Mistakes escrita por Luc


Capítulo 4
Capitulo 04 - Se Entregar


Notas iniciais do capítulo

Novo capt disponível... A primeira temporada vai contar com 8 capítulos. O próximo virá MUITO em breve e terá muitas novidades interessantes. Aguardem!
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A temperatura baixa, o vento forte e a neblina continua sendo uma das principais características do inverno na cidade de Seattle. Por volta de meia noite, as ruas da cidade estavam um verdadeiro deserto. Após muito pensar e concluir que assaltar um supermercado era muito arriscado, Eric analisou seus planos e decidiu assaltar um posto de gasolina, longe do centro da cidade. Contando com Max, o plano já tinha sido estudado, e eles, mais uma vez estavam prontos. Max parecia desconfortável e inseguro com toda a situação, mas em momento algum pensou em desistir. Enxergando tudo em câmera lenta enquanto atravessava a rua, Max tentava controlar os nervos. Quando se aproximaram do posto, Eric entrou apontando a arma para o atendente, um jovem negro, de vinte e dois anos. Max ficou responsável por cuidar da saída para que ninguém entrasse.

            - Passa a grana! – Eric gritou apontando a arma.

O garoto não pensou duas vezes, e entregou todo o dinheiro que tinha no caixa, provavelmente havia pouco mais de quatro mil dólares. Eric colocou em sua mochila e a envolveu nos ombros.

            - Cadê o cofre? Me passa tudo.

            - Nós... Nós... – gaguejou – Nós não temos cofre aqui.

            - É só isso que você tem? Você está de sacanagem comigo?

            - É só isso... É só.... – Medo.

Furioso, Eric derrubou todas os objetos acima do balcão.

            - Vambora, Eric! – Max gritou.

Eric então ouviu o irmão e juntos correram para o mais longe dali antes que a polícia chegasse.

            - Alô, é da polícia? – O atendente já ao telefone, minutos depois dos bandidos partirem. – Eu quero registrar um assalto!

Na manhã seguinte...

Assim que chegou em seu escritório, Lydia se deparou com Derek, que já estava a sua espera para contar sobre o ocorrido da noite passada. Um assalto a mão armada num posto de gasolina.

            - Eram dois homens, rosto encapuzado, e o mesmo enredo daquele assalto.

            - Já pediu as imagens de segurança? – Lydia perguntou.

            - Já. Eu falei com o gerente do posto, ele irá nos enviar ainda hoje. Pelo que pude saber dele, a história parece com o caso que a gente está investigando.

            - Eu vou terminar de assinar alguns papéis e em seguida a gente vai até o mercado do último assalto, depois vamos começar a ver as imagens de segurança desse assalto no posto de gasolina.

            - Combinado. – Saiu do escritório em seguida.

Nicolas ainda parecia abalado com a situação do assalto, principalmente pelo fato de seu irmão ainda estar em coma induzido sem sinais de melhora. Tentando se desvincular dos problemas, ao menos por algumas horas, tentou focar em seu trabalho como redator de um dos jornais mais circulados da cidade, o ‘’Seattle Now’’. Em uma extensa sala com várias mesas espalhadas, onde outros funcionários também trabalhavam, Nicolas têm a sua frente um computador, papéis, canetas e algumas fotos pendurados nas margens de acrílico que separam uma mesa da outra. Estava trabalhando em uma matéria a respeito da escolaridade na cidade, mas faltavam ideias e ele não sabia mais o que fazer para tentar voltar ao antigo Nicolas, recheado de ideias e desenvolvimentos.

            - Nada? – Adam perguntou ao notar o olhar exausto do amigo.

            - Nada! Só tenho mais cinco dias para entregar essa matéria. Joseph vai me matar!

            - O Joseph entende seu momento, relaxa...

Nicolas abaixou a cabeça, suspirou cansado e em seguida se levantou e junto com o amigo foi até a cafeteria na sala de lanches.

            - Porque você não pede ajuda alguém? Talvez um tal de Max...

            - Para. – Risos. – Eu chamei ele pra ir lá em casa hoje... Acha loucura?

            - Sério? – Surpreso – Vocês estão mais adiantados do que eu imaginei.

            - Isso é ruim?

            - Não... Claro que não! Eu acho que está te fazendo bem. – Incentivou. – Então quer dizer que você vai leva-lo lá para casa hoje? Eu vou sair para deixar vocês a sós.

            - Não, amigo, não precisa...

            - Claro que precisa. Eu não quero ouvir o barulho de vocês transando.

Gargalhadas.

            - É sério. Não precisa! Quero que você conheça ele.

            - Tudo bem, eu espero ele chegar e depois eu saio.

            - Voltem ao trabalho, voltem ao trabalho. – Joseph se aproximou. Um homem alto, de pele negra e tão hidratada capaz de causar inveja em qualquer um. O olhar sério é seu charme, o sorriso é instigante e sedutor. A postura ereta e sagaz faz parte de sua personalidade.

            - Desculpa, Joseph, eu sei que...

            - Sei que você está passando por uma fase difícil, mas preciso que você tente entender meu lado. Essa matéria precisa ser publicada. Não posso adiar mais uma semana.

            - Eu vou te entregar ela. Ainda essa semana, sem falta!

            - Ok!

            - Bom dia pra você também. – Adam provocou antes de ver seu chefe partir.

Com uma breve troca de olhares sútil e discreta, Joseph seguiu andando até seu escritório.

Depois que estacionou o carro próximo a calçada do mercado ‘’Right Place’’, Lydia deixou a viatura e, acompanhada de Derek entrou no local. Lá, ela foi direto ao balcão, enquanto algumas pessoas que estavam fazendo compras olharam preocupadas.

            - Senhor Gerald. – Lydia o cumprimentou.

            - Alguma informação nova?

            - Na verdade, nós viemos te fazer algumas perguntas pertinentes à aquela noite.

            - Claro, Claro!

            - O senhor pode nos dizer se já viu esse cara por aqui? – Lydia então mostrou uma foto de Eric impressa.

            - Sim. Eu conheço esse jovem. É o Eric. Ele costuma frequentar o meu mercado sempre que possível. É um bom garoto, apesar do jeito malandro. – Sorriu.

            - Então você pode afirmar que ele é um membro frequente? – Derek indagou.

            - Sim. Eu conheci ele há algumas semanas, mas sempre foi muito educado comigo.

            - Quando ele começou a frequentar o seu mercado, senhor Gerald?

            - Umas duas semanas antes do assalto... Talvez três. – Olhar confuso.

Derek e Lydia se olharam, compartilhando da mesma suspeita.

            - Ele estudou o mercado, fez amizade com o senhor e depois assaltou. – Lydia disse já dentro da viatura. – O que você achou do irmão dele?

            - O nome é Max Greyer, não tem emprego fixo, faz alguns trabalhos como freelance, não tem antecedentes na polícia. Aparentemente só esteve na delegacia para livrar o irmão de problemas.

            - Fique na cola dele também. Bandido não tem cara.

Já a noite, Max estava pronto para o encontro com Nicolas. Optou por ir mais arrumado, e fez questão de usar perfume, tal ato que não costuma fazer com frequência. Vestiu um jeans que pouco usava, seu tênis preto, jaqueta preta seguido de uma touca também preta que deu um toque especial com o alinhamento de sua barba.

Depois de se olhar no espelho por alguns minutos, onde fez uma breve reflexão sobre a frieza de suas recentes atitudes, Max preferiu ignorar seus conflitos internos.

            - Vai aonde? – Eric perguntou jogado no sofá enquanto bebia cerveja.

            - Vou dar umas voltas. – Saiu em seguida.

Desconfiado, resolveu ir atrás do irmão.

Depois de dirigir por trinta minutos, Max chegou até a casa de Nicolas, num bairro organizado e mais civilizado, diferente do seu. Estacionando o carro numa calçada próximo a casa, ele passou pelo portão, atravessou o gramado, subiu um degrau chegando na varanda e em seguida encarando a porta, onde bateu aguardando ser atendido.

            - Ei, Max. – Nicolas abriu a porta.

Se cumprimentaram com um aperto de mãos, até que Max entrou. Do outro lado da rua, Eric observou toda a cena com um olhar suspeito.

Dentro de casa, Nicolas o levou até a sala, onde lá apresentou Max, Adam, que estava em pé a sua espera.

            - Famoso, Max. – Cumprimentou com aperto de mãos.

            - Ele também me falou de você. – Um tanto constrangido.

            - Eu vou ver como está a comida, já volto.

Max e Adam ficaram a sós por alguns segundos.

            - Engraçado, parece que eu já te vi em algum lugar. Você fez faculdade aqui em Seattle? Ou mora por aqui perto?

Max gelou, seu coração acelerou, por pouco não conseguiu disfarçar.

            - Está quase pronta. – Nicolas voltou para sala, interrompendo o assunto. – Eu não sou muito bom na cozinha, então não espere muita coisa.

Risos constrangedores.

            - Bom, eu vou sair, a gente se fala mais tarde. Ah, Max, foi um prazer.

Sem delongas, Adam os deixou a sós.

            - Quer beber alguma coisa? Tem cerveja na geladeira. O Adam costuma beber.

Max estava com um olhar reflexivo.

            - Ei, Max? – Nicolas chamou sua atenção.

            - Foi mal...

Na cozinha, Nicolas abriu uma cerveja para Max e logo começaram a falar sobre a rotina do dia.

            - Eu tenho que fazer um trabalho importante, mas tudo que penso é no meu irmão... Na investigação... Não estou sabendo administrar a situação. – Falava enquanto mexia nas panelas no fogão.

            - E como anda as investigações? Tem alguma novidade?

            - Ainda não... A delegada pediu para eu ter paciência, mas... É difícil.

            - Imagino que sim... – Max abaixou a cabeça. Não conseguia encara-lo diante de tal assunto.

            - Está tudo bem? Você parece distante? Eu estou te assustando? Foi mal. É que eu sou um pouco romântico, mas fique tranquilo, eu sei que a gente....

Antes que pudesse continuar a falar, Max o calou com um intenso beijo. Nicolas retribuiu na mesma intensidade e em questão de segundos a situação estava prestes a sair do controle quando Max envolveu suas mãos ásperas na cintura de Nicolas, o colocou sentado na pia e continuou a beija-lo. Escorregando suas mãos na nuca de Max e indo até seus largos ombros, Nicolas queria prosseguir, mas pensou bastante se devia ou não se deixar levar pelo momento.

            - Espera. – Respiração ofegante. – Eu... A gente... É melhor esperar, não acha? – Tentou recuperar o fôlego.

            - Foi mal...

Os olhares se colidiram novamente e dessa vez, nenhum dos dois conseguiu resistir. O beijo foi ainda mais intenso. Max tirou sua blusa, cobriu o pescoço de Nicolas de beijou e tirou sua blusa também. Em seguida, o pegou no colo enquanto o beijava e foi guiado até o quarto, onde lá se deitaram na cama em meio aos ardentes beijos. Já de cueca, tudo que sentiam era o membro latejante um do outro roçar em ambas barrigas. Max sentiu a língua de Nicolas percorrer pelo seu pescoço e ir até seu pênis, onde lá, Nicolas suavemente abocanhou, lambuzando de saliva até ficar escorregadio. Em seguida, ele voltou a beijar Max, que dominou a situação, o botou deitado de bruços beijando seus ombros indo até as nádegas. Lentamente, Max passou sua língua nas coxas de Nicolas, que se arrepiou contorcendo, agarrando no travesseiro. Quando os lábios se encontram novamente, Nicolas interrompeu o clima brevemente para pegar camisinha no armário. Segundos depois voltou para cama, de joelho enquanto fazia um belo oral em Max, ele vestiu a camisinha em seu parceiro e montou em cima de Max, que se contorceu ao sentir seu membro ser abocanhado pelo belo par de bundas de Nicolas. Os movimentos eram lentos, havia uma certa suavidade no balançar da cintura de Nicolas, que gemia, sussurrava e se arrepiava com as mãos de Max conduzindo seu corpo. Dominando a situação novamente, Max colocou Nicolas de costas, penetrou lentamente enquanto seu braço o enforcava sem grande pressão. Ele apenas queria que Nicolas soubesse quem mandava na situação. Com movimentos mais fortes, Max mordia a orelha de Nicolas e o masturbava. Gemidos e mais sussurros eram os principais ecos no quarto. A intensidade aumentava a cada mudança de posição. Com as pernas abertas enquanto olhava nos olhos de Max que o penetrava em velocidade não tão rápida, ambos trocavam energias através dos olhos. Nicolas e Max estavam de mãos dadas enquanto os movimentos continuavam. Beijos intensos, mordida nos lábios, respiração ofegante, o arrepio de ambas as peles... Em questão de segundos, eles gozaram juntos.

O silêncio tomou conta do quarto, ambos estavam deitados enquanto os olhares se confrontavam. Uma troca de energias e sentimentos mútuos.

            - Acho que a gente vai ter que pedir pizza. Estou sentindo cheiro de queimado. – Max disse.

Gargalhadas.

Mais um elo entre eles foi formado, agora, Max estava ainda mais ligado a Nicolas, que por sua vez, estava entregue por completo a aquele conhecido desconhecido.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por tudo e queria agradecer a quem está acompanhando o site também. Em menos de um mês eu cheguei a marca de 100 visitantes.
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