Mistakes escrita por Luc


Capítulo 6
Capítulo 06 - O Círculo Está Se Fechando


Notas iniciais do capítulo

Galera, quero pedir desculpa pelos atrasos, mas são por motivos bons. 'Mistakes' está sendo avaliada pra se tornar uma série. Isso mesmo, uma série. Uma produtora online me contatou por e-mail e estão interessado na história. Por enquanto não está definido, mas está em andamento, por isso estou demorando muito pra postar e provavelmente não sei se vai dar pra continuar porque eu vou ter que assinar alguns direitos autorais.
Desculpem, mas é por uma boa causa, né? Por vocês serem meus leitores fieis, eu vou mante-los informados aqui e no meu site:
statusescrevendo.wix.com/escrevendo



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Na viatura da polícia enquanto é levado para a delegacia, Eric estava apreensivo, mas melhor do que ninguém conseguia controlar seu nervosismo ao ponto de convencer qualquer um. A todo momento percebendo os olhares do policial como quem estava o analisando, Eric permaneceu em silêncio exibindo uma farsa tranquilidade. Não demorou muito pra que chegassem na delegacia. Subindo as escadas e chegando no escritório onde ele faria o depoimento, Eric pediu:

            - Posso usar o banheiro? Estou aperto... Mal deu tempo de mijar.

            - Pode. – Sério num tom observador. - Vire a esquerda na primeira porta do corredor. 

Chegando lá, ele imediatamente entrou numa das cabines e pegou o celular, ligando para Max.

            - Caralho, Max, atende essa droga! – Sussurrou ao ver que caiu na caixa postal. – Max, sou eu. Eu estou na delegacia, eles vão me interrogar... Só pode ser por causa do lance do assalto daqueles caras... Fique na sua, eles devem ir atrás de você.

Eric desligou o telefone, lavou o rosto e voltou tranquilamente até chegar na sala da delegada.

            - Eric Greyer. Senta, por favor. – Séria. – Imagino que você saiba o porquê de está aqui. – Blefou tentando coagi-lo a dizer algo.

            - Na verdade, não... O que vocês querem?

            - Houve um assalto e você, assim como algumas pessoas, é suspeito.

            - Oque? – Riso irônico. – Que assalto? Eu não faço ideia do que vocês estão falando.

            - Aposto que não... – Também irônica. – Eu andei investigando as câmeras de segurança de um supermercado que foi assaltado a pouco tempo atrás e você, junto com seu irmão, Max, são as pessoas mais frequentes do local. – Encurralou o bandido.

            - Eu continuo sem fazer a menor ideia do que vocês estão falando... É serio. – Cínico.

            - O que você fazia indo frequentemente no mercado? Compras não eram. Você sempre voltava com as mãos vazia nas câmeras.

            -  Eu sou muito amigo do dono. É um senhor muito bacana.

            - Sei... Olha, Eric. Eu vou ser bem sincera com você. Você é um dos principais suspeitos junto com seu irmão. Esse caso envolve um jovem que está em coma e se você não nos disser a verdade, eu vou descobrir de qualquer jeito. – Confrontou com olhares.

            - Eu estou dizendo a verdade! – Dissimulado.

Lydia se levantou da cadeira, rondou pelo escritório, observou Eric e se aproximou dele novamente.

            - Você se aproximou do senhor, conquistou a confiança dele, se aproveitou de um dia pouco movimentado devido a tempestade recente, assaltou o mercado, mas não contava com a atitude de uma das vítimas e acabou atirando nela. Você não queria atirar nela, certo?

Eric olhou nos olhos da delegada, tentou controlar o nervosismo quando ouviu o relato dos fatos ocorridos e em seguida olhou pra frente pra evitar mais colisão de olhares suspeitos.

            - Isso é loucura. Eu... eu jamais faria isso. É sério, isso é muito louco, cara.

            - Eu sou muito boa no que faço, Eric Greyer. Muito boa, na verdade. – Num tom sério e confiante, Lydia voltou para sua cadeira. – Está liberado. Pode ir.

Eric se levantou rapidamente.

            - Espero que vocês achem o cara certo. – Novamente sonso.

            - Acho que já encontramos. – Lydia rebateu com um sorriso no canto da boca.

Ainda pela manhã, com fortes indícios de chuva, o quarto de Adam estava completamente escuro e enquanto ele estava deitado, já acordado pelo despertador que esqueceu de desativar, já que não precisaria ir ao trabalho, ao seu lado estava Christian, dormindo feito um anjo. Observado o desconhecido, Adam sorriu ao lembrar da loucura da noite passada e em seguida foi surpreendido ao ser tomado por beijos e fortes mãos em sua cintura.

            - Bom Dia. – Christian sussurrou.

            - Sei que você vai ficar constrangido, mas preciso dizer... Eu nunca vi alguém jorrar tanto leite como você jorrou ontem. Esse período longe deve ter sido desgastante.

Christian caiu na gargalhada.

            - Você é sempre assim? Sincero desse jeito?

            - Sempre! – Sorriu. – Com o tempo você se acostuma. Ou me ama ou me odeia.

            - Vixe... Já está pensando em relacionamento? Já sei que é pegajoso.

            - Eu? Relacionamento? Longe disso. Estou pensando na minha carreira primeiro... Quem quer relacionamento está dormindo no quarto ao lado.

Dormindo, enrolado em edredons, Nicolas era observado por Max que estava colocando sua roupa, quase pronto para ir embora. Quando pegou seu celular no criado mudo ao lado da cama, ele viu as mensagens de seu irmão e ficou assustado com a quantidade. Quando foi até o banheiro do quarto e ouviu a mensagem de voz, seus olhos arregalados demonstraram bastante surpresa e medo. Apressado, ele deu um beijo no rosto do namorado e imediatamente partiu pra casa.

Chegando em casa, assim que olhou para a pequena varanda, Eric observou a única pessoa que poderia amedronta-lo: Lazer. Lazer é um homem negro, alto de porte físico definido e capaz de retrair qualquer pessoa. Lazer é responsável por uma máfia que vende drogas na cidade. Foi com ele que Eric se endividou e precisa pagar todas as dividas antes que seja tarde demais.

            - Eric, Querido Eric...

            - Qual foi, Lazer. – Se aproximou.

            - Vamos entrar? – Sorriso debochado.

Eric abriu a porta da sala e adentrou com Lazer.

            - O que você quer por aqui?

            - Você sabe o que eu quero... Mas eu não vim pra cobrar. Quer dizer, de certa forma, vim, mas... Eu só vim te dar um aviso. Você tem mais uma... Uma semana para me pagar a parte que me deve, ou...

            - Eu já te falei, eu vou pagar!

Em seguida, Max chegou, já se surpreendendo com a presença de Lazer em sua casa.

            - Max! – Lazer sorriu. – Como você está, cara?

Enquanto Lazer exibia uma animação irônica, típica de alguém que quer intimidar, Max foi seco e ignorou a tentativa de aperto de mãos.

            - O que você quer?

            - Nada, cara. Eu só vim avisar seu irmão que ele tem mais uma semana para me pagar, ou então... Acho que ele vai precisar de uma cirurgia em todos os dentes pra não ficar feio no caixão. – Lazer substituiu o sorris falso por um semblante sério. – Tenham um bom dia. – Virou as costas e partiu.

Os irmãos Greyer se olharam, Max pode ver que Eric estava perdendo o controle da situação.

            - Eu vou dar um jeito...

            - Nós vamos. – Max se incluiu, novamente sem deixar o irmão sozinho.

            - Não... dessa vez você vai ter que ficar de fora. Você estava certo, a polícia ta investigando pesado. Eles vão vir atrás de você, cara.

            - Eu sabia... Eles não estão pra brincadeira.

            - Eles virão até você... Você só precisa dizer o que vou te falar. Você praticamente não vai ter que mentir. Eles vão te perguntar sobre as vezes que fomos no mercado antes do assalto. Diga que você estava me acompanhando e que depois que saímos de lá, iriamos para lugares diferentes.

            - Eu tô confuso, cara. O que você está...

            - Relaxa... Eles não vão te fazer muitas perguntas porque o principal suspeito sou eu. Você não tem que se preocupar.

            - Eric... – Max estava completamente perdido no plano do irmão.

            - Eu vou tomar um banho. – Deixou a sala. – E Max! Fique longe daquele viadinho... Não sei o que você está tramando, mas não! Se livra disso.

Enquanto isso... Adam estava ajoelhado no chão, enquanto Christian estava com as pernas abertas recebendo um perfeito e bem executado oral. As habilidades de Adam com a língua foram capazes de fazê-lo fechar os olhos e se sentir no céu. Até que... Nicolas bate na porta interrompendo a situação.

            - Agora não! – Adam gritou, limpando a própria baba.

            - Venham tomar café.

Christian e Adam se olharam, caíram na gargalhada e em seguida resolveram parar o sexo pois a fome era maior.

Nicolas montou a mesa de café na sala, já havia buscado café e torradas na rua e também fritou ovos e bacon.

            - Bacon... Ah, que delícia. – Christian fechou os olhos ao sentir o aroma da comida.

            - Você parece uma criança que está conhecendo o mundo agora. – Adam debochou.

            - Fique a vontade. – Nicolas disse a Christian.

            - Max ainda está dormindo? – Chris perguntou.

            - Não... Na verdade ele saiu cedo e nem me falou nada. Deve ter ido trabalhar ou algo assim.

            - Bom, eu vou saindo, preciso ir pra editora entregar meu texto. Vou tirar um peso das costas.

            - Você finalizou? – Adam se entusiasmou.

            - Sim! – Ergueu a mão e saudou com o amigo.

            - Ótimo. Agora precisamos quebrar a cabeça pra mais uma matéria interessante.

            - O que vocês fazem?

            - Ele te explica melhor, eu preciso me trocar. – Nicolas respondeu deixando a sala.

            - Somos jornalistas.

            - Maneiro... E o que vocês fazem? – Risos. – Quer dizer, eu não faço a menor ideia do que um jornalista faz.

            - Depende muito. Nossa função é criar matérias com conteúdo construtivo e social. É muito interessante e ao mesmo tempo um desafio.

            - Hum... Então você é inteligente. Por isso ficou atraído por mim. – Christian brincou.

            - Errado! Fiquei atraído por você porque você é só um corpo gostoso e ainda por cima do exército. – Desdenhou.

            - Essa doeu.

Gargalhadas.

Com o fim da manhã e início da tarde, o céu nublado estava cada vez mais forte, preparando a possível chuva que atingiria a cidade a noite.

Andando pelas ruas da cidade, enquanto conversam sobre a fantástica e também inesperada noite passada, Christian contou para Max sobre ter dormido com Adam, mas o amigo não estava dando muita atenção a conversa, pois tudo que Max pensava era no problema do irmão e numa solução que pudesse ajuda-lo.

            - Foi mal, cara. Estou pensando em um monte de coisa...

            - No Nicolas por exemplo? Qual é, não vou aceitar ser trocado por outro. Tudo que bem que eu ficava enchendo seu saco pra você tentar alguma coisa com um cara, mas eu sou seu amigo. – Brincou.

            - Não, não é isso... Eu fiz uma merda muito grande, cara...

            - Como assim, Max?

Pararam no meio da calçada.

            - Acho que agora é tarde demais pra tentar fazer alguma coisa...

            - O que aconteceu, cara? O que foi que o Eric fez? – Christian perguntou como quem já soubesse que o pivô de qualquer acontecimento ruim fosse o irmão de seu amigo.

            - Max Greyer? – O policial Derek se aproximou. – Preciso que você me acompanhe até a delegacia, por favor.

Christian olhou para o amigo e de forma surpresa o observou entrar no carro da polícia. Imediatamente Christian acionou um taxi para acompanhar Max.

            - Ele é ótimo de cama. Eu estou até agora excitado com ele. Sabe quanto tempo que eu não ficava assim? – Adam conversava com Nicolas por telefone enquanto deitado no sofá da sala, ainda descansando da noite passada.

            - Eu adorei ele. Achei ele tão... Sei lá. Parece que agora posso confiar mais no Max.

            - Quer saber? O Max é um cara legal. Eu realmente acho que ele está te fazendo bem e parece que você também faz a ele. Estou gostando de vocês juntos.

            - Sério? Ai que bom. Eu fico bem mais tranquilo de saber que você me apoia.

            - Fica tranquilo. Está dando tudo certo entre vocês. O Max é gente boa.

            - Mas falando sobre você e o Christian... O que você planeja?

            - Planejar? Como assim? Não planejo nada. Você sabe que relacionamento não é uma prioridade no momento.

            - Nunca é, até acontecer.

            - Eu mal conheço ele e você já está pensando nessa possibilidade? – Risos. – Só você mesmo, Nicolas Abraham.

Gargalhadas.

            - Tenho que desligar, preciso revisar uns textos. Se prepara porque amanhã você vai ter muito trabalho.

Encerraram a ligação.

Chegando na delegacia, um misto de sentimentos confusos tomava conta da cabeça de Max. Durante o trajeto, pensou em dizer a verdade e acabar com tudo de uma vez, pensou por diversas vezes em Nicolas e cogitar a ideia de decepciona-lo era algo que ele não estava disposto e pronto pra enfrentar... Mentir em prol do seu irmão era sua única chance e embora não quisesse, ele jamais o prejudicaria.

            - Pode entrar. Max Greyer, certo? – Lydi perguntou.

            - Certo. Boa tarde. – Educado. Diferente do irmão.

            - Imagino que você saiba o que está fazendo aqui, certo?

            - É... Meu irmão me contou.

            - Vou ser muito direta com você, Max. Você e seu irmão são meus principais suspeitos no assalto.

            - Olha... Eu realmente não sei de qual assalto você está falando e eu não tenho nada a ver com isso. Eu... – Gaguejou. – Eu jamais...

            - Seu irmão pediu pra você falar isso? – Confrontou. – Dizer a verdade é melhor, Max.

            - Eu estou dizendo!

            - O que você e seu irmão foram fazer no supermercado mais de três vezes em uma semana? E sem levar nada.

            - Nada... Nós... Nós – Gaguejou novamente. – Nós conhecemos um senhor que trabalha lá. Ele parece tão solitário e a gente sempre conversa com ele. O Eric que tem uma amizade maior, eu não o conheço muito bem.

            - Então você está dizendo que não é cumplice do seu irmão no assalto? – Séria.

            - Não. Eu... Nós não assaltamos nenhum lugar. Nós fomos no supermercado, conversamos com o senhor e depois vamos pra lugares diferentes. É parte da nossa rotina. A gente sempre...

            - Eu não acredito em você. Eu acredito que seu irmão tenha atirado na vítima enquanto você as mantinha de refém. As imagens não mentem...

            - Não sei quais são essas imagens, mas definitivamente não sou eu nelas.

            - Pode ser seu irmão com algum amigo.

Lydia o confrontou a todo momento com olhares e conseguiu extrair muito do que Max é através de observações profundas e inteligentes.

            - É só isso, Max.

            - Não fomos nós. – Max disse antes de se levantar.

            - Avisa seu irmão que o círculo dele está se fechando.

Em seguida Max deixou o escritório e Derek entrou.

            - Esse menino pode ser inocente. Precisamos de um terceiro suspeito. Ou ele é coagido elo irmão, ou é inocente... – Ela disse para o parceiro

Max não é um bom mentiroso, mas diferente do irmão, há algo em especial nele que soa como verdade e inocente mesmo quando precisa ser falso e calculista. Há uma auréola única ao seu redor.

Saindo da delegacia, Max se deparou com Christian que estava no portão de entrada a sua espera.

            - Qual foi, cara? Que merda aconteceu?

Max abaixou a cabeça, respirou fundo, seguiu andando acompanhado do amigo e em seguida o respondeu.

            - Você já está envolvido de certa forma, então... Cara, não me faça perguntas porque eu vou me sentir pior ainda se te colocar ainda mais dentro dessa merda que criei. – Sincero.

No fim de seu expediente, Nicolas se despediu de seus colegas de trabalho, e deixou o edifício da “Seattle Now’’. S despediu do simpático senhor que trabalha na portaria, e enquanto enfrenta o tempo friento a espera de um taxi, fora surpreendido por um rapaz um tanto suspeito que se aproximou. Estava de capuz para se proteger da temperatura, mas logo se identificou. Era ninguém menos que... Eric Greyer.

            - Eu sou Eric. Irmão do Max. Acho que está na hora da gente bater um papinho. – Ergueu a mão para cumprimenta-lo enquanto o confrontou com os olhos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, desculpa, gente. De verdade, não quero deixar vocês esperando, mas ao mesmo tempo muita coisa acontecendo e eu to super feliz com os futuros projetos. Irei começar a postar mais uma outra história (Essa por enquanto não terá ngm pra atrapalhar hahaha) enfim, obrigado por comentarem, obrigado por lerem e torçam por mim. Talvez "Mistakes'' possa se tornar uma websérie e eu vou adorar ter vocês acompanhando.

Beijos.



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