A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 41
Capítulo Quarenta e Um – Planos e Preocupações




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               Belinda sabia que Hermione estava em ronda àquela hora e torcia que ela e Draco acabassem por ter algo novamente, seria bom para Malfoy ter alguém como Hermione, o fazendo ir contra os ensinamentos retrógrados dos pais. Bell acariciou a cabeça e Rúnda e sorriu pra Gina, que a encarou de modo inquisitivo. Kátia, ao entrar no quarto e notar Lestrange, tratou rapidamente de se deitar e fingir que dormia, tudo para não ter que falar com a menina.

—Tenho assuntos a tratar com os gêmeos. –Belinda anunciou se ponde de pé e a ruiva sorriu.

—Divirtam-se.

—Quando estamos juntos diversão é garantida. –Ela sorriu.

—É bom saber. –Ginny resmungou, enquanto Bell abriu a porta. –Ficarei bem longe de vocês.

—Calúnia –Foi tudo que ela disse antes de abandonar o quarto.

             Bell, assim que chegou a Sala Comunal, viu os gêmeos próximos a janela, faíscas azuis saiam de suas Varinhas, enquanto a leve e baixa discussão se dava, sem se importarem com quem os veria, já que todos os evitavam quando os viam cochichando pelos cantos.

—Não sei o que vocês estão armando, mas o alvo que se prepare. –Ela comentou, se aproximando.

             Os dois a olharam sorrindo abertamente, a fazendo se jogar ao lado de George e apoiar a costa na parede.

—Você faria o que pra tostar o Sapo Rosa? –Freddie foi direto, atraindo o olhar da menina.

              Os rapazes viram um brilho perigoso nos olhos dela, assim como um sorriso perverso ser desenhado lentamente em seus lábios.

—Um inferno, se necessário. –A voz arrastada deixava clara as intenções nada boas da menina.

—Então faremos isso. –George admitiu com um sorriso cúmplice.

—Me digam então, o que faremos exatamente?

              Os dois explicaram detalhadamente o que desejavam, fazendo Belinda ser contra assim que percebeu o resultado disso.

—Vocês dois serão expulsos! –Ela falou.

—Belinda...

—Não, eu...

              Freddie segurou sua mão e a encarou.

—Bell...

—Nem vem, Weasley. –Ela tentou desviar dos olhos do amigo, mas ele segurou sei queixo, a forçando a encara-lo.

—Olha pra mim.

              Belinda bufou, mas encarou o ruivo, mesmo estando irritada.

—Freddie, vocês serão expulsos, até eu sei disso. –Ela estava preocupada. –Eu sempre os ajudo nas merdas que costumam fazer, mas ajudar a serem expulsos? Até eu tenho limites!

              Freddie sabia que ela não aceitaria simplesmente, mas aquela era uma atitude pensada e planejada.

—Nós pensamos em tudo isso, conversamos muito e decidimos aceitar o risco. –Ele informou.

—Mas...

—Bell. –George a chamou, a fazendo suspirar, enquanto Freddie soltava seu queixo e ela encarava o outro. –Nós três sabemos que com a Umbridge aqui, Freddie e eu não íamos aguentar muito tempo, sem falar que temos planos.

—Planos? –Ela arqueou a sobrancelha e ele sorriu.

—Só precisamos achar o lugar certo e colocar tudo em prática.

—Você não confia na gente? –Freddie questionou.

—Não pra isso.

—Belinda...

—Vai ser horrível ficar sem vocês. –Ela praticamente sussurrou. –Principalmente agora.

              Freddie entrelaçou a mão em sua mão direita e George agarrou a esquerda. Eles compreendiam o que ela queria dizer, o nome Lestrange a estava afastando de muitos.

—Sairmos de Hogwarts não quer dizer deixar você. –Freddie declarou.

—Ficaremos só um pouco mais longe, mas com uma coruja a gente aparece onde você quiser. –George concordou.

              Belinda soltou as mãos dos rapazes, não de modo brusco, contudo precisava ponderar. Ficou em silêncio enquanto prendia seu cabelo em um coque, voltando a se encostar a parede e encarando a noite pela janela.

             Tanto Freddie quanto George reconheciam aquela expressão e vinco entre suas sobrancelhas, ela estava analisando as chances de erro do plano, o quanto cada um poderia se prejudicar e se ela participaria do que eles queriam, mas também pensava se eles realmente estavam prontos para aquela atitude. Belinda poderia, as vezes, ser impulsava ao se tratar de seus problemas, mas sempre era ajuizada quando os amigos estavam no centro.

—Tudo bem. –Ela ainda olhava para a noite quando falou. –Faremos isso.

             Freddie tocou de leve o ombro da amiga.

—Que bom.

             Belinda encarou os dois.

—Mas se vamos fazer, faremos em grande estilo. –Ela estava séria. –Meus gêmeos não vão deixar Hogwarts com uma pegadinha estúpida, vamos virar esse Castelo de cabeça pra baixo. Nós faremos Umbridge conhecer o inferno.

             Freddie sorriu e George assentiu, mas eles compreendiam que apesar da decisão dela, Belinda não estava feliz em deixá-los partir assim, contudo jamais os prenderia, nunca iria fazê-los ficar contra suas vontades, independente do custo pessoal.

             Hermione entrou tarde da noite no Salão Comunal e encontrou o trio sentado próximo a janela, Belinda tinha um pequeno sorriso, mas parecia que algo não se encaixava.

             Bell sentiu estar sendo encarada e ergue a cabeça, se deparando com a expressão preocupada de Hermione, a analisando meticulosamente. Belinda arqueou a sobrancelha e deu um sorriso de canto.

—Estou tão bem assim que sua atenção se voltou toda pra mim, Granger? –Ele questionou, fazendo os gêmeos encararem a recém-chegada e Hermione sorrir um pouco.

—Só fico preocupada quando vocês três se juntam.

            Lestrange deu um sorrisinho.

—Não se preocupe... Muito. –Os rapazes riram.

—Não iremos matar ninguém. –Freddie prometeu.

—Ou pelo menos vamos tentar. –George completou.

           Hermione viu o trio rir. Era engraçado que ela só via Belinda agindo normalmente em meio aos gêmeos, era bom, mas preocupante.

—Como não vai adiantar eu falar pra vocês irem dormir, pelo menos não demorem muito. –Granger falou começando a seguir para a escada. –Boa noite.

—Boa noite. –Os três responderam em coro.

           Belinda deixou Hermione desaparecer antes de voltar os olhos para a folha a sua frente, a lista era no mínimo curiosa e provavelmente assustadora, pra quem olhasse de fora.

—Darei um jeito nisso. –Ela foi clara.

           Belinda sabia que os amigos, embora Hermione dissesse para dormir, iriam para a reunião da Armada de Dumbledore, só não podiam verbalizar em voz alta, para que nenhum quadro os ouvisse.

—Tá quase na hora da reunião da Armada. –George cochichou.

—Boa reunião. –Ela falou, começando a juntar suas coisas.

—E você? –Freddie a encarou e ela sorriu.

—Se eu for, metade dos alunos ficarão com medo ao me ver com a Varinha, Freddie. –Ela fixou os olhos no amigo. –Nós sabemos disso, não vamos fingir que mesmo alguns da Grifinória aceitam meu nome.

—Sinto muito. –Ele disse e ela sorriu.

—Eles são um bando de idiotas. –George chamou, o sorriso brincalhão fazia seus olhos brilharem.

           Foi aquela troca de olhares dos três e eles começaram a rir, antes de recitarem juntos.

—Babuínos Bobocas Balbuciando em Bando.

           A antiga piada a fez gargalhar verdadeiramente.

—Bem, nos vemos amanhã. –Ela se colocou de pé, ainda rindo. –Tenho uma lista de coisas pra conseguir.

—Eu me pergunto como você vai fazer isso. –George a encarou.

—Eu sou a intermediaria de vocês, mas tenho meus contatos. –Lhes deu uma piscadela.

—Assim eu fico com ciúmes. –Freddie esclareceu e ela riu.

—Vocês sabem que sou somente de vocês.

—Ela mente tão bem que poderia enganar quase todo mundo. –George comentou com o irmão.

—Idiotas.

 

 

             Belinda encarou Dorian, que estava sentado no chão da Casa dos Gritos, ele a encarava, mas o livro ainda estava aberto sobre sua perna.

—Não vou falar nada. –Ele disse após um momento de silêncio, fechando o livro.

—Não estou tão atrasada assim.

—Já estou aqui a mais de duas horas aqui, quase fui embora. –Ele informou.

—E não foi por que? –Ela questionou, jogando a bolsa no chão.

—Porque uma hora você viria e se eu decidisse ir pra casa... –Ele se calou e ela sorriu.

—Medo que eu descubra seus segredos, Dorian? –O sorriso zombeteiro da menina o fez rolar os olhos.

—Você não merece uma resposta. –Foi tudo o que ele disse.

—Estou querendo correr, seria possível?

             Dorian a encarou por um longo tempo. Ele conhecia aquele pedido, não era simplesmente correr, ela queria fugir dos pensamentos que a perseguiam, queria fugir dos problemas.

—Por que não? –Ele disse por fim, a fazendo dar um curto sorriso.

           Belinda retirou a blusa de moletom vermelho e o encarou de repente.

—Que?

—Eu... –Ela silenciou, o fazendo ficar curioso.

—Você?

—Quero pedir uma coisa.

            Belinda viu Dorian a encarar com real curiosidade, o albino se inclinou para frente, apoiando os cotovelos na perna e o queixo nas mãos.

—O que você quer? –Ele deu um sorriso de lado. –E melhor, o que eu ganho?

            Belinda sorriu e balançou negativamente a cabeça. Dorian a viu remover uma folha dobrada do bolso e se aproximar dele.

—Eu preciso ir em algum lugar onde possa conseguir isso aqui. –Dorian pegou a folha que ela estendia.

            A lista era extensa e curiosa.

—Você quer derrubar um exército com isso aqui?

            Isso a fez rir, pegando Dorian de surpresa.

—Está mais para uma Vadia Cor de Rosa do Ministério.

            A frase fez a expressão do rapaz se iluminar de forma jovial e rebelde, surpreendendo Belinda.

—Esqueça uma compensação pra mim, se você fizer algo contra ela, já estou ganhando. –Ele se colocou de pé. –Mas não podemos ir pegar isso em Hogsmeade, seria muito fácil ser descoberto. –Era a primeira vez que ela o via como um simples jovem. –Mas eu conheço um lugar.

—Posso confiar essa lista a você?

             Dorian a encarou sorrindo, os olhos lilases brincalhões e famintos.

—Você quer ferrar a Umbridge? Então sim, pode contar comigo. –Ele dobrou a folha e enfiou no bolso. –Amanhã você terá tudo o que me pediu.

—Excelente. –Disse ela, retirando uma bolsinha negra de veludo do bolso, cheia de moedas. –Estou aguardando ansiosamente.

             Dorian agarrou a bolsinha no ar e sorriu pra ela.

—Acho que agora teremos uma corrida animada.

—Sem dúvida alguma, Dorian.


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