Aprendendo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 23
The Good Witch




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P.O.V. Davina.

O banquete já está pronto. E já está sendo servido. Enquanto eles festejam e bebem eu vou até o quarto da garotinha.

Ela estava com uma febre muito alta.

—Vem comigo.

—Quem é você?

—Sou sua bruxinha da guarda.

—Bruxas são do mal.

—E quem foi que disse isso?

—Foi a Igreja.

—A Igreja não sabe nada sobre bruxas. Vem, eu vou te ajudar.

Eu a levei até o rio.

—Eu não sei nadar.

—Vai ficar tudo bem. Beba isso, vai baixar sua temperatura. Agora vamos entrar na água, é um remédio natural para regular a temperatura.

—Vai ficar tudo bem. Tampa o nariz, vamos mergulhar.  Eu estou te segurando.

Logo a temperatura dela baixou e eu dei umas ervas para conter a infecção.

—Você tem um nome?

—Eu sou a Good Witch. 

—Eu me sinto melhor.

—Amanhã estará curada. Adeus, e sobre mim, tem que ser o nosso segredinho. Tá? As pessoas não compreendem gente como eu.

—Tá.

Eu voltei para o baile e comecei a seguir o fluxo.

Então uma camareira veio correndo. 

—Meu senhor! Meu senhor é um milagre!

—Do que está falando Nanau?

—A pequena Lady Claire. Está completamente curada.

—Como?

—Ela está dizendo que foi sua bruxa madrinha. Disse que foi a Good Witch.

—Quem é Good Witch?

—Eu não sei.

—Com licença senhores, senhoras, majestade.

O pai foi ver a filha e é bom saber que eu ajudei alguém. Tive que sorrir.

P.O.V. Príncipe David.

Eu nunca tinha visto ela sorrir. Mas, por motivos que desconheço ao saber da cura milagrosa da pequena Lady Claire, ela sorriu.

—Parece contente.

—Eu estou. A garotinha está bem. 

—E quem você acha que é essa Good Witch?

—Acho que é uma bruxa. Uma bruxa de verdade, que lança feitiço, faz remédio e serve á natureza.

—Serve á natureza?

—Isso.

—As bruxas servem á satã.

—E quem disse isso... não sabe nada sobre bruxas. Não acredite em tudo o que você ouve falar. As palavras são poderosas do que imagina. Elas podem salvar uma vida ou condenar uma alma.

—Você está olhando para a mesa.

—É. Isso chama passar vontade.

—Não precisa passar vontade.

Eu fiz um prato e dei pra ela. Ela mordeu a carne e logo cuspiu.

—Não consigo. Eu consigo sentir toda essa morte. Eu fico vendo ele morrer.

Ela comeu as uvas, e os doces.

—Você disse que consegue sentir a morte?

—É. Eu sinto a dor do animal, vejo como ele foi abatido.

—Como?

—Eu não sei. Faço coisas que as outras pessoas não conseguem. Ouço coisas que as pessoas consideradas normais não ouvem, sinto cheiros que elas não sentem. Meus sentidos são mais aguçados, isso veio do meu pai. Mas, sentir a morte dos animais, conseguir me comunicar com eles isso veio da minha mãe.

—Veio?

—Sim. Veio.

—E o que mais consegues fazer?

—Confiança, se conquista meu caro Príncipe.

—Vós sois muito enigmática. E confiante.

—Eu sei. Eu quero voltar pra casa, mas eu só vou voltar quando a minha missão estiver completa.

—E qual é a sua missão?

—Não sei. Cabe a mim descobrir o meu propósito maior.

—E já descobriu-o?

—Creio que sim. Ajudar os que necessitam de mim.

—E se eu necessitasse de vós?

—Eu o ajudaria, mas você não precisa de mim. E não pense que vou dormir com você porque me deu um simples prato de comida, eu não sou esse tipo de garota.

—E que tipo de garota vós sois?

—Do tipo que não faz o seu tipo. Boa noite.

Ela prestou uma elegante reverência e saiu.


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