os dois?  Eu posso ir embora, eu sinto muito...

— Relaxe. - Sorriu me tranquilizando.  - Roy não está comigo hoje. Amanhã cedo recebo meu irmão para o café, Roy gosta de evitar encontros com ele.

— Ele podia sair antes que ele chegasse. - Falei franzindo o cenho.  - Como eu vou fazer.  - Alertei.  Não queria entrar no meio de algo dos irmãos.

— Ele sabe que eu o impediria.  - Retrucou saindo do elevador. - Como vou fazer com você.

— Thea, não quero atrapalhar um momento em família.  - Murmurei cansada.  Ela abriu a porta e me deixou passar.

— Você não vai. - Falou apressadamente. - É uma ótima oportunidade na verdade, eu tenho tentado apresentar vocês um ao outro, desde que eu a conheci. Finalmente vou poder.  - Sorriu contente, então cruzou os braços me lançando um olhar preocupado. - Agora, o que aconteceu?  Eu posso apostar que você está nua debaixo desse casaco. O que é sexy, mas não meu tipo. Somando essa ligação e esse olhar no seu rosto, envolve um homem.  Então, vai me dizer exatamente o que aconteceu?

Suspirei cansada.  Eu havia dito que precisava de uma amiga, mas eu não tinha certeza se queria compartilhar todo o lance de Oliver com ela agora.  Então decidi apenas lhe dar um pequeno resumo.

— Estou fazendo minha caminhada da vergonha. - Esclareci.  - Sexo com desconhecido interrompido por chamada urgente e azedado com a chegada da namorada, ou ex, eu ainda não entendi o que ainda há entre os dois.  Eu estava só em sua casa quando ela chegou.  Agora estou aqui.  - Terminei.

— Você sabe que eu preciso de mais detalhes. - Murmurou insatisfeita. - Eu quero nomes, descrição, o quanto sexy o cara era, e o quão bom o sexo foi. – Explicou. - Abra a boca Felicity.

— Eu estou cansada Thea.  - Falei sincera.  - Amanhã eu conto tudo o que quiser ouvir. – Prometi. - No momento tudo o que posso dizer é que o sexo foi bom o suficiente para me fazer sair de sua casa quase nua e não me importar.

— Ele é bom. - Sorriu satisfeita com o que eu disse.  - Está bem, eu vou deixa-la descansar. Eu já preparei o quarto. Eu te levo até lá.  - Inclinou a cabeça pedindo que eu a seguisse. - Há toalhas no banheiro se precisar de um banho, artigos de higiene e se sentir fome pode usar a cozinha a vontade, te vendo agora eu percebo que seria bom pegar algumas roupas?  - Sugeriu.

— Faria de você minha fada madrinha.  - Sorri.

— Está bem.  - Assentiu. - Volto já. - Tornei a assentir em concordância enquanto ela se retirava.  O tempo que ela saiu eu me dediquei a observar o quarto, era bonito, simples e feminino.  Não havia artigos pessoais o que me fazia deduzir que foi feito para receber hóspedes, era uma suíte, grande é confortável.

— Pronto. - Falou entrando.  – Eu tomei a liberdade de escolher umas peças íntimas. – Informou-me. – Não se preocupe, são novas e nunca foram usadas. O que significa que você terá que me comprar iguais.  - Advertiu. - Eu estava ansiosa para mostrar para Roy. – Franziu o cenho. – Sinto muito, mas eu perco para você no quesito bunda. Como eu consigo uma dessas?

— Obrigada?  - Murmurei franzindo o cenho.

— De nada. - Sorriu travessa. – Então, não se esqueça de me compensar depois.

— Anotado. - Brinquei.

— Agora vou te deixar em paz.  - Falou olhando ao redor certificando-se de que não havia esquecido nada.  - Até amanhã, Barbie. - Revirei os olhos com o apelido.

— Obrigada Thea.  De verdade. - Murmurei agradecida.

— Você poderá me pagar amanhã.  - Piscou. - Com todos os detalhes pecaminosos. - Concluiu antes de sair sorridente. Eu por minha vez me virei para a cama e me apressei em ir até ela.

 Eu realmente estava muito cansada.

A noite havia sido muito mais longa que o dia.  Não havia dúvidas. Não havia sido a toa que eu havia caído em um profundo sono, ignorando até mesmo as roupas que Thea havia me entregado eu dormi.

Dormi um sono profundo e sem sonhos.

Uma verdadeira benção.

Um sono profundo que foi interrompido apenas pelo o som de vozes na manhã seguinte, minha mente sonolenta não me permitiu identificar de quem seria.  Deduzi que se tratava de Thea e seu irmão, as vozes diminuíram implicando que se afastavam.  Sem perder tempo eu resolvi tomar um banho rápido e fazer uso dos artigos e roupas que Thea me emprestou.  Se eu ia acabar encontrado o irmão de Thea, o melhor era que eu estivesse um pouco apresentável, mesmo que fosse com blusa e shortinho de pijama de sua irmã. Calcei suas pantufas e me ocupei de reunir certo grau de coragem.  Não deixando meu celular de lado abri a porta e saí no corredor. Continuei andando enquanto o ligava e desbloqueava a tela.

— Merda. - Murmurei vendo a quantidade de ligações perdidas.  Eu não estava nem um pouco preocupada com as do meu pai e as de um número desconhecido. Eram as de Diggle que me deixavam aflita. - Merda.  - Repeti encarando agora as mensagens. - Oh merda. - Falei ao ler seu aviso de que estava pronto para rastrear meu telefone. Tão distraída eu estava, que passei por direto por onde Thea havia me informado ser a cozinha.

— Eu poderia dizer o mesmo. - Virei-me assustada ao escutar a voz de Oliver atrás de mim.

— Oliver. - Murmurei com o cenho franzido. - O quê...  Você...  - Parei olhando de um lado para o outro.  Meus olhos caindo em um dos porta-retratos pendurados na parede. Eu havia perdido isso quando cheguei na noite anterior. Não havia me preocupado em observar nada além do quarto em que eu havia ficado, estava cansada demais para notar Thea abraçada a Oliver e uma mulher mais velha, elegante e bonita. - Você...  Você é o...

— Oliver Queen.  - Murmurou estendendo sua mão.  Eu fiquei ainda mais confusa ainda com o gesto, tanto que fiquei lerda e perdi o cumprimento, ele teve que alcançar minha mão para isso. O calor de seu toque trazendo imagens de nós dois em frente a um espelho. - Irmão de Thea. - Concluiu lançando um olhar por sobre meu ombro. Ainda segurando sua mão virei-me para encontrar Thea sorrindo simpática.

— Finalmente consigo apresentar vocês dois. - Murmurou contente. - Eu pensei que nunca conseguiria colocar os dois no mesmo ambiente. Confesso que estou feliz por sua noite ter dado errado ontem Felicity.  Ruim para o idiota preso a ex, bom para Ollie. - Piscou. Soltei minha mão da de Oliver ao notar que havia demorado demais sentindo seu toque e que ele a havia a apertado ao escutar a frase de Thea. - Não é mesmo Ollie?

— Sim.  - Assentiu apertando os lábios em um sorriso forçado.  - Ruim para o idiota preso a ex. - Repetiu dirigindo um olhar significativo para mim.

— Prontos para o café?  - Thea perguntou alheia a tensão que emanava de nós dois.

— Na verdade Thea... Eu preciso...

— Nem ouse.  - Advertiu.

— Café seria ótimo. - Murmurei de volta, já me arrependendo de não corrido porta a fora.

— Lembre- se que você me deve todos os detalhes de ontem.  - Falou antes de sair na nossa frente. – Eu realmente quero ouvir tudo sobre sua noite.

Eu segurei uma respiração e encarei Oliver.

— Acho que a frase que você está procurando é “Puta merda".


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Fico no aguardo do feedback!!!
Xoxo, LelahBallu.



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